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    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina e do sábado"

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    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina  e do sábado" Empty Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina e do sábado"

    Mensagem por Julio Celestino Dom 21 Dez 2014, 04:47

    MINHA RESPOSTA AS 40 PERGUNTAS VERDADEIRAMENTE TIRA-TEIMA SOBRE O TEMA DA LEI DIVINA E DO SÁBADO



    Considerações iniciais

    As perguntas foram lançadas no fórum evangélico (http://goo.gl/94kNIE), porém eu as conheci por um irmão chamado Ronaldo Lima, que foi desafiado pelo Sr. Azenito a respondê-las. Não sou contra nenhum irmão que guarde o sábado, sou contra a ideia de que seja um preceito obrigatório para a igreja cristã. A afirmação de que o sábado é “O selo de Deus” me levou a tentar responder as perguntas, pois as igrejas que sempre convivi (a saber: Maranata e Assembleia de Deus) não guardam o sábado. Afirmar que o sábado é o selo de Deus afirma direta ou indiretamente que os milhões de irmãos das demais igrejas que não adotaram esse preceito judaico não têm o selo de Deus em suas vidas.

    “no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1.13).

    “o qual também nos selou e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações” (IICor 1.22).


    Não vos deixem persuadir!

    Os dez mandamentos
    Hebraico - Assêret Hadibrot
    Tradução literal: Dez palavras, Dez falas, Dez ditos.
    Diretamente mencionado pelo nome em: Êx 38.28, Dt 4.13, Dt 10.4.
    Quando citado se refere ao DECÁLOGO
    O decálogo faz parte da Lei de Moisés, um compêndio total de 613 mandamentos.

    Lei de Deus
    Hebraico – Torah ‘Elohiym
    Tradução literal – Lei de Deus
    Diretamente mencionada pelo nome no A.T.: Js 24.26, Ne 8.8,18, Ne 10.29
    Quando citada se refere à TORAH / PENTATEUCO
    A Lei de Deus na bíblia se refere a 613 mandamentos. A Torah em sua toralidade.


    Dois (dos vários) pontos fracos da teoria de que o dia de sábado é o dia de guarda obrigatória para os cristãos:

    1. Essa observância jamais é ordenada no N.T., ao mesmo tempo em que os demais nove mandamentos da lei mosaica são constantemente reiterados e salientados.  Devemos admitir que  não  havia  necessidade  de enfatizar essa prática na igreja de Jerusalém;  mas não se pode entender a ausência  de  tal preceito nos escritos do apóstolo Paulo,  que escreveu para igrejas gentílicas, sem  tradições  sabáticas,  pois,  se  essa  observância  fosse  obrigatória,  não podemos  duvidar  que  o  apóstolo  dos  gentios  teria  ensinado  às  igrejas  a. respeito,  conforme  fez  com  todas  as  outras  doutrinas  verdadeiramente cristãs.  Ora, Paulo mesmo declarou: “... jamais deixando de vos anunciar cousa alguma proveitosa, e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa” (Atos  20:20).  Que o apóstolo dos gentios não ensinou ser necessária a observância do sábado é muito significativo.  Também não há que duvidar que Paulo classificava o sábado dentro da mesma categoria das outras festividades  religiosas  dos judeus.

    2. Deve-se observar, por igual modo, que apesar de haver, em certas mentes modernas, tremenda diferença entre as “leis morais” e as leis cerimoniais, isto é, respectivamente, entre os dez mandamentos e os preceitos rituais dos judeus, contudo, tal distinção jamais fez parte da mentalidade judaica, não podendo ser encontrada nenhuma declaração bíblica nesse sentido.  Muitos judeus consideravam serem mandamentos importantíssimos, não menos importantes do que os dez mandamentos das tábuas da lei, certas observâncias que consideraríamos triviais, como a lavagem de roupas, mãos, pratos, etc. Portanto, a distinção feita por alguns modernos, os quais afirmam que a “lei cerimonial” foi ab-rogada, mas que a “lei moral” não o foi é uma pretensão inteiramente destituída de provas bíblicas. Pois, nesse caso, é tão fácil eliminar o sábado como é fácil eliminar a lavagem de mãos, pratos, etc., com base  no  ponto  de  vista  da  suposta eternidade  das  leis  outorgadas ao  antigo povo  de  Israel.



    PERGUNTAS

    1ª. – Quem foi o primeiro ser do universo a violar a lei divina, não demonstrando amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo?

    Obs.: O anjo rebelde não demonstrou amar a Deus sobre todas as coisas pretendendo soberbamente instalar o seu trono acima do trono do Altíssimo (Isa. 14:13). E não demonstrou amar o próximo como a si mesmo enganando a terça parte dos anjos celestiais—criaturas como ele—para que cumprissem a sua agenda egoísta (Apo. 12:7).

    Resposta: Respondendo mesmo que tal pergunta tenha sido formulada de forma persuasiva. A lei divina que o Sr. Azenito se refere é a que se encontra na Torá em Deuteronômio 6.5 “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” e em Levítico 19:18 ‘Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.”. A minha resposta é Satanás.

    Lembrando que estes mandamentos não estão no decálogo, mas no livro da lei (onde os dez mandamentos estão incluídos).

    Obs.: Isaias 14 fala de Lúcifer? Não! O versículo 4  é uma referência chave, que diz: “que entoarás esta sátira a respeito do rei da Babilônia”. Vejamos agora uma nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém, página 1276, sobre os versículos 12-15:
    “Os vv. 12-15 parecem inspirar-se em modelo fenício. Em todo caso, apresentam vários pontos de contato com os poemas de Râs-Shamra: a estrela d’alva e a aurora são duas figuras divinas; a montanha da Assembleia é aquela em que os deuses se reuniam como no Olimpo dos gregos. Os padres interpretaram a queda da estrela d’alva (Vulg., ”Lúcifer”) como a do príncipe dos demônios”.
    A obra “O Antigo Testamento Interpretado – Chaplin” no capítulo referido diz:
    “Mas, conforme se pode ver, originalmente não havia uma referência ao principal anjo caído, a quem chamamos Satanás ou diabo”. E completa: "A verdade é que este texto nada diz acerca de Satanás, nem a respeito de sua queda, nem sobre a ocasião de sua queda, conforme muitos intérpretes deduzem com tanta confiança" (Adam Clarke, in loc).


    2ª. – Se os princípios do Decálogo não são anteriores ao Sinai, e não se pode provar que o princípio do sábado valia para Adão, então aquele primeiro sábado, limitado ao Criador, como alegam tantos, foi feriado só para Deus, não para o homem?

    Obs.: Argumentos do silêncio não têm qualquer peso como prova ou contraprova de coisa alguma e os apologistas de gabarito sabem disso e não os utilizam. Pelo raciocínio do “silêncio” (não ser dito explicitamente algo) Adão podia até transar com as orangotangas do Éden, pois não consta qualquer regra contra a prática da bestialidade ao tempo dele.

    Resposta: O Shabat. Deus Celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei. O substantivo Shabbat “sábado”, não aparece aqui, na criação. Surge pela primeira vez no evento do maná (Êx 16:22,23). A Septuaginta emprega a palavra sabbaton, “sábado,semana”, a mesma usada no Novo Testamento Grego.

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    Deus concluiu a criação no dia sétimo. Deus completou a sua obra da criação no sétimo dia. Deus “descansou”, ou seja, cessou, é o significado do verbo hebraico usado aqui, shabat, “cessar, desistir, descansar” (Gn 8.22; Jó31.1; Ez 16.41). Esse descanso é sinônimo de cessar de criar, e indica a obra concluída. Não se trata de ociosidade, pois Deus não para e nem se cansa (Is 40.28; Jo 5.17).

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    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina  e do sábado" Shabat%2B-%2Bparar%2B-%2Bacabar

    Resumindo: Não foi um “feriado” para Deus.

    Obs.: Mais informações do sétimo dia que não foi mencionado que “houve tarde e manhã” na resposta oito.



    3ª. – Se os princípios do Decálogo não são anteriores ao Sinai, como Deus pôde ter condenado Caim, os antediluvianos e Sodoma e Gomorra, quando “onde não há lei também não há transgressão” (Rom. 4:15) e “pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4)?

    Obs.: Se os princípios da Lei Moral de Deus, depois expressos no Decálogo, não existiam antes do Sinai, então Abraão, Isaque e Jacó podiam tranquilamente cultuar imagens de Santo Abel, Santo Enoque e São Noé em suas tendas, já que não consta ocorrer ao tempo deles qualquer regra específica contra adoração de ídolos.

    Resposta: Desde o princípio do mundo todos sabem que é imoral matar, adulterar, furtar, dizer falso testemunho, desonrar pai e mãe, pois Deus colocou a sua lei no coração e na mente de todos os seres humanos desde o início (Rm 1.19,20). As palavras mandamentos, estatutos e leis fora mencionadas antes do Sinai, mas isso não prova que todos os preceitos da Lei de Moisés (Lei de Deus). Vejamos uma nota de rodapé sobre Gênesis 26.5 da Torá – editora Sêfer pág. 70:
    “O Midrash explica que Mitvsvot (mandamentos) significam leis ditadas pela moral e consciência humanas; Chukim (estatutos) são leis ordenadas por Deus, sem que na Torá haja uma explicação de sua razão; Torot (leis) são leis orais transmitidas de pai para filho e de professor para aluno, através de cada geração.”
    Existia instrução oral de Deus para o homem, de pai para filho e de professor para aluno antes do Sinai, mas não há provas concernentes ao sábado.
    Eram princípios éticos e naturais, e não um código de estado. As dez proposições (lit. dez palavras), foram promulgadas em forma de lei, como código, e entregues a Israel por intermédio de Moisés. Os princípios éticos e morais de Deus foram postos na mente e no coração dos homens, porém o “sábado, semana – shabbat - sabbaton” é um preceito cerimonial e não é um preceito moral (confira o argumento na resposta sete).
    Antes do evento do maná encontramos vários tipos de pecados, exortações e punições da parte de Deus, mas não encontramos nenhum registro de um personagem violando o sábado (que era digno de morte de acordo com a lei - Nm 15.32-35), sendo assim vejo apenas duas alternativas: 1) todos os personagens descritos na bíblia guardaram o sábado perfeitamente não havendo necessidade de Deus puni-los para que consequentemente existisse pelo menos um registro antes do evento do Maná ou 2) o sábado (shabbat – sabbaton) de fato é um preceito cerimonial que não era cobrado antes de Moisés com o mesmo rigor que os outros mandamentos do decálogo (isso se o mesmo foi exigido por Deus antes do evento do maná).
    - Obs.: 1ª João 3:4 em sua tradução correta da língua original é “Todo o que comete pecado comete também a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade”. A tradução que o Sr. Azenito usou se encontra apenas na versão ARA; em contra partida na Bíblia de Jerusalém, Novo Testamento Interlinear – SBB, versão ACF e ARC nos informa que a tradução correta é “porque o pecado é a iniquidade”. Sendo assim eu descarto sua tentativa persuasiva de usar tal versículo relacionando-o diretamente com a palavra lei. A lei não são apenas 10 mandamentos (lit. dez palavras).



    4ª. – Se quando o Decálogo foi outorgado é dito que Deus “nada acrescentou” a Suas palavras solenemente proferidas e daí gravadas por Ele nas tábuas de pedra (Deu. 5:22)—a única vez na história que o povo ouviu Deus falando claramente, e esse Seu único “discurso público” foi a proclamação de cada um e todos os Dez Mandamentos—não é um absurdo tentar acrescentar a essa divina lei as regras das demais leis (cerimoniais, civis, etc.), alegando formarem todas um só pacote legal, tudo abolido na cruz, como é a pregação dos dispensacionalistas?


    Obs.: Pode-se dizer que o papel de Moisés no episódio da outorga da Lei Moral foi a de um mero “office-boy”, pois apenas trouxe do alto do monte, a cópia do solene discurso de Deus, registrado nas duas tábuas de pedra por Ele próprio, e por duas vezes (Deu. 5:22; 10:1-5).

    Resposta: Um fato interessante é que na formulação dessa pergunta, o Sr. Azenito usa o decálogo apresentado em Deuteronômio com a frase “nada acrescentou”. Seguindo no texto apresentado, o mandamento diz o seguinte “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt. 5.15). Deus ordenou que a nação de Israel guardasse o sábado como um memorial da saída triunfal do Egito. Este propósito está registrado no decálogo apresentado em Deuteronômio que Deus “nada acrescentou”.
    Pergunta: Em que momento Adão, Eva, Seth, Matusalém, Noé, Sem, Cão, Jafé e etc. foram servos na terra do Egito e retirados de lá pela mão do Senhor para que o dia de sábado fosse memorável para eles como está no decálogo de Deuteronômio que Deus “nada acrescentou”?
    Inevitavelmente precisei responder a quarta pergunta com outra, onde a resposta plausível é óbvia.



    5ª. – Onde o contexto de Heb. 7:12, ao falar da “mudança da lei”, trata da Lei Moral dos 10 Mandamentos mantendo intactos nove mandamentos, somente com o seu 4º. Mandamento (do sábado) sendo trocado, seja pelo domingo, seja pelo ‘dianenhumismo/diaqualquerismo’?

    Obs.: Na verdade, o contexto informa que a lei a ser mudada seria teoricamente a lei do sacerdócio, pois pela mesma, só quem era da tribo de Levi podia ocupar tal posição, e Cristo era da tribo de Judá. Claro que o autor de Hebreus fala sobre isso apenas retoricamente, pois os judeus jamais aceitariam mudar a lei para favorecer o sacerdócio de Cristo, quando nem aceitavam a Sua messianidade.

    Resposta: “O sacerdócio e a lei que o descrevia e punha em vigor, ficam de pé ou caem juntamente. O novo sacerdócio introduziu sua nova lei, a «lei do Espírito», explicada nos termos do evangelho. O antigo sacerdócio cedeu lugar ao novo sacerdócio, e a lei mosaica foi substituída pelo evangelho; e o Espírito habitador é quem o faz real para os homens. A «nova ordem» é também mais «antiga», estando tipificada no sacerdócio de Melquisedeque, dentro dos eternos conselhos de Deus; é mais antiga tanto em relação à lei como em relação a seu sacerdócio legalista. Não há aqui qualquer ideia que «somente a parte da lei que se aplica ao sacerdócio foi abolida». Esse é um ponto de vista míope sobre o que significa o cristianismo. Cristo é o «fim da lei» para todos quantos nele confiam. (Ver Rom. 10:4). E isso tanto moral como cerimonialmente. Os judeus não estabeleciam qualquer distinção entre esses dois aspectos da lei. A chamada «lei cerimonial», para eles, era uma questão perfeitamente «moral». Cristo pôs fim ao «legalismo» como meio de salvação, tendo-o substituído pelo caminho místico, a saber, o acesso a Deus através do poder transformador do Espírito que em nós vem habitar. Em Cristo tem lugar o sacerdócio ideal; e este é mediado misticamente, e não legalisticamente. Sua força é o Espírito habitador. O Espírito é a nova lei, o princípio ativo. Ele transforma  os  remidos  segundo  a  imagem  de Cristo, e assim se chegam a Deus, gozando de pleno acesso, na qualidade de filhos.  (Ver II Cor. 3:18;  Heb.  2:10  e  ss. e  10:19).”
    “É verdade que alguns intérpretes tentam preservar aqui o aspecto «moral» da lei, aplicando este versículo somente ao seu lado cerimonial. Porém, já notamos que os judeus não faziam tal distinção, como agora se faz na teologia cristã; portanto, os leitores originais do tratado jamais poderiam ter compreendido estas palavras como querem dizer-nos esses intérpretes.  A lei foi ab-rogada não apenas em seus aspectos rituais e cerimoniais, relativos ao sacerdócio, mas também como meio de justificação e de santificação.  O cristianismo não é nem legalista e nem cerimonial; pelo contrário, é místico. E tudo quanto for realizado, dentro da inquirição espiritual, deve ser feito através do contato com o Espírito de Deus.  Contudo, as exigências da lei, que são santas, são satisfeitas mediante a transformação moral; mas essa transformação não é legalisticamente efetuada.”
    O novo testamento interpretado - Russell Norman Champlin – Editora Hagnos – página referente ao versículo de Hebreus 7:12.
    Domingo: O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19,26). Nesse dia o Senhor Jesus ressuscitou dentre os mortos (Mc 16.16). O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2 Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14). Não houve transferência! Descansar e cultuar no domingo não são uma prática legalista.


    6ª. – Onde é dito que ao escrever o que é chamado de “Minhas leis” [de Deus] nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto [Novo Testamento], como é a promessa em Heb. 8:6-10, nesse processo Deus, a) deixa de fora o preceito do sábado; b) mantém o preceito, mas trocando a santidade do 7º. para o 1º. dia da semana; c) deixa o conceito de “dia do Senhor” como um “domingão do crentão”, nele podendo-se comprar, vender, ver o esporte no estádio ou na TV; OU, d) deixa o conceito de dia de repouso como uma prática vaga, voluntária e variável segundo os interesses ou conveniências do crente (ou do seu empregador)?

    Resposta: O texto de Hebreus 8:6-10 não são palavras novas do autor da carta. O Autor de Hebreus no capítulo 8:8 após dizer “ele faz, com efeito, uma repreensão:” até o versículo 12 faz uma citação das escrituras do Antigo Testamento:
    Jeremias 31.33-34: Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
    Hebreus 8:8-12: Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança, Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo; E não ensinará cada um a seu próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior. Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
    Há uma só Lei.
    As Leis citadas em Jeremias (que o autor de hebreus repetiu) não falam apenas do decálogo e sim do livro da lei ou a Lei do Senhor que é um conjunto de 613 mandamentos (cf. Ne 8.1,2,8,18; 10.29). Há uma corrente de interpretação que ensina que o Decálogo é lei moral, enquanto parte da legislação mosaica que trata das cerimonias de sacrifícios e festas religiosas, entre outras, é chamada de lei cerimonial. Esse pensamento nos parecesse inconsistente, pois não é ensino bíblico nem os judeus jamais dividiram sua lei em moral e cerimonial. Ao longo da história, eles observaram o sábado e a circuncisão com o mesmo cuidado. Jesus disse que a circuncisão está acima do sábado (Jo 7.22,23).
    Após a citação o autor finaliza no verso 13: Assim sendo, ao falar de nova aliança, tornou velha a primeira. Ora, o que se torna antigo e envelhece está prestes a desaparecer.
    Resumindo: Eu fico com a alternativa E.  Mudamos das Leis que não podem nos justificar (At 13.38,39) para a Lei de Cristo (Gl 6.2).



    7ª. – Por que em Heb. 8:10 e 10:16 é dito que as leis que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto [Novo Testamento] são chamadas de “Minhas leis” [de Deus], e não lei de Cristo, lei do Espírito, lei da fé, lei do amor?

    Obs.: Claro que tais leis abrangem tudo isso—são de Cristo, da fé, do amor, do Espírito. E observe-se que Heb. 8:6-10 é mera reprodução de Jer. 31:31-33, daí que essas leis por Deus escritas nos corações sob o Novo Concerto são AS MESMAS do tempo de Jeremias. Claro que isso não inclui os aspectos cerimoniais, prefigurativos, pois quando Hebreus foi escrito o seu autor e seus leitores primários sabiam que o véu do Templo se rasgara de alto a baixo quando Cristo proferiu o “Está consumado” (Mat. 27:51), indicando o fim das leis cerimoniais, não das leis morais, em que se inclui o sábado.

    Resposta: Porque toda a Lei se resume num só mandamento, a saber: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” – Gálatas 5:14.
    Sábado é um preceito cerimonial. O senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4). Veja ainda a que Jesus se referia quando falou a respeito desse ritual mencionado em Êxodo 29.33 Levítico 22.10 e 1 Samuel 21.6. Disse igualmente que “os sacerdotes no tempo violam o sábado e ficam sem culpa” (Mt 12.5) , ao passo que não existe concessão para preceitos morais.
    - Obs.: Se Hebreus 8:6-10 é mera reprodução de Jeremias 31:31-33, a leis que Deus deveria escrever no coração do homem deveria ser um total de 613 mandamentos que são da época de Jeremias e não apenas 10 ou 12 (incluindo a abstinência de carne de porco e o dízimo, porque convém à tais beneficiados denominativos).



    8ª. – Por que o sábado seria cerimonial, quando todas as cerimônias são prefigurações de eventos do FUTURO (como os cordeirinhos que apontavam ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” –João 1:29) enquanto o sábado aponta ao PASSADO, sendo o “memorial da criação” (ver Êxo. 2:8-11, especialmente vs. 11), e até ao FUTURO quando prosseguir sendo observado na Nova Terra (Isa. 66:22, 23)?

    Obs.: Davi declara que as obras do Senhor são tornadas “memoráveis” (Sal. 111:2-4). A “lua nova” não se refere somente à festa cerimonial, mas era o marco também de um novo mês, do calendário lunar de Israel. Na Nova Terra haverá contagem não só de semanas—demarcadas pelo sábado—mas também de meses—Apo. 22:2.

    Resposta: O Texto abaixo extraído do blog http://oseias46a.blogspot.com.br/ responde a pergunta.

    O descanso de Deus.
    Quando lemos o relato bíblico da criação, vemos que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo, havendo terminado a sua obra criadora, entrou no seu descanso, “o descanso de Deus”.

    Percebemos, por uma leitura atenta das Escrituras Sagradas, que o dia do descanso de Deus, foi um dia diferenciado dos outros. Em, todos os outros dias, desde o dia primeiro ao dia sexto, lê-se que “houve tarde e manhã”, mas, ao chegar no sétimo dia, ou no dia do descanso de Deus a expressão não aparece mais. Será que o escritor registrou-a por seis vezes, apenas como mera repetição e, a omitiu ao chegar no sétimo por acaso? Creio, que não.  Os seis primeiros dias foram dias completos de 24 horas.  Mas, o sétimo dia de Gn 2.2, o descanso de Deus, foi o descanso que começou no sétimo dia da criação e não terminou mais (embora, Deus trabalhe ainda em favor da humanidade Jo 5.17).

    2. Entrando no descanso de Deus HOJE.
    O escritor aos hebreus, usa dois capítulos inteiros, a saber os capítulos 3 e 4 para falar sobre a necessidade de os cristãos salvos, entrarem no mesmo descanso de Deus. E, para isso usa como exemplo aqueles (Judeus), que não conseguiram entrar no descanso, embora, fossem ferrenhos observadores do sábado semanal de 24 horas.

    Hebreus 3:12-19
    12 Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. 13 Pelo contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama "hoje", de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado,14 pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio. 15 Por isso é que se diz: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião".
    16 Quem foram os que ouviram e se rebelaram? Não foram todos os que Moisés tirou do Egito? 17 Contra quem Deus esteve irado durante quarenta anos? Não foi contra aqueles que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 E a quem jurou que nunca haveriam de entrar no seu descanso? Não foi àqueles que foram desobedientes? 19 Vemos, assim, que foi por causa da incredulidade que não puderam entrar.


