As perguntas foram lançadas no fórum evangélico (http://goo.gl/94kNIE), porém eu as conheci por um irmão chamado Ronaldo Lima, que foi desafiado pelo Sr. Azenito a respondê-las. Não sou contra nenhum irmão que guarde o sábado, sou contra a ideia de que seja um preceito obrigatório para a igreja cristã. A afirmação de que o sábado é “O selo de Deus” me levou a tentar responder as perguntas, pois as igrejas que sempre convivi (a saber: Maranata e Assembleia de Deus) não guardam o sábado. Afirmar que o sábado é o selo de Deus afirma direta ou indiretamente que os milhões de irmãos das demais igrejas que não adotaram esse preceito judaico não têm o selo de Deus em suas vidas.
“no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1.13).
“o qual também nos selou e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações” (IICor 1.22).
Não vos deixem persuadir!
Os dez mandamentos
Hebraico - Assêret Hadibrot
Tradução literal: Dez palavras, Dez falas, Dez ditos.
Diretamente mencionado pelo nome em: Êx 38.28, Dt 4.13, Dt 10.4.
Quando citado se refere ao DECÁLOGO
O decálogo faz parte da Lei de Moisés, um compêndio total de 613 mandamentos.
Lei de Deus
Hebraico – Torah ‘Elohiym
Tradução literal – Lei de Deus
Diretamente mencionada pelo nome no A.T.: Js 24.26, Ne 8.8,18, Ne 10.29
Quando citada se refere à TORAH / PENTATEUCO
A Lei de Deus na bíblia se refere a 613 mandamentos. A Torah em sua toralidade.
Dois (dos vários) pontos fracos da teoria de que o dia de sábado é o dia de guarda obrigatória para os cristãos:
1. Essa observância jamais é ordenada no N.T., ao mesmo tempo em que os demais nove mandamentos da lei mosaica são constantemente reiterados e salientados. Devemos admitir que não havia necessidade de enfatizar essa prática na igreja de Jerusalém; mas não se pode entender a ausência de tal preceito nos escritos do apóstolo Paulo, que escreveu para igrejas gentílicas, sem tradições sabáticas, pois, se essa observância fosse obrigatória, não podemos duvidar que o apóstolo dos gentios teria ensinado às igrejas a. respeito, conforme fez com todas as outras doutrinas verdadeiramente cristãs. Ora, Paulo mesmo declarou: “... jamais deixando de vos anunciar cousa alguma proveitosa, e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa” (Atos 20:20). Que o apóstolo dos gentios não ensinou ser necessária a observância do sábado é muito significativo. Também não há que duvidar que Paulo classificava o sábado dentro da mesma categoria das outras festividades religiosas dos judeus.
2. Deve-se observar, por igual modo, que apesar de haver, em certas mentes modernas, tremenda diferença entre as “leis morais” e as leis cerimoniais, isto é, respectivamente, entre os dez mandamentos e os preceitos rituais dos judeus, contudo, tal distinção jamais fez parte da mentalidade judaica, não podendo ser encontrada nenhuma declaração bíblica nesse sentido. Muitos judeus consideravam serem mandamentos importantíssimos, não menos importantes do que os dez mandamentos das tábuas da lei, certas observâncias que consideraríamos triviais, como a lavagem de roupas, mãos, pratos, etc. Portanto, a distinção feita por alguns modernos, os quais afirmam que a “lei cerimonial” foi ab-rogada, mas que a “lei moral” não o foi é uma pretensão inteiramente destituída de provas bíblicas. Pois, nesse caso, é tão fácil eliminar o sábado como é fácil eliminar a lavagem de mãos, pratos, etc., com base no ponto de vista da suposta eternidade das leis outorgadas ao antigo povo de Israel.
PERGUNTAS
1ª. – Quem foi o primeiro ser do universo a violar a lei divina, não demonstrando amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo?
Obs.: O anjo rebelde não demonstrou amar a Deus sobre todas as coisas pretendendo soberbamente instalar o seu trono acima do trono do Altíssimo (Isa. 14:13). E não demonstrou amar o próximo como a si mesmo enganando a terça parte dos anjos celestiais—criaturas como ele—para que cumprissem a sua agenda egoísta (Apo. 12:7).
