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    40 Perguntas Para Resposta e/ou Reflexão e Estudo Sobre o Tema da Lei e do Sábado

    Prof. Azenilto G. Brito
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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Qua 19 Nov 2014, 10:42

    40 PERGUNTAS VERDADEIRAMENTE TIRA-TEIMA SOBRE O TEMA DA LEI DIVINA E DO SÁBADO

    1ª. – Quem foi o primeiro ser do universo a violar a lei divina, não demonstrando amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo?


    Obs.: O anjo rebelde não demonstrou amar a Deus sobre todas as coisas pretendendo soberbamente instalar o seu trono acima do trono do Altíssimo (Isa. 14:13). E não demonstrou amar o próximo como a si mesmo enganando a terça parte dos anjos celestiais—criaturas como ele—para que cumprissem a sua agenda egoísta (Apo. 12:7).


    2ª. – Se os princípios do Decálogo não são anteriores ao Sinai, e não se pode provar que o princípio do sábado valia para Adão, então aquele primeiro sábado, limitado ao Criador, como alegam tantos, foi feriado só para Deus, não para o homem?


    Obs.: Argumentos do silêncio não têm qualquer peso como prova ou contraprova de coisa alguma e os apologistas de gabarito sabem disso e não os utilizam. Pelo raciocínio do “silêncio” (não ser dito explicitamente algo) Adão podia até transar com as orangotangas do Éden, pois não consta qualquer regra contra a prática da bestialidade ao tempo dele.


    3ª. – Se os princípios do Decálogo não são anteriores ao Sinai, como Deus pôde ter condenado Caim, os antediluvianos e Sodoma e Gomorra, quando “onde não há lei também não há transgressão” (Rom. 4:15) e “pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4)?


    Obs.: Se os princípios da Lei Moral de Deus, depois expressos no Decálogo, não existiam antes do Sinai, então Abraão, Isaque e Jacó podiam tranquilamente cultuar imagens de Santo Abel, Santo Enoque e São Noé em suas tendas, já que não consta ocorrer ao tempo deles qualquer regra específica contra adoração de ídolos.


    4ª. – Se quando o Decálogo foi outorgado é dito que Deus “nada acrescentou” a Suas palavras solenemente proferidas e daí gravadas por Ele nas tábuas de pedra (Deu. 5:22)—a única vez na história que o povo ouviu Deus falando claramente, e esse Seu único “discurso público” foi a proclamação de cada um e todos os Dez Mandamentos—não é um absurdo tentar acrescentar a essa divina lei as regras das demais leis (cerimoniais, civis, etc.), alegando formarem todas um só pacote legal, tudo abolido na cruz, como é a pregação dos dispensacionalistas?


    Obs.: Pode-se dizer que o papel de Moisés no episódio da outorga da Lei Moral foi a de um mero “office-boy”, pois apenas trouxe do alto do monte, a cópia do solene discurso de Deus, registrado nas duas tábuas de pedra por Ele próprio, e por duas vezes (Deu. 5:22; 10:1-5).


    5ª. – Onde o contexto de Heb. 7:12, ao falar da “mudança da lei”, trata da Lei Moral dos 10 Mandamentos mantendo intactos nove mandamentos, somente com o seu 4º. Mandamento (do sábado) sendo trocado, seja pelo domingo, seja pelo ‘dianenhumismo/diaqualquerismo’?


    Obs.: Na verdade, o contexto informa que a lei a ser mudada seria teoricamente a lei do sacerdócio, pois pela mesma, só quem era da tribo de Levi podia ocupar tal posição, e Cristo era da tribo de Judá. Claro que o autor de Hebreus fala sobre isso apenas retoricamente, pois os judeus jamais aceitariam mudar a lei para favorecer o sacerdócio de Cristo, quando nem aceitavam a Sua messianidade.


    6ª. – Onde é dito que ao escrever o que é chamado de “Minhas leis” [de Deus] nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto [Novo Testamento], como é a promessa em Heb. 8:6-10, nesse processo Deus, a) deixa de fora o preceito do sábado; b) mantém o preceito, mas trocando a santidade do 7º. para o 1º. dia da semana; c) deixa o conceito de “dia do Senhor” como um “domingão do crentão”, nele podendo-se comprar, vender, ver o esporte no estádio ou na TV; OU, d) deixa o conceito de dia de repouso como uma prática vaga, voluntária e variável segundo os interesses ou conveniências do crente (ou do seu empregador)?