    Hora, se os que Moisés tirou do Egito, apesar de guardarem o sábado semanal, não puderam entrar no descanso de Deus, LOGO, O DESCANSO DESCRITO PELO ESCRITOR, NÃO É UM DIA COMUM DA SEMANA. Mas, que descanso, ou sábado é esse? É, um sábado que se entra pela fé, envolve a mensagem do Evangelho. Em que dia da semana? No dia que se chama HOJE: “Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, (V, 15)” ou seja, todos os dias, Deus nos convida a entrar non seu descanso.
    O que sabemos até agora sobre o descanso de Deus na criação?
    1. Apesar de guardarem o sábado semanal, os filhos de Israel não entraram neste descanso.
    2. Este descanso envolve a fé e a mensagem do evangelho.
    3. Este descanso começou no sétimo dia da criação e não terminou (Gn 2:2 não registra "tarde e manhã", como nos últimos 6 dias de Gênesis 1).
    4. Este descanso é "Hoje" (todos os dias), não apenas uma vez por semana.
    3. Que é o descanso de Deus e como entrar nele?
    O descanso de Deus, que a Palavra nos convida a entrar, como vimos, não é um dia comum da semana. O descanso, de que se trata, é em suma, o descanso dos crentes em Jesus Cristo (Mt 11.28-29), e, também o celestial.

    Em Jesus, porque, está escrito que NÓS O QUE TEMOS CRIDO ENTRAMOS NO REPOUSO (Hb 4.3a)e, que Josué não deu o verdadeiro repouso para o povo de Deus (Hb 4:Cool. Pois, Deus, pela boca dos profetas falou de outro dia em que o seu povo iria entrar nesse descanso. O HOJE, que é PELA FÉ.
    Hebreus 4:8-13
    Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso [10], Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia. 9 Assim, ainda resta um descanso sabático [11] para o povo de Deus; 10 pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas.[12] 11 Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência. [13]
    E, o messias, Jesus Cristo, já havia convidado toda humanidade para descasar Nele próprio:
    Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". (Mateus 11:28-30)

    Portanto, partindo de Cl 2.16-17, onde é dito que o sábado é uma sombra das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo, aprendemos que a essência da observância do sábado apontava para o descanso em Jesus Cristo. Mas, descansar de que? Das tentativas de tentar alcançar a salvação pelas nossas obras.



    9ª. – Por que só o preceito do sábado, dentre todos os do Decálogo, é o único que pode ser flexibilizado, valendo qualquer dia para se dedicar ao Senhor, desde que seja o sétimo na contagem de tempo?

    Obs.: Na verdade, assim como não faria sentido os brasileiros comemorarem a Independência nacional em 8 de outubro, 9 de novembro ou 10 de dezembro, também não faz sentido dedicar ao Senhor outro dia que não seja o sétimo. Jesus disse que O sábado [não UM sábado] foi feito por causa do homem (Mar. 2:27).

    Resposta: Todos os mandamentos do decálogo foram reafirmados na nova aliança, exceto a guarda do sábado.

    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina  e do sábado" Mandamentos%2BReafirmados

    - Obs.: Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição. Então, não há outro no universo investido de tamanha autoridade, senão o Filho de Deus. A expressão “o Filho do Homem”, no singular é título messiânico, não é usual ou comum às outras pessoas. Está claro que Jesus se referia a Ele mesmo. Jesus disse que os seres humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado para o benefício deles (Mc 2.27).


    10ª. – Sendo que o CONSENSO do pensamento cristão DE SÉCULOS é de que os 10 Mandamentos seguem como normativos aos cristãos como LEI MORAL de Deus em TODOS os seus preceitos—no que se diferencia das leis Cerimonial e Civil, as duas últimas não mais aplicáveis à Igreja—por que daremos ouvidos a pregadores de novas teologias consideradas HERÉTICAS por gente da própria grei evangélica ao condenarem os que transformam o conceito de Lei de Deus numa espécie de ‘Regra dos NOVE Mandamentos e UMA Sugestão’, sem base bíblica alguma?

    Obs.: Tal consenso interpretativo bíblico é como consta de documentos confessionais de luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos, mais recentemente confirmado em obras de pentecostais, como das editoras Betânia e CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus). Esse consenso também inclui o ensino de que a Lei Moral estava escrita na consciência do homem antes do Sinai, e que o sábado é originário da criação do mundo.

    Resposta: A Lei de Deus não são apenas as Dez Palavras. Os Dez mandamentos encabeçam os demais preceitos entregues por Deus a Moisés no monte Sinai desde êxodo 19.16-19 até Levítico 26:46; 27.34. É oportuno aqui esclarecer o que a Bíblia quer dizer quando usa as palavras “lei de Deus”. O termo aparece sete vezes nas Escrituras, quatro no Antigo Testamento e três no Novo, e em nenhum lugar diz respeito ao Decálogo. As quatro primeiras ocorrências se referem a toda lei de Moisés, ao pentateuco, como livro: “Josué escreveu estas palavras no livro da Lei de Deus” (Js 24.26); “E leram o livro, na lei de Deus... ele lia o livro da Lei de Deus” (Ne 8.8, 18); “e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos” (Ne 10.29). Assim as expressões “lei de Deus”, “lei do Senhor” e “lei de Moisés” dizem respeito à mesma coisa (Ne 8.1, 8, 18: Lc 2.22,23). Trata-se do Pentateuco no seu todo, e não apenas do Decálogo, do livro, e não das tábuas de pedra.
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    Mensagem por Julio Celestino Dom 21 Dez 2014, 04:50

    11ª. – Onde há registro de que luteranos, batistas, presbiterianos, metodistas, congregacionais, anglicanos tiveram concílios mundiais para corporativamente refazer seus documentos confessionais clássicos, históricos e oficiais, que afirmam prosseguirem os 10 Mandamentos como Lei Moral de Deus em TODOS os seus preceitos, readaptando isso aos ‘novos tempos’ de prevalência dos conceitos dispensacionalistas de “dianenhumismo”?

    Obs.: Não se tem notícia de jamais terem tomado tal providência, sendo que nenhum desses documentos confessionais foi oficialmente desqualificado, desautorizado, descartado.

    Resposta: Eu desconheço os documentos confessionais clássicos, históricos e oficiais das denominações citadas. Não posso responder pelo que não conheço. Eu poderia responder com mais precisão e eficiência se fossem citadas as referências bibliográficas das quais o senhor se refere, de modo que pudesse analisa-las.


    12ª. – Alegar alguém que não segue homens, formuladores de tais documentos confessionais, e sim somente a Bíblia não indicaria uma pretensão de saber mais e melhor do que tais redatores e líderes eclesiásticos?

    Obs.: E os que levantam esse protesto termina que também são . . . homens! Ou será que se imaginam semideuses?


    Resposta: A sua pergunta persuasiva de número 11, não me levou onde você queria me levar “me segurando pela mão”, pois eu não aleguei que não sigo homens, formuladores de tais documentos confessionais. Repito, desconheço os documentos, no mínimo o senhor deveria por as referências bibliográficas do que diz.


    13ª. – Sendo que faz parte da mais legítima tradição cristã que os primeiros 4 mandamentos do Decálogo referem-se a nossos deveres para com Deus, e os 6 últimos, idem quanto aos semelhantes (como declarado especificamente nos documentos confessionais de luteranos, presbiterianos, batistas e anglicanos), por que, sob o Novo Concerto, nossa expressão de amor a Deus sobre todas as coisas deve reduzir-se de 4 para 3 preceitos?

    Obs.: Quem ama a Deus sobre todas as coisas não terá outros deuses, não cultuará imagens, não dirá o nome de Deus em vão, e santificará o dia que honra a Deus como Criador de todas as coisas. E por amar o próximo como a si mesmo não irá desrespeitar os pais, nem matar, nem adulterar, nem roubar, nem dar falso testemunho e nem cobiçar coisas e cônjuge do próximo.

    Resposta: “Quando se menciona Assêret Hadibrot, mais comumente conhecida como os Dez Mandamentos, algumas pessoas possuem uma falsa impressão de que existem Dez Mandamentos que foram separados como sendo os mais importantes da Torá. Mas na verdade a tradução correta de Assêret Hadibrot é "Dez Falas" ou "Dez Ditos", sendo que estes são dez princípios que incluem toda a Torá e seus 613 preceitos, inclusive estes dez”.

    (http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/666858/jewish/10-Mandamentos.htm )

    Como já foi dito, o sábado legal é cerimonial (cf. resposta sete). E aproveito para lhe fazer uma pergunta com a mesma formulação que a sua: por que sob o Novo Concerto nossa expressão de amor a Deus sobre todas as coisas e amor ao próximo (segundo a lei= Pentateuco) deve reduzir-se de 613 para 10?

    - Obs.: Bem, tenho minhas dúvidas se a redução no caso é só para 10, pois o dízimo também está incluso no pacote apologético pessoal do autor das quarenta perguntas, seria uma redução de 613 para 11 ou existem mais mandamentos convenientemente selecionados? Desconheço.
    Mesmo que tente refutar a citação acima, com que autoridade ou referência você pode mudar a estrutura da lei judaica (Torah) além do que já foi escrito e estabelecido pelos próprios judeus por séculos?



    14ª. – Como Jesus poderia ser levado a sério em todos os tempos se violasse o sábado (ou permitisse isso àqueles sob Sua responsabilidade), diante do que disse em Mat. 5:19?

    Obs.: O que diz tal passagem é: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens {da lei que Ele disse não ter vindo abolir, e sim cumprir}, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”. Os que atribuem a Cristo a desconsideração do sábado ou Seu ensino a respeito disso fazem com que Ele próprio tenha de ser considerado “o mínimo no reino dos céu” à luz de Suas próprias palavras.

    Resposta: Era Jesus um judeu religiosamente? Ambos os pais de Jesus tinham "feito tudo o que era exigido pela Lei do Senhor" (Lucas 2:39). Seu tio e tia, Zacarias e Isabel, também eram judeus seguidores fiéis do Torá (Lucas 1:6), por isso podemos ver que provavelmente toda a família levava a sua fé judaica muito seriamente.No Sermão da Montanha (Mateus 5-7), Jesus sempre afirmou a autoridade da Torá e dos Profetas (Mateus 5:17), até mesmo no Reino dos céus (Mateus 5:19-20). Ele regularmente frequentava a sinagoga (Lucas 4:16), e Seu ensino era respeitado pelos outros judeus de Seu tempo (Lucas 4:15). Ele ensinou no templo judaico em Jerusalém (Lucas 21:37), e se não fosse um judeu, a Sua ida àquela parte do Templo simplesmente não teria sido permitida (Atos 21:28-30).Jesus também demonstrava os sinais exteriores de ser um judeu praticante. Ele vestia tzitzit (franjas do talit) em Sua roupa (Lucas 8:43, Mateus 14:36) para servir como um lembrete dos mandamentos (Números 15:37-39). Ele observou a Páscoa (João 2:13) e foi a Jerusalém (Deuteronômio 16:16) neste dia de festa muito importante da peregrinação judaica. Ele celebrava o Sucote, ou a Festa dos Tabernáculos (João 7:2,10), e foi a Jerusalém (João 7:14) como exigido pela Torá. Ele também observou o Hanucá (o festival das luzes, João 10:22) e provavelmente o Rosh Hashaná (a festa das trombetas, João 5:1), também visitando Jerusalém em ambas as ocasiões, embora não tivesse sido ordenado na Torá. Jesus claramente Se identificava como um judeu (João 4:22) e como o Rei dos judeus (Mc 15:2). Do Seu nascimento à sua última Páscoa (Lucas 22:14-15), Jesus viveu como um judeu devoto.
    (Extraído de: http://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-judeu.html#ixzz31RDgBDJd)



    15ª. – Considerando-se o seu contexto, por que as palavras de Mat. 5:17-19 não se aplicariam aos que HOJE se consideram ‘sal da Terra’ ‘luz do mundo’ e oram o Pai Nosso?

    Obs.: Jesus não diz só que não veio abolir a lei, e sim cumpri-la, como exorta Seus ouvintes sobre o monte (aos quais chamou de “sal da terra”, “luz do mundo” e ensinou a oração do Pai Nosso), a respeitarem todos os mandamentos da lei, desde os mínimos, e assim ensinar aos homens. Ele falava da lei (Torah) como um todo, mas a comunidade cristã no devido tempo entendeu que a parte cerimonial da lei cessou por ter cumprido o seu papel prefigurativo, cerimonial, mas não os seus preceitos morais e universais, como é o caso do sábado.

    Resposta: Concordo com sua nota de observação da referente pergunta, onde o senhor afirma que Jesus falava da lei (Torah) como um todo. Mas a comunidade cristã no devido tempo entendeu que a parte cerimonial da lei cessou por ter cumprido o seu papel prefigurativo, cerimonial, mas não os seus preceitos morais e universais... E corrigindo... Esse não é o caso do sábado legal (sim do shabath de gênesis 2.2,3 pelo que ele realmente é. Descanso!).

    Essa observância jamais é ordenada no N.T., ao mesmo tempo em que os demais nove mandamentos da lei mosaica são constantemente reiterados e salientados.  Devemos admitir que não havia  necessidade  de enfatizar essa prática na igreja de Jerusalém;  mas não se pode entender a ausência de  tal preceito nos escritos do apóstolo Paulo,  que escreveu para igrejas gentílicas, sem tradições  sabáticas,  pois,  se  essa  observância  fosse  obrigatória,  não podemos  duvidar  que o apóstolo  dos  gentios  teria ensinado  às  igrejas  a. respeito,  conforme  fez  com  todas  as  outras  doutrinas  verdadeiramente cristãs.  Ora, Paulo mesmo declarou: “...jamais  deixando  de  vos  anunciar cousa alguma proveitosa, e de vo-la ensinar publicamente e também  de casa em  casa”  (Atos  20:20).  Que o apóstolo dos gentios não ensinou ser necessária a observância do sábado é muito significativo. Também não há que duvidar que Paulo classificava o sábado dentro da mesma categoria das outras festividades  religiosas  dos judeus.


    16ª. – Se o sentido de “cumprir a lei” (como em Mat. 5:17-19) significa que estamos dispensados de observar o sábado, por que isso só é aplicado ao 4º. Mandamento do Decálogo, quando Jesus cumpriu também os 1º., 2º., 3º., 5º., 6º., 7º., 8º., 9º. e 10º. preceitos desse mesmo Decálogo?

    Obs.: Sinceramente, utilizar a expressão “cumprir” para justificar o não cumprimento hoje de um dos mandamentos do Decálogo nem honra a inteligência de quem levanta essa alegação. Sem falar como chega a ser cínico esse argumento do “Jesus não aboliu a lei, mas a cumpriu por nós”, pois usam a palavra “cumprir” no sentido de “abolir”, mas SÓ para aqueles preceitos “inconvenientes”.

    Resposta: Se na nota de observação da pergunta 15 o senhor afirma “Ele falava da lei (Torah) como um todo...”. Por que na elaboração da pergunta 16 você cita apenas dez mandamentos já que usou o mesmo versículo?
    Contudo a resposta é simples, o cumprir de Cristo não significa que “está tudo liberado”. Estamos em uma nova aliança em que o 1º., 2º., 3º., 5º., 6º., 7º., 8º., 9º. e 10º mandamentos do decálogo foram nitidamente reafirmados nos textos do Novo Testamento, exceto o 4º (cf. tabela na resposta 9). Se fosse um fato tão importante para a igreja a ponto de ser chamado de “Selo de Deus” e ser usado como uma espécie de bandeira denominativa, certamente Jesus ou algum apóstolo nas epístolas teria dito.


    17ª. – Quando Jesus disse a João Batista, “importa cumprir toda a justiça” (Mat. 3:15), referindo-Se ao requisito do batismo, então ao ser Ele batizado, cumprindo a justiça, ficamos dispensados de cumprir tal requisito hoje?

    Resposta: De forma concisa, Mt 3,15 diz: a) que, por seu batismo, Jesus satisfazia a justiça salvífica de Deus que preside o plano da salvação, b) que ele próprio era justo agindo assim, c) que era preciso que ele se identificasse com os pecadores ( cf. 2Cor 5,21), d) que ele preparasse assim o futuro batismo dos cristãos (28,19), apresentando-se como modelo deles (notar o plural “nós”).

    Completando a nota acima, ele fala cumprir no plural, para servir de modelo. E não fomos dispensados  do batismo, pois Jesus ordenou: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei.”. Além da ordem direta, temos o exemplo dos apóstolos batizando as pessoas em Atos, mas a guarda do sábado não há ordem direta, e nenhum registro de um apóstolo exigindo que um gentio guardasse o sábado legal dos judeus.

    18ª. – Por que cargas d'água, Jesus, criador de todas as coisas, inclusive do sábado (João 1:3; Heb. 1:2), de repente decidiu que não foi uma boa ideia estabelecer tal princípio, daí passando a empenhar-Se numa campanha para desqualificar o preceito do sábado (como fica implícito na forma como certos anti-sabatistas argumentam)?

    Obs.: Mas o próprio Cristo não só observava o sábado (Luc. 4:16), como admitia a necessidade de repouso físico: certa vez, apelou aos discípulos: “Vinde vós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco” – Mar. 6:31.

    Resposta: Eu nunca disse que uma pessoa deve trabalhar todos os dias da semana sem parar.
    João 1:11-13: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome. Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”

    Ele veio para Israel, os que tinham a lei de Moisés. Mas Ele nos deu o poder de sermos feitos filhos de Deus, aplicando os preceitos morais em uma nova aliança que é superior à antiga, onde o sábado não foi ordenado aos cristãos gentios. Nem Jesus e nem os apóstolos fizeram campanha para desqualificar o sábado, da mesma forma que os que você chama de “anti-sabatistas” não fazem campanha contra o sábado, mas, simplesmente se defendem da heresia de afirmar que o sábado legal é uma obrigação para a igreja cristã ao ponto de ser chamado de “selo de Deus” colocando-o em destaque, acima do Espírito Santo que é o verdadeiro selo de Deus para igreja (Ef 1.13), (IICo 1.22).


    19ª. – Se, por Seus atos e palavras quanto ao sábado, Jesus tivesse a intenção de desqualificar o preceito e ensinar Sua abolição, por que recomendou aos discípulos—continuadores de Sua obra—e “às multidões”, no Seu último discurso público, que observassem cuidadosamente TUDO o que seus líderes religiosos ensinavam, o que inescapavelmente incluía o sábado (ver Mat. 23:1-3, cf. Luc. 13:14)?

    Obs.: Só não deviam ser hipócritas como eles, à base do “façam como eu digo, mas não como faço”. Em Luc. 13:14 eles estavam CERTOS em recomendar a fiel obediência ao sábado, mas ERRADOS em proibir o povo de buscar cura com Jesus nesse dia, pois Ele mesmo havia dito que “é lícito fazer o bem aos sábados” (Mat. 12:12).

    Resposta: Precisamos lembrar que as coisas estavam em transição, quando os evangelhos foram escritos.  Igualmente, os ditos de Jesus, segundo se encontram nos evangelhos, vieram de um tempo em que a antiga autoridade ainda estava sendo seguida.  Portanto, a autoridade judaica era reconhecida, com determinadas qualificações; embora noutras porções dos evangelhos, tal autoridade seja rejeitada por causa de sua corrupção.

    Se for usar este versículo como argumento para a igreja cristã observar e praticar TUDO o que os escribas e os fariseus ensinavam precisamos urgentemente seguir alguns mandamentos da torah, a saber:

    *Recitar o "Shemah Israel" duas vezes a cada dia - “... falarás nelas, ao te deitares e ao te levantares." - Dt 6:7.
    *Colocar tefilin (filactérios) na cabeça - “… Estarão por adorno entre teus olhos! - Dt 6:8”.
    *Colocar tefilin (filactérios) no braço - "Amarrá-las-ás sobre tua mão…" - Dt 6:8.
    *Fazer tzitzit (fímbrias ou borlas) - “… e, farão para si fímbrias…" - Dt 22:12.
    *Colocar mezuzá (pergaminho contendo as duas primeiras partes do "Shemah Israel") nos umbrais das portas - Dt 6:9.
    *Ouvir o toque do shofar em rosh ha-Shaná - “... dia de sonido de shofar será para vós…" -Nm 29:1.
    *Circuncidar o filho - “… no dia oitavo, cortará a carne de seu prepúcio." - Lv 12:3.
    *Tomar a esposa do irmão que falecera sem filhos ("ibum") - Dt 24:5.
    *Quem forçou uma moça a ter relações consigo, tomá-la por esposa - "...para ele será por mulher..." - Dt 22:29.
    *Matar o Sanedrin os condenados por enforcamento - "…morrerão o adúltero e a adúltera…" - Lv 20:10.
    *Matar o sanedrin por queimamento - “… em fogo queimarão tanto a ele como a elas…" - Lv 13 20:14.
    *Matar o Sanedrin por apedrejamento - “… apedrejá-lo-eis…" - Dt 22:14.
    *Pendurar o cadáver daquele que, pela Torah, incorre nesta pena - "…pendurá-lo-ás num madeiro…" - Dt 21:22.
    * Não cortar o cabelo arredondado, tirando as porções que se encontram na parte dianteira às orelhas ("peôt"), que era o costume dos sacerdotes idólatras da antiguidade – Lv 19:27.
    * Não tirar toda a barba, conforme faziam os idólatras no passado – Lv 19:27.
    Dentre outros.
    (fonte: Os 613 Mandamentos Divinos segundo Maimônides).

    20ª. – Como Jesus poderia ter declarado, “Eu tenho guardado os mandamentos do Meu Pai” (João 15:10), se violasse o sábado, com isso simplesmente proferindo uma mentira?

    Obs.: Para todos os efeitos o sábado AINDA era um dos mandamentos do Pai, mesmo para os que pregam a “abolição da lei” ocorrida só na cruz.

    Resposta: Nunca afirmei que Jesus violava o sábado, pelo contrário, como um judeu devoto ele guardava o sábado.
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    Mensagem por Julio Celestino Dom 21 Dez 2014, 04:51

    21ª. – A que tipo de trabalho Jesus Se referiu quando declarou, “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também” (João 5:18)—de caráter secular ou de outra natureza?

    Obs.: Se a intenção de Cristo fosse abolir com isso a regra do sábado, não é estranho que na Bíblia não se veja isso sendo imediatamente posto em prática pelos Seus seguidores? Além do fato de que Cristo estaria contraditoriamente abolindo tal regra ANTES da cruz, pois foi na cruz que a lei veio a ser “abolida”, pelos ensinamentos do dispensacionalismo.

    Resposta: Deus trabalha aos sábados, assim como em outros dias, mantendo o universo e seu infinito mecanismo em funcionamento. Ele trabalha na providencia, observando e cuidando de toda sua criação. Na sua vinda, Cristo curou no sábado, deu comida aos famintos e praticou atos de misericórdia e amor. Esse é o verdadeiro espirito da observância do sábado, se é que devemos reconhecer um dia acima dos outros (Rm 14.5,6). Não devemos descansar na indolência ou simplesmente descansar da labuta física e mental, mas devemos seguir os exemplos divinos e “fazer o bem nos dias de descanso” (Mt 12:12; Mc 2,27,28; 3.4; Lc 6.9; 13.16; Jo 7.22,23; Gl 4.9,10; Cl 2.14-17). Bíblia de estudo Dake – Finis Jennings Dake

    Ao pensamento judaico repugnava conciliar o repouso de Deus após a criação, repouso do qual o sábado é a imagem (Gn 2,2s), com sua constante atividade no governo do mundo. Distinguia-se a atividade do Criador, que havia terminado, e a atividade do Juiz, que jamais cessa. Jesus identifica a sua própria atividade com a do soberano Juiz. Por causa disso a indignação dos judeus e o discurso pelo qual Jesus justifica sua pretensão (cf. Lc 6,5; e sobretudo Mt 12,1-8 etc.). Bíblia de Jerusalém


    22ª. – Diante das curas de Cristo no sábado e a disputa que isso provocava entre os Seus contemporâneos, havendo os que O acusavam de violar o preceito, e outros que O defendiam disso (João 9:16), de que lado preferiríamos estar—dos que O acusavam ou dos que O defendiam?