Resposta: Respondendo mesmo que tal pergunta tenha sido formulada de forma persuasiva. A lei divina que o Sr. Azenito se refere é a que se encontra na Torá em Deuteronômio 6.5 “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” e em Levítico 19:18 ‘Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR.”. A minha resposta é Satanás.
Lembrando que estes mandamentos não estão no decálogo, mas no livro da lei (onde os dez mandamentos estão incluídos).
Obs.: Isaias 14 fala de Lúcifer? Não! O versículo 4 é uma referência chave, que diz: “que entoarás esta sátira a respeito do rei da Babilônia”. Vejamos agora uma nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém, página 1276, sobre os versículos 12-15:
“Os vv. 12-15 parecem inspirar-se em modelo fenício. Em todo caso, apresentam vários pontos de contato com os poemas de Râs-Shamra: a estrela d’alva e a aurora são duas figuras divinas; a montanha da Assembleia é aquela em que os deuses se reuniam como no Olimpo dos gregos. Os padres interpretaram a queda da estrela d’alva (Vulg., ”Lúcifer”) como a do príncipe dos demônios”.
A obra “O Antigo Testamento Interpretado – Chaplin” no capítulo referido diz:
“Mas, conforme se pode ver, originalmente não havia uma referência ao principal anjo caído, a quem chamamos Satanás ou diabo”. E completa: "A verdade é que este texto nada diz acerca de Satanás, nem a respeito de sua queda, nem sobre a ocasião de sua queda, conforme muitos intérpretes deduzem com tanta confiança" (Adam Clarke, in loc).
2ª. – Se os princípios do Decálogo não são anteriores ao Sinai, e não se pode provar que o princípio do sábado valia para Adão, então aquele primeiro sábado, limitado ao Criador, como alegam tantos, foi feriado só para Deus, não para o homem?
Obs.: Argumentos do silêncio não têm qualquer peso como prova ou contraprova de coisa alguma e os apologistas de gabarito sabem disso e não os utilizam. Pelo raciocínio do “silêncio” (não ser dito explicitamente algo) Adão podia até transar com as orangotangas do Éden, pois não consta qualquer regra contra a prática da bestialidade ao tempo dele.
Resposta: O Shabat. Deus Celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei. O substantivo Shabbat “sábado”, não aparece aqui, na criação. Surge pela primeira vez no evento do maná (Êx 16:22,23). A Septuaginta emprega a palavra sabbaton, “sábado,semana”, a mesma usada no Novo Testamento Grego.
Deus concluiu a criação no dia sétimo. Deus completou a sua obra da criação no sétimo dia. Deus “descansou”, ou seja, cessou, é o significado do verbo hebraico usado aqui, shabat, “cessar, desistir, descansar” (Gn 8.22; Jó31.1; Ez 16.41). Esse descanso é sinônimo de cessar de criar, e indica a obra concluída. Não se trata de ociosidade, pois Deus não para e nem se cansa (Is 40.28; Jo 5.17).
Resumindo: Não foi um “feriado” para Deus.
Obs.: Mais informações do sétimo dia que não foi mencionado que “houve tarde e manhã” na resposta oito.
3ª. – Se os princípios do Decálogo não são anteriores ao Sinai, como Deus pôde ter condenado Caim, os antediluvianos e Sodoma e Gomorra, quando “onde não há lei também não há transgressão” (Rom. 4:15) e “pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4)?
Obs.: Se os princípios da Lei Moral de Deus, depois expressos no Decálogo, não existiam antes do Sinai, então Abraão, Isaque e Jacó podiam tranquilamente cultuar imagens de Santo Abel, Santo Enoque e São Noé em suas tendas, já que não consta ocorrer ao tempo deles qualquer regra específica contra adoração de ídolos.
