Maria Madalena escreveu:Convidado
Eu sou "A Casa do Tesouro"
Você é a Casa do Tesouro!
Cada cristão é a casa do tesouro!
Quem serve a um irmão, serve a Deus.
Poético e agradável aos ouvidos, mas irrelevante em relação ao que realmente deve ser feito.
Assim como dizem: você é a igreja!!
Estamos numa Era morna, onde todos TEM DIREITOS e fazem segundo seus próprios conselhos. Temos uma aparente igreja fermentada, onde os cultos estão cheios de pessoas vazias e com pouco conhecimento de Deus. Os mercenários e déspotas fazem o que querem e quando aparece a verdade, todos se unem para esconder.
A grande maioria das igrejas no Brasil foram construidas com dinheiro vindo do exterior, pois aqui qualquer placa de igreja pode ser facilmente usada para lavagem de dinheiro pois nesse país a desordem e a anarquia é comumente aceita. O dízimo não é uma ferramenta de maldição e nem mesmo uma prova única de fé, mas o meio lícito de sustentar uma igreja sem que essa receba dinheiro externo. Normalmente os crentes que se rebelam contra esse mandamento não tem nenhuma experiência real com o evangelismo. Se a igreja for começar uma obra em um determinado lugar, dependendo só de ofertas módicas certamente não vai sair de casa de palha, ainda mais se for para gerar crentes convertidos. A cobrança natural do dízimo é um tributo para sustento da igreja para que seus administradores possam projetar os meios necessários para a evangelização, não só por palavras mas também por obras. Mesmo numa igreja que recebe dízimos, pelo menos um terço congrega sem dar nada, isso excluindo os que realmente são pobres e ainda necessitam de ajudas. Existem igrejas que dão esmolas e quando uma pessoa se torna dependente da igreja então é vista com maus olhos e então passa a ser alvo.
A CCB por exemplo só se mantém por ter igrejas já grandes que constroem templos em todos os lugares, mas nunca com o dinheiro da própria localidade, ainda que os que congregam propõem sacrificar para contruir sua denominação mas esta logo se torna infrutífera pois não influencia em nada na sociedade que está ao seu redor. É apenas um refúgio para quem quer ser salvo mas não pode contribuir como determina as escrituras.
Nos tópicos vejo muita gente citando Bíblia mas para destruir o que a própria Bíblia determina. Quanto mais é citado um versículo mais aparece outro tirado da própria Bíblia para ser usado como argumento de refutação. Nesse conflito vão surgindo novas igrejas com novas ideias e mais "profetas e profetizas" vão surgindo inviabilizando a pregação do Evangelho. Nesse contexto pode-se ver perfeitamente a igreja que está em Laodicéia com as características das igrejas atuais.
Apocalipse 3
14 E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
16 Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um des-graçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
18 Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.
19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.
Essa é a condição que se encontra as igreja de hoje. O cidadão ajuda a levantar uma igreja na sua localidade ou em outro lugar e quando aprende algo mais que supera o conhecimento da sua igreja então é expulso. Tanto as igrejas de dizimistas como as que sonegam o dízimo agem da mesma forma para enfraquecer o verdadeiro objetivo da existência da igreja cristã. O mal uso dos recursos que poderiam ser gerados por uma igreja leva crentes dizimistas ou não em procurar em outros setores análogos a fé em caso de precisarem de uma creche, asilos, albergues, orfantatos, hospitais e escolas. Isso deveria ser para essa comunidade da mesma fé, mas infelizmente o crente tem que se formar numa faculdade católica ou espírita. Abominam as igrejas que não fazem parte do seu "companheirismo" mas quando precisam realmente, dão graças a Deus por ter um asilo católico que tanto abominam. Quando falo de igreja, não estou me referindo a um lugar onde pessoas se reunem para ficar fazendo recitação de Bíblia e cada um apresentando sua experiência pessoal e depois canta um hino oram e logo se despedem. Essa rotina de sermão é o que irrita a Deus, como disse em Isaias 65
1 Fui buscado dos que não perguntavam por mim, fui achado daqueles que não me buscavam;
a uma nação que não se chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui. Eis-me aqui.
2
Estendi as minhas mãos o dia todo a um povo rebelde, que anda por caminho, que não é bom, após os seus pensamentos;
3
Povo que de contínuo me irrita diante da minha face, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre altares de tijolos;
4 Que habita entre as sepulturas, e passa as noites junto aos lugares secretos; come carne de porco e tem caldo de coisas abomináveis nos seus vasos;
5 Que dizem: Fica onde estás, e não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu. Estes são fumaça no meu nariz, um fogo que arde todo o dia.
6 Eis que está escrito diante de mim: não me calarei; mas eu pagarei, sim, pagarei no seu seio,
7 As vossas iniqüidades, e juntamente as iniqüidades de vossos pais, diz o SENHOR, que queimaram incenso nos montes, e me afrontaram nos outeiros; assim lhes tornarei a medir as suas obras antigas no seu seio.
