Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno. Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado. (Rom. 7:7-25).
Paulo identifica a que LEI e a que MANDAMENTO está se referindo--a lei que traz o MANDAMENTO “não cobiçarás”. Que lei é essa mesmo?
E o que vem a ser a “lei da minha mente”? E onde é dito que a lei do pecado é a dos 10 Mandamentos, ou da Bíblia, quando diz claramente que é a lei DOS MEUS MEMBROS?
Citar as condenações à morte por violação da lei como se isso não significasse o Decálogo válido para nosso tempo é ignorar que AINDA PERMANECE CONDENAÇÃO À MORTE sob o Novo Concerto, sim senhor. . . Basta ler Rom. 6:23: “O salário do pecado É A MORTE”.
Pronto, está aí como se condenará os pecadores. Só que não é um juiz numa sociedade teocrática que ditará QUANDO tal morte se dará, e sim o Supremo Juiz, que no devido tempo aniquilará para sempre pecados e pecadores (Mal 4:1-3).
Nunca esquecendo a definição bíblica de pecado como “transgressão da lei” (1 João 3:4). De que lei? Os leitores de João entenderiam perfeitamente a que lei divina ele estava se referindo. Era aquela mesma a que Paulo fez menção ao recomendar aos cristãos de Éfeso “o primeiro mandamento com promessa”, que é o 5o. do Decálogo (Efé. 6:1-3).
Portanto, Paulo não deixou a questão da “lei de Deus” como algo vago, espiritual, indefinido. Ele faz menção direta a um preceito do Decálogo, pois a lei divina devia estar gravada nas tábuas do coração, e não permanecer apenas nas “tábuas de pedra” (2 Cor. 3:3).
Só que ao utilizar tal ilustração de tábuas de pedra/tábuas de carne ele nem de longe indica qualquer intenção de falar que nas tábuas de carne deve estar registrado somente 90% do conteúdo do que constava das tábuas de pedra. Ele claramente dá a entender que o total de seu conteúdo, 100%, ali deve estar registrado. Afinal, a promessa do Novo Concerto é de que Deus mesmo escreve as Suas leis nos corações e mentes dos que aceitam os termos desse Novo Concerto (Heb. 8:6-10) e JAMAIS é dito nesta que é a passagem mais importante da Bíblia a tratar de mudança de concertos, que quando Deus faz isso--registra Suas leis nesses corações e mentes--Ele
a) deixa de fora o preceito do sábado;
b) altera a regra do dia de repouso, transferindo a santidade do 7o., para o 1o. dia da semana;
c) deixa a regra do dia de repouso como um “domingão do crentão”, nele podendo-se comprar, vender, ver o esporte no estádio ou na TV;
OU
d) deixa a regra de dia de repouso como algo vago, voluntário, variável, segundo se ajuste aos interesses ou conveniências do crente (ou do seu empregador).
Última edição por Prof. Azenilto G. Brito em Seg 17 Nov 2014, 20:53, editado 1 vez(es)