Respondendo a mensagem de número 268, segue comentários:
Shalom!
Caro leitor,
Sempre devemos ter o cuidado com versículos isolados fora do contexto bíblico para não cair no erro de dubla interpretação, por exemplo: em Jo 1:1 diz o seguinte “No principio era o Verbo...e o Verbo era D’us”. Há quem questione: Esta expressão conjugada no passado “o Verbo era D’us”, então hoje o Verbo não é mais D’us? Sem duvida, o Verbo sempre é D’us!
Prezado,
Convido você então a apresentar os contextos envolvidos e mostrar o seu entendimento ou fazer uma exegese sobre os textos citados.
Sobre joão 1:1, lembro que já tinha feito uma avaliação deste texto em outro tópico acerca da trindade.
O logos no texto citado em joão 1:1 não é qualificado em igualdade com Deus “Theos”. O verbo, o logos é divino, é qualificado como algo divino, mas não é Deus. Não é co-igual a Deus.
Na verdade este verso, dentro do contexto bíblico, quer dizer que no principio (da criação) quem agia para criar era o Verbo, e, por outro lado, aquela pessoa chamada Yeshua que habitou entre nós e depois nos deixou, era o Verbo que era D’us encarnado na forma de homem (Jo 1:14, Fp 2: 6-7).
Qual o contexto bíblico que consideras? Tu mudas o contexto simplesmente para adaptar ou atribuir uma deidade a Cristo que é inexistente em toda a escritura.
Quem agia era o verbo? Onde isto Meu caro? Quem agia era YHVH (Jeová), o logos, a palavra era o instrumento nas mãos de Jeová para fazer todas as coisas. O próprio Cristo nos declara a cerca de que tudo o que fazia dependia da vontade do seu pai.
Márcio cita o versículo:(João 17:3) - E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Azzi responde:
Fora do contexto bíblico, você notou que neste versículo de João 17:3, nos da à impressão que a pessoa que esta fazendo esta oração sacerdotal de intercessão ao Pai neste verso no monte das oliveiras, não é Yeshua, mas uma outra pessoa falando de Yeshua HaMashiach???
Ora, se era Yeshua quem falava na ocasião em João 17: 3, então, porque ele disse assim: “...e a Yeshua HaMashiach, a quem enviaste”, ao invés de dizer : “...e a mim, a quem enviaste”. A impressão que temos é que uma outra pessoa esta falando, não dá?
Fora do contexto bíblico, você também notou que neste verso, nos sugere a entender que esta mesma pessoa que fala sobre o Yeshua HaMashiach enviado já existia antes que houvesse o mundo e era um ser cheio de gloria (Jo 17:5)? Ueh! Sem nenhuma exceção D’us deixou bem claro que Ele não divide a sua gloria com nenhuma criatura (Is 42:8, Is 48:11)
Fora do contexto bíblico, você notou também que isolando este versículo, ele nos sugere a entender que o verdadeiro D’us é só o Pai celestial e ninguém mais, inclusive nem mesmo Yeshua HaMashiach, o enviado???. Como você percebeu, caro leitor, tirar versículo da bíblia isolando-o e analisando-o fora do contexto bíblico abrem portas para o surgimento de seitas e heresias
Respondo:
Achou alguma coisa fora de contexto, cite qual o contexto a considerar. A alegada descontextualização é inexistente, mediante os argumentos por você apresentados.
Vamos ver se a sua avaliação se enquadra em algum contexto, veja algumas premissas falsas que balizam o teu argumento e linha de raciocínio:
1) Utilizando João 17:3 e João 17:5 concluir baseado neles que a glória que Jesus tinha era a mesma de seu Pai. São palavras suas as seguintes:
“Fora do contexto bíblico, você também notou que neste verso, nos sugere a entender que esta mesma pessoa que fala sobre o Yeshua HaMashiach enviado já existia antes que houvesse o mundo e era um ser cheio de gloria (Jo 17:5)? Ueh! Sem nenhuma exceção D’us deixou bem claro que Ele não divide a sua gloria com nenhuma criatura (Is 42:8, Is 48:11)”.