    Obs.: É incrível encontrar tantos que se declaram seguidores de Cristo, mas que preferem tomar o partido dos Seus acusadores. Esse, porém, é um direito que lhes cabe e que, sem dúvida, deve ser respeitado. Todavia, os crentes observadores do sábado declaram que preferem ficar do lado de Jesus.

    Resposta: Fico do lado dos que O defendiam. Lembrando em primeira instancia a acusação dos opositores no versículo citado era de que Jesus não era de Deus e em segunda instancia de que Ele violava o sábado. Reafirmo, Jesus era de Deus e guardava o sábado (como um judeu devoto que ele era).

    23ª. – Se em Mat. 12:5 Jesus está justificando a violação do sábado ao mencionar que os sacerdotes no sábado o violavam no templo e ficavam sem culpa, por que tal critério seria válido só de Seu tempo para cá, não se aplicando à época anterior de séculos e milênios, em que os sacerdotes também “violavam” o sábado e ficavam sem culpa?

    Obs.: O povo de Israel foi castigado com o cativeiro babilônico pela violação do sábado (Jer. 17:21, 22, 27), mas por que não poderiam violá-lo então, sob a alegação de que os sacerdotes naquele tempo também já “violavam” o sábado e ficavam sem culpa?

    Resposta: Em Mateus 12:5 Jesus não está justificando a violação do sábado, mas colocando o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4). Veja ainda a que Jesus se referia quando falou a respeito desse ritual mencionado em Êxodo 29.33, Levítico 22.10 e 1 Samuel 21.6. Disse igualmente que “os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa” (Mt 12.5), ao passo que não existe concessão para preceitos morais.

    Obs.: São de fato impressionantes tentativas de exaltar o sábado hoje. O povo de Israel não foi castigado somente pela violação do sábado como o senhor afirma em sua observação. A razão final por que o povo de Judá foi levado cativo para a Babilônia é descrita, com muita clareza, em 2Reis 23.36–37; 24. Depois de séculos de rebeldia e de rejeição da aliança, os três últimos reis de Judá, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, colocaram a cereja final da maldade no indigesto bolo da apostasia do povo de Deus.

    Uma lista de 33 reis (e uma rainha) de Israel que fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor deixa claro que não foi somente “pela violação do sábado” que o povo fora levado cativo:

    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina  e do sábado" 33%2Breis

    O motivo do cativeiro foi devido a muitos anos de transgressões, não apenas “pela violação do sábado” como o senhor afirma.



    24ª. – Ao Jesus declarar que “o sábado foi feito por causa do homem”, não estava também incluindo-Se a Si mesmo, já que sempre se identificava como “Filho do homem”?

    Obs.: Cristo era tanto homem quanto judeu, assim os que alegam que Ele violava o sábado não têm saída, nem por um lado, nem pelo outro.

    Resposta: Jesus é o Senhor do Sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre esta instituição. Então, não há outro no universo investido de tamanha autoridade, senão o “Filho do Homem”, no singular, é título messiânico, não é usual ou comum às outras pessoas. Está claro que Jesus se referia a Ele mesmo. Jesus disse que os seres humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado para beneficio deles (Mc 2.27).


    25ª.– Sendo que o mandamento do sábado estabelece que até os animais de carga deveriam ser poupados de trabalhos no dia do Senhor, e no regime do dianenhumismo essa regra não se torna mais obrigatória, então a misericórdia divina para com os ‘semoventes’ teria findado sob o Novo Concerto?

    Obs.: Se já não é obrigatório poupar tais animais de trabalhos um dia por semana, qualquer um pode utilizá-los todos os dias, sem descanso, ou ceder a alguém que os utilize nos fins de semana.

    Resposta: Bem, não entendo de animais. Mas se para a saúde do animal que era usado para trabalho ou transporte precisava de um dia semanal para descansar, hoje não pode ser diferente, isso não significa que deva ser obrigatoriamente no sábado. Um cristão brasileiro não é obrigado por seu animal para descansar todo o sábado, pois duas vezes é dito que o sábado é um sinal distintivo entre Deus e a nação de Israel (Êx 31.13,17). Se o dono quiser coloca-lo na segunda-feira, que seja.
    Lembrando que essa pergunta deve ser direcionada a um especialista em animais como um cavalo, burro, camelo e etc.


    26ª.– Qual era o TEOR dos debates de Cristo com a liderança judaica sobre o sábado--SE deviam guardá-lo, QUANDO guardá-lo, ou COMO observar o dia no seu devido espírito?

    Obs.: Cristo declarou-Se “senhor do sábado” e “maior do que o Templo”, não para desqualificar seja o sábado ou o Templo, e sim para indicar Sua autoridade em corrigir os abusos praticados pela liderança judaica tanto quanto ao sábado quanto sobre o uso legítimo do Templo. Pode-se dizer que assim como Ele expulsou os vendilhões do Templo, também expulsou do sábado as excrescências casuísticas impostas pelos fariseus ao preceito. Eles também distorciam o sentido do 5º. Mandamento, quando lhes convinha (Mar. 7:9-12).

    Resposta: Todos os debates foram iniciados pelas acusações de violação do sábado feitas a Jesus. A tradição dos anciãos criou 39 proibições concernentes ao sábado, mas o Senhor Jesus disse que é “lícito fazer bem no sábado” (Mt 12.12). Isso Ele fez (Mc 3.1-5; Lc 13.10-13; 14.1-6; Jo 5.8-18; 9.6,7,16) e, por isso, nós devemos fazer o bem, não importa qual seja o dia da semana.

    É oportuno lembrar que texto sem contexto é pretexto, ou seja, o assunto sugerido pela pergunta fala no mínimo de debate entre judeus. A palavra de Jesus estava sendo dirigidas para judeus como Ele, os quais receberam a aliança por intermédio de Moisés pois o sábado é um sinal distintivo entre Deus e a nação de Israel (Êx 31.13,17).


    27ª. – Onde Jesus disse que os “novos” mandamentos de amar a Deus e ao próximo EXCLUEM qualquer dos preceitos do Decálogo, no que se inclui o do sábado?

    Obs.: Tais preceitos de fato não eram novos em sentido absoluto, pois Moisés já havia dito as mesmas coisas em Deu. 6:5 e Lev. 19:18. Cristo está apenas reiterando esses princípios que são a SÍNTESE (não o SUBSTITUTO) de toda a lei divina, o que se confirma com as palavras “destes dois mandamentos dependem TODA A LEI e os profetas” (Mat. 22:40).

    Resposta: A ideia que se passa nesta pergunta, é que a frase “destes dois mandamentos dependem TODA A LEI e os profetas” deveria entender-se como “destes dois mandamentos dependem TODO O DECÁLOGO”. Obviamente Jesus estava falando da torah em um contexto totalmente judaico. O amor cumpre a lei (Mt 7:12; Rm 13:8; Rm 13:10; Gl 5:14), os princípios morais são imutáveis mas o sábado não preceito moral, o quarto mandamento é um memorial da libertação do Egito e destinado a Israel (Êx 31.31,17).

    “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos que creem. Mas, antes que viesse a fé, estávamos guardados debaixo da lei, encerrados para aquela fé que se havia de revelar. De modo que a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois veio a fé, já não estamos debaixo de aio” (Gl 3.22-24).


    28ª. – Quando Jesus disse, referindo-se aos fariseus, que perdiam de vista o mais importante da lei— justiça, a misericórdia e a fé (Mat. 23:23)—com isso Ele estava agregando tais virtudes à lei, ou já eram da lei, mas não percebidas por aqueles líderes religiosos de Israel?

    Obs.: Jesus Se dirigia a pessoas mal orientadas por seus líderes religiosos, daí que profere aquelas declarações—“ouvistes o que diziam os antigos . . . Eu, porém, vos digo. . .” (Mat. 5:21ss). Com isso Ele não está estabelecendo novas leis, e sim mostrando o aprofundamento do sentido da lei já existente nos seus aspectos morais, éticos, espirituais. Tanto que o patriarca Jó já sabia ser errado olhar cobiçosamente para uma mulher (Jó 31:1).

    Resposta: Concordo com você!

    29ª. – Com que autoridade moral um evangélico pode condenar o culto às imagens do católico, citando-lhe até o 2o. Mandamento do Decálogo, quando atropela e passa por cima do 4o. Mandamento (do sábado) desse mesmo Decálogo?

    Obs.: Só pelo Novo Testamento não há como condenar a prática de culto às imagens de SANTOS DA IGREJA, pois o conceito neotestamentário de ‘ídolo’ sempre se refere à reprodução de Deus ou de divindades pagãs, o que não corresponde à prática dos católicos.

    Resposta: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (Rm 1.22-23). O referido versículo usa a mesma linguagem de expressão que o salmista usou se referindo ao bezerro de ouro: “E converteram a sua glória na figura de um boi que come erva.” (Sl 106:20).

    “Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a Divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.” (At 17:29).

    “Filhinhos guardai-vos dos ídolos.” (1 Jo 5.21)

    - Obs.: João 5.21 não pode ser usado para condenar o culto de santos da igreja católica? Vejamos o texto na linguagem original:

    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina  e do sábado" Guardai-vos%2Bdos%2Bidolos

    Ainda que a palavra ídolos fosse apenas a reprodução de Deus ou de uma divindade pagã, o culto aos santos da igreja católica seria condenável, pois a história prova que houve um tipo de miscigenação entre deuses antigos e os santos, um sincretismo atribuindo características dos deuses à personagens que viraram “santos” para que o povo pagão enxergassem seus deuses no “santos” e passassem a seguir a nova religião oficial do império romano. Resumindo, querendo ou não os “santos” são réplicas de divindades pagãs.

    Para mais informações sobre a atribuição de características de deuses a personagens bíblicos no início do catolicismo procure o livro “OS SANTOS PAGÃOS – DEUSES ONTEM, SANTOS HOJE – JUAN G. ATIENZA”.  Eu recomendo.

    30ª. – Sendo que Paulo em Rom. 14:5 e 6 fala sobre dias a dedicar ao Senhor, e não a NÃO DEDICAR dia algum, por que há os que citam tal passagem para justificar o “dianenhumismo”, quando não se percebe ser essa a intenção do Apóstolo?

    Obs.: Ele está se referindo a certas datas especiais para jejum ou outras de caráter mais nacionalista, como a festa do Purim, que deixa opcionais aos cristãos de Roma, muitos de origem judaica.

    Resposta: Nenhum dia específico é instituído no N.T. A lei de Moisés foi abolida, inclusive o sábado judaico. Em Atos 15.1 acontece a primeira controvérsia doutrinária. Foi resolvida no concílio narrado neste capítulo, mas, apesar disso, muitos cristãos, assim como acontece em nossos dias, se afastaram da fé cristã pura e simples, apegando-se à falácia da “lei”. Toda a igreja na Galácia voltou a ficar sob o jugo da lei e, por causa disso, foi condenada por Paulo (Gl 4.21-31); abolida (Ef 2.15); apagada; tirada de circulação (Cl 2.14-17); mudada (Hb 7.12); anulada (Hb 7.18); substituída; desapareceu (Hb 8.6-13; 10.9).

    O apóstolo Paulo ensina-nos, aqui em Rom. 14:5, que nenhum dia é especial por si mesmo. O domingo não é o sábado cristão, conforme muitos o têm chamado.
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    Mensagem por Julio Celestino Dom 21 Dez 2014, 04:52

    31ª. – Faria sentido tomar Rom. 14:5 e 6 e declarar: “Eu não dedico dia nenhum ao Senhor, e faço isso ‘para o Senhor’”?

    Obs.: O erudito presbiteriano Albert Barnes é que ironicamente faz esse comentário a respeito da atitude ilógica dos dianenhumistas, citando tal texto em defesa de sua postura.

    Resposta: Consagrar-se ao Senhor hoje para a igreja não significa ter um dia previamente e escolhido em forma de ordenança divina, onde não se pode acender fogo e etc. As pessoas que o Sr. Albert Barnes indica dizer tal frase (digo hipoteticamente, pois o senhor não deixou a referência do registro citado), no mínimo está equivocado, o que nos fazemos para o Senhor é bem mais valioso que um ritual ultrapassado.
    Nós fazemos o bem todos os dias assim como é lícito fazer o bem no sábado (Mt 12.12), nós consagramos as nossas vidas ao Senhor (Gl 2.20), nós obedecemos o mandamento “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” pescando almas para Cristo, as clínicas de reabilitação de dependentes químicos das igrejas Assembléia de Deus (por exemplo) tirando vidas de um estado de calamidade através do evangelho. São essas e outras coisas mais que fazemos para Deus todos os dias, e mesmo assim com humildade devemos dizer: “Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer” (Lc 17.10).

    - Obs.: Eu nunca disse tal frase: “Eu não dedico dia nenhum ao Senhor, e faço isso para o Senhor”.


    32ª. – Sendo que também há os que tomam Gál. 4:9-11 para justificar o “dianenhumismo”, não estão colocando Paulo em clara contradição, já que nessa passagem ele não abre mão de dia nenhum a se observar, enquanto em Rom. 14: e 6 ele ABRE MÃO?!

    Obs.: A chave para resolver isso está em observar os respectivos contextos. Em Gálatas Paulo fala dos que antes nem conheciam a Deus e se apegavam a “rudimentos fracos e pobres” (vs. 8, 9), linguagem que nunca utilizaria para o sábado, pois refere-se a coisas do paganismo de que se originaram os gentios ali. O erro de muitos é apanhar textos paulinos de discussões sobre problemas locais imaginando que se tornam regras universais, como os que ainda obrigam mulheres a cobrir a cabeça com véu, na igreja, e todos a praticarem o “ósculo santo”.


    Resposta: A palavra “... rudimentos...”, neste caso, é tradução do mesmo termo grego, “stoicheia”, que aparece no terceiro versículo deste capítulo, dentro da expressão “rudimentos do mundo”.
    Mui provavelmente, tal como no terceiro versículo deste capítulo, esses elementos rudimentares fazem alusão à “lei”, com suas múltiplas exigências, com seus ritos, com suas cerimônias, isto é, a uma religião essencialmente legalista e sacramental.  Isso  parece  ser  o  sentido  exigido pelo  décimo  versículo  deste  capítulo,  onde  são  enumerados  alguns  dos elementos  desses rudimentos,  a saber,  a observância  de  dias  especiais, de meses,  de anos,  etc.

    Houve tempo em que os rudimentos pelo menos eram legítimos, isto é, serviam a um  propósito  divinamente  tencionado. Porém, quando muito, eram apenas fracos, ignóbeis, pobres modos de buscar a Deus e de adorá-lo.  Essas descrições foram usadas pelo apóstolo a fim de descrever a «impotência» da lei mosaica.  Não podia ela proporcionar aquilo que aparentemente prometia, isto é, a vida eterna e a vitória sobre o pecado.  Somente Deus Pai, mediante o envio de Deus Filho, pode fazer tal coisa. Quão grande é a insensatez daqueles, por conseguinte, que se voltam para um meio impotente!  E agora Paulo indica  que  essas  coisas  não  são mais «legítimas», visto que o seu propósito já teve cumprimento,  posto que
    Jesus Cristo já subiu ao seu trono, deslocando completamente a lei do seu lugar anterior de utilidade.

    Paulo é indiferente em relação a esses rituais legalistas tanto em Gálatas 4:9-11 quanto em Romanos 14:5,6.

    33ª. – Como existiria um mandamento ‘opcional’, de observar ou não um dia ao Senhor, quando o próprio termo “mandamento” indica regra, norma, preceito, mandado, lei, implicando obrigatoriedade?

    Obs.: Se não é obrigatório, se tornaria uma ‘sugestão’, com o que se transforma o conceito de “dia do Senhor” em dia de cada um (ou, como praticamente é o que se dá com a maioria—um dia meio do Senhor, meio meu mesmo), segundo suas preferências ou conveniências (ou de seu empregador).

    Resposta: Não há mandamento opcional, o verdadeiro mandamento (a lei) foi direcionado a Israel (Êx 31.13,17). Não foi um mandamento para um gentio como eu, a não ser que eu fosse morar em Israel naquele tempo, neste caso obrigatoriamente eu teria que obedecer a legislação deles. Os mandamentos morais contidos na lei foram reafirmados no Novo Testamento, o que não é o caso do sábado.

    34ª. – Se o dianenhumismo é que constitui a verdade bíblica, por que os cristãos dispensariam o que é cientificamente comprovado como benéfico à melhor saúde—um regime de seis dias de trabalho e um de descanso na semana, segundo o biorritmo ideal da vida humana?

    Obs.: Presbiterianos e batistas até reconhecem em seus documentos confessionais oficiais ser tal regime da LEI NATURAL.

    Resposta: Percebo que a pergunta é referente a trabalho e descanso. Ora, um homem pode trabalhar de terça a domingo e folgar na segunda. Ou se trabalha por escala de 12 horas é um dia sim e um dia não... Desta forma um cidadão pode ter o descanso tranquilamente sem prejudicar a saúde e não guardando o sábado levítico.


    35ª. – Onde no tão explorado texto de Col. 2:14-16 Paulo diz que: a) os cristãos não mais observem o sábado; b) os cristãos agora acatem o domingo, em lugar do sábado; c) os cristãos prefiram o mais confortável dianenhumismo/diaqualquerismo/todiaísmo; d) os observadores do sábado não julguem os não-observadores?

    Obs.: A passagem fala é que os extremistas de Colossos (os tais do “não toques, não proves, não manuseies”—vs. 21) não se ponham a julgar os crentes locais com suas ideias particulares sobre observância de dias e o seu comer e beber.

    Resposta: Alternativa D, Os observadores não julguem os não observadores.

    A cidade de colossos ficava na província romana da Ásia, região que hoje faz parte da Turquia. A igreja de Colosso não tinha sido fundada por Paulo, e, pelo que parece, ele ainda não havia estado lá quando escreveu a carta aos Colossenses (2.1). É provável que Epafras, companheiro de trabalho de Paulo, tenha sido o primeiro a anunciar o evangelho em Colosso (1.7;4.12-13).
    Paulo, que estava na cadeia (4.3,10,18), tinha recebido notícias das falsas doutrinas que estavam sendo ensinadas aos cristãos de Colosso (2.8,16-23). Esses falsos mestres ensinavam que havia seres espirituais que controlam o Universo, os quais precisam ser respeitados e obedecidos. Os falsos mestres diziam também que os cristãos precisam obedecer a respeito de comidas e bebidas e dias santos e precisam submeter o corpo a uma rigorosa disciplina (2.16-18,20-23).

    Mas parece quase certo que está mesmo em foco o sétimo dia da semana (e que o plural é usado em lugar do singular), considerando-se que os ascetas gnósticos influenciados pelo legalismo judaico, sem dúvida observavam esse dia de guarda, transformando a igreja cristã em uma sinagoga.
    - Obs.: O texto na linguagem original completa a afirmativa de que o sábado semanal está incluso em Colossenses 2:16, o termo usado é sabbaton (grego) que vem da palavra shabbath (hebraico) que representa o sábado da semana. Esses termos são diferentes do termo shabath de Gênesis 2.2,3 (confira na resposta três).

    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina  e do sábado" Sabado%2Bcolossenses

    36ª. – Por que as santas mulheres, que tão de perto serviam a Cristo, não entenderam Suas palavras e atos sobre o sábado no sentido de que agora Ele é o “descanso para as [n]ossas almas” (Mat. 11:28, 29), com isso cumprindo e abolindo o sábado para o cristão, já que elas, com a morte de Cristo, interromperam suas atividades na 6ª. feira à tarde e “no sábado descansaram segundo o mandamento” (Luc. 23:56)?

    Obs.: Confundir o descanso espiritual da salvação com o descanso físico e mental propiciado pela instituição do sábado nem honra a inteligência de quem levanta tal raciocínio, além do fato de ser da “lei natural” manter o regime de seis dias de trabalho e um de descanso (ver 34ª. pergunta).

    Resposta: O motivo pelo qual elas não entenderam de imediato eu não sei. O único fato contextual de suma importância em que tenho plena convicção é que elas eram judias, o sábado era um mandamento legislativo que a punição era pena de morte! OBEDECERAM, pois à lei mosaica do sábado. Nesse dia, não poderiam ter trazido as especiarias para ungir o corpo de Jesus. E sobre o descanso da “lei natural” eu já esclareci na resposta 34.

    37ª. – Se o domingo substituiu o sábado por ação dos Apóstolos de Cristo, sob divina orientação, por que Lucas, Paulo e João, 30 e 60 anos depois da Ressurreição, ainda tratam o dia de domingo como mero “primeiro dia da semana”, sem atribuir-lhe qualquer titulo especial (Luc. 24:1 e João 20:1 e 19 e 1 Cor. 16:2)?

    Obs.: A essas alturas deveriam chamar o dia da Ressurreição com um titulo especial, como “dia do Senhor”, mas apenas o denominam “o primeiro dia da semana”, que no grego é mía twn sabbatwn, que se pode traduzir como “o primeiro desde o sábado”. Paulo também o faz em 1 Cor. 16:2 ao falar das coletas para os pobres de Jerusalém a serem realizadas “em casa” de cada crente, não na igreja.

    Resposta: Simplesmente porque não houve transferência de dias. O domingo não é “o sábado cristão”. Não é um “mero primeiro dia da semana” como o senhor diz; é o dia que o nosso Salvador ressuscitou!

    - Obs.: Sobre tua nota de observação: Onde a igreja ficava? Acreditas que existia um templo como hoje? Eles estavam sendo perseguidos por judeus e romanos, levantar um templo naquele tempo seria um suicídio em massa. As reuniões eram nas casas ou em locais públicos.


    38ª. – Se Atos 20:7 prova que os cristãos haviam adotado o domingo como o “dia do Senhor” por ocorrer uma reunião de despedida de Paulo no “primeiro dia da semana” (que de fato se deu num “sábado à noite”—cf. vs. 8 e a Bíblia na Linguagem de Hoje), por que ainda dentro do mesmo primeiro dia da semana (que o seria até o próximo pôr de sol) Paulo cedinho saiu para uma longa viagem a pé até outra cidade, em vez de ficar com os crentes de Troas para a sua “Escola Dominical”, ou equivalente?

    Obs.: Em vez de tal passagem ser prova em favor do domingo, é um tremendo embaraço para os defensores de tal tese, pois demonstra que Paulo não tinha escrúpulos especiais para tal suposta observância dominical. Além do fato de que o relato de Atos (por Lucas) é de aproximadamente 30 anos depois da Ressurreição, e o dia ainda tratado como “o primeiro desde o sábado” (ver 37ª. pergunta). E Atos 2:46 revela que o “partir do pão” era apenas uma refeição comunal entre os cristãos primitivos, não uma “ceia do Senhor”.

    Resposta: “O primeiro dia da semana judaica que se tornou o dia de reunião dos cristãos (cf. Mt 281+; 1Cor 16,2), o “dia do Senhor” (“domingo”, em Ap 1,10). A reunião dominical realizava-se no começo desse dia, mas contado à maneira judaica, portanto no sábado à noite.” (Bíblia de Jerusalém – pág. 1940).

    “Sábado à noite. ao pé da letra, o texto original traz:”o primeiro dia da semana”. Conforme a maneira de contarem os dias da semana naquele tempo, o último dia da semana (sábado) terminava ao por do sol; aí começava o primeiro dia da semana (domingo)” (Bíblia de estudo NTLH – pág. 1337).

