por Norberto Sex 06 Nov 2015, 15:28
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Participação do Daniel Oliveira, sobre o tema, publicada em:
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ForumEvangelho/conversations/messages/30662
Porque vão se dobrar pra Jesus? Porque ele RECEBEU um nome....ora Deus recebe algo? Deus é enaltecido? Não, se Jesus fosse Deus já teria esse nome.
O uso da palavra "todos" não inclui o Pai, que tudo sujeitou a Jesus.
1 Coríntios 15:27, 28 diz: “Pois Deus ‘lhe sujeitou todas as coisas debaixo dos pés’. Mas, quando diz que ‘todas as coisas foram sujeitas’, é evidente que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.”
Em outras palavras, Paulo estava explicando que “todas as coisas” neste contexto significa “todas as outras coisas; não inclui “aquele que lhe sujeitou” tais coisas. Paulo disse que isso “é evidente”.
João 10,30: "Eu e o Pai somos Um" é explicado por João 17:20-22. O caso é união em propósito.
A respeito de João 10:30, João Calvino (que era trinitarista) disse no livro Commentary on the Gospel According to John (Comentário do Evangelho Segundo João): “Os antigos usaram mal essa passagem para provar que Cristo é . . . da mesma essência que o Pai. Pois Cristo não argumenta a respeito da unidade em substância, mas sim a respeito do estado de concordância dele com o Pai.”
João 1:1, 18 mostram apenas que Jesus tem o título "Deus" ou que é da mesma natureza que o Pai.
Assim como nos indica a palavra "FILHO", Jesus tem menos autoridade, conhecimento e tempo de vida que seu Pai Jeová.
"Deus Conosco" é apenas o significado de um nome, no caso de Emanuel. Não era incomum os nomes hebraicos incorporarem a palavra para Deus ou até mesmo uma forma abreviada do nome pessoal de Deus. Por exemplo, Eliata significa “Deus Veio”; Jeú significa “Jeová É Ele”. Mas, nenhum desses nomes insinuava que o possuidor fosse o próprio Deus. Eliú não era Deus simplesmente porque seu nome significa “Deus é ele”.
Sobre o "primeiro e o último". O contexto é que determina o significado do uso do referido símbolo e a identidade da pessoa ou do grupo aludido por tal símbolo. Por exemplo, tanto Jeová como Cristo são mencionados como sendo ‘o Primeiro e o Último’. (Isa. 44:6; Rev. 1:17)
Contudo, o contexto de Isaías diz respeito à Divindade de Jeová, pois o mesmo texto (Isa. 44:6) acrescenta: “Além de mim não há Deus.”
Por outro lado, o contexto de Revelação diz respeito à ressurreição de Jesus. (Rev. 1:18) Jesus foi “o Primeiro” humano a ser ressuscitado para a vida espiritual, imortal. (Col. 1:18) Além disso, ele é “o Último” ressuscitado assim pelo próprio Jeová. Os demais serão ressuscitados por meio de Jesus, conforme ele mesmo explicou: “Tenho as chaves da morte e do Hades.” – Rev. 1:18b.
Sobre se dobrar pra Jesus, assim como se dobra pra Jeová. É claro que quando se trata de Jeová é adoração, no caso de reis e mestres, é no sentido de homenagem. A palavra é a mesma, o que define seu significado é o contexto bíblico geral, que prova que Jesus não é O Deus.
Sobre Jesus "se fazer Deus". Nenhum desses textos mencionados realmente sugerem ideias trinitárias da parte dos judeus da época.
Jesus fazia afirmações a respeito de si mesmo e de sua autoridade que pareciam serem altas demais para homem ou profeta fazer. E demonstrava uma intimidade com Deus que parecia tomar muita liberdade ou demonstrar irreverência e desrespeito, mas não chegava ao ponto de se identificar como Jeová (YHWH). Ele disse que Deus era seu Pai, que era maior do que Abraão, que existia antes de Abraão, que era o Messias, que podia perdoar pecados, que estava em unidade com o Pai, que era o único caminho para o Pai, que podia dar vida, que ninguém poderia ter vida sem crer nele, que desceu do céu, que assim como o Pai trabalhava durante o Sétimo Dia da Criação, que viria sentado à destra do próprio Deus com um batalhão de anjos..... mas essas afirmações não são o mesmo que ser o próprio Jeová.
A questão com os Fariseus era que eles achavam que Jesus fazia algumas afirmações a respeito de si que eram impróprias, direitos que cabiam apenas a Deus e a ninguém mais, assim ele estava "se fazendo igual à Deus" por assumir algumas prerrogativas que cabiam apenas ao Senhor Deus, não por se afirmar ser a mesma pessoa ou o mesmo Deus que o Deus do Antigo Testamento.
E mesmo que fosse no sentido que os trinitários dão, de que Jesus se identificava como a pessoa de Deus, ainda assim era uma conclusão DELES, não de Jesus. Eram eles que concluíam que ele se "fazia Deus" da mesma forma que diziam que ele violava o sábado, o que não era verdade.
A resposta de Jesus em João 10:34-36 é magnífica quando ele afirma "Sou Filho de Deus".
Filho de humano é humano? Sim. Mas o filho humano não tem mesma autoridade, tempo de vida e sabedoria que seu Pai tem.
E irmão de humano é o que? humano também? Sim, a bíblia diz que Jesus tem irmãos. Mas os trinitarios dizem que Jesus é Deus. Sendo assim, devo concluir que irmão de Deus é Deus também?
Sobre as bíblias dizerem que Jesus foi adorado.
As traduções da Bíblia alternam entre adorar, reverenciar, suplicar, prestar homenagem, prostrar e etc na hora de traduzir o termo grego “proskyneo” conforme o entendimento do tradutor, e como quase todos tradutores são sempre trinitários escrevendo para leitores trinitários é normal que prefiram traduzir “proskyneo” como adorar quando se referem ao Pai e ao Filho mas troquem a tradução quando “proskyneo” é usada para reis e autoridades humanas.
Os tradutores trinitários fazem isso porque sabem que humanos não podem ser legitimamente adorados como deuses, mas apenas reverenciados como professores, mestres, amos, governadores e reis, então como acham que Jesus é Deus traduzem por adorar quando a palavra é referente a ele, mas o fazem apenas por que já pensavam que ele era Deus preconcebidamente.
Conclusão: Não se conclui que Jesus é Deus pelo fato de certas traduções da cristandade dizem que ele foi “adorado”, mas ao contrário, se mantêm até hoje a tradição de dizer que Jesus era “adorado” porque tanto os tradutores quanto os leitores de suas traduções acreditam que ele é Deus e que portanto não é conveniente mexer nisso, a tradição se perpetua por preconceito religioso.
Daniel Oliveira
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