    7ª. – Por que em Heb. 8:10 e 10:16 é dito que as leis que Deus escreve nos corações e mentes dos que aceitam os termos do Novo Concerto [Novo Testamento] são chamadas de “Minhas leis” [de Deus], e não lei de Cristo, lei do Espírito, lei da fé, lei do amor?


    Obs.: Claro que tais leis abrangem tudo isso—são de Cristo, da fé, do amor, do Espírito. E observe-se que Heb. 8:6-10 é mera reprodução de Jer. 31:31-33, daí que essas leis por Deus escritas nos corações sob o Novo Concerto são AS MESMAS do tempo de Jeremias. Claro que isso não inclui os aspectos cerimoniais, prefigurativos, pois quando Hebreus foi escrito o seu autor e seus leitores primários sabiam que o véu do Templo se rasgara de alto a baixo quando Cristo proferiu o “Está consumado” (Mat. 27:51), indicando o fim das leis cerimoniais, não das leis morais, em que se inclui o sábado.


    8ª. – Por que o sábado seria cerimonial, quando todas as cerimônias são prefigurações de eventos do FUTURO (como os cordeirinhos que apontavam ao “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” –João 1:29) enquanto o sábado aponta ao PASSADO, sendo o “memorial da criação” (ver Êxo. 2:8-11, especialmente vs. 11), e até ao FUTURO quando prosseguir sendo observado na Nova Terra (Isa. 66:22, 23)? 


    Obs.: Davi declara que as obras do Senhor são tornadas “memoráveis” (Sal. 111:2-4). A “lua nova” não se refere somente à festa cerimonial, mas era o marco também de um novo mês, do calendário lunar de Israel. Na Nova Terra haverá contagem não só de semanas—demarcadas pelo sábado—mas também de meses—Apo. 22:2.


    9ª. – Por que só o preceito do sábado, dentre todos os do Decálogo, é o único que pode ser flexibilizado, valendo qualquer dia para se dedicar ao Senhor, desde que seja o sétimo na contagem de tempo?


    Obs.: Na verdade, assim como não faria sentido os brasileiros comemorarem a Independência nacional em 8 de outubro, 9 de novembro ou 10 de dezembro, também não faz sentido dedicar ao Senhor outro dia que não seja o sétimo. Jesus disse que O sábado [não UM sábado] foi feito por causa do homem (Mar. 2:27).


    10ª. – Sendo que o CONSENSO do pensamento cristão DE SÉCULOS é de que os 10 Mandamentos seguem como normativos aos cristãos como LEI MORAL de Deus em TODOS os seus preceitos—no que se diferencia das leis Cerimonial e Civil, as duas últimas não mais aplicáveis à Igreja—por que daremos ouvidos a pregadores de novas teologias consideradas HERÉTICAS por gente da própria grei evangélica ao condenarem os que transformam o conceito de Lei de Deus numa espécie de ‘Regra dos NOVE Mandamentos e UMA Sugestão’, sem base bíblica alguma?


    Obs.: Tal consenso interpretativo bíblico é como consta de documentos confessionais de luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos, mais recentemente confirmado em obras de pentecostais, como das editoras Betânia e CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus). Esse consenso também inclui o ensino de que a Lei Moral estava escrita na consciência do homem antes do Sinai, e que o sábado é originário da criação do mundo.

     

    11ª. – Onde há registro de que luteranos, batistas, presbiterianos, metodistas, congregacionais, anglicanos tiveram concílios mundiais para corporativamente refazer seus documentos confessionais clássicos, históricos e oficiais, que afirmam prosseguirem os 10 Mandamentos como Lei Moral de Deus em TODOS os seus preceitos, readaptando isso aos ‘novos tempos’ de prevalência dos conceitos dispensacionalistas de “dianenhumismo”?

    Obs.: Não se tem notícia de jamais terem tomado tal providência, sendo que nenhum desses documentos confessionais foi oficialmente desqualificado, desautorizado, descartado.


    12ª. – Alegar alguém que não segue homens, formuladores de tais documentos confessionais, e sim somente a Bíblia não indicaria uma pretensão de saber mais e melhor do que tais redatores e líderes eclesiásticos?

    Obs.: E os que levantam esse protesto termina que também são . . . homens! Ou será que se imaginam semideuses?