    - Obs.: A Escola Dominical nasceu na Inglaterra, em 1780. Em Gloucester, uma cidade não muito distante de Londres, residia o jornalista Robert Raikes,  44 anos, proprietário do Gloucester Journal, fundado por seu pai. Nessa época a situação moral e espiritual do país era preocupante. Raikes observou que entre as causas dos crimes e bebedice desenfreada estava a ignorância. As crianças trabalhavam durante a semana e, aos domingos, ficavam nas ruas. Para esses meninos, Raikes teve a idéia de organizar uma escola que funcionaria aos domingos, e não cuidaria apenas da educação secular, mas daria também a educação religiosa e teria a Bíblia como livro-texto. Assim, em 20 de julho de 1780, nasceu a escola dominical. Como você espera que Paulo devesse ficar para uma EDB se não existia?


    39ª. – Se em Hebreus 4 há um sentido de que o sábado é “sombra” abolida para quem encontrou o “descanso” da salvação, por que os heróis bíblicos alistados em Hebreus 11, que conheceram tal descanso espiritual, mesmo assim mantinham-se observando o sábado?

    Obs.: No seu comentário bíblico, os comentaristas batistas Jamieson, Fausset e Brown assim interpretam Heb. 4:9: “Este verso indiretamente estabelece a obrigação do descanso do sábado; pois o tipo prossegue até que o antitipo o supere: assim os sacrifícios legais prosseguiriam até que o grande Sacrifício antitípico os superasse. Igualmente o sábado de descanso antitípico do céu não se dará até que Cristo, nosso Evangelho . . . venha para nos introduzir nele, o sábado terreno típico deve prosseguir até então. Os judeus chamam o futuro descanso de ‘o tempo que é todo sábado’”.

    Resposta: Os personagens que guardaram o sábado em Hebreus 11 começam a partir do versículo 23 (com Moisés). Antes do evento do maná não existe nenhum registo de Adão ou os Patriarcas guardando o sábado legal. Sendo assim, é lógico que a partir de Moisés eles deveriam guardar, pois fazia parte da Lei, assim como o Brasil tem suas leis, Israel também tinha e quem estivesse residindo naquelas terras deveriam obedecer às leis.

    Obs.: Segundo Justino, o Mártir, Abraão e seus descendentes até o Sinai agradaram a Deus sem o sábado (Diálogo com Trifão 19.5). Irineu de Lião diz que Abraão, “sem circuncisão e sem observância do sábado, acreditou em Deus e lhe foi imputado a justiça e foi chamado amigo de Deus” (Contra as Heresias, Livro IV, 16.2).


    40ª. – Por que os que alegam que o sábado é mera “sombra” de Cristo que dispensa a guarda de um sábado literal, fazem questão de aproveitar-se desse descanso semanal também, com o que se manteriam acatando a sombra, seja adotando o domingo, seja tirando um dia de descanso de trabalhos seculares ainda que não tão rigorosamente dentro do que estipula o preceito?

    Obs.: Para serem coerentes esses crentes deviam trabalhar, trabalhar, trabalhar, todos os sete dias, só parando à noite para descansar, para não ficarem na suposta sombra de um descanso semanal—um sábado conveniente, mas que os compromete no que pregam.

    Resposta: O assunto se refere ao sábado legal dado a Israel e não o descanso de uma pessoa. É lógico que uma pessoa precisa descansar. A sombra é referente a um dia específico com suas condições descritas na lei. E não um mero dia de descanso, do qual todo ser humano necessita (seja qual for o dia da semana). Se quiser, o cidadão pode descansar até dois ou mais dias por semana. Não se trata do sábado legal de Israel.




    Considerações finais

    Não sou professor, estou apenas fazendo a minha parte como diz o texto de 1ª Pedro 3.15 "... Estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós".
    Em nenhum momento faltei com respeito contra o autor das perguntas, nem usei palavras de baixo calão contra a pessoa de alguém, peço encarecidamente que seja recíproco. Fiquem à vontade para refutar todas as minhas ideias, mas peço que me respeitem como pessoa.  Paz.




    Julio C. S. celestino

    Fontes:
    Bíblias com texto de João Ferreira de Almeida – ACF, ARA e ARCA.
    Bíblia de Jerusalém – Editora Paulus
    Bíblia de estudo NTLH – Sociedade Bíblica do Brasil
    Bíblia de estudo DAKE – ATOS
    Os dez mandamentos – Valores divinos para uma sociedade em constante mudança – Esequias Soares – CPAD
    Revista Lições Bíblicas jovens e Adultos 1º Trimestre de 2015 – CPAD
    O Novo Testamento interpretado - Russell Norman Champlin – Hagnos
    Os Santos Pagãos – Deuses ontem, santos hoje – Juan G. Atienza – Editora ícone
    Norberto
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    Mensagem por Norberto Seg 22 Dez 2014, 12:04

    .
    Julio Celestino,

    Reservarei um tempo para ler com calma todas as 40 respostas elaboradas e publicadas aqui no Fórum Evangelho por este tópico.

    A propósito, estarei divulgando suas respostas, em 4 partes (4 e-mails), na lista de discussão do Fórum Evangelho, em:

    > LiFE - Lista de Emails do Fórum Evangelho
    .
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    Mensagem por Célio Saldanha Seg 22 Dez 2014, 14:16

    Assim como setembro não é "mês nove", mas sete, o sábado "dia de saturno" não é o sábado do Senhor..
    Por que um domingo (dia do sol) não pode ser um sábado?

    É por isso que Roma enganou muitos.. até os judeus:
    "Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.
    E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.
    E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo."

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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qui 01 Jan 2015, 10:59


    RÉPLICA ÀS RESPOSTAS DO JULIO CELESTINO A NOSSO QUESTIONÁRIO DE 40 PERGUNTAS SOBRE O TEMA DA LEI DIVINA E DO SÁBADO

    Para localizar as perguntas e respostas de Julio Celestino acessar o link abaixo:


    http://www.forumevangelho.com.br/t5030-minha-resposta-as-40-perguntas-verdadeiramente-tira-teima-sobre-o-tema-da-lei-divina-e-do-sabado#70026


    INTRODUÇÃO:

    Fico contente que o Julio Celestino [vamos chamá-lo daqui em diante J. C. para abreviar] haja se disposto a dar resposta a nosso questionário tira-teima sobre o tema da lei divina e do sábado porque é no ponto/contraponto de ideias que se chega à verdade ou se esclarecem pontos dúbios.

    Fico contente também com o fato de que essa discussão foi igualmente levada à extensão do Fórum, no Grupo Yahoo “Life”, onde sempre vemos reprodução de temas daqui. Só que não me lembro de ter visto muitos tópicos de minha iniciativa. Até gente que nega abertamente o consagrado conceito protestante de Sola Scriptura e cita livremente como fonte de verdade e inspiração o “Livro de Mórmons” tem merecido ter maior número de tópicos, abertos neste Fórum, transcritos nesse outro centro de debates, mas o que eu posto têm sido bem raros. Mas, deixemos isso pra lá. . .

    Na introdução de suas pesquisas em resposta a nosso questionário J. C. primeiro revela a “escola interpretativa” que o inspira. Ninguém nasce sabendo, e embora muita gente alegue que chegou por si mesmo a suas convicções religiosas ou lhe foram como que iluminadas particularmente por Deus, o fato é que a cosmovisão teológica de uma pessoa sempre tem um componente básico da formação religiosa a que se liga ou se ligou por algum tempo.

    J. C. claramente identifica a Igreja Maranata e a Igreja Assembleia de Deus como bases do entendimento das Escrituras que acatou. Conheço bem as posições teológicas dos assembleianos, que são até os principais promotores do dispensacionalismo no Brasil, segundo o teólogo batista Dr. Russell Shedd em vídeo onde discutimos a questão das reais e nebulosas origens dessa escola interpretativa--o “dispensacionalismo dianenhumista”, que será indicado mais adiante.

    Quanto ao que ensina nesse aspecto a Igreja Maranata, confesso que não conheço a literatura dessa Igreja, mas claramente vemos que J. C. em suas respostas se inclina no mesmo tipo de pensamento tradicional dos assembleianos. Então, o que temos como FUNDAMENTO do raciocínio todo do J. C. é o DISPENSACIONALISMO no seu viés do conceito de que temos hoje uma “dispensação da graça” que teria suplantado a “dispensação da lei”. Há o outro viés da mirabolante escatologia israelocêntrica, mas não é o tema deste material de estudo.

    Há sérios problemas nessa maneira de pensar, a começar do fato que os crentes dessa “escola interpretativa” enfrentam imensa dificuldade em responder à pergunta—“Como se salvavam os pecadores ao tempo do Antigo Testamento?”

    Vejam o dilema: se disserem que eram salvos pela lei, proferem uma ABERRAÇÃO TEOLÓGICA. Como se pode alegar que algum homem jamais pôde reunir méritos suficientes para salvar-se pelos próprios esforços em cumprir “a lei do Senhor” que é “perfeita” (Sal. 19:7)?!

    Se admitem que eram salvos “pela graça”, isso destrói a divisão estanque e artificial de dispensações da lei OU graça.

    A verdade é que LEI e GRAÇA sempre vieram juntas, cada qual cumprindo o seu papel. Isso se pode ilustrar tanto no Velho quanto no Novo Testamento.

    * No VT: Ao proferir a LEI MORAL dos 10 Mandamentos no Sinai, Deus começa dizendo: “Eu sou o Senhor que te tirou da terra do Egito, da casa da escravidão”. Esta é uma declaração de GRAÇA divina. Segue-se o enunciado da LEI nos versos seguintes.

    * No NT: Quando Cristo foi confrontado com a mulher adúltera, conhecendo-lhe o coração Ele lhe disse: “Tampouco Eu te condeno”. Esta é uma expressão de GRAÇA. Mas em seguida disse-lhe: “Vai e não peques mais”. Isso é LEI.

    Conseguem perceber como não existe essa de um “tempo da lei” suplantado por um “tempo de graça”? Isso é doutrina de homens, ensino dos instrutores do que eu chamo neoantinomismo dispensacionalista, ideias que se popularizaram no evangelicalismo desde meados do séc. XVI e que, em última análise, partem de uma visão com conceitos equivocados sobre a volta de Cristo da falsa profetisa Margaret MacDonald, como exposto em detalhes em três vídeos que convido J. C. e todos os demais debatedores a assistir, indicado na discussão referida acima sobre as origens da “escola interpretativa” dispensacionalista dianenhumista. São exposições de dois respeitados teólogos evangélicos—o teólogo batista Dr. Russell Shedd, e o bispo metodista Ildo de Melo,  ver:

    http://www.forumevangelho.com.br/t3981-as-raizes-catolicas-da-escola-interpretativa-dispensacionalista


    Paulo, que tanto exalta a graça divina, fala que com a sua mente deseja servir a “lei de Deus” (Rom. 7:25) que é aquela que traz o preceito “não cobiçarás”, sendo santa, justa, boa, espiritual, prazenteira (vs. 7, 8, 12, 14, 22). E ainda recomenda naturalmente dessa lei divina os seus 5o., 6o., 7o., 8o., 9o. e 10o. preceitos aos GENTIOS de Éfeso e Roma (Efé. 6:1-3; 4:25-31; Rom. 13:8-10).

    Agora, a teologia acatada por J. C. não bate com o que sempre constituiu o CONSENSO do pensamento clássico, histórico e mesmo OFICIAL dos cristãos todos—luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, e é mesmo confirmado pelos ASSEMBLEIANOS em importantes obras de instrução da Igreja.

    O que tal CONSENSO indica não é essa confusão e ambiguidade sobre a questão da lei e do dia de repouso que se reflete nas respostas do J. C.. Ele talvez se surpreenda bastante ao saber que tal CONSENSO de séculos, portanto de muito antes de sequer os adventistas surgirem no cenário religioso, é de que os 10 Mandamentos seguem sendo normativos aos cristãos em TODOS os seus preceitos (ainda que canhestramente tentando adaptar o domingo no lugar do sábado), que o princípio do sábado é originário da criação do mundo, portanto, tendo caráter MORAL e UNIVERSAL, e que as leis divinas devem ser entendidas como MORAL (o Decálogo), CERIMONIAL e CIVIL, as duas últimas não mais aplicáveis à Igreja.

    Pela mentalidade de tempos posteriores, o sábado foi totalmente abolido, enquanto o domingo passa a ser acatado pelos cristãos, mas NÃO COMO MANDAMENTO, e sim como uma espécie de SUGESTÃO (se quiser respeitar o princípio, como definia o mandamento do suposto “sábado judaico”, tudo bem, se não quiser, tudo bem também--fique apenas como um dia livre de trabalhos seculares, para ir a reuniões na igreja, mas não isento de outras preocupações alheias às práticas religiosas. Ou seja, o conceito de “dia do Senhor” é substituído por algo como um “dia meio do Senhor/meio meu mesmo”. Se a pessoa foi à Igreja e “cumpriu suas obrigações” religiosas, fica livre para comprar, vender, ver o esporte no estádio ou na TV. Onde há base bíblica para isso? Até hoje ninguém me apresentou. . .

    Enfim, o domingo não é tido exatamente como um “dia do Senhor”, passando a ter mais um caráter de “domingão do crentão”. Mas saibam que há vozes se levantando nos meios protestantes tradicionais contra esse relaxo total no conceito do “dia do Senhor”, que não citaremos aqui para poupar espaço.

    É realmente esse o conceito bíblico do “dia do Senhor”? Houve mesmo esse “liberou geral” quanto à prática desse princípio do dia de repouso?

    Os assembleianos são contraditórios nesse aspecto, e as contradições, que se percebem numa comparação de obras de sua editora CPAD, ilustram a mesma situação entre outros crentes do evangelicalismo contemporâneo, possivelmente sendo o que se passa no seio da Igreja Maranata.
    O J. C. a certa altura, por exemplo, fala que NADA SABE sobre esse pensamento consensual dos crentes protestantes/evangélicos e me cobra uma indicação de fontes onde obter tal conhecimento.

    Que lástima, meu caro J. C.! Por IGNORAR esse fato é que incorreu em tantos equívocos em suas respostas, pode crer. Mas, a bibliografia sobre onde encontrar o que os crentes evangélicos sempre creram a respeito, até sofrerem a tremenda influência da visão neoantinomista dispensacionalista, desde meados do séc. XIX, é simples e acessível. Pela Internet hoje em dia é facílimo se localizarem essas fontes. Veja o que luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos ensinam OFICIALMENTE e HÁ SÉCULOS sobre o tema da lei divina e do dia de repouso pelos seguintes documentos confessionais:

    • Pequeno Catecismo de Lutero—art. sobre os Dez Mandamentos
    • Confissão de Fé de Westminster—arts. 19 a 21
    • Confissão de Fé Batista de 1689—arts. 19 a 21
    • Catecismo Batista (organizado por Spurgeon em 1855), perguntas 40 a 66
    • Declaração Doutrinária dos batistas, tanto da CBB quanto da CBN, respectivamente arts. X e XV (sobre o “sábado cristão”)
    • 39 Artigos de Religião da Igreja Anglicana, art. VII
    • 25 Artigos de Religião da Igreja Metodista, art. VI
    • Confissão Helvética

    Esses documentos todos são, ademais, confirmados em suas posições por grandes nomes da Teologia protestante ao longo dos séculos, como os reformadores Lutero, Calvino, Zuinglio, posteriormente João Wesley, além dos comentaristas bíblicos Adam Clarke (metodista), Albert Barnes (presbiteriano), Jamieson, Fausset e Brown (batistas), além de tantos e tantos outros comentaristas bíblicos antigos e modernos que seria até longo aqui enumerar (Billy Graham seria um destacado exemplo).

    Mas para concluirmos esta parte de nossas considerações, vejam como obras da maior autoridade da Igreja Assembleia de Deus, abordam estas questões, o que recentemente sofreu um lamentável retrocesso com a série de lições da EBD preparadas por Esequiel Soares, para o 1º. Trimestre de 2015 para o estudo dos crentes dessa denominação. Isso apenas ilustra a confusão e contradição que prevalecem no evangelicalismo contemporâneo, por influência da tremenda LAVAGEM CEREBRAL que já indicamos—do dispensacionalismo dianenhumista. Creio ser uma LAVAGEM CEREBRAL mais terrível do que a que a Soc. Torre de Vigia aplica sobre seus adeptos, as “testemunhas de Jeová”, dada a maior quantidade de pessoas dominadas por tal influência:


    AUTORIDADES ASSEMBLEIANAS REFUTAM A FALSA TEOLOGIA DISPENSACIONALISTA DIANENHUMISTA DE ESEQUIAS SOARES & CIA.


    - Sobre o que constitui a Lei Moral de Deus para nosso tempo:

    “Será que as leis de Deus observadas pelos israelitas servem para os cristãos? As leis foram designadas para guiar todas as pessoas a um estilo de vida saudável, justo e voltado para Deus. Seu propósito é apontar o pecado e mostrar a maneira correta de lidar com ele. Os Dez Mandamentos se aplicam hoje assim como se aplicavam há três mil anos, pois proclamam um estilo de vida estabelecido por Deus. São a perfeita expressão da pessoa de Deus e como Ele deseja como o povo viva”.– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal (CPAD—Casa Publicadora das Assembleias de Deus), pág. 237 (destaque meu).

    - Sobre as origens edênicas do sábado:

    “1) O principio de um dia sagrado de repouso, foi instituído antes da lei judaica. ‘E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou’ (Gn 2.3). Isto indica que o propósito divino é que um dia, em sete, fosse uma fonte de bênção para toda a humanidade, e não apenas para a nação judaica.

    “2) O propósito espiritual de um dia de descanso, em sete, é benéfico ao cristão. No AT esse dia era visto como uma cessação do labor e ao mesmo tempo um dia dedicado a Deus; um período para se conhecer melhor a Deus, e adorá-lo; uma oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de Deus. (Nm 28.9; Lv 24:8').

    “3) Assim como o sábado era um sinal do concerto de Israel como povo de Deus (Êx. 31.16-17), o dia de adoração do cristão, (o domingo) é um sinal de que este pertence a Cristo.

    “4) Jesus nunca ab-rogou o principio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (vv1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6).

    “5) Jesus indica que o dia de descanso semanal foi dado por Deus para o bem-estar espiritual e físico do homem (Mc 2.27)”.–  Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), comentário de Gên. 2:3.

    Interessante como dita obra no parágrafo 3 até confirma que o princípio do dia de repouso é o SINAL entre Deus e seus filhos. Embora equivocadamente seus redatores queiram aplicar o princípio de origem edênica do sábado ao injustificável domingo da tradição católica-romana, estão certíssimos nesse ponto, e confirmam o que lemos em Êxo. 31:17 e Eze. 20:12, 20. Afinal, ateus, materialistas e crentes relapsos e comodistas (que deturpam o sábado/domingo com relaxo total da noção de “dia do Senhor”, como os fariseus deturpavam no sentido contrário, com extremismo de proibir até curas no sábado) não se caracterizam como aqueles que se propõem a dedicar todo um dia semanal ao Senhor.

    - Sobre a “divisão” das leis:

    “Quando Paulo diz que os não-judeus (gentios) não estão mais presos a elas, o apóstolo não está dizendo que essas leis não se aplicam a nós atualmente. Está dizendo que certos tipos de leis podem não se aplicar a nós. No Antigo Testamento havia três categorias de leis:

    LEI CERIMONIAL: Esse tipo de lei está especificamente relacionado à adoração de Israel (Ver, por exemplo, Lv 1.1-13). Seu objetivo principal era apontar para Jesus Cristo. Portanto, ela não era mais necessária após sua morte e ressurreição. Embora não estejamos mais vinculados à lei cerimonial, os princípios nela contidos - adorar e amar ao santo Deus - ainda se aplicam atualmente. Os judeus cristãos muitas vezes acusavam os gentios cristãos de violarem a lei cerimonial.

    LEI CIVIL: Esse tipo de lei regulava a vida cotidiana de Israel (Ver Dt 24. 10, 11, por exemplo). Como a cultura e a sociedade naquela época eram radicalmente diferentes do mundo moderno, algumas de suas diretrizes não podem ser especificamente obedecidas. Os princípios, porém, a elas subjacentes devem guiar nossa conduta. . . .

    LEI MORAL: Esse tipo de lei é constituído pelos mandamentos diretos de Deus - por exemplo, os Dez Mandamentos (Êxodo 20.1-17). Ela exige uma rigorosa obediência e revela a natureza e a vontade divina. Ainda se aplica a nós atualmente. Devemos obedecer essa lei moral, não para alcançar a salvação, mas para viver de uma forma que seja agradável a Deus”. – Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal, (CPAD -- Casa Publicadora das Assembleias de Deus). pág. 1637 [ver também pág. 1224] (Destaques em maiúsculos e negrito meus).

    * DECLARAÇÃO DO PASTOR E AUTOR ASSEMBLEIANO O. S. BOYER

    “Os Dez Mandamentos foram pronunciados por Deus e escritos por Ele em duas tábuas de pedra, Êx 31.18. Foram escritos de ambas as bandas, Êx 32.15. Não se deve pensar que não existia nada destes mandamentos, antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas consciências dos homens desde o princípio. Não há pecado que não é condenado por um dos Dez Mandamentos. A súmula do Decálogo é o dever para com Deus e o dever para com o próximo; melhor, é o amor para com Deus e o amor para com o próximo”. -- BOYER, O. S., Pequena Enciclopédia Bíblica, 1.ª ed., editora CPAD, p. 237; verbete: “Dez Mandamentos”.

    Vejam só que confusão! As lições da EBD do primeiro trimestre de 2015 contrariam praticamente tudo isso que acima consta, sendo da MESMA EDITORA e da MESMA IGREJA responsável pelas publicações. O que vem a ser isso senão fruto da tremenda bagunça ideológica gerada pelas noções da “escola interpretativa” dispensacionalista, que é denunciada por gente de gabarito da própria grei evangélica, ressaltando suas negras origens (tendo tudo começado a partir da visão de uma falsa profetisa contrariando o ensino bíblico sobre a volta de Cristo)?

    Caro J. C., primeiro de tudo devemos ir às BASES do ensino todo. Confira cuidadosamente a diferença do que expõe em cotejo com o que SEMPRE foi o entendimento da Igreja protestante evangélica.

    E para mais dados sobre a questão toda, veja como os adventistas do sétimo dia podem reivindicar que são os que realmente preservam a mais legítima tradição protestante/evangélica sobre, pelo menos, cinco pontos (o vídeo apresenta pequenos problemas de som nos primeiros minutos, mas não prejudica em nada o acompanhamento de todo o seu conteúdo até o final):

    https://www.youtube.com/watch?v=r6DWtQstt2g

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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qui 01 Jan 2015, 11:03

    Vejamos agora a análise das respostas do J. C. ao nosso questionário:

    Para acompanhar devidamente minhas réplicas a suas respostas basta subir o texto para ver a parte superior, inicial do tópico, onde ele postou as perguntas e suas respostas às mesmas.

    Na 1ª. pergunta ele põe em dúvida a questão de qual teria sido o primeiro ser do universo a praticar uma violação da lei divina.

    Essa questão de Isa. 14:12 referir-se a Satanás tem sido muito debatida ao longo dos séculos, e os que negam isso, se identificam claramente com os teólogos liberais mesmo quando não o sejam—isto é, os que negam a própria inspiração bíblica e atribuem os primeiros capítulos do Gênesis a mero relato folclórico judaico. Isso é significativo!

    Mas vejamos o dizem alguns comentaristas conservadores a respeito:

    Jamieson, Fausset e Brown (batistas):

    “A linguagem {de Isaías 14:12 e contexto} é formulada como aplicando-se primariamente ao rei de Babilônia, e ao mesmo tempo como simbolizando mediante ele, o grande inimigo final, o homem do pecado, o Anticristo, de Daniel, Paulo e João; ele somente cumprirá exaustivamente todos os paralelos aqui dados.