Resposta: Desde o princípio do mundo todos sabem que é imoral matar, adulterar, furtar, dizer falso testemunho, desonrar pai e mãe, pois Deus colocou a sua lei no coração e na mente de todos os seres humanos desde o início (Rm 1.19,20). As palavras mandamentos, estatutos e leis fora mencionadas antes do Sinai, mas isso não prova que todos os preceitos da Lei de Moisés (Lei de Deus). Vejamos uma nota de rodapé sobre Gênesis 26.5 da Torá – editora Sêfer pág. 70:
“O Midrash explica que Mitvsvot (mandamentos) significam leis ditadas pela moral e consciência humanas; Chukim (estatutos) são leis ordenadas por Deus, sem que na Torá haja uma explicação de sua razão; Torot (leis) são leis orais transmitidas de pai para filho e de professor para aluno, através de cada geração.”
Existia instrução oral de Deus para o homem, de pai para filho e de professor para aluno antes do Sinai, mas não há provas concernentes ao sábado.
Eram princípios éticos e naturais, e não um código de estado. As dez proposições (lit. dez palavras), foram promulgadas em forma de lei, como código, e entregues a Israel por intermédio de Moisés. Os princípios éticos e morais de Deus foram postos na mente e no coração dos homens, porém o “sábado, semana – shabbat - sabbaton” é um preceito cerimonial e não é um preceito moral (confira o argumento na resposta sete).
Antes do evento do maná encontramos vários tipos de pecados, exortações e punições da parte de Deus, mas não encontramos nenhum registro de um personagem violando o sábado (que era digno de morte de acordo com a lei - Nm 15.32-35), sendo assim vejo apenas duas alternativas: 1) todos os personagens descritos na bíblia guardaram o sábado perfeitamente não havendo necessidade de Deus puni-los para que consequentemente existisse pelo menos um registro antes do evento do Maná ou 2) o sábado (shabbat – sabbaton) de fato é um preceito cerimonial que não era cobrado antes de Moisés com o mesmo rigor que os outros mandamentos do decálogo (isso se o mesmo foi exigido por Deus antes do evento do maná).
- Obs.: 1ª João 3:4 em sua tradução correta da língua original é “Todo o que comete pecado comete também a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade”. A tradução que o Sr. Azenito usou se encontra apenas na versão ARA; em contra partida na Bíblia de Jerusalém, Novo Testamento Interlinear – SBB, versão ACF e ARC nos informa que a tradução correta é “porque o pecado é a iniquidade”. Sendo assim eu descarto sua tentativa persuasiva de usar tal versículo relacionando-o diretamente com a palavra lei. A lei não são apenas 10 mandamentos (lit. dez palavras).
4ª. – Se quando o Decálogo foi outorgado é dito que Deus “nada acrescentou” a Suas palavras solenemente proferidas e daí gravadas por Ele nas tábuas de pedra (Deu. 5:22)—a única vez na história que o povo ouviu Deus falando claramente, e esse Seu único “discurso público” foi a proclamação de cada um e todos os Dez Mandamentos—não é um absurdo tentar acrescentar a essa divina lei as regras das demais leis (cerimoniais, civis, etc.), alegando formarem todas um só pacote legal, tudo abolido na cruz, como é a pregação dos dispensacionalistas?
Obs.: Pode-se dizer que o papel de Moisés no episódio da outorga da Lei Moral foi a de um mero “office-boy”, pois apenas trouxe do alto do monte, a cópia do solene discurso de Deus, registrado nas duas tábuas de pedra por Ele próprio, e por duas vezes (Deu. 5:22; 10:1-5).
Resposta: Um fato interessante é que na formulação dessa pergunta, o Sr. Azenito usa o decálogo apresentado em Deuteronômio com a frase “nada acrescentou”. Seguindo no texto apresentado, o mandamento diz o seguinte “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt. 5.15). Deus ordenou que a nação de Israel guardasse o sábado como um memorial da saída triunfal do Egito. Este propósito está registrado no decálogo apresentado em Deuteronômio que Deus “nada acrescentou”.
Pergunta: Em que momento Adão, Eva, Seth, Matusalém, Noé, Sem, Cão, Jafé e etc. foram servos na terra do Egito e retirados de lá pela mão do Senhor para que o dia de sábado fosse memorável para eles como está no decálogo de Deuteronômio que Deus “nada acrescentou”?