    13ª. – Sendo que faz parte da mais legítima tradição cristã que os primeiros 4 mandamentos do Decálogo referem-se a nossos deveres para com Deus, e os 6 últimos, idem quanto aos semelhantes (como declarado especificamente nos documentos confessionais de luteranos, presbiterianos, batistas e anglicanos), por que, sob o Novo Concerto, nossa expressão de amor a Deus sobre todas as coisas deve reduzir-se de 4 para 3 preceitos?


    Obs.: Quem ama a Deus sobre todas as coisas não terá outros deuses, não cultuará imagens, não dirá o nome de Deus em vão, e santificará o dia que honra a Deus como Criador de todas as coisas. E por amar o próximo como a si mesmo não irá desrespeitar os pais, nem matar, nem adulterar, nem roubar, nem dar falso testemunho e nem cobiçar coisas e cônjuge do próximo. 


    14ª. – Como Jesus poderia ser levado a sério em todos os tempos se violasse o sábado (ou permitisse isso àqueles sob Sua responsabilidade), diante do que disse em Mat. 5:19?


    Obs.: O que diz tal passagem é: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens {da lei que Ele disse não ter vindo abolir, e sim cumprir}, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”. Os que atribuem a Cristo a desconsideração do sábado ou Seu ensino a respeito disso fazem com que Ele próprio tenha de ser considerado “o mínimo no reino dos céu” à luz de Suas próprias palavras.


    15ª. – Considerando-se o seu contexto, por que as palavras de Mat. 5:17-19 não se aplicariam aos que HOJE se consideram ‘sal da Terra’ ‘luz do mundo’ e oram o Pai Nosso?


    Obs.: Jesus não diz só que não veio abolir a lei, e sim cumpri-la, como exorta Seus ouvintes sobre o monte (aos quais chamou de “sal da terra”, “luz do mundo” e ensinou a oração do Pai Nosso), a respeitarem todos os mandamentos da lei, desde os mínimos, e assim ensinar aos homens. Ele falava da lei (Torah) como um todo, mas a comunidade cristã no devido tempo entendeu que a parte cerimonial da lei cessou por ter cumprido o seu papel prefigurativo, cerimonial, mas não os seus preceitos morais e universais, como é o caso do sábado.


    16ª. – Se o sentido de “cumprir a lei” (como em Mat. 5:17-19) significa que estamos dispensados de observar o sábado, por que isso só é aplicado ao 4º. Mandamento do Decálogo, quando Jesus cumpriu também os 1º., 2º., 3º., 5º., 6º., 7º., 8º., 9º. e 10º. preceitos desse mesmo Decálogo?


    Obs.: Sinceramente, utilizar a expressão “cumprir” para justificar o não cumprimento hoje de um dos mandamentos do Decálogo nem honra a inteligência de quem levanta essa alegação. Sem falar como chega a ser cínico esse argumento do “Jesus não aboliu a lei, mas a cumpriu por nós”, pois usam a palavra “cumprir” no sentido de “abolir”, mas SÓ para aqueles preceitos “inconvenientes”.


    17ª. – Quando Jesus disse a João Batista, “importa cumprir toda a justiça” (Mat. 3:15), referindo-Se ao requisito do batismo, então ao ser Ele batizado, cumprindo a justiça, ficamos dispensados de cumprir tal requisito hoje?


    18ª. – Por que cargas d'água, Jesus, criador de todas as coisas, inclusive do sábado (João 1:3; Heb. 1:2), de repente decidiu que não foi uma boa ideia estabelecer tal princípio, daí passando a empenhar-Se numa campanha para desqualificar o preceito do sábado (como fica implícito na forma como certos anti-sabatistas argumentam)?


    Obs.: Mas o próprio Cristo não só observava o sábado (Luc. 4:16), como admitia a necessidade de repouso físico: certa vez, apelou aos discípulos: “Vinde vós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco” – Mar. 6:31.

    19ª. – Se, por Seus atos e palavras quanto ao sábado, Jesus tivesse a intenção de desqualificar o preceito e ensinar Sua abolição, por que recomendou aos discípulos—continuadores de Sua obra—e “às multidões”, no Seu último discurso público, que observassem cuidadosamente TUDO o que seus líderes religiosos ensinavam, o que inescapavelmente incluía o sábado (ver Mat. 23:1-3, cf. Luc. 13:14)?

    Obs.: Só não deviam ser hipócritas como eles, à base do “façam como eu digo, mas não como faço”. Em Luc. 13:14 eles estavam CERTOS em recomendar a fiel obediência ao sábado, mas ERRADOS em proibir o povo de buscar cura com Jesus nesse dia, pois Ele mesmo havia dito que “é lícito fazer o bem aos sábados” (Mat. 12:12).