8 Assim diz o SENHOR: Como quando se acha mosto num cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos, que não os destrua a todos,
9 E produzirei descendência a Jacó, e a Judá um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão ali.
Enquanto satanás tem tudo em suas mãos para praticar o engano e a mentira, a igreja que deveria buscar por todos os meios de pregar o evangelho é dividida em facções que negam as Escrituras e deixam de produzir aquilo que realmente está ao seu alcançe.
Assim como você, outra pessoa perguntou também - onde é a casa do tesouro?
Será que dizer que pau é pedra vai realmente explicar o significado etimológico da palavra? Seria o mesmo que dizer que nossas letras são apenas meros signos que não tem significado nenhum. Casa do Tesouro Nacional é o lugar onde é colocado todo o montante arrecadado pelo governo, para em seguida seja feito o seu rateamento conforme estabelecido pela lei. O que é um celeiro?
Conta a história de um grupo de cegos que tentou descrever como era um elefante. Um deles após apalpar o lado musculoso do elefante, chegou à conclusão que ele era como um muro. O segundo cego após tocar nas pernas grossas e roliças, protestou dizendo: “Não, o elefante tem uma forma diferente. Ele se parece com uma coluna.” O terceiro abordou o elefante de outra forma. Após apalpar a tromba, disse: “Vocês dois estão enganados, o elefante se parece com uma grande cobra.” E, assim cada um dos seis teve uma concepção diferente do mesmo elefante.
As vezes por desinformação ou por conhecerem apenas uma parte da verdade algumas pessoas agem como estes cegos, enfatizando um aspecto das coisas em detrimento de outros. Heresia não é apenas uma doutrina errada, mas pode ser também um assunto ou doutrina em que apenas é enfatizado apenas um lado. Um dos exemplos desta distorção é a interpretação de Malaquias 3:10 que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”
A expressão “Casa do Tesouro” tem em nossos dias sido interpretada como sendo a igreja local e onde os dízimos e ofertas devem ser administrados e distribuídos. Mas, o que realmente quer dizer a expressão “Casa do Tesouro”, onde Deus pediu para os israelitas trazerem os seus dízimos e ofertas? Estaria o texto de Malaquias discutindo ou aprovando uma prática congregacionalista de governo eclesiástico? Vale lembrar que no congregacionalismo a igreja local é quem administra o dinheiro doado pelos membros. Então seria o congregacionalismo, segundo este texto, a melhor forma de governo? Estaria o sistema democrático representativo contrário ao texto de Malaquias 3:10?
Bem, em primeiro lugar temos que compreender o que significava a expressão “Casa do Tesouro”.
Quando Salomão construiu o templo, várias salas ou câmaras foram construídas para diversos fins. (I Reis 6:5) Estas dependências, por exemplo, eram usadas como abrigo para os cantores que apresentariam suas músicas (Ezequiel 40:44). Os guardas ocupavam uma destas salas(I Reis 14:28) Em uma ocasião uma delas foi usada como esconderijo para Joás (II Reis 11:2 e 3)
Uma destas salas era usada como o lugar onde o dízimo que não era composto apenas de moedas, mas também de produtos agrícolas era entregue e guardado. Neemias usa a expressão “Casa do Tesouro” para falar de uma destas câmaras ou salas onde eram depositados os dízimos (ver Neemias 10:38)). Uma espécie de tesouraria do templo. Portanto, “Casa do Tesouro” é uma expressão para designar primariamente o lugar (ou espaço) onde o dízimo deveria ser guardado. Inclusive a KJV, a famosa King James Version traduziu a expressão de Malaquias 3 como celeiro ou lugar onde cereais eram depositados, já que grande parte dos dízimos vinha em grãos. É bom que se diga que o autor não está discutindo quem deveria administrar o dízimo pois sobre isto Deus já havia falado e instruído o povo.
Levar à “Casa do Tesouro” significa devolver o dízimo no lugar designado, ou seja, a igreja da qual a pessoa é membro ou freqüenta. Mas, a questão crucial de nossos dias não é esta. Todos sabem onde levar o dízimo. A grande pergunta é: Quem deve administrar este dinheiro? Precipitadamente alguns tem dito que a expressão “Casa do Tesouro” indica que a igreja local deve administrar os recursos do dízimo. Na prática, porém, os que defendem esta aplicação do texto não estão fazendo isto. Quando dão o dízimo eles mesmos administram dentro do seu ponto de vista, e sequer consultam a igreja local. Temos que voltar à Bíblia para entender a questão da distribuição do dízimo.
