David,
Não estou me fazendo claro, pois em suas palavras você dá a entender que eu tenho problemas de enfrentar a expressão “primeira ressurreição”. Deixa eu tentar deixar mais claro em tópicos:
Olá Devaney... Paz do Senhor Jesus
Eu confesso que gosto de Escatologia. É um assunto que trás, ao mesmo tempo, curiosidade e esperança aos verdadeiros discípulos do Senhor!
Irmão, eu não estou sugerindo que você “está se fazendo”. Para ser bem objetivo, o que quero dizer é que você quer, literalmente, remover o sentido da palavra “primeira”, que para você, não significaria de fato, “primeira”! Ou seja, embora João sendo conhecedor de todos os argumentos usados por você, e apesar disso, usar o termo “primeira”, o irmão quer sustentar que “não é bem assim”, pois o termo não significaria de fato, “primeiro”. Essa questão é importante para o pré-tribulacionismo, pois se a ressurreição registrada por João é a “primeira”,
não sobra espaço para uma ressurreição secreta!
Mas a grande questão disso tudo, é que se “primeiro” não significa de fato “primeiro”, não há dúvidas:
devemos defender uma só ressurreição para justos e injustos! Esse é o resultado principal de se anular o significado literal da palavra!
Também sendo coerente com a interpretação, o termo “mil anos” também deve ser entendido “espiritualmente”, ou simbolicamente, por um período de tempo que não necessariamente signifique “mil anos”.
1) Não estou querendo riscar a palavra “PRIMEIRA” de Apocalipse 20:4-6. Por mim, a expressão pode muito bem ficar ali, juntamente com a definição das pessoas a quem se aplica, a qual também não podemos riscar: os DEGOLADOS pela Palavra de Deus.
Em nenhum momento eu tento anular, ou fazer com que a palavra “degolados” tenha um sentido diferente da que ela, literalmente, possui. Mas o amigo, ao interpretar a palavra “primeira”, possui restrições ao sentido literal da palavra.
Com relação a passagem dos “degolados” eu procuro interpretá-la à luz de outros textos bíblicos, e por isso afirmo categoricamente, que não será apenas eles, “os degolados”, a ressuscitarem na “primeira ressurreição”.
2) Não estou querendo substituir a palavra “PRIMEIRA” por outra numeração. Assim como também não posso dizer que ela é a primeira em ordem de ocorrência, pois não é.
A coisa está confusa então. Ao afirmar que não pode dizer que ela “é a primeira em ordem de ocorrência”, o irmão quer dizer que João se equivocou ao usar a palavra “primeira”? Essa questão é importante, porque o termo primeira não deixa espaço para a “ressurreição secreta”.
3) Se não existe a expressão “Ressurreição Secreta” na Bíblia, também não existe a expressão “Primeira Ressurreição GERAL” .
É verdade, também não existe o termo “ressurreição geral”. Mas o irmão está completamente consciente dos argumentos que está a utilizar aqui? Parecem argumentos de quem não quer aceitar, o que está escrito, apenas por que não quer. Já disse anteriormente, e digo novamente, pois não afirmei de brincadeira: EU torço em você, irmão Devaney, nessa nossa troca de idéias. Mas argumentos assim, não me parecem sinceros. Parecem mais argumentos de alguém que quer, a todo custo, defender o seu lado, sem se importar que a verdade possa está de fato na outra linha de pensamento!
O termo “ressurreição secreta” não existe nas Escrituras, e penso que também não se pode “deduzi-la” em nenhum dos textos que encontramos nos Escritos Sagrados. Ela, de fato, parece ser secreta também as Escrituras. Mas o termo “ressurreição geral” embora não exista com essa disposição de palavras, é fácil de ser encontrada, ou deduzida!