    20ª. – Como Jesus poderia ter declarado, “Eu tenho guardado os mandamentos do Meu Pai” (João 15:10), se violasse o sábado, com isso simplesmente proferindo uma mentira?


    Obs.: Para todos os efeitos o sábado AINDA era um dos mandamentos do Pai, mesmo para os que pregam a “abolição da lei” ocorrida só na cruz.

     

    21ª. – A que tipo de trabalho Jesus Se referiu quando declarou, “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também” (João 5:18)—de caráter secular ou de outra natureza?

    Obs.: Se a intenção de Cristo fosse abolir com isso a regra do sábado, não é estranho que na Bíblia não se veja isso sendo imediatamente posto em prática pelos Seus seguidores? Além do fato de que Cristo estaria contraditoriamente abolindo tal regra ANTES da cruz, pois foi na cruz que a lei veio a ser “abolida”, pelos ensinamentos do dispensacionalismo.


    22ª. – Diante das curas de Cristo no sábado e a disputa que isso provocava entre os Seus contemporâneos, havendo os que O acusavam de violar o preceito, e outros que O defendiam disso (João 9:16), de que lado preferiríamos estar—dos que O acusavam ou dos que O defendiam?


    Obs.: É incrível encontrar tantos que se declaram seguidores de Cristo, mas que preferem tomar o partido dos Seus acusadores. Esse, porém, é um direito que lhes cabe e que, sem dúvida, deve ser respeitado. Todavia, os crentes observadores do sábado declaram que preferem ficar do lado de Jesus.


    23ª. – Se em Mat. 12:5 Jesus está justificando a violação do sábado ao mencionar que os sacerdotes no sábado o violavam no templo e ficavam sem culpa, por que tal critério seria válido só de Seu tempo para cá, não se aplicando à época anterior de séculos e milênios, em que os sacerdotes também “violavam” o sábado e ficavam sem culpa?


    Obs.: O povo de Israel foi castigado com o cativeiro babilônico pela violação do sábado (Jer. 17:21, 22, 27), mas por que não poderiam violá-lo então, sob a alegação de que os sacerdotes naquele tempo também já “violavam” o sábado e ficavam sem culpa?


    24ª. – Ao Jesus declarar que “o sábado foi feito por causa do homem”, não estava também incluindo-Se a Si mesmo, já que sempre se identificava como “Filho do homem”?


    Obs.: Cristo era tanto homem quanto judeu, assim os que alegam que Ele violava o sábado não têm saída, nem por um lado, nem pelo outro.


    25ª.– Sendo que o mandamento do sábado estabelece que até os animais de carga deveriam ser poupados de trabalhos no dia do Senhor, e no regime do dianenhumismo essa regra não se torna mais obrigatória, então a misericórdia divina para com os ‘semoventes’ teria findado sob o Novo Concerto?

    Obs.: Se já não é obrigatório poupar tais animais de trabalhos um dia por semana, qualquer um pode utilizá-los todos os dias, sem descanso, ou ceder a alguém que os utilize nos fins de semana.


    26ª.– Qual era o TEOR dos debates de Cristo com a liderança judaica sobre o sábado--SE deviam guardá-lo, QUANDO guardá-lo, ou COMO observar o dia no seu devido espírito?


    Obs.: Cristo declarou-Se “senhor do sábado” e “maior do que o Templo”, não para desqualificar seja o sábado ou o Templo, e sim para indicar Sua autoridade em corrigir os abusos praticados pela liderança judaica tanto quanto ao sábado quanto sobre o uso legítimo do Templo. Pode-se dizer que assim como Ele expulsou os vendilhões do Templo, também expulsou do sábado as excrescências casuísticas impostas pelos fariseus ao preceito. Eles também distorciam o sentido do 5º. Mandamento, quando lhes convinha (Mar. 7:9-12).


    27ª. – Onde Jesus disse que os “novos” mandamentos de amar a Deus e ao próximo EXCLUEM qualquer dos preceitos do Decálogo, no que se inclui o do sábado?


    Obs.: Tais preceitos de fato não eram novos em sentido absoluto, pois Moisés já havia dito as mesmas coisas em Deu. 6:5 e Lev. 19:18. Cristo está apenas reiterando esses princípios que são a SÍNTESE (não o SUBSTITUTO) de toda a lei divina, o que se confirma com as palavras “destes dois mandamentos dependem TODA A LEI e os profetas” (Mat. 22:40). 