    Lúcifer — ‘estrela da manhã’. Um título que pertence somente a Cristo (Apo. 22:16), a ‘brilhante estrela da manhã’, e, portanto, dali em diante assumido pelo Anticristo”.


    João Wesley:

    Caído --Do alto de sua glória. Lúcifer-- que apropriadamente é uma estrela brilhante, que se apresenta na manhã; mas é aqui metaforicamente tomada pelo poderoso rei de Babilônia”.

    Não querendo me aprofundar nesse debate específico, o fato é que houve alguém manipulando a serpente que induziu o casal original ao pecado (Gên. cap. 3), será que não?! E quem teria sido esse ser que ao levar outros ao pecado, não o faria SE NÃO FOSSE ELE PRÓPRIO PECADOR?! Então, o primeiro pecador foi esse anjo rebelde, que utilizou a serpente como “médium” e VIOLOU a lei divina eterna de AMOR. Não amou a Deus sobre todas as coisas ao pretender arrebatar-Lhe a lealdade de Seus primeiros seres criados sobre o recém-formado planeta. Não amou os semelhantes porque induziu uma terça parte dos anjos a seguir suas insinuações rebeldes (Apo. 12:4), até ser expulso do céu (vs. 7).

    Pairariam ainda alguma dúvida sobre o que a pergunta no. 1 indica nesse sentido, sobretudo quanto ao que é explicado na “observação”?!  Agora, temos uma declaração muito problemática de J. C., na sua resposta à 1ª. pergunta que merece análise: “estes mandamentos {de amar a Deus/amar o próximo} não estão no decálogo, mas no livro da lei”.

    Gente, está aí uma declaração sem nexo algum! Estes mandamentos NÃO ESTÃO no Decálogo--ELES SÃO O DECÁLOGO sinteticamente. Claro, o J. C. parece ignorar também que faz parte da mais legítima tradição cristã que os primeiros 4 mandamentos do Decálogo tratam de nossos deveres para com Deus, e os 6 últimos, idem quanto ao próximo. É como consta HÁ SÉCULOS dos documentos confessionais dos luteranos, presbiterianos, batistas e anglicanos, como ele constatará se dedicar-se a investigar os documentos clássicos do protestantismo que indicamos. E antes da Reforma Protestante, isso já era assim definido basicamente por católicos e ortodoxos.

    Do contrário, vejam o absurdo—será que Deus estabelece que os filhos devem honrar seus pais, mas não está “nem aí” se isso é fruto do amor deles aos seus progenitores ou não? Os cônjuges devem se respeitar mutuamente, mas isso nada tendo a ver com um sentimento de amor que deva haver entre eles? Ou seja, Deus determinou que NÃO HÁ NECESSIDADE NENHUMA de amor a Ele e ao próximo na observância dos Seus mandamentos?! São para serem cumpridos POR PURA IMPOSIÇÃO DA LETRA DA LEI, nada mais do que isso? É assim mesmo, J. C.? . . . Pois em sua resposta a nossa 1ª. pergunta deixa pairando no ar essa incrível ideia, já que se baseia, como eu sei, em argumentadores da linha dispensacionalista dianenhumista, de origens tão suspeitas, como já indiquei e documentei.

    Mas, vamos à resposta à 2ª. pergunta:

    O problema é que J. C. IGNOROU, PASSOU POR CIMA, FEZ DE CONTA QUE NÃO OCORRE uma “observação” que desfaz o que alega. Ressaltemos o que ele ignorou para que responda segundo tudo quanto expomos a respeito. Já vi outros querendo responder o questionário agindo igualzinho—IGNORAM as ponderações das “observações” como se fossem irrelevantes, mas são importantíssimas:

    Obs.: Argumentos do silêncio não têm qualquer peso como prova ou contraprova de coisa alguma e os apologistas de gabarito sabem disso e não os utilizam. Pelo raciocínio do ‘silêncio’ (não ser dito explicitamente algo) Adão podia até transar com as orangotangas do Éden, pois não consta qualquer regra contra a prática da bestialidade ao tempo dele”.

    Olá, J. C., tente responder-nos de novo LEVANDO EM CONTA o que consta dessa “observação”, pode ser? Fico no aguardo. . .

    Quanto à alegação de não ter havido “tarde e manhã” com referência ao sétimo dia, não dizem sempre (e acertadamente) que o NT é que explicará devidamente o VT? Pois que tal esta passagem esclarecedora de Heb. 4:4?:

    “Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de TODAS as suas obras no sétimo dia”.

    Pronto, caro J. C., está resolvido! A própria Bíblia nos resolve. Não pairam dúvidas de que o sétimo dia era um dia completo, nada de reinterpretações da teologia modernista a respeito, por favor. . .

    E vamos à sua 3ª. resposta:

    Novamente ele IGNOROU a “observação”, tática já conhecida de outros que tentaram dar resposta a nosso questionário. Eis o que diz tal ponderação ostensivamente ignorada:

    “Se os princípios da Lei Moral de Deus, depois expressos no Decálogo, não existiam antes do Sinai, então Abraão, Isaque e Jacó podiam tranquilamente cultuar imagens de Santo Abel, Santo Enoque e São Noé em suas tendas, já que não consta ocorrer ao tempo deles qualquer regra específica contra adoração de ídolos”.

    Então, repetimos o apelo anterior: Alô, alô, J. C., tente responder-nos de novo LEVANDO EM CONTA o que consta dessa “observação”. Fico no aguardo. . .

    E copiando de fonte aparentemente judaica, consta a seguinte declaração: “Existia instrução oral de Deus para o homem, de pai para filho e de professor para aluno antes do Sinai, mas não há provas concernentes ao sábado”.

    É mesmo?! Por que essa DISCRIMINAÇÃO contra o sábado? Onde constam regras de “instrução oral” contra falar o nome de Deus em vão, não confeccionar imagens de escultura, não cobiçar as coisas e mulher alheias, filhos respeitarem os pais, prática de bestialidade, consulta aos mortos?

    Só essa evidente DISCRIMINAÇÃO ANTI-SABÁTICA lança por terra toda a validade do argumento e da resposta claramente falha do Julio. É o falacioso “argumento do silêncio” em ação.

    Ah sim, e ele tentar “provar” que dizer que “pecado é a transgressão da lei” em 1 João 3:4 seria uma tradução ERRADA porque outras versões em português não dizem isso. Ele prefere as que não dizem isso, certamente. . . Mas que tal ampliar um pouco a sua pesquisa a respeito? Pois em versões ESTRANGEIRAS o que temos é exatamente a forma de definição de “pecado”, como indicamos:

    • Inglesa, King James: “Sin is the transgression of the Law”.

    • Francesa de Louis Segond: “Péché est la transgression de la loi”.

    • Espanhola, de Reina Valera: “Pecado es la infracción de la ley”.

    • Italiana de Giovanni Diodati: “Pecado è la transgressione de la legge”.

    • Romena de Cornilescu: “păcatul este fărădelege [ilegalidade]”.

    • Grego contemporâneo: “αμαρτια ειναι η ανομια” [amartia einai hê anomian].

    • Grego do “Textus Receptus”: “αμαρτια εστιν η ανομια” [amartia estin hê anomian].

    Explicando os textos gregos: o termo grego para “lei” é “nomous”. O prefixo “a” aposto ao termo básico “nomous” (no texto em debate alterado para anomian por estar no acusativo) funciona como elemento de negação, como em português em “normal—anormal”, “ético-aético”. Assim, “anomia” seria contrário à lei. Ou seja, VIOLAÇÃO/TRANSGRESSÃO da lei.

    Aliás, até as TJ’s na sua Tradução do Novo Mundo apresentam Mat. 7:23 como: “afastai-vos de mim, vós obreiros do que é contra a lei” (os que praticam a iniquidade-anomian, como em outras versões). Essa tradução se torna INSUSPEITA pois as TJ’s seguem a mesma teologia do dispensacionalismo dianenhumista do evangelicalismo moderno, já que Charles Russell, fundador da seita, foi também influenciado pelos dispensacionalistas que estavam no auge ao tempo de sua prédica. Eles jamais iriam fazer essa tradução para nos favorecer.

    Alguma dúvida ainda quanto ao ACERTO dos que traduziram 1 João 3:4 definindo “pecado” como “transgressão da lei”?

    Avancemos para a sua 4ª. resposta:

    Novamente ignorando a “observação”, que iremos repetir aqui, J. C. alega que eu, aparentemente por “má intenção”, recorro ao texto de Deuteronômio não destacando que o vs. 15 que LIMITARIA a guarda do sábado aos que saíram do Egito. E pergunta onde é dito que Adão, Noé, Enoque, etc. saíram do Egito. De fato, eles não saíram do Egito, assim como Isaías, Ezequiel, Neemias e tantos e tantos milhões de israelitas posteriores ao Êxodo. No entanto, o sábado a eles se aplicaria igualmente, como aos que literalmente saíram do Egito.

    O J. C., que gosta tanto de colocar quadrinhos com etimologia de termos hebraicos, se “esqueceu” de colocar a etimologia de “deuteronômio” (deuterós [segundo] + noumos [lei]). Esta palavra significa REPETIÇÃO DA LEI, e o que temos são reiterações DE MOISÉS, comentando o sentido dos vários preceitos. Quando chega no sábado, ele propositalmente recorda ao povo o privilégio que tinha de ter um sábado de descanso, quando no Egito não contavam com tal privilégio. Isso DESTACA o sábado, em vez de anulá-lo, para todos os crentes. É tão especial tal dia que merece ser lembrado como “memorial da redenção”, além de “memorial da criação”, como consta no texto ORIGINAL do preceito em Êxodo 20. E para desconsolo de J. C., os dois primeiros versos do TEXTO ORIGINAL do Decálogo aplica a saída do Egito a TODOS os mandamentos, não só ao do sábado:

    “Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”.

    Pronto, amigos, está também resolvido. TODOS os preceitos do Decálogo vinculam-se à saída de Israel do Egito, o que lança por terra a objeção falha do J. C. em sua 4ª. resposta a nosso questionário.

    Mas eis a “observação” relativa à 4ª. pergunta, que vale a pena ver de novo:

    “Pode-se dizer que o papel de Moisés no episódio da outorga da Lei Moral foi a de um mero ‘office-boy’, pois apenas trouxe do alto do monte, a cópia do solene discurso de Deus, registrado nas duas tábuas de pedra por Ele próprio, e por duas vezes (Deu. 5:22; 10:1-5)”.

    Analisemos a 5ª. resposta do J. C. ao nosso questionário:

    Ele ignora totalmente o que expusemos, sobre como CONTEXTUALMENTE o que o autor de Hebreus está discutindo não é “mudança da lei” para dar margem, seja ao domingo, seja ao dianenhumismo/diaqualquerismo. Apenas levanta objeções à “divisão das leis”, novamente ignorando que SEMPRE os cristãos assim entenderam a questão. Ele vai descobrir isso se realmente dedicar-se à pesquisa, que faltou fazer ANTES de colocar-se a responder nosso questionário. Se soubesse antes como luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos e ASSEMBLEIANOS mais modernamente assim entendem a questão, talvez não iria ser tão precipitado em chegar a algumas de suas conclusões.

    Ademais, a declaração de que os judeus nada sabem sobre essa “divisão das leis” é problemática. Primeiro que para os judeus NÃO EXISTE UMA PARTE PREFIGURATIVA DA LEI que se cumpriria com Cristo, daí sendo abolida, como todos os cristãos sempre entenderam. Segundo, que uma obra de grande autoridade para os judeus não indica isso. Eis o que é declarado na Encyclopaedia Judaica de 1906, no artigo "Law, Codification of", escrito por Louis Ginzberg, Professor de Talmud da Universidade Judaica de Nova York e Solomon Schechter, Presidente da mesma faculdade, à época:

    “O termo judaico 'lei' inclui muito mais do que geralmente é abrangido sob este nome. Portanto, o material que é encontrado nos códices judaicos é de vários tipos, e diferentes porções têm sido frequentemente tratadas em várias obras legais. Os originadores das leis bíblicas estavam bem cientes das diferenças entre lei jurídica, cerimonial e moral, como se comprova pelo número de sinônimos para 'lei' encontrados nas Escrituras. Pois, ainda que estes sinônimos fossem, com o passar do tempo, utilizados sem distinção, contudo não resta dúvida de que originalmente indicavam diferentes classes de leis, sendo que a diferenciação original se perde quando as leis eram remontadas a uma origem divina”. [Destaque em sublinhado meu].

    Fonte:

    http://www.jewishencyclopedia.com/view.jsp?artid=107&letter=L&search=Moral%20Law#ixzz0jcOStLxF

    E diante do exposto acima, reiteramos nossa “observação” IGNORADA OSTENSIVAMENTE pelo J. C.:

    “Na verdade, o contexto informa que a lei a ser mudada seria teoricamente a lei do sacerdócio, pois pela mesma, só quem era da tribo de Levi podia ocupar tal posição, e Cristo era da tribo de Judá. Claro que o autor de Hebreus fala sobre isso apenas retoricamente, pois os judeus jamais aceitariam mudar a lei para favorecer o sacerdócio de Cristo, quando nem aceitavam a Sua messianidade”.

    Puxa, precisa dizer mais nada?!

    Há pelo fim de sua resposta uma tentativa de defesa do domingo, mas nem vamos entrar no mérito dessa questão já que perguntas posteriores tratarão disso. Ademais, claramente ele emite conceitos da teologia falsa do dispensacioanalismo, como se agora estivéssemos na “dispensação da graça” que teria suplantado a “dispensação da lei”. Erro total, pois a GRAÇA já se manifestou ao tempo mesmo da Queda (Gên. 3:15), e não se limita ao tempo de Cristo para cá. Como isso já foi discutido acima, vejamos sua resposta à 6ª. pergunta:

    Esta é uma de nossas perguntas fundamentais sobre a questão do sábado/domingo/dianenhumismo-diaqualquerismo, com cinco opções de resposta—de a) a d) que o J. C. ignorou isso, pois preferiu uma opção e) que NÃO EXISTE no questionário, alegando algo como “mudamos as leis que não podem nos justificar”, preferindo a “lei de Cristo” (Gál. 6:2).

    Só que JAMAIS eu apresento a lei como sendo justificadora seja de quem for, e a “lei de Cristo” não libera ninguém de qualquer dos preceitos da “lei de Deus” porque são uma só e a mesma.

    Bem, nesta pergunta faltou uma “observação” fundamental, mas ela consta da pergunta seguinte. Eis como essa observação resolve a questão, em outra versão levemente alterada:

    “O texto de Heb. 8:6-10 é mera reprodução de Jer. 31:31-33. Aqueles aos quais a epístola foi primeiro dirigida saberiam perfeitamente a que ‘Minhas leis’ o autor se referia. Entendiam que a fé não anulou a lei divina, como Paulo explica em Romanos 3:31: ‘Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes, confirmamos a lei’.

    “Mas, e o cerimonialismo todo da lei do tempo de Jeremias?, alguém poderá perguntar. Não há problema nenhum. Os leitores primários da epístola também sabiam que àquelas alturas o véu do Templo se havia rasgado de alto a baixo, e o que isso significava—que os aspectos prefigurativos da lei cessaram, mas não os mandamentos da Lei Moral”.

    É isso aí. O fato é que nossa pergunta não foi nem de longe respondida de modo minimamente aceitável. E para desconsolo do dispensacionalista J. C., a “lei de Cristo” de Gál 6:2 é a MESMA “lei de Deus”, pois nesta passagem Paulo fala em “levar as cargas uns dos outros”, o que corresponde à “regra áurea” expressa por Jesus em Mat. 22:36-40—amar a Deus e amar ao próximo.

    O que muitos deixam de perceber é que a parte desse princípio básico e sintético da lei referente ao amar a Deus é PRIORITÁRIO sobre o amar ao próximo. Basta ler Mat. 10:37 e 1 João 5:2. Lá mostra que quem ama mais a pai e mãe, irmão, etc., do que a Cristo, Dele não é digno. E em João acentua que para se amar legitimamente ao próximo, tem-se que primeiro amar a Deus. Claro, só assim Ele será reconhecido como Pai de todos.

    Portanto, a “lei de Cristo” NÃO É DIFERENTE da “lei de Deus” que no VT era a Torah, contendo todo o cerimonial para Israel entender Quem era o prometido Messias, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (1 João 1:29). Mas essa parte prefigurativa, cerimonial, cessou na cruz, não a parte de preceitos MORAIS, como “não matarás”, “não furtarás”, “honra a teu pai e a tua mãe”, “não dirás o nome de Deus em vão”, etc.

    E o sábado está entre os PRECEITOS MORAIS, como foi definido HÁ SÉCULOS pelos cristãos todos—luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos, mais recentemente confirmado em obras da maior autoridade dos ASSEMBLEIANOS, como já citadas. Se depois negam isso como lições da EBD que contrariam outras obras da mesma instituição, já é um problema que não nos diz respeito. É a confusão babilônica que inescapavelmente se manifestará mais cedo ou mais tarde entre os negadores da lei de Deus, influenciados pela tremenda LAVAGEM CEREBRAL do dispensacionalismo dianenhumista.
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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qui 01 Jan 2015, 11:06

    E chegamos à pergunta no. 7. Analisemos a resposta do J. C. à mesma:

    Ele mais uma vez IGNORA OSTENSIVAMENTE o que consta da “observação”, que também serve à pergunta anterior, como vimos. Vamos repeti-la, pois, como diz aquela rede de TV, VALE A PENA VER DE NOVO:

    “Claro que tais leis abrangem tudo isso—são de Cristo, da fé, do amor, do Espírito. E observe-se que Heb. 8:6-10 é mera reprodução de Jer. 31:31-33, daí que essas leis por Deus escritas nos corações sob o Novo Concerto são AS MESMAS do tempo de Jeremias. Claro que isso não inclui os aspectos cerimoniais, prefigurativos, pois quando Hebreus foi escrito o seu autor e seus leitores primários sabiam que o véu do Templo se rasgara de alto a baixo quando Cristo proferiu o ‘Está consumado’ (Mat. 27:51), indicando o fim das leis cerimoniais, não das leis morais, em que se inclui o sábado”.

    Baseando-se em conhecidos sofistas do neoantinomismo dispensacionalista dianenhumista, nosso argumentador tenta “provar” que Jesus colocou o sábado na mesma categoria de regras cerimoniais, o que parecerá muito estranho, pois Deus devia ter feito isso PRIMEIRO, e jamais o fez por todo o VT.

    Vamos ter perguntas específicas sobre o tratamento de Cristo para com o sábado, que seriam da 14 em diante, então, aguardem que iremos nos aprofundar na questão. Sabemos que há certo “teólogo” evangélico, dispensacionalista roxo, que levanta uma tremenda argumentação querendo transformar a Cristo por todos os meios num “agente do anti-sabatismo”. Esse teólogo, que nem formado em Teologia é, influenciou grandemente os argumentadores do dispensacionalismo dianenhumista, como J. C., e até o Esequias Soares, autor das lições da EBD da Igreja Assembleia de Deus do primeiro trimestre de 2015, ao analisar as atitudes e palavras de Cristo sobre o sábado.

    Vamos rapidamente antecipar algumas das questões que serão aprofundadas mais adiante: Se Cristo na mínima medida ensinasse que qualquer do MÍNIMO dentre os mandamentos não se aplicariam mais, Ele próprio, Jesus Cristo, teria que ser considerado “o mínimo no reino dos céus” à luz de Suas próprias palavras em Mat. 5:17-19, especialmente o vs. 19.

    Jesus não equiparou o sábado nem aos pães da proposição nem o tornou MENOR DO QUE A CIRCUNCISÃO, como o incompetente “teólogo” referido tenta nos fazer crer. Aliás, são formas de argumentação que não encontro entre grandes e realmente reconhecidos comentaristas bíblicos ao longo dos tempos como Adam Clarke, Albert Barnes, Jamieson, Fausset e Brown, Wesley, Calvino . . . Esse intérprete novidadeiro já mencionado ignora Mat. 5:19 e não sabe responder à seguinte pergunta, que aparecerá mais adiante no questionário:

    * Qual era o TEOR dos debates de Cristo com a liderança judaica sobre o sábado—SE era para ser observado, QUANDO era para ser observado, ou COMO observar o dia segundo o seu real espírito?

    A própria Casa Publicadora das Assembleias de Deus promove numa de suas obras de grande relevância para a instrução dos crentes e assim define a questão:

    “4) Jesus nunca ab-rogou o principio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (vv1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6).

    “5) Jesus indica que o dia de descanso semanal foi dado por Deus para o bem-estar espiritual e físico do homem (Mc 2.27)”.–  Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD), comentário de Gên. 2:3.

    Pronto, está aí resolvida a questão. Cristo não era agente do anti-sabatismo de jeito nenhum, conclusão a que só pode se chegar levando-se a sério tolices teológicas ensinadas por gente incompetente, teólogos que tentam passar a imagem de grandes entendidos das Escrituras, mas que só revelam como nada sabem sobre exegese bíblica. Deixo claro que não estou me referindo aqui ao J. C.

    E vejamos a análise da pergunta 8:

    Ele repete um velho e surrado argumento ERRADO sobre Cristo ser o “descanso” referido em Hebreus 3 e 4, à luz do que declarou em Mat. 11:28, 29. Só que nem honra a própria inteligência confundir o descanso ESPIRITUAL que Jesus acentua—o descanso da salvação—com o descanso físico e mental propiciado pelo preceito do sábado, cientificamente comprovado como necessário aos homens.

    Há também uma pergunta mais adiante a esse respeito, mas vejamos algumas consideração em antecipação ao que detalharemos:

    Além de contrariar o pensamento clássico, histórico e ainda OFICIAL dos cristãos protestantes muitos adeptos do dispensacionalismo dianenhumista confundem a questão de Hebreus 3 e 4 imaginando que a intenção do autor é falar que o sábado foi extinto, como “sombra” da salvação em Cristo.

    Isso não faz sentido nenhum e nem é dito no referido capítulo. Prova de que o sábado NÃO CESSA por causa da “salvação em Cristo” temos nos seguintes fatos?:

    a - As santas mulheres que de perto acompanhavam e serviam a Cristo, ao Este morrer, foram preparar os unguentos para embalsamarem o Seu corpo. Mas “no sábado descansaram SEGUNDO o mandamento” (Luc. 23:56).

    Vejam que elas, que certamente tinham conhecido o descanso da salvação, nada sabiam dessa teologia posterior do neoantinomismo dispensacionalista anti-sabático de que quem é salvo em Cristo, com isso dispensará o sábado. Jesus NÃO ENSINOU ISSO, como elas demonstram claramente.

    b - Embora Israel como nação não haja entrado no “descanso” prometido, houve dentro da nação os que realmente experimentaram esse descanso, como os heróis enumerados em Heb. 11. E nem por isso eles dispensaram a guarda do sábado, tendo alcançado tal “descanso”.

    c - Se o sábado fosse mera sombra a cessar com Cristo, por que o autor de Hebreus (certamente Paulo), que dedica os capítulos 7 a 10 a explicar em detalhes o sentido dos símbolos judaicos, JAMAIS faz menção, seja ao sábado, seja às leis dietéticas em tais iluminadores capítulos? A resposta é simples--é porque NÃO SÃO PREFIGURATIVOS, não cessaram com a vinda de Cristo.

    O sábado era algo muito arraigado à cultura religiosa, e mesmo secular, dos judeus e é incrível como não se discute JAMAIS o seu suposto caráter temporário, prefigurativo, como os anti-sabatistas gostariam que ocorresse.