Joa 5:29 -
E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.Quem faz a declaração acima, é o mesmo autor da revelação dada a Paulo e a João. É fácil perceber que o Senhor fala do mesmo assunto, Ele utiliza de “uma conversa só”, sobre o mesmo evento, e que os dois apóstolos citam mais tarde em seus registros.
Assim, com a informação dada pelo Senhor Jesus a João, em Apocalipse, sabe-se que existe um intervalo de mil anos, entre a “ressurreição da vida” e a “ressurreição da condenação”, registradas no texto acima.
O contexto de ser a primeira, no meu entendimento, é porque será a primeira pela qual o mundo saberá de forma incontestável que a ressurreição é um fato, pois verão as pessoas que eram de sua época, as pessoas que condenaram e mataram, voltar à vida.
Irmão, esse argumento parte de um entendimento “leitor para texto”, ou seja, ele não está no texto bíblico. Ele só é possível se o leitor tiver um pressuposto teológico em mente, ou seja, a sua própria teologia. Mas eu confesso que gostaria de ler, uma única passagem que fosse, que o irmão pudesse mostrar a nós, que defenda a “ressurreição secreta”.
4) Não preciso defender que a ressurreição de Jesus ou das testemunhas seja de caráter geral, porque ressurreição para a vida eterna é um FATO, é um EVENTO que tendo acontecido por uma só vez, já se configura que é a primeira vez. Como a Bíblia não usa a expressão “ressurreição GERAL” em lugar algum, não preciso defender essa tese ou o uso dessa expressão.
Eu já mostrei que, embora o termo “ressurreição geral” não se encontre nas Escrituras com essa disposição de palavras, é fácil encontrar textos que mostrem efetivamente a sua existência. Também é fácil apresentar que a “ressurreição dos mortos” apontam sempre para ela, para a “ressurreição geral”. EM contrapartida, não se consegue provar biblicamente que essa “ressurreição geral” ocorreu quando o Senhor Jesus ressuscitou, ou quando do momento das duas testemunhas. Razão pelo qual acreditamos que o termo “ressurreição dos mortos” se referem precisamente a “primeira ressurreição” registrada por João!
Veja bem, não estou a afirmar que o irmão insinuou que a ressurreição do Senhor ou das duas testemunhas sejam a ressurreição geral. O que quero deixar claro, é que todos esses eventos estão bem registrados, e não há como confundi-los. Que são acontecimentos que eram do conhecimento do escritor do Apocalipse, que mesmo assim, usou o termo “primeira ressurreição”. Mesmo se alguém pudesse provar que João não conhecia o evento “ressurreição do Senhor Jesus Cristo”, ou mesmo o evento da ressurreição das duas testemunhas, ainda assim, creio que teríamos bastante argumento para defender o a palavra “primeira” aplicada por João a ressurreição dos salvos, descrita em Apocalipse 20.
A primeira ressurreição, chamado primícias da ressurreição (leia-se PRIMEIRA), é o Senhor Jesus e ponto final: Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. 1 Coríntios 15:23
O Senhor Jesus é chamado também de “primogênito dentre os mortos”. Creio que esse termo é também aplicado para designar “aquele que primeiro ressuscitou”. Não há como negar que Ele foi o primeiro a ressuscitar, motivo pelo qual é a “primícia”. Se o Senhor não tivesse ressuscitado, pobre de nós, pois não teríamos esperança!
Mas não é a essa ressurreição que João se refere quando usa o termo “primeira ressurreição”. Creio que é inquestionável, que João tinha em mente que o Senhor foi a “primícia”. Mas ainda assim, não usou o termo “primeira ressurreição”, pois se referia a ressurreição geral dos salvos, não deixando dúvidas que é “bem aventurado e santo” que faz parte dessa ressurreição, que ele chama de “primeira”.
5) O uso de Daniel 12:2 – E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Repare que posso usar o mesmo argumento de uma boa hermenêutica e dizer que precisamos interpretá-la à luz da revelação dada pelo Senhor Jesus a João em Apocalipse. Por exemplo, na expressão acima não há nenhuma menção dos 1000 anos.