    28ª. – Quando Jesus disse, referindo-se aos fariseus, que perdiam de vista o mais importante da lei— justiça, a misericórdia e a fé (Mat. 23:23)—com isso Ele estava agregando tais virtudes à lei, ou já eram da lei, mas não percebidas por aqueles líderes religiosos de Israel?


    Obs.: Jesus Se dirigia a pessoas mal orientadas por seus líderes religiosos, daí que profere aquelas declarações—“ouvistes o que diziam os antigos . . . Eu, porém, vos digo. . .” (Mat. 5:21ss). Com isso Ele não está estabelecendo novas leis, e sim mostrando o aprofundamento do sentido da lei já existente nos seus aspectos morais, éticos, espirituais. Tanto que o patriarca Jó já sabia ser errado olhar cobiçosamente para uma mulher (Jó 31:1).


    29ª. – Com que autoridade moral um evangélico pode condenar o culto às imagens do católico, citando-lhe até o 2o. Mandamento do Decálogo, quando atropela e passa por cima do 4o. Mandamento (do sábado) desse mesmo Decálogo?


    Obs.: Só pelo Novo Testamento não há como condenar a prática de culto às imagens de SANTOS DA IGREJA, pois o conceito neotestamentário de ‘ídolo’ sempre se refere à reprodução de Deus ou de divindades pagãs, o que não corresponde à prática dos católicos.


    30ª. – Sendo que Paulo em Rom. 14:5 e 6 fala sobre dias a dedicar ao Senhor, e não a NÃO DEDICAR dia algum, por que há os que citam tal passagem para justificar o “dianenhumismo”, quando não se percebe ser essa a intenção do Apóstolo?


    Obs.: Ele está se referindo a certas datas especiais para jejum ou outras de caráter mais nacionalista, como a festa do Purim, que deixa opcionais aos cristãos de Roma, muitos de origem judaica.

     

    31ª. – Faria sentido tomar Rom. 14:5 e 6 e declarar: “Eu não dedico dia nenhum ao Senhor, e faço isso ‘para o Senhor’”?

    Obs.: O erudito presbiteriano Albert Barnes é que ironicamente faz esse comentário a respeito da atitude ilógica dos dianenhumistas, citando tal texto em defesa de sua postura.


    32ª. – Sendo que também há os que tomam Gál. 4:9-11 para justificar o “dianenhumismo”, não estão colocando Paulo em clara contradição, já que nessa passagem ele não abre mão de dia nenhum a se observar, enquanto em Rom. 14: e 6 ele ABRE MÃO?!


    Obs.: A chave para resolver isso está em observar os respectivos contextos. Em Gálatas Paulo fala dos que antes nem conheciam a Deus e se apegavam a “rudimentos fracos e pobres” (vs. 8, 9), linguagem que nunca utilizaria para o sábado, pois refere-se a coisas do paganismo de que se originaram os gentios ali. O erro de muitos é apanhar textos paulinos de discussões sobre problemas locais imaginando que se tornam regras universais, como os que ainda obrigam mulheres a cobrir a cabeça com véu, na igreja, e todos a praticarem o “ósculo santo”.


    33ª. – Como existiria um mandamento ‘opcional’, de observar ou não um dia ao Senhor, quando o próprio termo “mandamento” indica regra, norma, preceito, mandado, lei, implicando obrigatoriedade?

    Obs.: Se não é obrigatório, se tornaria uma ‘sugestão’, com o que se transforma o conceito de “dia do Senhor” em dia de cada um (ou, como praticamente é o que se dá com a maioria—um dia meio do Senhor, meio meu mesmo), segundo suas preferências ou conveniências (ou de seu empregador).


    34ª. – Se o dianenhumismo é que constitui a verdade bíblica, por que os cristãos dispensariam o que é cientificamente comprovado como benéfico à melhor saúde—um regime de seis dias de trabalho e um de descanso na semana, segundo o biorritmo ideal da vida humana?


    Obs.: Presbiterianos e batistas até reconhecem em seus documentos confessionais oficiais ser tal regime da LEI NATURAL.


    35ª. – Onde no tão explorado texto de Col. 2:14-16 Paulo diz que: a) os cristãos não mais observem o sábado; b) os cristãos agora acatem o domingo, em lugar do sábado; c) os cristãos prefiram o mais confortável dianenhumismo/diaqualquerismo/todiaísmo; d) os observadores do sábado não julguem os não-observadores?