Inevitavelmente precisei responder a quarta pergunta com outra, onde a resposta plausível é óbvia.
5ª. – Onde o contexto de Heb. 7:12, ao falar da “mudança da lei”, trata da Lei Moral dos 10 Mandamentos mantendo intactos nove mandamentos, somente com o seu 4º. Mandamento (do sábado) sendo trocado, seja pelo domingo, seja pelo ‘dianenhumismo/diaqualquerismo’?
Obs.: Na verdade, o contexto informa que a lei a ser mudada seria teoricamente a lei do sacerdócio, pois pela mesma, só quem era da tribo de Levi podia ocupar tal posição, e Cristo era da tribo de Judá. Claro que o autor de Hebreus fala sobre isso apenas retoricamente, pois os judeus jamais aceitariam mudar a lei para favorecer o sacerdócio de Cristo, quando nem aceitavam a Sua messianidade.
Resposta: “O sacerdócio e a lei que o descrevia e punha em vigor, ficam de pé ou caem juntamente. O novo sacerdócio introduziu sua nova lei, a «lei do Espírito», explicada nos termos do evangelho. O antigo sacerdócio cedeu lugar ao novo sacerdócio, e a lei mosaica foi substituída pelo evangelho; e o Espírito habitador é quem o faz real para os homens. A «nova ordem» é também mais «antiga», estando tipificada no sacerdócio de Melquisedeque, dentro dos eternos conselhos de Deus; é mais antiga tanto em relação à lei como em relação a seu sacerdócio legalista. Não há aqui qualquer ideia que «somente a parte da lei que se aplica ao sacerdócio foi abolida». Esse é um ponto de vista míope sobre o que significa o cristianismo. Cristo é o «fim da lei» para todos quantos nele confiam. (Ver Rom. 10:4). E isso tanto moral como cerimonialmente. Os judeus não estabeleciam qualquer distinção entre esses dois aspectos da lei. A chamada «lei cerimonial», para eles, era uma questão perfeitamente «moral». Cristo pôs fim ao «legalismo» como meio de salvação, tendo-o substituído pelo caminho místico, a saber, o acesso a Deus através do poder transformador do Espírito que em nós vem habitar. Em Cristo tem lugar o sacerdócio ideal; e este é mediado misticamente, e não legalisticamente. Sua força é o Espírito habitador. O Espírito é a nova lei, o princípio ativo. Ele transforma os remidos segundo a imagem de Cristo, e assim se chegam a Deus, gozando de pleno acesso, na qualidade de filhos. (Ver II Cor. 3:18; Heb. 2:10 e ss. e 10:19).”
“É verdade que alguns intérpretes tentam preservar aqui o aspecto «moral» da lei, aplicando este versículo somente ao seu lado cerimonial. Porém, já notamos que os judeus não faziam tal distinção, como agora se faz na teologia cristã; portanto, os leitores originais do tratado jamais poderiam ter compreendido estas palavras como querem dizer-nos esses intérpretes. A lei foi ab-rogada não apenas em seus aspectos rituais e cerimoniais, relativos ao sacerdócio, mas também como meio de justificação e de santificação. O cristianismo não é nem legalista e nem cerimonial; pelo contrário, é místico. E tudo quanto for realizado, dentro da inquirição espiritual, deve ser feito através do contato com o Espírito de Deus. Contudo, as exigências da lei, que são santas, são satisfeitas mediante a transformação moral; mas essa transformação não é legalisticamente efetuada.”
O novo testamento interpretado - Russell Norman Champlin – Editora Hagnos – página referente ao versículo de Hebreus 7:12.
Domingo: O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19,26). Nesse dia o Senhor Jesus ressuscitou dentre os mortos (Mc 16.16). O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2 Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14). Não houve transferência! Descansar e cultuar no domingo não são uma prática legalista.