Amigo, João 17:3 não sugere o entendimento que estás propondo. Bah, isto sim posso chamar de fora de contexto bíblico. O máximo que João 17:3 afirma é que Cristo é o enviado de Deus. Não estamos tratando de sua pré-existência ou não, pois este fato em si não atribui nenhuma deidade a Cristo.
Tu vais mais adiante na descontextualização, além de fazer a afirmação acima, que já está alicerçada em uma premissa falsa, cita outro texto bíblico para corroborar uma afirmação já deficiente, citando Isaías 42.8 e Isaías 48:11, e afirmando que a glória de Deus é a mesma de Cristo. Temos que entender de que glória estamos falando neste texto.
Pois glória não é uma atribuição única de Deus nos textos bíblicos, até seres inanimados possuem glória, somente a título de exemplo, leia I coríntios 15:39-40:
Verso 39: Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves.
Verso 40: E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.
Diversos homens no passado bíblico (Elohim), também tiveram glória, mas a glória que o texto trata e de que Isaías 42:8 fala é a glória que é exclusiva de YHVH, como único Deus, está não é compartilhada com ninguém. O que YHVH fala a cerca de sua glória, é que justamente não a divide com NENHUM outro deus, o texto faz referência à honra a ídolos, desvio comum na trajetória do povo hebreu.
O texto afirma: אֲנִ֥י יְהוָ֖ה ה֣וּא שְׁמִ֑י וּכְבוֹדִי֙ לְאַחֵ֣ר לֹֽא־ אֶתֵּ֔ן וּתְהִלָּתִ֖י לַפְּסִילִֽים׃ ("Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor).
Isto não significa que Deus não glorifique a ninguém ou que não coloque alguém em posição de honra, de destaque, de glória. Porém, isto jamais significa coigualdade com ele.
O texto de Isaías não se aplica a situação em questão, o que está sendo exortado nas palavras de YHVH, é que sua glória não é dada a falsos deuses, a ídolos.
O fato de Jesus ter uma posição de destaque, em glória junto ao Pai, não atribui a este a deidade que somente é pertencente a YHVH.
Agora vamos entender este versículo João 17: 3 dentro do contexto harmônico bíblico.
Se as premissas do argumento citadas anteriormente estavam equivocadas, o resultado a partir daqui não pode chegar a uma conclusão razoável. Mas vamos prosseguir com a análise do texto.
Portanto, quando Yeshua disse: “E” a Yeshua HaMashiach a quem enviaste, com esta pequena palavra “E”, Yeshua estava se incluindo como sendo o D’us Verdadeiro além do Pai dEle (para você entender melhor este “E”, veja este exemplo comparativo: a água salobra é composta de água “E” sal, pois se não ter sal não é água salobra)
Conclusão equivocada e absurda. Jesus não se inclui como o verdadeiro Deus. Não é isto que está sendo dito no texto. Jesus separa bem as funções dele próprio e de seu Pai, o Pai é o ÚNICO DEUS VERDADEIRO e ele (Jesus) é o enviado para tornar o DEUS VERDADEIRO conhecido.
Na verdade Yeshua estava diferenciando o falso pai e D’us do verdadeiro Pai e D’us quando Ele disse que para se ter a Vida Eterna é necessário conhecer apenas duas pessoas como sendo o único D’us verdadeiro, somente o Pai dEle e Ele como sendo a Palavra enviada e encarnada do Pai dEle.
Fora do contexto escriturístico estas afirmações. Imagine-se no contexto judaico, onde todos eram monoteístas e somente conheciam YHVH....
Não há contexto para estas afirmações.
Os ouvintes da pregação de Cristo não tinham dúvidas acerca de quem era o Deus verdadeiro (YHVH), Jesus não estava diferenciando entre verdadeiro e falso. O que os judeus não criam era que Jesus era o enviado de YHVH para a redenção deles.
Se suas afirmações forem coerentes, quem era os falsos “Pai” e “Deus” que os judeus acreditavam? Podes responder?
Yeshua NÃO disse apenas isto:
E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único D’us verdadeiro.
Mas Yeshua disse na integra isto:
E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único D’us verdadeiro, E a Yeshua HaMashiach, a quem enviaste.