    O debatedor termina, após citar outro pensador com seus argumentos falaciosos sobre Hebreus 3 e 4, mencionando Col. 2:14-17, mas como esta é uma passagem que entrará mais adiante no questionário, nem vamos perder tempo tratando agora desse verdadeiro “samba anti-sabático de uma nota só”, como é tal passagem tão mal compreendida pelos adeptos do dispensacionalismo dianenhumista, a “escola teológica” preferida pelo J. C.

    Então, partamos para a pergunta 9 e analisemos sua resposta:

    Ele apresenta a famosa e desmoralizada tabelinha com todos os mandamentos do Decálogo repetidos no NT, menos o do sábado.

    Garanto-lhe, amigo J. C., que noutros debates os anti-sabatistas nem usam mais tal “tabelinha” depois que refutamos inteiramente tal forma de argumentar contra a validade do preceito do sábado para os cristãos. Então, veja se pode refutar-nos no que apresentaremos a seguir:


    A FALÁCIA ARGUMENTATIVA DA ‘AUSÊNCIA DO PRECEITO DO SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO

    Essa conversa de que não há mandamento para guardar o sábado no NT é mais um sofisma tolo e sem lógica. Se os mandamentos da lei divina para valerem para os cristãos têm que ser “revalidados” no Novo Testamento, após a abolição total do Decálogo, vejam só o que poderia ter acontecido:

    Se todos os mandamentos foram abolidos na cruz, mas sendo depois revalidados para a Igreja no Novo Testamento (menos o 4º.), imaginemos uma situação incrível que se estabeleceria: O 5º. mandamento foi de embrulho com todos os demais regulamentos morais e cerimoniais quando Jesus exalou o último suspiro e declarou, “Está consumado”. Daí, no minuto seguinte qualquer filho de um seguidor de Cristo poderia chutar a canela de seu pai ou mãe, xingá-los, desobedecê-los e desrespeitá-los livremente, eis que o 5o. mandamento só foi “restaurado” quando Paulo se lembrou de referi-lo, escrevendo aos efésios, e isso no ano 58 AD (ver Efés. 6: 1-3)! E, pior ainda, os termos do mandamento “não matarás” só foram reiterados por Paulo em Romanos 13:9, no ano 56 ou 58 AD (bem como “não adulterarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás”. . .).

    Ou seja, por quase 30 anos os filhos dos cristãos não tinham que respeitar os pais, pois o 5º. mandamento só é restaurado após umas três décadas, e mesmo assim só para os efésios.

    Muitas décadas mais se passaram até atingir toda a comunidade cristã para cientificar-se da necessidade de os filhos respeitarem seus pais! Além de os cristãos poderem matar uns aos outros, etc., nesse mesmo período “sem a lei”. . . Faz sentido isso tudo?

    Por aí se vê a enrascada em que se mete quem contraria o “assim diz o Senhor” das Escrituras.

    Onde aparece no Novo Testamento reprodução ipsis literis de qualquer preceito contra falar o nome de Deus em vão (só há referências indiretas e só ligadas a juramento), confeccionar imagens de escultura, utilizar tais imagens como 'santos' da Igreja (“ídolos” são reproduções de Deus ou divindades pagãs), consultar os mortos ou sobre casamento entre irmãos ou prática de bestialidade?

    Pelo tortuoso raciocínio desse chavão dispensacionalista o cristão pode:

    a) falar o nome de Deus em vão (no NT não há nenhuma repetição do preceito sobre isso do VT, só referências indiretas e SÓ ligadas a juramento);

    b) confeccionar imagens de escultura (este aspecto do 2o. Mandamento jamais é repetido no NT. Nesse caso, se poderia imaginar até um evangélico sendo “santeiro”--fabricante de imagens de santos, sem ser condenado por isso na tal “dispensação da graça”);

    c) empregar imagens de SANTOS da Igreja em atos de culto (no NT só há condenação a ÍDOLOS, e isso SÓ se aplica a Deus ou divindades pagãs);

    d) consultar os mortos (no NT não aparece repetição clara do preceito contra isso, como consta de Deu. 18:9-12 e Isa. 8:19, 20);

    e) permitir casamento entre irmãos (jamais no NT há repetição dessa regra do VT);

    f) permitir a prática de bestialidade (sexo com animais), jamais repetido no NT.

    Pronto, e agora, caro J. C.. Ainda pretende usar essa “tabelinha” sem fundamento nos fatos?!

    Sobre sua “observação” ao final, o tal teólogo incompetente que busca transformar a Jesus Cristo num agente do anti-sabatismo é que utiliza esses falhos argumentos de que ao declarar-Se “Senhor do sábado” Jesus pretendia colocar-Se acima de tal preceito, podendo violá-lo livremente.

    Mas esse mesmo cara admite que Jesus observava o sábado “por ser judeu”, ideia que parece que também adota. Aí, porém, está a evidente CONTRADIÇÃO: Se Ele não respeitava o sábado por ser “Senhor do sábado”, como é que respeitava tal preceito POR SER JUDEU?! E como Ele ensinaria aos homens algo contra, não um “mínimo”, mas um dos mandamentos MÁXIMOS da lei, como era o sábado, sem ter que incorrer no que Ele próprio declarou—ter de ser considerado “o mínimo no reino dos céus’, à luz de Suas próprias palavras em Mat. 5:19?

    Vamos lá, J. C., resolva-nos essa evidente e inescapável CONTRADIÇÃO.

    Ser “Senhor do sábado” não é uma declaração de Cristo para ensinar que Ele podia violar o preceito (pois já vimos a IMPOSSIBILIDADE de Ele assim agir sem ter que ser, Ele próprio, considerado “o mínimo no reino dos céus”). O que Ele quer dizer é que tem AUTORIDADE para corrigir as distorções dos líderes de Israel quanto à FORMA de observar o sábado. Ele também declarou-Se “maior do que o Templo”, não para diminuir a importância do Templo, pois até o chama de “casa de Deus”, e sim para responder aos que Lhe perguntavam—“Com que autoridades fazes isso”?

    Podemos dizer que assim como Jesus expulsou do Templo os vendilhões, Ele expulsou do sábado as excrescências casuísticas impostas pelos que DISTORCIAM o sentido do preceito. Daí que concordamos plenamente com o diz a Bíblia de Estudo Pentecostal, ao analisar Gên. 2:3:

    “4) Jesus nunca ab-rogou o principio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (vv1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6).

    “5) Jesus indica que o dia de descanso semanal foi dado por Deus para o bem-estar espiritual e físico do homem (Mc 2.27)”.

    Pois bem, chegamos agora à 10ª pergunta. Vejamos a análise do J. C.:

    Eu falo do CONSENSO do pensamento dos cristãos ao longo dos séculos. Todos eles estavam bem cientes de que “lei de Deus”, “lei do Senhor”, Torah se referem a TODO O CONJUNTO de leis, incluindo as morais, cerimoniais, civis, etc. Mesmo assim, esses cristãos luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos e ASSEMBLEIANOS, mais recentemente, adotaram o CONSENSO de pensamento sobre a lei, que já mencionamos. Esse CONSENSO ensina que TODOS os 10 Mandamentos seguem normativos aos cristãos, em contraste com as leis CERIMONIAL e CIVIL, as duas últimas abolidas e não mais aplicáveis à Igreja. E ensinam ainda que o preceito do dia de repouso é ORIGINÁRIO da Criação do mundo, daí tendo caráter MORAL e UNIVERSAL.

    Então, o problema é que J. C. já confessou não ter conhecimento do que os documentos confessionais, DE SÉCULOS, dos cristãos protestantes ensinam. Pois saiba que esse CONSENSO de pensamento é importantíssimo, e as influências posteriores do dispensacionalismo dianenhumista é que constituem a novidade interpretativa no seio do evangelicalismo.

    Nas perguntas 11 e 12 é onde  J. C. confessa IGNORAR o CONSENSO do pensamento dos cristãos sobre o tema da lei e do dia de repouso (e sobre todas as demais questões, por extensão).

    Aí é que ele precisa saber como os adventistas são os preservadores do ensino clássico dos cristãos conservadores em, pelo menos, CINCO PONTOS, como já destaquei acima. Mas vale a pena repetir o link onde isso é discutido (o vídeo apresenta pequenos problemas de som nos primeiros minutos, mas não prejudica em nada o acompanhamento de todo o seu conteúdo até o final):


    https://www.youtube.com/watch?v=r6DWtQstt2g

    Na pergunta 13 ele tenta negar que os 10 Mandamentos sejam realmente especiais, falando em
    “algumas pessoas” que assim pensam. Pelo fato de IGNORAR o CONSENSO do pensamento dos cristãos, como temos ressaltado tantas vezes, ele deixa a impressão que essas “algumas pessoas” são só os crentes sabatistas. Não sabe que são TODOS OS CRENTES conservadores, e até os católicos, que assim sempre pensaram, como consta dos documentos confessionais clássicos, históricos de luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos, mais recentemente tendo confirmação dos ASSEMBLEIANOS.

    Então, em vez de “algumas pessoas” excepcionalmente assim interpretarem, são os que constituíram o núcleo do pensamento protestante/evangélico que assim sempre entenderam.

    Aliás, temos um texto onde fica claro POR QUE realmente os 10 Mandamentos são tão especiais e sempre destacados pelos cristãos como tendo tal caráter diferenciado das demais leis:


    MOISÉS: MERO 'OFFICE-BOY' DE DEUS NO EPISÓDIO DA OUTORGA DA LEI

    Moisés cumpriu apenas o papel de um “office-boy” no episódio da outorga da lei dos 10 Mandamentos no Sinai, pois o que trouxe do monte foi somente a CÓPIA DO DISCURSO DE DEUS, como estava nas tábuas de pedra, escritas pelo Seu próprio dedo.

    Após proferir a lei especialíssima dos 10 Mandamentos palavra por palavra--a única parte de toda a legislação divina que Deus fez questão de transmitir aos ouvidos do povo diretamente, sem intermediários--é dito que Ele “nada acrescentou” (Deut. 5:22). E o próprio Deus transcreveu o que falou nas tábuas de pedra, com o Seu próprio dedo! Aquela foi a primeira e única vez na história que todo o povo de Deus reunido ouviu a própria voz de Deus falando-lhes audivelmente.

    Os que querem eliminar ou alterar regras dessa divina lei, ou acrescentar a ela outras regras, de caráter diverso, como as cerimoniais e civis (como as de condenação a morte de violadores) para alegar que todas formam um só “pacote” legislativo judaico, tudo abolido na cruz, estão indo “além do que está escrito” (1 Cor. 4:6).

    Todas as demais regras e estatutos e leis e detalhes rituais foram dados ao povo ATRAVÉS DA ESCRITA DE MOISÉS, e noutra ocasião. Portanto, a Lei Moral de Deus dos 10 Mandamentos é ESPECIALÍSSIMA na própria forma como foi outorgada.

    Isso faz lembrar aquela piadinha clássica: “Há uma diferença. E que diferença!. . .”

    E eis como Wesley se refere aos 10 Mandamentos:

    “DEUS FALOU ESTAS PALAVRAS --a lei dos dez mandamentos é uma lei de divina composição; uma lei de Seu próprio proferimento. Deus tem muitas maneiras de falar aos filhos dos homens, através do seu espírito, consciência, providências; Sua voz em tudo quanto devemos cuidadosamente atentar: mas Ele nunca falou em qualquer ocasião da forma como o fez ao pronunciar os dez mandamentos, aos quais, portanto, devemos dedicar a mais zelosa atenção. Essa lei Deus tinha dado ao homem antes, estava escrita em seu coração pela natureza; mas o pecado tinha de tal modo descaracterizado essa escrita, que foi necessário reativar o seu conhecimento”. – John Wesley, cf. site de antologia de comentaristas bíblicos clássicos, www.e-sword.net.

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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qui 01 Jan 2015, 11:14

    Respondendo à pergunta que J. C. acrescenta ao dar sua resposta a nossa pergunta 13, “por que sob o Novo Concerto nossa expressão de amor a Deus sobre todas as coisas e amor ao próximo (segundo a lei= Pentateuco) deve reduzir-se de 613 para 10”, eu diria que quando Cristo disse que “destes dois mandamentos {de amor a Deus e ao próximo} dependem TODA A LEI e os profetas (Mat. 22:40) Ele incluía TUDO que era parte da lei—tanto a parte de preceitos MORAIS quanto as de caráter CERIMONIAL e CIVIL. O povo de Israel devia ter TODOS esses preceitos no coração e deleitar-se em segui-los. Daí que Davi declara: “Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu; sim, dentro do meu coração está a Tua lei-[Torah]” (Sal. 40:8').

    Mas por que o cristão não incluirá 613 regras como aplicáveis a sua experiência em Cristo? Isso já foi analisado antes quando discutimos perguntas anteriores, sobretudo a de no. 6 e 7.

    A parte prefigurativa, cerimonial da lei, não mais se aplica à Igreja por ter cumprido o seu papel de indicador Daquele que é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Quem ensina isso HÁ SÉCULOS é o CONSENSO do pensamento cristão protestante/evangélico, como já vimos ser uma deficiência do J. C. que confessa que DESCONHECIA os documento confessionais cristãos clássicos tratando desse tema. Por desconhecer isso é que ele levanta esse tipo de argumentação dispensacionalista dianenhumista, pensando ser a verdade bíblica, quando é um erro sério, que começou a partir de uma visão errada sobre a volta de Cristo, da falsa profetisa Margaret MacDonald.

    Analisemos agora a resposta à pergunta 14. Sinceramente até me ri sozinho ao ler a longa explicação que ele coloca, copiada de uma fonte, pois não percebe a nítida CONTRADIÇÃO do que disse antes, quando tentou “provar” que Jesus não respeitava a lei do sábado. Ora, por que Jesus iria desprezar, desconsiderar, desrespeitar exatamente um dos preceitos MÁXIMOS da lei, como era o do sábado, mas cumprir tudo o mais?! Se Ele fosse violador do “mínimo” dentre os mandamentos, teria que ser considerado “o mínimo no reino dos céus”, e isso INCLUI a regra do sábado inescapavelmente.

    Querer transformar Jesus num “agente do anti-sabatismo”, como tenta fazer Natanael Rinaldi e outros ensinadores anti-sabatistas, é promover um falso cristo, que é exatamente o que praticam esses cidadãos. Mas com isso apenas cumprem a profecia de Mat. 24:24. Espero que J. C. não vá na conversa desses falsos ensinadores.

    Na pergunta 15 o mesmo problema de CONTRADIÇÃO quanto à atitude de Cristo com o sábado é evidente, mas o J. C. agora parte para o argumento de Paulo jamais ter-se referido ao sábado. Esse é o tipo de “argumento do silêncio” que acentuamos na observação à nossa pergunta 2:

    Obs.: Argumentos do silêncio não têm qualquer peso como prova ou contraprova de coisa alguma e os apologistas de gabarito sabem disso e não os utilizam. Pelo raciocínio do ‘silêncio’ (não ser dito explicitamente algo) Adão podia até transar com as orangotangas do Éden, pois não consta qualquer regra contra a prática da bestialidade ao tempo dele”.

    Que bom que o nosso oponente encontrou pontos com os quais concorda! Contudo, essa alegação de que Paulo nunca falou do sábado como devendo ser observado pelos cristãos aplica-se ao mesmo caso—é ARGUMENTO DO SILÊNCIO, sem valor algum. Nessa base posso também citar Atos 25:8 e ver como Paulo é acusado pela liderança judaica e se defende declarando que NADA FEZ CONTRA A LEI. Pronto, aí está—se ele fosse violador do sábado, essa acusação de seus inimigos seria logo assacada contra ele. E como nada disseram a esse respeito?

    Já vimos a falácia desse tipo de argumentação. Paulo JAMAIS falou para não se dizer o nome de Deus em vão, não se manufaturar imagens de santos da Igreja, não se cultuar imagens de santos da Igreja, não se consultar os mortos, não permitir casamento de irmão com irmã, não se praticar bestialidade. Por que essa clara DISCRIMINAÇÃO contra o preceito do sábado nos escritos paulinos? Ele certamente não precisava acentuar algo que já era praticado por todos os crentes, então para quê falar do que se conhecia bem?

    Na pergunta 16 ele apela à “tabelinha” de ausência do sábado no NT que demonstramos estar totalmente DESMORALIZADA. Vejam acima nossa análise de sua resposta à pergunta 9. Outras de suas objeções ali também já foram devidamente consideradas em análises anteriores. Mas VALE A PENA VER DE NOVO a observação que acompanha tal pergunta:

    “Sinceramente, utilizar a expressão ‘cumprir’ para justificar o não cumprimento hoje de um dos mandamentos do Decálogo nem honra a inteligência de quem levanta essa alegação. Sem falar como chega a ser cínico esse argumento do ‘Jesus não aboliu a lei, mas a cumpriu por nós’, pois usam a palavra ‘cumprir’ no sentido de ‘abolir’, mas SÓ para aqueles preceitos ‘inconvenientes’”.

    A pergunta 17 é um repeteco da mesma prosopopeia de “ausência” do preceito do sábado, não citado pelos apóstolos, noção já refutadíssima em nossas análises anteriores. Então, vale a mesma questão discutida antes—sendo que os apóstolos deixaram de tratar de consulta aos mortos (tão importante para Israel e tão destacada em Deu. 18:9-12; Isa. 8:20, 21), além da prática de bestialidade, casamento de irmão com irmã, etc., etc., com isso ele liberava os cristãos sobre essas questões?

    Vejamos a pergunta 18: ele diz que o sábado não é obrigatório à igreja por não ser LEGAL. Ora, vejamos como o preceito MAIS JUDAICO do Decálogo é tratado por Paulo:

    Êxo 20:12 pode ser considerado O MAIS JUDAICO DOS MANDAMENTOS DO DECÁLOGO. Por quê? Pelo fato de ser o que mais diretamente trata de algo relativo à experiência de Israel. É o texto que fala da promessa de “longa vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te dá”. Mas essa é a terra de Canaã (o referencial do sábado é a Criação, nada só para Israel, cf. Êxo. 20:11; 31:16, 17).

    Contudo, o Apóstolo Paulo aplica essa promessa a qualquer terra em que um cristão possa viver, ao lembrar aos crentes GENTIOS de Éfeso o que ele mesmo designa como “o primeiro mandamento com promessa” (Efé. 6:1-3). Esta passagem é significativa por mostrar que os efésios saberiam imediatamente identificar do que ele estava falando—sobre os 10 Mandamentos. Eles os conheciam e sabiam ser a norma de conduta da Igreja.

    Também tenho uma pergunta pertinente sobre essa questão:

    * Sendo que pela lei mosaica, os filhos por demais rebeldes deviam ser apedrejados, com participação dos pais (Deu. 21:18-21), então, diante da recomendação paulina aos efésios desse preceito sobre respeito de filhos aos pais, aqueles crentes de Éfeso estariam obrigados a apedrejar os seus filhos que se revelassem por demais rebeldes?! Se não, por que não?

    Quanto ao Selo de Deus, negar que seja o sábado é ir contra o que o próprio Deus diz em Eze. 20:20:

    “E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor vosso Deus”.

    Esta é uma reiteração de Êxo 31:16, 17:

    “Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua.
    Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-se”.

    Aí temos um fato importante: O sábado é indicado como sinal entre Deus e Israel, mas o REFERENCIAL ao preceito não é nada ligado exclusivamente à experiência de Israel, e sim à criação do céu e da Terra. Ora, teria Deus sido criador do céu e da terra SÓ para Israel? Claro que não. Então, esse sinal é entre Deus e os Seus filhos em todos os tempos.

    A questão do dia de repouso tem tudo que ver com o SELO ou SINAL (Rom. 4:11 mostra os dois termos como sinônimos). Um selo real trazia na antiguidade três coisas: o nome do governante, a posição que ocupava e o território sobre o qual regia. Por exemplo, Júlio César [nome], Imperador [posição] de Roma [território sobre que exerce autoridade]. Só no mandamento do sábado encontramos estas três características: o “Senhor Deus”, [nome], “Criador”, [posição], “dos céus e da Terra”, [território sobre o qual exerce autoridade] (ver Êxo. 20:8-11).

    Significativamente, os batistas da Convenção Batista Nacional, na sua “Declaração Doutrinária”, citam Êxodo 31:14-18 entre as notas de rodapé do arrazoado do seu tópico XV, sobre o dia de repouso, confirmando a noção de que o mandamento que trata do dia de repouso, a ser dedicado a Deus integralmente, é o “sinal” entre Deus e o Seu povo.

    E a já citada Bíblia de Estudo Pentecostal, da CPAD, também trata desse tema ao analisar Gên. 2:3:

    “3) Assim como o sábado era um sinal do concerto de Israel como povo de Deus (Êx. 31.16-17), o dia de adoração do cristão, (o domingo) é um sinal de que este pertence a Cristo”.

    Interessante como dita obra no parágrafo 3 confirma que o princípio do dia de repouso é o SINAL entre Deus e seus filhos. Embora equivocadamente seus redatores apliquem o princípio de origem edênica do sábado ao injustificável domingo da tradição católica, o fato é que estão certíssimos nesse ponto, e confirmam o que lemos em Êxo. 31:17 e Eze. 20:12, 20. Afinal, ateus, materialistas e crentes relapsos e comodistas (que deturpam o sábado/domingo com relaxo total da noção de “dia do Senhor”, como os fariseus deturpavam no sentido contrário, com extremismo de proibir até curas no sábado) não se caracterizam como aqueles que se propõem a dedicar todo um dia semanal ao Senhor.

    Mas a alegação de que o “selo de Deus” é o Espírito Santo, com base em Efé. 1:13 e 4:30 requer quatro considerações esclarecedoras:

    1 – Um documento pode ter mais de um selo para validá-lo como qualquer cartório de notas e ofícios confirmará. Assim, o Espírito não é concedido como um selo divino que substitui outro, nem isso é indicado absolutamente em tais textos.

    2 – Ao ser concedido o Espírito Santo a quantos aceitam os termos do novo concerto que Deus prometeu estabelecer com os Seus filhos que aceitam a Cristo  [ver Heb. 8:6-10 e 10:16] Ele escreve nos seus corações e mentes o que é tratado como “Minhas leis” [de Deus], e nisso o preceito do sábado entra inescapavelmente, pois nada é dito de que nesse processo o Senhor o deixe de fora, ou que o mantenha, mas trocando a santidade do sétimo para o primeiro dia da semana, ou deixe o princípio do dia de repouso como prática de natureza vaga, voluntária e variável, segundo conveniências ou interesses de cada crente (ou de seu empregador).

    3 – Em Efé. 4:30 a palavra ‘selados’ traz o verbo conjugado esfragisthete que se traduz literalmente mostrando a ação de “ser selado” e derivaria do sujeito, que na oração é o Espírito Santo. Isso quer dizer que é o Espírito quem nos sela, não que seja o selo, pois nesse caso se utilizaria o substantivo sfragizo, que significa “selo”. Por isso Ele nos sela e deixa uma marca em nossas vidas, como se confirma em versões bíblicas que apresentam as concepções de “pelo qual” ou “em quem”, como as versões Almeida Revisada da Imprensa Bíblica, “no qual fostes selados”, a King James, “whereby ye are sealed”, a Standard American “in whom ye were sealed”, as italianas de Giovanni Diodatti e a Nuova Riveduta, “con quale”, além das francesas de Louis Segond, Bible de LÉpée, Ostervald e Martin, “par lequel”.

    4 – Em Apocalipse 7:2, 3 quem se encarrega de selar os servos de Deus com o divino selo é um anjo, e não são anjos os que concedem o Espírito Santo.