6ª. – Onde é dito que ao escrever o que é chamado de “Minhas leis” [de Deus] nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto [Novo Testamento], como é a promessa em Heb. 8:6-10, nesse processo Deus, a) deixa de fora o preceito do sábado; b) mantém o preceito, mas trocando a santidade do 7º. para o 1º. dia da semana; c) deixa o conceito de “dia do Senhor” como um “domingão do crentão”, nele podendo-se comprar, vender, ver o esporte no estádio ou na TV; OU, d) deixa o conceito de dia de repouso como uma prática vaga, voluntária e variável segundo os interesses ou conveniências do crente (ou do seu empregador)?
Resposta: O texto de Hebreus 8:6-10 não são palavras novas do autor da carta. O Autor de Hebreus no capítulo 8:8 após dizer “ele faz, com efeito, uma repreensão:” até o versículo 12 faz uma citação das escrituras do Antigo Testamento:
Jeremias 31.33-34: Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
Hebreus 8:8-12: Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança, Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo; E não ensinará cada um a seu próximo, Nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; Porque todos me conhecerão, Desde o menor deles até ao maior. Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais.
Há uma só Lei.
As Leis citadas em Jeremias (que o autor de hebreus repetiu) não falam apenas do decálogo e sim do livro da lei ou a Lei do Senhor que é um conjunto de 613 mandamentos (cf. Ne 8.1,2,8,18; 10.29). Há uma corrente de interpretação que ensina que o Decálogo é lei moral, enquanto parte da legislação mosaica que trata das cerimonias de sacrifícios e festas religiosas, entre outras, é chamada de lei cerimonial. Esse pensamento nos parecesse inconsistente, pois não é ensino bíblico nem os judeus jamais dividiram sua lei em moral e cerimonial. Ao longo da história, eles observaram o sábado e a circuncisão com o mesmo cuidado. Jesus disse que a circuncisão está acima do sábado (Jo 7.22,23).
Após a citação o autor finaliza no verso 13: Assim sendo, ao falar de nova aliança, tornou velha a primeira. Ora, o que se torna antigo e envelhece está prestes a desaparecer.
Resumindo: Eu fico com a alternativa E. Mudamos das Leis que não podem nos justificar (At 13.38,39) para a Lei de Cristo (Gl 6.2).
7ª. – Por que em Heb. 8:10 e 10:16 é dito que as leis que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto [Novo Testamento] são chamadas de “Minhas leis” [de Deus], e não lei de Cristo, lei do Espírito, lei da fé, lei do amor?
Obs.: Claro que tais leis abrangem tudo isso—são de Cristo, da fé, do amor, do Espírito. E observe-se que Heb. 8:6-10 é mera reprodução de Jer. 31:31-33, daí que essas leis por Deus escritas nos corações sob o Novo Concerto são AS MESMAS do tempo de Jeremias. Claro que isso não inclui os aspectos cerimoniais, prefigurativos, pois quando Hebreus foi escrito o seu autor e seus leitores primários sabiam que o véu do Templo se rasgara de alto a baixo quando Cristo proferiu o “Está consumado” (Mat. 27:51), indicando o fim das leis cerimoniais, não das leis morais, em que se inclui o sábado.
Resposta: Porque toda a Lei se resume num só mandamento, a saber: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” – Gálatas 5:14.
Sábado é um preceito cerimonial. O senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4). Veja ainda a que Jesus se referia quando falou a respeito desse ritual mencionado em Êxodo 29.33 Levítico 22.10 e 1 Samuel 21.6. Disse igualmente que “os sacerdotes no tempo violam o sábado e ficam sem culpa” (Mt 12.5) , ao passo que não existe concessão para preceitos morais.
- Obs.: Se Hebreus 8:6-10 é mera reprodução de Jeremias 31:31-33, a leis que Deus deveria escrever no coração do homem deveria ser um total de 613 mandamentos que são da época de Jeremias e não apenas 10 ou 12 (incluindo a abstinência de carne de porco e o dízimo, porque convém à tais beneficiados denominativos).