Dando a entender isto:
E a Vida Eterna é esta: que conheçam, (entre muitos pais e deuses), somente o meu Pai e a mim, por único D’us verdadeiro”.
As premissas parecem verdadeiras e coerentes, mas a conclusão é absurda e fora de propósito.
O texto não dá margem para a conclusão que propuseste acima.
O judeu diligente e observador da Lei, que ouvia os discursos de Cristo, não tinha dúvidas de quem era o verdadeiro Deus, a saber YHVH. A afirmação “somente o meu pai e a mim por único Deus verdadeiro” é um acréscimo ao texto bíblico de sua inteira responsabilidade, pois claramente não é isto que o texto afirma.
Vamos mais adiante, mostrarei mais incoerências nesta análise:
Mas por quê?. Porque ambos são UM (Jo 10:30), tanto é que Yeshua, no mesmo evangelho em João 14: 9, diz que quem vê a Ele vê a D’us, o Pai, e também diz que para se crer no D’us verdadeiro e ter a Vida Eterna é necessário crer nEle e ter Ele porque Ele, com o Pai, é o Verdadeiro D’us e a Vida Eterna (Jo 14:1 e 6, 1Jo 5:20), além disto, no mesmo evangelho em João 1:1 e 14, esta escrito que a Palavra de D’us é D’us e encarnou.
Nas suas palavras acima, tu citas textos bíblicos para corroborar as posições anteriores, que já eram carentes de premissas verdadeiras, vamos aos resultados:
Sobre João 10:30: “Eu e o Pai somos UM”. Não infere DEIDADE a Cristo. Se isto fosse verdadeiro EU também seria DEUS coigual com YHVH, pois no texto de joão 17: 21 e 22, somos chamados a sermos UM com o Pai e Cristo
Verso 21: para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
Verso 22: Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um
O fato de sermos UM com Deus e Cristo não nos torna coigual a Deus.
O verso 22 diz que fomos glorificados.... será a mesma glória que afirmas que Deus não divide com ninguém? Ou é outra glória? Por acaso somos coiguais a Deus por isto?
Sobre João 14:9, também não ajuda na argumentação trinitária pois YHVH seria conhecido em suas palavras e atitudes através de Cristo e isto não significa ou atribui deidade a Cristo.
João 14:1 e 6:
Verso 1: "Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.
Verso 6: Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.
Estes versos não ajudam a causa trinitária. Crer em Deus e em Jesus, conforme afirmado nas escrituras não atribui deidade a Cristo. O verso 6 também é ineficaz para se concluir a cerca de uma deidade de Jesus Cristo em coigualdade com YHVH.
Creio que você deve ter percebido que todos os versículos citados nesta interpretação se encaixam perfeitamente como se fossem partes de um quebra cabeça. Agora, se você não concordar com estas realidades, você terá que admitir que o evangelho de João é falso, e como consequência todo o Novo Testamento cai por terra fazendo do cristianismo e judaísmo messiânico, seitas, tal como dizem os judeus ortodoxo..
Sublinhei e negritei os trechos acima, de sua autoria, eles mostram claramente que, quando as premissas escolhidas são incoerentes, os contextos imediatos são desconsiderados e quando se atribui aos textos a conotação que se quer ao bel prazer, o resultado não pode ser bom. A exegese fica realmente comprometida.
Toda a linha de raciocínio está comprometida por premissas falsas tomadas como verdadeiras.
Ora, a palavra “Apostolo” significa literalmente “enviado ou missionário”, portanto, quando Yeshua refere-se a si mesmo como o enviado do Pai, ele esta auto se declarando como sendo o Apostolo Yeshua, ou seja, o missionário Yeshua (conf. Hb 3:1),
E onde está a deidade de Cristo? Onde está a alegada coigualdade com o Pai?
portanto, na condição de enviado, Yeshua é a própria Palavra Apostólica de D’us que é D’us (Jo 1:1), então, em João 17:3, quando ele diz: “e a Yeshua HaMashiach, a quem enviaste”, ele esta se referindo ao ministério no espirito de Apostolo Yeshua (missionário Yeshua) que foi enviado da parte do Pai, não que a Palavra de D’us (=Yeshua) deixou de estar no seio do Pai, pois, a Palavra é onipresente e não esta sujeita ao tempo (é atemporal) porque Ela é D’us e pode encarnar (Jo1:1 e 18).