    Obs.: A passagem fala é que os extremistas de Colossos (os tais do “não toques, não proves, não manuseies”—vs. 21) não se ponham a julgar os crentes locais com suas ideias particulares sobre observância de dias e o seu comer e beber. 


    36ª. – Por que as santas mulheres, que tão de perto serviam a Cristo, não entenderam Suas palavras e atos sobre o sábado no sentido de que agora Ele é o “descanso para as [n]ossas almas” (Mat. 11:28, 29), com isso cumprindo e abolindo o sábado para o cristão, já que elas, com a morte de Cristo, interromperam suas atividades na 6ª. feira à tarde e “no sábado descansaram segundo o mandamento” (Luc. 23:56)?


    Obs.: Confundir o descanso espiritual da salvação com o descanso físico e mental propiciado pela instituição do sábado nem honra a inteligência de quem levanta tal raciocínio, além do fato de ser da “lei natural” manter o regime de seis dias de trabalho e um de descanso (ver 34ª. pergunta).


    37ª. – Se o domingo substituiu o sábado por ação dos Apóstolos de Cristo, sob divina orientação, por que Lucas, Paulo e João, 30 e 60 anos depois da Ressurreição, ainda tratam o dia de domingo como mero “primeiro dia da semana”, sem atribuir-lhe qualquer titulo especial (Luc. 24:1 e João 20:1 e 19 e 1 Cor. 16:2)?


    Obs.: A essas alturas deveriam chamar o dia da Ressurreição com um titulo especial, como “dia do Senhor”, mas apenas o denominam “o primeiro dia da semana”, que no grego é mía twn sabbatwn, que se pode traduzir como “o primeiro desde o sábado”. Paulo também o faz em 1 Cor. 16:2 ao falar das coletas para os pobres de Jerusalém a serem realizadas “em casa” de cada crente, não na igreja.


    38ª. – Se Atos 20:7 prova que os cristãos haviam adotado o domingo como o “dia do Senhor” por ocorrer uma reunião de despedida de Paulo no “primeiro dia da semana” (que de fato se deu num “sábado à noite”—cf. vs. 8 e a Bíblia na Linguagem de Hoje), por que ainda dentro do mesmo primeiro dia da semana (que o seria até o próximo pôr de sol) Paulo cedinho saiu para uma longa viagem a pé até outra cidade, em vez de ficar com os crentes de Troas para a sua “Escola Dominical”, ou equivalente?


    Obs.: Em vez de tal passagem ser prova em favor do domingo, é um tremendo embaraço para os defensores de tal tese, pois demonstra que Paulo não tinha escrúpulos especiais para tal suposta observância dominical. Além do fato de que o relato de Atos (por Lucas) é de aproximadamente 30 anos depois da Ressurreição, e o dia ainda tratado como “o primeiro desde o sábado” (ver 37ª. pergunta). E Atos 2:46 revela que o “partir do pão” era apenas uma refeição comunal entre os cristãos primitivos, não uma “ceia do Senhor”.


    39ª. – Se em Hebreus 4 há um sentido de que o sábado é “sombra” abolida para quem encontrou o “descanso” da salvação, por que os heróis bíblicos alistados em Hebreus 11, que conheceram tal descanso espiritual, mesmo assim mantinham-se observando o sábado?


    Obs.: No seu comentário bíblico, os comentaristas batistas Jamieson, Fausset e Brown assim interpretam Heb. 4:9: “Este verso indiretamente estabelece a obrigação do descanso do sábado; pois o tipo prossegue até que o antitipo o supere: assim os sacrifícios legais prosseguiriam até que o grande Sacrifício antitípico os superasse. Igualmente o sábado de descanso antitípico do céu não se dará até que Cristo, nosso Evangelho . . . venha para nos introduzir nele, o sábado terreno típico deve prosseguir até então. Os judeus chamam o futuro descanso de ‘o tempo que é todo sábado’”. 


    40ª. – Por que os que alegam que o sábado é mera “sombra” de Cristo que dispensa a guarda de um sábado literal, fazem questão de aproveitar-se desse descanso semanal também, com o que se manteriam acatando a sombra, seja adotando o domingo, seja tirando um dia de descanso de trabalhos seculares ainda que não tão rigorosamente dentro do que estipula o preceito?


    Obs.: Para serem coerentes esses crentes deviam trabalhar, trabalhar, trabalhar, todos os sete dias, só parando à noite para descansar, para não ficarem na suposta sombra de um descanso semanal—um sábado conveniente mas que os compromete no que pregam.


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