8ª. – Por que o sábado seria cerimonial, quando todas as cerimônias são prefigurações de eventos do FUTURO (como os cordeirinhos que apontavam ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” –João 1:29) enquanto o sábado aponta ao PASSADO, sendo o “memorial da criação” (ver Êxo. 2:8-11, especialmente vs. 11), e até ao FUTURO quando prosseguir sendo observado na Nova Terra (Isa. 66:22, 23)?
Obs.: Davi declara que as obras do Senhor são tornadas “memoráveis” (Sal. 111:2-4). A “lua nova” não se refere somente à festa cerimonial, mas era o marco também de um novo mês, do calendário lunar de Israel. Na Nova Terra haverá contagem não só de semanas—demarcadas pelo sábado—mas também de meses—Apo. 22:2.
Resposta: O Texto abaixo extraído do blog http://oseias46a.blogspot.com.br/ responde a pergunta.
O descanso de Deus.
Quando lemos o relato bíblico da criação, vemos que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo, havendo terminado a sua obra criadora, entrou no seu descanso, “o descanso de Deus”.
Percebemos, por uma leitura atenta das Escrituras Sagradas, que o dia do descanso de Deus, foi um dia diferenciado dos outros. Em, todos os outros dias, desde o dia primeiro ao dia sexto, lê-se que “houve tarde e manhã”, mas, ao chegar no sétimo dia, ou no dia do descanso de Deus a expressão não aparece mais. Será que o escritor registrou-a por seis vezes, apenas como mera repetição e, a omitiu ao chegar no sétimo por acaso? Creio, que não. Os seis primeiros dias foram dias completos de 24 horas. Mas, o sétimo dia de Gn 2.2, o descanso de Deus, foi o descanso que começou no sétimo dia da criação e não terminou mais (embora, Deus trabalhe ainda em favor da humanidade Jo 5.17).
2. Entrando no descanso de Deus HOJE.
O escritor aos hebreus, usa dois capítulos inteiros, a saber os capítulos 3 e 4 para falar sobre a necessidade de os cristãos salvos, entrarem no mesmo descanso de Deus. E, para isso usa como exemplo aqueles (Judeus), que não conseguiram entrar no descanso, embora, fossem ferrenhos observadores do sábado semanal de 24 horas.
Hebreus 3:12-19
12 Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. 13 Pelo contrário, encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama "hoje", de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado,14 pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio. 15 Por isso é que se diz: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião".
16 Quem foram os que ouviram e se rebelaram? Não foram todos os que Moisés tirou do Egito? 17 Contra quem Deus esteve irado durante quarenta anos? Não foi contra aqueles que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? 18 E a quem jurou que nunca haveriam de entrar no seu descanso? Não foi àqueles que foram desobedientes? 19 Vemos, assim, que foi por causa da incredulidade que não puderam entrar.
Hora, se os que Moisés tirou do Egito, apesar de guardarem o sábado semanal, não puderam entrar no descanso de Deus, LOGO, O DESCANSO DESCRITO PELO ESCRITOR, NÃO É UM DIA COMUM DA SEMANA. Mas, que descanso, ou sábado é esse? É, um sábado que se entra pela fé, envolve a mensagem do Evangelho. Em que dia da semana? No dia que se chama HOJE: “Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, (V, 15)” ou seja, todos os dias, Deus nos convida a entrar non seu descanso.
O que sabemos até agora sobre o descanso de Deus na criação?
1. Apesar de guardarem o sábado semanal, os filhos de Israel não entraram neste descanso.
2. Este descanso envolve a fé e a mensagem do evangelho.
3. Este descanso começou no sétimo dia da criação e não terminou (Gn 2:2 não registra "tarde e manhã", como nos últimos 6 dias de Gênesis 1).
4. Este descanso é "Hoje" (todos os dias), não apenas uma vez por semana.
3. Que é o descanso de Deus e como entrar nele?
O descanso de Deus, que a Palavra nos convida a entrar, como vimos, não é um dia comum da semana. O descanso, de que se trata, é em suma, o descanso dos crentes em Jesus Cristo (Mt 11.28-29), e, também o celestial.