    Sobre o sinal concorrente, que caracteriza a falsa adoração, vale reiterar que ninguém ainda é portador do “sinal da besta”, pois em nenhum lugar do mundo uma pessoa é impedida de comprar ou vender por não contar com tal sinal, ou marca. É previsto, porém, que haverá esse boicote econômico contra os que não participarem de um plano global envolvendo a decisão quanto ser portador de um ou outro dos sinais indicados (ver Apo. 13:16, 17).

    A pergunta 19 não leva em conta que o assunto é o sábado, ante a alegação de que Ele quis livrar a Igreja desse encargo. É a forma de argumentar de alguns apologistas anti-sabatistas que querem, porque querem, que Jesus violava o sábado, ensinava estarem os cristãos livres desse preceito, e até que houve “profecias” sobre o fim do sábado em textos tais como Osé. 2:11 e Isa. 1:13, claramente com distorções totais do sentido de tais textos.

    Então, não parece estranho que Jesus, que tanto Se empenhou em desqualificar SÓ o mandamento do sábado, dentre todos os preceitos da Torah (segundo a argumentação desses referidos teólogos incompetentes) não excetuou tal preceito em Suas instruções finais às multidões e a Seus discípulos? Esse é o ponto da pergunta que o J. C. passou por alto, ignorou, fez de conta que não seria o caso. . .

    E é interessante lembrar neste contexto que ao Jesus emitir a “regra áurea” de amor a Deus/amor ao próximo, NÃO HAVIA UM SÓ GENTIO PRESENTE (ver Mar. 12:28-34; Mat. 22:36-40). Então, seria o caso de se perguntar—ao proclamar a dupla regra de amor a Deus e amor ao próximo, estaria Jesus deixando isso SÓ PARA OS JUDEUS?!

    Na pergunta 20, nosso amigo se “esqueceu” do que havia alegado antes. Ele diz: “Nunca afirmei que Jesus violava o sábado, pelo contrário, como um judeu devoto ele guardava o sábado”.

    Contudo, basta reler suas argumentações e nossas análises às perguntas 7 e 9 para ver o que é a CONTRADIÇÃO. . . Pois para ele, seguindo maus instrutores, Jesus podia ter guardado o sábado, mas deixou “pistas” de que tal preceito podia ser violado pelos Seus discípulos, já no Seu tempo, ou seja, antes de sua “abolição” na cruz. Pode nos explicar isso direito, amigo J. C.?  Essas contradições complicam muito a sua forma de argumentar, mas até entendo. . . Para quem vai na conversa de certos “teólogos” dispensacionalista dianenhumistas, o vale-tudo retórico anti-sabático é fato bem conhecido.

    Na pergunta 21 temos este interessante comentário transcrito da Bíblia de Jerusalém:

    “Ao pensamento judaico repugnava conciliar o repouso de Deus após a criação, repouso do qual o sábado é a imagem (Gn 2,2s), com sua constante atividade no governo do mundo. Distinguia-se a atividade do Criador, que havia terminado, e a atividade do Juiz, que jamais cessa. Jesus identifica a sua própria atividade com a do soberano Juiz. Por causa disso a indignação dos judeus e o discurso pelo qual Jesus justifica sua pretensão (cf. Lc 6,5; e sobretudo Mt 12,1-8 etc.)”.

    Todavia, termina que a pergunta NÃO FOI RESPONDIDA objetivamente. Afinal, Jesus Se referia a que tipo de trabalho, ao declarar, “Meu Pai trabalha até agora e Eu trabalho também”—secular ou de outro caráter? Estaria ensinando que no sábado se realizassem trabalhos seculares por qualquer pessoa? Sim ou não? O J. C. passou ao largo de responder essa importante questão, que lástima!

    O Pr. Esequias Soares, na lição da EBD, publicada pela CPAD para o 1º. trimestre de 2015, diz num vídeo onde antecipa o lançamento do material que Jesus declarou que se pode “fazer o bem no sábado”. Daí o infeliz comentário que se segue é o de que um trabalhador que luta para ganhar o pão da família está fazendo o bem. Então, Jesus teria ensinado que PODE TRABALHAR NO SÁBADO LIVREMENTE, QUEM QUISER, se for para uma boa causa! Aí esse cavalheiro se revela mais um exegeta incompetente, pois ignora Mat. 5:19, claramente colocando Jesus em situação bem difícil—ter que ser considerado “o mínimo no reino dos céus”. Enfim, é um cumpridor da profecia de Mat. 24:24, promotor de um falso cristo.

    Por tal raciocínio falacioso uma mulher que não consiga emprego, para sustentar os filhos, o que é fazer o bem, pode prostituir-se, comercializar o corpo. Um pai de família que fique desempregado, pode comercializar drogas para sustentar a família. E por aí vai. . . Gente, chega de tentar justificar o erro com sofismas! Pedro faz séria advertência contra os que torcem as Escrituras, falando em “sua própria destruição” (2ª. Ped. 3:14-17). Muito cuidado no trato com a Palavra de Deus.

    Na pergunta 22 o J. C. confirma nossa posição plenamente. Mas não deve se esquecer do que insinuou, baseando-se nesses falsos mestres, e deixou dito e/ou implícito nas respostas às perguntas 7 e 9.

    Na pergunta 23 o J. C. já recua de novo ao que alegou nas suas respostas às 7ª e 9ª. perguntas, dando a entender que Jesus diminuiu a importância do sábado, igualando-o aos pães da proposição, com o que novamente deixa a Cristo em situação bem difícil. Esse Cristo que busca rebaixar o sábado (pois Deus nunca fez isso antes por todo o VT) está merecendo mesmo ser considerado “o mínimo no reino dos céus”. Enfim, CONTRADIÇÃO EVIDENTE, o que já estamos cansados de ver entre os negadores desse preceito bíblico para os cristãos.

    Dizer que o povo de Israel foi ao cativeiro por causa do sábado não EXCLUI outras transgressões da lei pela nação. Mas o fato de o sábado ser DESTACADO como causa de tal castigo é muito significativo, será que não?!

    Foi perguntado sobre o porquê de a “violação” do sábado pelos sacerdotes justificar a quebra do sábado HOJE, ou desde quando Cristo disse isso, mas não aplicar-se ao período ANTERIOR às Suas palavras. Afinal, HÁ MILÊNIOS os sacerdotes atuam no Templo realizando Suas tarefas sagradas, e nem por isso o povo seria justificado em violar o preceito. Jer. 17:21, 22, 27 acentua que não podiam violá-lo e ficar “sem culpa”. Então, fica no ar a pergunta que os anti-sabatistas, ao buscarem “provar” que Cristo ensinou que o sábado não se aplica mais a ninguém (e devia ser A PARTIR DO QUE DISSE EM MAT. 12:5), mas ninguém prova que foi o que ocorreu—ver Luc. 23:56):

    * Por que os filhos de Israel não poderiam violar o sábado ao longo da história sob a alegação de que os sacerdotes desde tempos bem remotos já o “violavam” e ficavam sem culpa?

    A insistência quanto à declaração de os sacerdotes violarem o sábado é sofística, pois não o violavam para praticar OBRAS SECULARES. O uso do termo ‘violam’ por Cristo é RETÓRICO, mero contraponto às distorções do mandamento pelos fariseus. Ele não ensinava NADA contra o mandamento e sim contra as DISTORÇÕES a ele. É até irônico em sua declaração, tal como ao declarar que “o sábado foi feito por causa do homem, não o homem [foi criado] por causa do sábado”.

    Aliás, esta declaração de Cristo é um “tiro” que sai pela culatra dos anti-sabatistas, pois Cristo não iria jamais dizer que o sábado foi criado por causa do homem judeu, e sim do homem universal (no grego consta anthropós), pois Deus não criou o homem judeu, e sim o HOMEM UNIVERSAL. O fato de depois ter-se tornado judeu, babilônico, egípcio, brasileiro, americano já são outros fatores. . .

    Quanto à lista dos reis que falharam na sua experiência como regentes do povo de Deus, o que isso acrescenta à discussão? Para mim francamente não passou de “enchimento de linguiça”. . .
    Prof. Azenilto G. Brito
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    Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina  e do sábado" Empty Re: Minha resposta as "40 perguntas verdadeiramente tira-teima sobre o tema da Lei Divina e do sábado"

    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qui 01 Jan 2015, 11:17


    Na pergunta 24 vimos a tremenda DIFICULDADE dos anti-sabatistas quanto a articular a questão de Cristo e o sábado. Ele é “Senhor do sábado” NÃO PARA DESCONSIDERÁ-LO como importante para o povo de Deus, e sim para mostrar ter AUTORIDADE sobre o preceito, assim como era “maior do que o Templo”. A intenção dessas Suas palavras JAMAIS foi desconsiderar, seja o sábado ou o Templo, e sim mostrar que tinha AUTORIDADE para CORRIGIR as distorções quanto a um e outro.

    Entra em pauta na pergunta 25 a questão dos animais poupados de trabalhos no sábado. Não precisa ser especialista em animais para ver quão maléfico seria o que destaco sobre qualquer ser vivente que trabalhe em carregamento de cargas, transporte ou seja o que for. Perguntei sobre isso a um carroceiro de nossa cidade. Quis saber se emprestaria seu animal de carga a alguma outra pessoa no fim de semana para trabalhar, e ele disse com firmeza que isso não faria, pois prejudicaria o animal.

    Na pergunta 26 temos também concordância do debatedor com o que ensinamos, exceto que claramente não entende a diferença entre “lei” e “concerto”. Ao final tenta “provar” que a ALIANÇA foi feita só com Israel. É verdade, e com quem mais Deus estabeleceria uma aliança?! Com os egípcios, babilônios, assírios, núbios, filisteus? Por que essa aliança foi firmada SÓ com Israel? Isso é muito importante de entender, mas devido à visão MICRO sobre os modos de agir de Deus com relação ao homem em geral, Israel e a Igreja, muitos não conseguem ter uma visão MACRO, como discutimos num estudo, acompanhado de um iluminador vídeo, que recomendo a J. C. e todos os demais. Podem conferir se sua visão é MICRO ou MACRO:

    http://www.forumevangelho.com.br/t4854-sua-visao-sobre-as-acoes-divinas-e-micro-ou-macro

    Na pergunta 27 temos vários equívocos do J. C. Primeiro, que ninguém está negando que TODA A LEI inclui tudo mesmo. Só que nem TUDO da Torah se transfere para a Nova Aliança, já que os aspectos cerimoniais, prefigurativos, da lei se cumpriram em Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Por isso o sacrifício de cordeirinhos não é mais praticado pelos cristãos. Creio que isso é por demais óbvio e fácil de entender.

    Os preceitos CERIMONIAIS é que não mais se aplicam à Igreja. E que o sábado NÃO É cerimonial, ao contrário do que J. C. afirma, dentro do condicionamento da falsa teologia dispensacionalista dianenhumista, é fácil de perceber. Seriam muitas as razões a apresentar

    Mas, analisemos primeiro por que o sábado seria um PRECEITO MORAL? Eu diria que tudo quanto trate diretamente de Deus, e amor a Ele, requer um máximo respeito. A regra de falar o nome de Deus em vão no Novo Testamento nem aparece ipsis literis. Só encontramos tal preceito indiretamente, com referência a “juramento” (“não jureis”). Entende-se logo que isso envolva o usar o nome divino para propósitos humanos que nem sempre contariam com a Sua aprovação.

    A lei divina expressa o caráter do Legislador. Assim como Deus é santo, Sua lei é santa. Assim como Deus é justo, Sua lei é justa. Assim como Deus é bom, Sua lei é boa. Se compararmos as legislações de países, como uma Coreia do Norte intolerante e de uma França democrática perceberemos como suas leis refletem o tipo de governo que controla tais nações.

    Assim se dá com a lei divina. Por isso os primeiros quatro mandamentos são considerados “morais”, pois refletem essa absoluta santidade do Legislador. Ele não pode ter concorrentes de outros deuses, nem reproduções de Sua imagem, nem o Seu santo nome deve ser pronunciado levianamente, e o dia que estabeleceu (“santificou”--separou) deve ser respeitado como forma de honrá-lo como Criador.

    SEMPRE os cristãos entenderam que os primeiros 4 mandamentos tratam de nossa relação com Deus, e os 6 últimos, idem quanto ao próximo. Luteranos, batistas e presbiterianos definem as coisas assim em seus documentos confessionais. Antes deles já católicos e ortodoxos diziam a mesma coisa.

    Então é que temos nossa outra pergunta tira-teima que os adeptos dessas teologias novidadeiras do neo-antinomismo dispensacionalista não topam responder de jeito nenhum:

    * Por que, sob o Novo Concerto, nossa expressão de amor a Deus sobre todas as coisas deve reduzir-se de 4 para 3 preceitos?

    Não existe nenhum ritual obrigatório ligado ao sábado. O Dr. Samuele Bacchiochi num de seus livros até comenta que os judeus consideram o sábado um tipo de “tabernáculo portátil” que podem levar a qualquer parte do mundo, guardado em suas mentes.

    Em qualquer local pode-se ter a ATITUDE MENTAL de observar o sábado, respeitando aquele espaço de tempo como “santo” ao Senhor. Isso não requer qualquer cerimônia. Idealmente vai-se à Igreja como uma oportunidade de ter comunhão com irmãos da mesma fé, mas se por algum impedimento a pessoa não puder ir à Igreja, ficará em sua casa numa atitude “sabática”.

    Querer misturar mandamentos de caráter MORAL com demais regras cerimonias é um erro total, pois após Deus proferir solemente a lei moral dos 10 Mandamentos aos ouvidos do povo é dito que “nada acrescentou” (Deu. 5:22). Quem acrescenta OUTRAS REGRAS DE CARÁTER E OBJETIVO DIFERENTES à essa lei divina, que Deus mesmo escreveu nas duas tábuas de pedra, está indo além do que está escrito (1 Cor. 4:6).

    Ademais, entre evangélicos/protestantes (e mesmo católicos) prevalece uma incrível e embaraçosa IGNORÂNCIA de que a posição clássica, histórica e ainda OFICIAL da cristandade católica [vide Catecismo da ICAR] e protestante é de que os 10 Mandamentos é a LEI MORAL de Deus, que se contrasta com a Cerimonial e Civil.

    Quem não sabe disso, especialmente alguém se dispõe a discutir temas sobre a lei divina na Internet, refutando posições quanto ao tema, muito perde. Devia saber que luteranos, batistas, presbiterianos, congregacionais, anglicanos, metodistas ensinam isso HÁ SÉCULOS nos seus documentos confessionais, nem um deles desautorizado, desqualificado, descartado, o que mais modernamente é confirmado por obras da maior autoridade da Igreja Assembleia de Deus. Vejam este exemplo:

    ”Os dez mandamentos se aplicam hoje assim como se aplicavam há três mil anos, pois proclamam um estilo de vida estabelecido por Deus. São a perfeita expressão da pessoa de Deus e como ele deseja como o povo viva”. -- Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal (CPAD), pág. 237.

    Podemos até saltar a pergunta 28, já que há plena concordância de posições. Apenas ressaltaria que Jesus não veio modificar a lei ao acentuar os seus aspectos mais profundos, éticos e morais. Ele Se dirigia a gente mal orientada a respeito, por isso trouxe à baila essas questões do irar-se contra alguém ser equivalente a assassínio, pensar em relacionar-se intimamente com uma pessoa já seria adulterar, etc. Daí temos Mat. 5:20—“Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino dos céus”.

    A pergunta 29 é sobre condenar-se o uso de imagens pelos católicos em atos de culto, sempre lembrado pelos evangélicos com o uso de 2º. Mandamento DO DECÁLOGO, mas com a suposta “abolição da lei” no que se refere ao 4º. Mandamento (do sábado). Ora, se utilizam o texto de Êxo. 20:5 e 6 em condenação ao culto às imagens (e são de “santos” da Igreja, não de divindades pagãs), com que autoridade moral os que fazem isso podem alegar que não é mais para cumprir o 4º. Mandamento contido NA MESMA LEI, em Êxo. 20:8-11?

    J. C. desviou o enfoque da questão para não dar resposta objetiva, específica, clara, concisa, ao ponto ao que foi perguntado. Já vimos esse filme antes. . .

    A mesma tática de DESVIO DE ENFOQUE ocorre com respeito à pergunta 30. A questão é que Paulo NÃO ESTÁ deixando a critério de cada um observar ou não um dia ao Senhor. O texto é simplesmente DISTORCIDO em seu sentido. Com isso o J. C. ignora ostensivamente o que dizemos na “observação” (de novo!):

    “Ele está se referindo a certas datas especiais para jejum ou outras de caráter mais nacionalista, como a festa do Purim, que deixa opcionais aos cristãos de Roma, muitos de origem judaica”.

    Ou seja, muitos da linha dispensacionalista dianenhumista exploram o quanto podem esta passagem IGNORANDO totalmente o contexto. Em Romanos 14 Paulo trata de uma questão LOCAL, e não cria REGRAS UNIVERSAIS. Aí está o começo do grande equívoco. E o sábado não é JUDAICO. Onde a Bíblia jamais o trata nesses termos? Não vivem exigindo textos que digam que o sábado é o “dia do Senhor” para os cristãos? Onde essa expressão “sábado judaico” aparece nas Escrituras? Onde?

    Mas temos 10 perguntinhas ao J. C. a respeito desse texto de Rom. 14:5:

    10 PERGUNTAS SOBRE ROMANOS 14:5

    1 – Sendo que Jesus disse que “o sábado foi feito por causa do homem”, por que Paulo se sentiria no direito de tornar o princípio opcional?

    2 – Desde quando teria passado a prevalecer essa mentalidade opcional para a observância do “dia do Senhor”? A partir da Ressurreição? A partir da escrita de Romanos em 56-58 AD?

    3 – Por que em Gálatas 4:9-11 Paulo não abre mão de dia nenhum de observância, enquanto em Romanos 14:5 ele deixa em aberto qualquer dia/nenhum dia para observância? Não teríamos aí uma nítida contradição paulina?

    4 – Que provas históricas e/ou bíblicas há de que prevalecia entre os cristãos primitivos o critério de cada um observar o dia que melhor lhe conviesse (ou a seu patrão), uns observando o domingo, outros a 2a. feira, outros mais a 3a., havendo ainda observadores da 4a., 5a., 6a., sábado, e também adeptos do “dianenhumismo”?

    5 – Em que dia eles se reuniam para culto e adoração comunitárias? Ou havia culto todos os dias segundo as variáveis de opções de dias a observar?

    6 – E os adeptos do “dianenhumismo” não se reuniam dia nenhum? Como ficavam diante da recomendação de Hebreus 10:25: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns”?

    7 – Quando os cristãos deixaram o critério do qualquer dia/nenhum dia para adotar o domingo, oficial e coletivamente?

    8 – Se valia qualquer dia, por que João, em Apocalipse 1:10, fala sobre um “dia do Senhor” específico? Era o “dia do Senhor” particular dele, segundo sua decisão?

    9 – E onde é dito que na transferência do Velho para o Novo Concerto, ao Deus escrever Sua lei nos corações e mentes dos que aceitam o Seu Novo Concerto [Novo Testamento] (Hebreus 8:6-10), Ele escreve o princípio do dia de repouso programando um dia diferente para cada um?

    10 – Se qualquer dia serve, por que não ficamos logo com aquele que é claramente estabelecido na lei divina, que é o sábado do sétimo dia, em vez de ficar nessa ambiguidade, sendo que Deus é um Ser de ordem, não de confusão?

    E o recurso a Atos 15 é um tremendo “tiro” interpretativo que sai pela culatra. Eis como em sete parágrafos mostramos como os anti-sabatistas se dão muito mal em citar esta passagem como se lhes favorece:

    *1o. - A expressão "lei de Moisés" NÃO SE LIMITA AO SÁBADO. Isso se aplica a TUDO quanto se refere à legislação divina, incluindo os mandamentos de caráter moral, "não matarás", "não furtarás", "não adulterarás". Tudo isso era do "pacote de leis" de Israel, conhecido como "lei de Moisés". Assim, essa atitude DISCRIMINATÓRIA de isolar só o sábado e as leis dietéticas como sendo "lei de Moisés" em Atos 15:5 é o primeiro grande sofisma.

    *2o. - Entre as regras que ficaram claramente definidas, por orientação do Espírito, do que os cristãos gentios deviam ABSTER-SE, se o sábado fosse uma dessas coisas, sem dúvida nenhuma seria acrescentada entre tais 4 regras. E cadê que não ocorre a mínima referência ao sábado como uma das coisas de que os cristãos deviam abster-se, ou seja, não praticar?
    .
    *3o. - E para desconsolo dos pregadores da "abolição da lei" (mas sempre só querendo "abolir" o sábado e as regras dietéticas), entre as regras indicadas, constam claramente leis de caráter dietético, como a abstenção de comer sangue. Ora, isso era da lei de alimentos, como se acha em Lev.17:9-11, e não faz sentido os apóstolos definirem COMO AINDA VÁLIDO uma regra de uma "lei abolida"! Só isso já destrói toda a sofistaria dos anti-sabatistas adeptos do valetudismo alimentar.

    *4o. - Os cristãos da Igreja-mãe de Jerusalém eram de etnia judaica e "zelosos da lei" (Atos 21:20), e JAMAIS admitiriam que mexessem em algo tão sagrado, e tão arraigado a sua cultura, como o sábado, assim não admitiriam que houvesse qualquer eliminação ou alteração do mandamento sem que uma tremenda celeuma se levantasse. E não houve celeuma nenhuma entre os cristãos quanto a dia de observância, além da AUSÊNCIA de qualquer instrução contra o sábado no próprio concílio, como já vimos.

    *5o. - Os cristãos primitivos inicialmente frequentavam as sinagogas (Atos 15:21) para ouvirem a leitura da Torah. Eles não contavam com a abundância e facilidade de Bíblias impressas ou virtuais, como hoje temos. Iam a essas sinagogas no dia em que a lei era lida--nos sábados--para ouvirem a instrução bíblica. Se fossem em outro dia, ou encontrariam as portas fechadas ou não haveria leitura solene da lei. Qualquer historiador eclesiástico de gabarito sabe desse detalhe na história do cristianismo primitivo. Atos 9:2 mostra como Paulo tinha ordem para perseguir cristãos achados nas sinagogas, confirmado em Atos 22:19 e 26:10 e 11 (ver tb Mat. 23:34).

    *6o. - Documento arqueológico importante comprova que os membros dessa Igreja-mãe de Jerusalém, fugidos da condenada cidade, fixaram-se ao norte da antiga capital judaica num local chamado Pela. Ali eram conhecidos como "nazarenos", e pelo ano 350 AD um historiador palestino chamado Epifânio, falou deles, e disse que tais cristãos tinham ainda costumes judaicos como A GUARDA DO SÁBADO DO SÉTIMO DIA.

    Logo, os componentes dessa Igreja-mãe AINDA observavam o sábado até meados do IV século. Claro, eles não foram influenciados pela Igreja que passou a dominar o cenário sobre a cristandade, após a destruição de Jerusalém. E essa Igreja era a da capital do Império--Roma, de onde deriva o costume de dedicar o antigo dies solis do paganismo romano, transformado no domingo pela Igreja Católica Romana.

    *7o. - Jesus mesmo predisse que o sábado prosseguiria sendo prática entre os Seus seguidores após Sua partida. Em Mateus 24:20 Ele recomenda aos cristãos que orassem para que a fuga deles da condenada cidade não tivesse que ocorrer "no inverno, nem no sábado". Isso demonstra que Ele queria poupar os Seus do inconveniente de fugir para as montanhas no inverno, ou no dia de sábado, quando estariam reunidos em suas congregações e podiam ser tomados de surpresa pelos exércitos invasores. É uma magnífica prova que os anti-sabatistas não sabem como contestar de que o sábado prosseguiria sendo observado pelos seguidores de Cristo após Sua partida.