O logos, verbo ou palavra é o instrumento de YHVH para todas as suas ações. O logos é divino pois veio do Pai, foi o único gerado a partir dele, porém não significa coigualdade.
O instrumento de Deus não é coigual a Deus. Não há deidade de Cristo aqui também.
Como exemplo paralelo, imagine você como Pai e tem um filho, e você com o teu filho, resolvem construir um robô, então, você com o teu filho, passam a ser o Pai da Criação do robô (o pai do robô). Tal como Yeshua (o filho) com seu Pai, são o Pai da Criação e Salvação, tanto é que indiretamente Yeshua se declara sendo o nosso pai quando diz que não nos deixará órfãos em João 14:18.
Exemplo não aplicável. Pois o meu filho jamais será coigual a mim.
A conclusão é incoerente pois partiu de uma premissa não verdadeira.
A mesma coisa acontece quando em Isaias 9:6 declara que o nome do menino que a virgem conceberá, será chamado D’us Forte e Pai da Eternidade, ao invés de representante ou substituto do D’us Forte e do Pai da Eternidade. O profeta já tinha esta revelação de que aquele menino era Elohim YHWH, o D’us e Pai da Salvação, o Emanuel, o D’us encarnado conosco (conf. Is 7:14).
Pelo texto citado e por esta explicação, temos uma infinidade de candidatos a deuses e deusas nas escrituras todos em igualdade com YHVH.
Onde está a coigualdade?
Quantos elohim as escrituras descrevem?
Quando Yeshua diz: “Eu sou a Vida Eterna” ele esta se referindo a ele como parte integrante na formação de D’us. Mas quem é este D’us? Ora, o Elohim YHWH, que é uma unidade corporativa indivisível, pois, quem conhece e vê a Yeshua, que é a Palavra de D’us que é D’us, conhece e vê o Pai (da salvação e criação), que é a Vida Eterna.
As seguintes afirmações não tem nenhum respaldo nas escrituras:
1) Ele esta se referindo a ele como parte integrante na formação de D’us. Pergunto: Deus se formou quando?
2) Que é uma unidade corporativa indivisível. Bah, mostre pela escritura esta afirmação.
Ou seja, entre muitos deuses, você só pode crer no D’us verdadeiro a partir do momento que você receba, conheça, confesse e creia em Yeshua como sendo o Verbo de D’us que é D’us encarnado, tal como está escrito, caso ao contrario você crê em um falso YHWH com aparência de verdadeiro, pois, naquela ocasião já existiam muitas seitas e heresias judaicas tal como é nos dias de hoje tanto no judaísmo como no cristianismo.
Observe que partes de uma suposição não verdadeira que balizou toda a sua linha de raciocínio. O público que ouvia a Cristo na ocasião não estava questionando falso ou verdadeiro YHVH, pois somente conheciam UM o de deuteronômio 6:4. Inserir um contexto de seitas e heresias judaicas na ocasião é descontextualizar o que o texto realmente quer informar.
Desculpe, mas não procede o argumento.
Os pagãos também creem em seus deuses e acreditam que eles são verdadeiros!!! Inclusive existem seguimentos religiosos que se dizem crentes no D’us de Abraão mas negam que Yeshua é a própria Palavra de D’us que é D’us encarnado como se isto fosse algo impossível para D’us realizar, por este motivo Yeshua disse “credes também em mim”, ou seja, quem crê em Yeshua esta crendo no D’us verdadeiro, caso ao contrario você crê em um falso YHWH, deformado, com aparência de verdadeiro.
Responda:
Cristo estava dialogando com os judeus de sua época ou com os povos pagãos?
Ele veio para o que era seu ou para os povos pagãos naquela ocasião?
Portanto, para evitar confusão com outros (falsos) deuses e com outras doutrinas de origem duvidosa, ficou estabelecido nas escrituras que quem não crê e não confessa Yeshua como sendo a própria Palavra (Apostólica) de D’us que é D’us encarnado na forma de homem, não tem como crer no D’us Verdadeiro.
Ficou estabelecido por você e não por YHVH.
Márcio