Em Gênesis 14:20 lemos que Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque que era não apenas um rei, mas também sacerdote do Senhor. O ato de Abraão revela que o receptor do dízimo deve ser alguém separado por Deus para uma tarefa santa. Abraão obedeceu (e note bem, ele poderia usar o dízimo para o que quisesse, mas não o fez. Ele cria no plano de Deus) e deu o dízimo a quem de direito. No sistema israelita Deus estabeleceu regras ainda mais claras a respeito do dízimo. O dízimo foi dado aos levitas como herança e deveria ser administrado por eles(Números 18:21 a 32). Tanto é que o doador não podia manipular a décima parte. A pessoa não devia separar o bom do defeituoso ou fazer qualquer substituição (Levítico 27:33). Por exemplo em um rebanho o décimo animal que passasse sob o cajado do pastor pertencia ao Senhor, não importando a sua condição. O israelita também não dava seus dízimos e ofertas para simplesmente “pagar” o salário dos levitas. O dízimo era na verdade não oferta para os levitas, “mas para o Senhor” (Números 18:26)
Esta verdade é reforçada em Malaquias 3:8 quando Deus diz: “… vós me roubais”. O roubo não é contra os levitas ou sacerdotes, mas contra Deus. Não era só os sacerdotes que roubavam a Deus, mas todos os que não cumpriam seu voto de fé, tanto os que recebiam como os que sonegavam.
Tendo isto como base, o dízimo era uma oferta para o Senhor a qual Ele deu para o sustento e administração dos levitas e do sacerdócio. E um aspecto que tem sido ignorado é que este ministério levítico era global, ou uma corporação. Não eram células isoladas (congregações independentes) mas um corpo. O centro administrativo da religião de Israel estava no templo. Eles eram o que hoje chamamos de administração da igreja. Esta centralização no templo permitia que dali saísse o sustento necessário para os homens que faziam a obra de Deus naquela época. Ninguém trabalhava independentemente do todo. Reiteradas vezes o Velho Testamento fala de Israel como um povo. Então, surge uma dúvida… E, o Novo Testamento conceberia uma idéia da igreja local administrar todos os recursos do Senhor?
Os advogados do congregacionalismo defendem que o sistema de governo do Novo Testamento é congregacional. Uma leitura atenta do texto bíblico nos permite ver que as coisas não são bem assim. Considerando que a igreja ainda estava iniciando, e portanto alguns passos na organização ainda deviam ser dados; vamos tomar 2 exemplos: O concílio de Jerusalém é o primeiro deles (Atos 15). Neste concílio as decisões não foram tomadas por uma pessoa ou congregação local , mas por representantes da igreja, que neste caso eram os apóstolos e os anciãos (Atos 15:6). Temos aqui um caso semelhante ao sistema de democracia representativa. O concílio de Jerusalém reflete que as tomadas de decisão foram feitas por uma liderança internacional e interdistrital. (comparar Atos 15:6 com Atos 16:4 e 5). O outro exemplo é o do apóstolo Paulo, um evangelista e plantador de igrejas em várias cidades. Ele sempre que podia voltava àquelas congregações ou deixava alguém para trabalhar ali sob a sua supervisão. Havia entre estes líderes e igrejas um trabalho harmônico. Paulo era uma espécie de presidente de campo. As igrejas não decidiam tudo sozinhas. Mesmo empiricamente se percebe que havia uma organização central que dirigia a obra naquela região do mundo.(Tito 1:5, II Timóteo 4:5, Tito 2:15)
Em I Coríntios 16: 1 a 3 temos o desafio de Paulo para que os membros da igreja separem suas ofertas para os pobres da Judéia. Ele pessoalmente passaria para pegar este dinheiro e usá-lo para atender necessidades. Os que questionam a distribuição e administração dos dízimos pela Associação (por exemplo) tem grande dificuldade com este texto. Por que Paulo não deixou que cada igreja administrasse este dinheiro? Uma pergunta para pensar…
É claro que as igrejas locais devem ter dinheiro para fazer face às suas despesas. Mas, deveriam elas usar todo o dinheiro e esquecer da missão mundial que a igreja tem?
Na verdade, a raiz do problema de alguns não é teológica, mas pessoal e às vezes administrativa. Os que defendem a idéia de que a igreja local ou eles mesmos devam administrar e distribuir todo o dízimo estão amparados muito mais em idéias pessoais e textos distorcidos do que no “Assim diz o Senhor”.
Alguns trazem uma certa revolta por causa do erro de um ou outro pastor ou administrador, e então tentam fazer a Bíblia concordar com suas idéias pessoais. Não podemos misturar as coisas. Se alguém na organização erra na aplicação do dízimo deve ser corrigido e deve arcar com as conseqüências. Mas, jamais devemos usar este precedente para desistimular a devolução da parte pertencente a Deus e que deve ser usada no ministério evangélico.
O sistema representativo é o mais justo e equilibrado, pois permite à igreja pensar de forma global nas necessidades da pregação do evangelho. Às vezes temos a tendência egoísta de olharmos apenas para nossa congregação e nos esquecemos que o Novo Testamento concebe a igreja como um corpo (I Coríntios 12:13). E como um corpo ela deve ser dirigida. Primeiramente por Cristo e depois pelos homens e mulheres que ele escolheu.
Aqueles que tem dúvidas sobre a eficácia deste método deveriam conhecer um pouco mais sobre os problemas de igrejas congregacionais, e verão que a crítica feita ao sistema representativa na maioria das vezes é infundada. Todavia se há algum desvio na igreja ele deve ser corrigido conforme manda a palavra de Deus.