Em Jesus, porque, está escrito que NÓS O QUE TEMOS CRIDO ENTRAMOS NO REPOUSO (Hb 4.3a)e, que Josué não deu o verdadeiro repouso para o povo de Deus (Hb 4:. Pois, Deus, pela boca dos profetas falou de outro dia em que o seu povo iria entrar nesse descanso. O HOJE, que é PELA FÉ.
Hebreus 4:8-13
Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso [10], Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia. 9 Assim, ainda resta um descanso sabático [11] para o povo de Deus; 10 pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das suas.[12] 11 Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso, para que ninguém venha a cair, seguindo aquele exemplo de desobediência. [13]
E, o messias, Jesus Cristo, já havia convidado toda humanidade para descasar Nele próprio:
Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". (Mateus 11:28-30)
Portanto, partindo de Cl 2.16-17, onde é dito que o sábado é uma sombra das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo, aprendemos que a essência da observância do sábado apontava para o descanso em Jesus Cristo. Mas, descansar de que? Das tentativas de tentar alcançar a salvação pelas nossas obras.
9ª. – Por que só o preceito do sábado, dentre todos os do Decálogo, é o único que pode ser flexibilizado, valendo qualquer dia para se dedicar ao Senhor, desde que seja o sétimo na contagem de tempo?
Obs.: Na verdade, assim como não faria sentido os brasileiros comemorarem a Independência nacional em 8 de outubro, 9 de novembro ou 10 de dezembro, também não faz sentido dedicar ao Senhor outro dia que não seja o sétimo. Jesus disse que O sábado [não UM sábado] foi feito por causa do homem (Mar. 2:27).
Resposta: Todos os mandamentos do decálogo foram reafirmados na nova aliança, exceto a guarda do sábado.
- Obs.: Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição. Então, não há outro no universo investido de tamanha autoridade, senão o Filho de Deus. A expressão “o Filho do Homem”, no singular é título messiânico, não é usual ou comum às outras pessoas. Está claro que Jesus se referia a Ele mesmo. Jesus disse que os seres humanos não foram criados para observar o sábado, mas que o sábado foi criado para o benefício deles (Mc 2.27).
10ª. – Sendo que o CONSENSO do pensamento cristão DE SÉCULOS é de que os 10 Mandamentos seguem como normativos aos cristãos como LEI MORAL de Deus em TODOS os seus preceitos—no que se diferencia das leis Cerimonial e Civil, as duas últimas não mais aplicáveis à Igreja—por que daremos ouvidos a pregadores de novas teologias consideradas HERÉTICAS por gente da própria grei evangélica ao condenarem os que transformam o conceito de Lei de Deus numa espécie de ‘Regra dos NOVE Mandamentos e UMA Sugestão’, sem base bíblica alguma?
Obs.: Tal consenso interpretativo bíblico é como consta de documentos confessionais de luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos, mais recentemente confirmado em obras de pentecostais, como das editoras Betânia e CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus). Esse consenso também inclui o ensino de que a Lei Moral estava escrita na consciência do homem antes do Sinai, e que o sábado é originário da criação do mundo.
Resposta: A Lei de Deus não são apenas as Dez Palavras. Os Dez mandamentos encabeçam os demais preceitos entregues por Deus a Moisés no monte Sinai desde êxodo 19.16-19 até Levítico 26:46; 27.34. É oportuno aqui esclarecer o que a Bíblia quer dizer quando usa as palavras “lei de Deus”. O termo aparece sete vezes nas Escrituras, quatro no Antigo Testamento e três no Novo, e em nenhum lugar diz respeito ao Decálogo. As quatro primeiras ocorrências se referem a toda lei de Moisés, ao pentateuco, como livro: “Josué escreveu estas palavras no livro da Lei de Deus” (Js 24.26); “E leram o livro, na lei de Deus... ele lia o livro da Lei de Deus” (Ne 8.8, 18); “e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos” (Ne 10.29). Assim as expressões “lei de Deus”, “lei do Senhor” e “lei de Moisés” dizem respeito à mesma coisa (Ne 8.1, 8, 18: Lc 2.22,23). Trata-se do Pentateuco no seu todo, e não apenas do Decálogo, do livro, e não das tábuas de pedra.