    Na pergunta 31 temos a cobrança de onde Albert Barnes disse o que cito—que nunca viu um dianenhumista dizendo, “Eu não dedico dia nenhum ao Senhor, e faço isso para o Senhor”. Pois a referência é simples: basta baixar o programa ‘e-sword.net’ e lá encontrará vários magníficos comentários bíblicos, como os de Adam Clarke, Jamieson, Fausset e Brown, João Wesley, Albert Barnes, John Gill, Matthew Henry, Pulpit Commentary, etc. Mas é tudo em inglês. Refiro-me a uma declaração de Barnes exatamente de Rom. 14:5, que resumidamente é tal qual eu expus.

    A seguir, J. C. apresenta várias virtudes da vida cristã que se esperaria de todos os crentes, como fazer o bem todos os dias, pregar o evangelho, viver vidas consagradas ao Senhor. Tudo bem, e daí? Onde é dito que basta desenvolver essas virtudes todas que com isso FICO DISPENSADO de obedecer qualquer dos mandamentos divinos? As coisas não funcionam assim. Essas virtudes todas NÃO EXCLUEM o que agora importa, como diz Paulo aos coríntios ao lembrar que coisas outrora importantes da lei não mais importam, mas “o que agora importa é obedecer os mandamentos de Deus” (1 Cor. 7:19).

    Na pergunta 31 o J. C. cita alguém, sem indicar a fonte, que considera que os “rudimentos do mundo” mencionados por Paulo em Gál. 4:9, 10 seria “Mui provavelmente, tal como no terceiro versículo deste capítulo, esses elementos rudimentares fazem alusão à ‘lei’, com suas múltiplas exigências, com seus ritos, com suas cerimônias, isto é, a uma religião essencialmente legalista e sacramental.  Isso  parece  ser  o  sentido  exigido pelo  décimo  versículo  deste  capítulo,  onde  são  enumerados  alguns  dos elementos  desses rudimentos,  a saber,  a observância  de  dias  especiais, de meses,  de anos,  etc.”

    Seja quem escreveu isso NÃO TEM CERTEZA NENHUMA, pois essa de “mui provavelmente” é uma clara admissão disso. Só que não faz sentido Paulo usar a expressão “mundo” com relação a algo ligado à legislação judaica. Não há evidência de que ele tenha esse costume. Segundo o Pulpit Commentary, Agostinho estaria se referindo ao culto dos pagãos dos corpos celestes e a outros cultos da natureza; Crisóstomo, Teodoreto e Ambrósio às luas novas e sábados festivais dos judeus, vistos como determinados pelos movimentos do sol e da lua”.

    Assim, esse elemento de incerteza não ajuda a definir a questão. Mas como expusemos na “observação”, novamente ignorada pelo nosso contradizente, vale a pena ver de novo o que ali colocamos:

    “A chave para resolver isso está em observar os respectivos contextos. Em Gálatas Paulo fala dos que antes nem conheciam a Deus e se apegavam a ‘rudimentos fracos e pobres’ (vs. 8, 9), linguagem que nunca utilizaria para o sábado, pois refere-se a coisas do paganismo de que se originaram os gentios ali. O erro de muitos é apanhar textos paulinos de discussões sobre problemas locais imaginando que se tornam regras universais, como os que ainda obrigam mulheres a cobrir a cabeça com véu, na igreja, e todos a praticarem o ‘ósculo santo’”.

    E notem que O PONTO CENTRAL DA PERGUNTA foi mais uma vez ignorado. Ficamos sem saber como o J. C. resolve a aparente contradição de Paulo em Gál. 4:9, 10 com Rom. 14:5: no primeiro caso ele NÃO ABRE MÃO de dia nenhum, no segundo, ele ABRE MÃO. . . E então, como resolver isso?

    Apenas alegar que em ambas as passagens Paulo trata de questões do legalismo judaico não parece nem de longe resolver a parada. . .

    Na pergunta 33 J. C. alega: “o verdadeiro mandamento (a lei) foi direcionado a Israel (Êx 31.13,17). Não foi um mandamento para um gentio como eu, a não ser que eu fosse morar em Israel naquele tempo, neste caso obrigatoriamente eu teria que obedecer a legislação deles. Os mandamentos morais contidos na lei foram reafirmados no Novo Testamento, o que não é o caso do sábado”.

    A sentença final pode ser descartada pois já foi refutada. Já mostramos quão desmoralizada é a “tabelinha” aparecendo NOVE dentre DEZ dos Mandamentos repetidos no NT. O sábado não precisa constar do NT para ser válido para a Igreja porque Jesus declarou que foi estabelecido “por causa do homem-anthropós” (Mar. 2:27), que é o homem universal, não o mero homem judaico. Logo, Jesus mesmo confirma que o sábado não se limitava aos judeus.

    E já vimos a falácia dos argumentos de silêncio, daí que nem é necessário repetir o já exposto.

    Mas a parte inicial de que o sábado não seria “um mandamento para um gentio” deixa de considerar a UNIVERSALIDADE do preceito. Como diz a Bíblia de Estudo Pentecostal, “O principio de um dia sagrado de repouso, foi instituído antes da lei judaica. ‘E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou’ (Gn 2.3). Isto indica que o propósito divino é que um dia, em sete, fosse uma fonte de bênção para toda a humanidade, e não apenas para a nação judaica”.
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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qui 01 Jan 2015, 11:25


    Claro, pois em 1 Reis 8:41-43 os estrangeiros vindos de longínquas terras poderiam adorar no Templo, e em Isa. 56:2-7 os ESTRANGEIROS são convidados a se unirem na adoração (concerto) de Israel através da guarda do sábado e prática dos holocaustos. Por estes últimos estariam expressando fé, juntamente com Israel, no futuro “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Logo, o erro do J. C. está em querer negar a clara UNIVERSALIDADE do preceito, que a própria ciência confirma ser necessário ao homem—ou seja, o regime de seis dias de trabalho e um de descanso.

    Está provado cientificamente que o sábado é necessário e benéfico para os seres humanos todos, universalmente. Cientistas cronobiólogos comprovaram o chamado “ritmo do sétimo dia”, ou “circaseptano”, o regime ideal de seis dias de trabalho e um de descanso.

    O pastor e médico evangélico, Michael Cesar, conta que Hitler, querendo levar vantagem em tudo, determinou que os operários das fábricas de armas e munições na preparação para a 2a. Guerra Mundial deviam trabalhar os 7 dias semanais direto, só parando à noite para descansar. Não funcionou. As pessoas ficavam esgotadas, nervosas, a produção caiu. Daí o Führer teve que retornar ao regime natural de 6 dias de trabalho e 1 de descanso.  Por isso batistas e presbiterianos também acentuam em seus respectivos documentos confessionais ser da LEI NATURAL que haja esse regime de seis dias de trabalho, e um de descanso.

    Na resposta à pergunta 34, J. C. declara:

    “Percebo que a pergunta é referente a trabalho e descanso. Ora, um homem pode trabalhar de terça a domingo e folgar na segunda. Ou se trabalha por escala de 12 horas é um dia sim e um dia não... Desta forma um cidadão pode ter o descanso tranquilamente sem prejudicar a saúde e não guardando o sábado levítico”.

    A questão do sábado envolve, sim, os benefícios do descanso físico e mental. Mas não cabe ao HOMEM definir quando lhe é conveniente esse dia de descanso, pois ele NÃO VISA SÓ A ISSO. Em Êxo. 20:11 Deus mesmo dá as razões por que tem que ser o SÉTIMO DIA tal tempo especial de 24 horas na semana para descanso e adoração:

    Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”.

    Há um PORQUE e um POR ISSO definindo que o sétimo dia é o que deve ser assim dedicado a tal descanso, em conjugação com a adoração ao Criador, pois temos aí o “memorial da criação”.

    Criar uma regra de descanso físico semanal SEGUNDO A PERSPECTIVA E INTERESSE HUMANOS é falhar totalmente em cumprir o “assim diz o Senhor”.

    Na pergunta 35 o J. C. escolhe a opção d), de que os observadores do sábado não julguem os não-observadores, MAS NÃO COMPROVOU ser essa a intenção das palavras paulinas. O fato é que NENHUMA das opções, a), b), c) e d) é válida, pois JAMAIS nesta passagem Paulo afirma que a) não mais se guarde o sábado, b) agora adote-se o domingo no lugar do sábado; c) agora adote-se o dianenhumismo (nenhum dia semanal mais a dedicar ao Senhor); d) os observadores do sábado não julguem os não-observadores.

    O ponto é que não adianta escolher uma das opções que melhor convenha ao respondente da pergunta, pois se não PROVA a preferência feita, essa escolha será de nenhum valor. E J. C. NÃO PROVOU que haja tal intenção da parte do Apóstolo. Sua argumentação é toda dentro da linha dispensacionalista dianenhumista, que vimos ser falha desde suas nebulosas origens—a visão da falsa profetisa Margaret MacDonald. Esta pergunta, pois, tenho que considerar com sem resposta minimamente válida.

    A falha de J. C. na resposta à pergunta 36 é que as mulheres eram etnicamente judias, mas IDEOLOGICAMENTE CRISTÃS. Mas há um fato interessante no vs. seguinte (24:1): Para Lucas, que relatou o episódio 30 anos depois, o dia que se deve observar “segundo o mandamento” é exatamente o que vem antes do que ele chama de “primeiro desde o sábado”, como seria a tradução literal de mia twn sabbatwn.

    Assim, 30 anos DEPOIS da morte de Cristo, a) o sábado não era para ser descartado, e sim observado “segundo o mandamento”; b) a contagem de tempo era judaica e o primeiro dia da semana não tinha nenhum título especial, sendo um mero “primeiro dia da semana--o primeiro a contar do sábado”.

    Na resposta à pergunta 37 há a admissão de que o domingo NÃO É O SÁBADO CRISTÃO.  Bem aí é onde vemos o DESCONHECIMENTO do J. C. quanto ao que sempre se ensinou nos meios cristãos, até surgirem os novidadeiros do dispensacionalismo dianenhumista.

    Talvez este texto em seguida o ajude a entender melhor a questão na sua devida perspectiva:

    A REAL HISTÓRIA DO “DIANENHUMISMO” ENTRE EVANGÉLICOS

    O que se deu nos meios protestantes/evangélicos é o seguinte: sempre, mas SEMPRE mesmo, as Igrejas todas ensinaram os pontos que sempre indicamos sobre a validade e vigência de TODOS os preceitos do Decálogo, a distinção entre as leis (Moral, Cerimonial, Civil), as origens edênicas do sábado, etc.

    Pelo fim do séc. XIX e início do XX surgiram nos meios protestantes uns ensinadores chamados “dispensacionalistas” (formando uma “escola de interpretação” novidadeira, que de fato surgiu a partir de uma visão da falsa profetisa Margareth MacDonald em torno de 1830, alegando que Jesus voltaria secretamente). Pois bem, estes intérpretes bíblicos aplicaram uma verdadeira lavagem cerebral sobre o público protestante, com suas noções de “lei abolida” e ideias assemelhadas, promovendo o bem mais “confortável” entendimento do dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo.

    Os protestantes/evangélicos acolheram correndo essas novas ideias, pois parecem muito mais favoráveis. Afinal, a regra de dedicar todo um dia semanal ao Senhor, sem atividades seculares ou recreativas (como até hoje é ensinado pelos documentos confessionais dos presbiterianos e batistas--mesmo a mais moderna Declaração Doutrinária dos batistas da CBB e CBN—respectivamente arts. X e XV), parece muito “inconveniente” no mundo moderno de tantas demandas para o tempo das pessoas. Já pensaram em deixar de ver a final da Copa do Mundo porque sempre cai no domingo?! Pela regra clara das suas Igrejas, nem batistas, nem presbiterianos (e por extensão os demais crentes) deviam fazer isso--mas quem leva tal regra a sério? Muito melhor é reinterpretar a lei divina transformando-a numa espécie de “Regra dos NOVE Mandamentos e UMA Sugestão”. Ou seja, a questão de um dia de observância torna-se “opcional”, simplesmente isso. . .

    Contudo, OFICIALMENTE nenhum dos documentos dessas Igrejas-mãe ensina essa teoria de origem humana, em que o EGOÍSMO das pessoas é incentivado. É natural que as pessoas queiram ser as que administrem seu próprio tempo, daí muitos se ressentem da “interferência da religião” na forma como administrar o seu tempo. Esse negócio de ter que dedicar todo um dia de 24 horas semanalmente para a “religião” não parece nada favorável no mundo moderno.

    Essa é a verdade dos fatos.

    Agora, vejam que interessante esta campanha atual nos meios protestantes/evangélicos nos EUA para que se estabeleça o “dia dos 10 Mandamentos”, já definido (e celebrado por inúmeras congregações naquele país e outras terras) com o 1o. domingo de maio. Tem o apoio da mais representativa liderança protestante/evangélica naquele país.

    Eis o símbolo e a homepage da campanha pelo “Dia dos 10 Mandamentos”:


    http://www.tencommandmentsday.com/

    A pergunta 38 é simplesmente ignorada. Ele apenas CONFIRMA o que dissemos sobre Atos 20:7 referir-se a uma reunião de despedida de Paulo num sábado à noite. Sim, e daí? Paulo sai para uma longa viagem a pé até outra cidade e lembramos que ele não revela qualquer escrúpulo pelo dia, que se fosse realmente “do Senhor” estaria sendo usado para reuniões espirituais, e ele não as perderia de modo algum. Eu digo que ele não ficou para a Escola Dominical OU EQUIVALENTE. O J. C. explora o fato de que a instituição da Escola Dominical começou no séc. XIX (fato que eu bem conheço) mas NÃO DEU UM PIO ao que eu acrescento—“OU EQUIVALENTE”. Sua omissão não leva em conta que me refiro a qualquer tipo de reunião que fosse logicamente realizada num “dia do Senhor”.

    O fato é que o domingo NÃO ERA CONSIDERADO o “dia do Senhor”, e o J. C. e seus irmãos de fé dispensacionalista dianenhumista não sabem definir se há ou não um dia a se dedicar ao Senhor. A ambiguidade a respeito é notória nesse meio, como temos visto acima. A própria data em que Atos foi escrita, pelo ano 64 AD., revela um fato embaraçoso aos defensores do domingo como “dia do Senhor” (não é o caso do J. C. que parece não considerar haver mais tal instituição). 30 anos DEPOIS, o primeiro dia da semana não merece qualquer título especial como “dia do Senhor”. Já a essas alturas devia sê-lo, em vez de ser tratado como mero “primeiro dia da semana”, ¿verdad?

    A pergunta 39 implica em mais “argumentos do silêncio”. Não é dito que havia observadores do sábado antes de Moisés? E onde há observadores do preceito contra cultuar imagens, então? Será que Abraão, Isaque, Jacó podiam cultuar imagens de Santo Abel, Santo Enoque e São Noé em suas tendas? Pelo tipo de raciocínio desses, sim, podiam. Onde constam regras condenando tal prática objetivamente ao tempo deles?

    Daí temos uma pergunta bem simples para o J. C.—Adão era homem ou era bicho?!  A resposta é óbvia—era homem. Ótimo, então está resolvido: Jesus declarou que “o sábado foi estabelecido por causa do homem”, e no original grego o termo é anthropós, o homem universal, não o mero homem judaico.

    Finalmente, chegamos à última pergunta, 40, e o J. C. não a responde objetivamente, apenas com tentativas de desvio de enfoque. A questão do descanso é realmente SECUNDÁRIA, pois o preceito divino diz, “lembra-te do dia do sábado para o SANTIFICAR”.

    Primeiro vêm os interesses de Deus, depois os do homem. A “santificação” do dia significa separar esse tempo para o Senhor dedicando-lhe o “memorial da criação”, que é o sábado (ver Sal. 111:2-4). Sabiamente Deus aproveitou esse necessário recurso de descanso físico e mental para o homem e o vinculou à um período de especial adoração a Ele, como Criador e mantenedor.

    Nunca como nos tempos modernos foi mais necessário esse período de descanso físico e mental, pois o estresse e a depressão são os grandes vilões do homem e fator para sua infelicidade.

    Eis como um pesquisador americano de povos de histórico de longa vida concluiu a respeito:

    o que encontrei há não muito tempo num segmento de notícias internéticas do Huffington Post:

    “Estatísticas têm mostrado que a religião torna as pessoas mais felizes, mas se pode ver que pode ajudá-las a viver mais tempo, também.

    “Numa tentativa de ‘reverter a engenharia da longevidade’, Dan Buettner passou anos pesquisando as partes do mundo onde as pessoas vivem muito mais tempo do que a média. Na sua maioria esses locais estão fora dos Estados Unidos -- incluindo a Sardenha, na Itália, Okinawa, Japão -- mas há um grupo de vida longa no território americano. São os adventistas do sétimo dia, que vivem em média 10 anos mais do que a expectativa de vida dos americanos de cerca de 79 anos.

    “Buettner, cujo trabalho é parte do Projeto de Zonas Azuis, apresentou-se se ao vivo a Caitlyn Becker, do HuffPost,  na quarta-feira para explicar o que os adventistas do sétimo dia fazem certo. Isso inclui comer uma dieta baseada em vegetais e ter ‘uma rede social que reforça o comportamento correto’. Suas crenças religiosas também são uma grande ajuda, disse ele.

    “‘Eles levam essa idéia de sábado muito a sério, então estão descomprimindo o estresse’, disse Buettner. ‘Cerca de 84 por cento do dinheiro com cuidados de saúde são gastos por causa das escolhas alimentares ruins, sedentarismo e estresse não gerenciado, e eles têm essas formas culturais de gestão de stress através do seu sábado’”.

    Trecho da entrevista de Buettner (em inglês):

    http://www.huffingtonpost.com/2014/07/31/seventh-day-adventists-life-expectancy_n_5638098.html?utm_hp_ref=mostpopular

    CONCLUSÃO:

    A argumentação do J. C. não constitui novidade nenhuma para mim. É a velha toada dos conceitos neoantinomista, que termina desembocando no que se poderia chamar de GRAÇA BARATA—uma suposta “liberdade cristã” àquilo que parece inconveniente em termos de obediência a Deus, mas que é uma escravidão cruel ao erro e à lavagem cerebral de falsos ensinamentos.

    Fato muito relevante ao J. C. é que deve instruir-se urgentemente sobre o mencionado CONSENSO do pensamento cristão ao longo dos tempos sobre o tema da lei divina e do dia de repouso. Ficar sem ter conhecimento desse CONSENSO é arriscar-se a sofrer influência de falsos mestres com ideias novidadeiras, conceitos heterodoxos, prédicas em que mais se acentua sentimentos e sensações, acima da Sola Scriptura que inspirou e animou a Reforma Protestante. E é exatamente o que se deu e se tem mais e mais dado no evangelicalismo contemporâneo.

    Por ignorância de tantos (inclusive de pastores) desses conceitos por que tanto se bateram os nossos pioneiros do Movimento Reformado, e que serviram de base para tantas igrejas mais tarde levantadas, é que hoje vemos esses lamentáveis desvios no entendimento do tema da lei divina, com acatamento de tantas noções de origens suspeitas, como o dispensacionalismo em seus dois vieses—da mirabolante escatologia israelocêntrica e do falso entendimento de “dispensação da graça” tendo suplantado a “dispensação da lei”. A verdade é que Lei e Graça sempre estiveram juntas, cada qual cumprindo o seu papel no processo individual de justificação, santificação, até a glorificação final.


    Muito bem, cumprimos a tarefa. Estão aí nossas réplicas às respostas do J. C. Agora, é vermos se ele, ou alguém mais, se dispõe a colocar tréplicas. Assim, avançamos na pesquisa e conhecimento da verdade.

    Concluo desejando a todos um feliz novo ano 2015. E deixo esta belíssima execução de um hino pelo quarteto adventista Arautos do Rei, exaltando o tema da GRAÇA divina. Vejam que até na movimentação do quarteto temos didaticamente a exposição do sentido do que cantam. Que a letra desse hino sirva-nos de inspiração para todos os dias do novo ano.


    .
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    Mensagem por Vasuilvan Qui 01 Jan 2015, 18:46

    ;;;;;;


    J.C. disse. A afirmação de que o sábado é “O selo de Deus” me levou a tentar responder as perguntas, pois as igrejas que sempre convivi (a saber: Maranata e Assembleia de Deus) não guardam o sábado. Afirmar que o sábado é o selo de Deus afirma direta ou indiretamente que os milhões de irmãos das demais igrejas que não adotaram esse preceito judaico não têm o selo de Deus em suas vidas.

    Considero esse argumento " de milhões de irmãos das demais igrejas", pouco relevante, a considerar pela quantidade de pessoas que se quer já ouviram falar de Cristo...

    Não penso que esse fato seja suficiente para que Deus se amolde a conceitos morais diferentes dos já estabelecidos.

    Os perdidos serão como a areia do mar e os salvos têm que se amoldarem á porta estreita, então, a verdade divina é superior a essa justificação do J.C., para se interessar em responder ás 40 perguntas tira-teimas do Azenilto...
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    Mensagem por Vasuilvan Qui 01 Jan 2015, 18:50

    ;;;;;;


    J.C. disse...
    Os dez mandamentos...
    Hebraico - Assêret Hadibrot
    Tradução literal: Dez palavras, Dez falas, Dez ditos.
    Diretamente mencionado pelo nome em: Êx 38.28, Dt 4.13, Dt 10.4.



    Penso que o irmão tenha se equivocado com o verso 28 de êxodo 38, o qual não faz referência aos 10 mandamentos...

    mas diz assim...

    Vinte quilos e trezentos gramas foram usados para fazer os ganchos para as colunas, para revestir a parte superior das colunas e para fazer as suas ligaduras.

    Êxodo 38:28
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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qui 01 Jan 2015, 19:53


    É interessante como alguns (como o autor das lições da EBD da Ig. Assembleia de Deus para o próximo trimestre--sobre os 10 Mandamentos) fazem uma “onda” sobre o termo original em Deu. 4:13 ser “dez palavras” e não “dez mandamentos”. Só que tradutores do mundo inteiro entenderam o original hebraico dâbârim perfeitamente podendo ser traduzido como “mandamentos”. Seja como for, primeiro que o próprio autor referido depois admite que “palavras” no caso poderia significa muito mais coisas, como discurso, pronunciamento, etc. Então, para que essa “onda” toda?

    Segundo, que lemos em Deu. 5:22:

    “Estas palavras-dâbârim falou o Senhor a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridão, com grande voz, e nada acrescentou; e as escreveu em duas tábuas de pedra, e a mim mas deu”.

    Aqui temos novamente dâbârim [palavras], mesmo termo utilizado em Deu. 4:13, com a confirmação de que Deus pronunciou-as e depois as registrou nas tábuas de pedra. Puxa, precisa dizer mais nada?

    Terceiro, se recorrermos ao Novo Testamento, temos Jesus citando mandamentos do Decálogo ao jovem rico (Mat. 19:17-19), sendo que no original grego o termo básico é entolê, cuja tradução é sempre “mandamento”, quando referindo-se a preceitos do Decálogo (como em Rom. 7:8 e Efé. 6:1-3).

    Então, qual é o motivo dessa “onda” toda em negar que sejam 10 Mandamentos? O fato de se PODER traduzir também como “dez palavras” não altera absolutamente NADA.

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