Engraçado também é a questão de os unitaristas afirmarem assim:
Onde, nos evangelhos, Cristo tenha dito que era Deus ?
Aí vamos nós a pesquisar nos evangelhos; e notamos que, Jesus não disse nem mesmo diretamente que era o Filho de Deus, ou Rei de Israel, ou o Messias, ou Cordeiro de Deus, ou Sumo Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque...
Em suma: Jesus não proclamou-se a si mesmo nem uma vez sequer; os outros diziam Dele, até mesmo os inimigos; e quando diziam, mesmo os inimigos, Ele o respondia, como por exemplo, Caifás:
Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu. E o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas? (Mar. 14:61-63)
Pilatos:
"Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim? Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?" (Jo. 18:33-35)
Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (Jo. 18:37)
Ou seja: o Senhor tampouco disse diretamente nos evangelhos que era o Filho de Deus, o Rei de Israel, o Messias, etc...
mas outros o diziam Dele todas estas coisas, as quais são cridas pelos que também leem o evangelho, crendo!
Porém, requerem de Cristo, o ter dito que Ele era DEUS!
Quiça, para o poderem pegar numa palavra ou negar; ou até mesmo se escandalizarem...
E, como costume do Senhor em jamais se exaltar-se a si mesmo (Fil. 2:6-8 )
Outros o disseram dele; e Ele como sempre apenas e mais uma vez o confirmava.
Só que aquela declaração (de Tomé) não se dera quando Ele andava nesta terra como qualquer mero homem - durante a sua vida e ministério, não;a declaração de Tomé (que é na verdade, um escândalo para um judeu ou p/ qualquer outro) só pôde vir e veio a ocorrer, após VITÓRIA sobre a vida e sobre a morte; a vida na carne e a morte; hora apropriadíssima p/ o Senhor a ouvir.
Pois, não mais estava em carne e sangue, carne sujeita ao pecado; pois já houvera vencido não só a carne de pecado, mas o mundo, e a própria morte.
Então, alguém o disse; não porém um inimigo (como que O escarnecendo), mas um amigo e íntimo, um discípulo - após ter loucuras de insanidade, e duvidado, exclama aquilo se faltava se dizer (ao Senhor) e pro Senhor em seu ministério e evangelho - mas que seria um absurdo se o dissessem, quando na carne; e Tomé, após o Senhor já estar no seu Reino Imortal (a morte não mais tinha qualquer domínio sobre seu corpo, nem pecado nem nada mais); nem tampouco teria Ele de pagar tributo a César; sabendo que (todas as coisas correspondem conjuntamente para o bem dos que amam a Deus), o mesmo Tomé, chamado Dídimo, diz a Cristo esta maravilhosa "loucura" - parecidíssima à loucura da pregação; Tomé lhe diz:
Senhor meu e Deus meu!
E, mais uma vez - agora, na ressurreição - aquilo que faltava se dizer (e tinha mesmo que faltar) nos evangelhos, a saber: alguém por fé Lhe exclamar: meu Deus (porque meu Senhor, muitos lhe exclamaram) veio a se realizar (para que a pregação e a obra do evangelho não ficasse em matéria de informação em sua forma plena), esta tão vital prerrogativa quanto a também identidade do Mestre.
E ela se houve; e se deu; e a CREIO como sendo eu, o que o tinha duvidado, mas também agora o visto, e crido, é o meu Deus! Amém!
Última edição por Jefté em Sex 08 Ago 2014, 15:49, editado 1 vez(es)