Vamos refletir nos textos:
Daniel 12:2 – E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.
João 5:29 - E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.
Apocalipse 20:6
Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.Lendo o contexto de Apocalipse 20, percebemos claramente que haverá um intervalo de 1000 anos entre a “ressurreição da vida” e a “ressurreição da condenação”.
Logicamente que se não houvesse o livro de Apocalipse, poder-se-ia defender uma única ressurreição para salvos e perdidos, num só momento. Pois apenas João, em seus escritos do Apocalipse, faz referencia ao intervalo de mil anos entre os dois eventos.
Pelo contrário, essa passagem dá a entender que a ressurreição acontece SIMULTANEAMENTE tanto para justos como perdidos ! Onde existe a menção do intervalo de 1000 anos nessa passagem?
As Escrituras é quem devem interpretar a si mesmo, irmão Devaney. Precisamos ser prudentes com essa questão, do contrário, poderemos interpretar erradamente o texto bíblico.
A menção aos 1000 anos é feito por João, em Apocalipse. Isso precisa ser levado em conta, há não ser que se adote uma linha completamente preterista ou simbólica para o último livro do Novo Testamento.
Assim como você pode dizer que a expressão acima encerra, por sua interpretação, um período entre elas, eu também digo que existe um período entre elas, mas que é também intercalado com a última semana de anos do mesmo profeta Daniel.
O irmão é dispensacionalista. Motivo pelo qual faz a clara divisão entre Israel e igreja de Jesus. Irmão, não existe “plano B” para a salvação! Tanto judeu como gentio, precisam do Senhor Jesus, e fora dEle não há salvador! A igreja é uma só, e existe um só pastor.
Nunca houve um salvo, na história do homem desde a queda, que não tenha sido remido por seus próprios méritos. Todos os salvos foram salvos em Cristo.
Sim, ela é deduzível, mas não está explicitamente com esse nome. Assim como a Doutrina da Trindade também não está explícita com esse nome, mas no entanto somos pregadores que Jesus é Deus – apesar da reclamação dos Unitaristas.
Eu confesso que não sou unitarista. Mas também confesso que sinto arrepio quando se fala em “trindade”. Para mim é de bom tamanho poder confessar que o Pai é Deus, é o Criador. Que Jesus, não é o Pai, é o filho de Deus. Ele falando, entre nós, é o mesmo que Deus o Pai, falando. Que o Espírito Santo é Deus, agindo entre nós... Isso para mim é suficiente! E creio que um dia terei mais profundidade para conhecer mais sobre essa questão.
Irmão Devaney, não existe uma única passagem que possa assegurar que as Escrituras defendem uma “vinda secreta” do Senhor Jesus. Algumas dessas passagens só podem ser assim entendidas, se o leitor possuir um pressuposto teológico em mente. Se não ocorrer isso, toda a interpretação dos textos sobre ressurreição apontará para a “ressurreição da vida” ou para “ressurreição da condenação”.
É bom que tenhamos em mente que é precisamente o “pressuposto teológico” que faz surgir as várias correntes que encontramos hj em dia. São eles que fazem surgir as famigeradas heresias, e que faz desviar muita gente do caminho, em questões que verdadeiramente importam.
No processo de interpretação das Escrituras a “ferramenta” mais importante deve ser o texto, e não o leitor. Devemos nos ater aquilo que está escrito, e não impor nossa própria teologia ao textom que não foi registrado para aquela finalidade que queremos dar.
Quanto ao fato de ter aparecido tanto tempo depois, o que podemos dizer do reavivamento do Pentecostes? Os textos de I Coríntios 12 sempre estiveram escritos, assim como o texto de I Tessalonicenses 4. No entanto, por séculos a fio, não se registraram cultos cristãos com os dons do Espírito Santo, e a partir do século XIX houve uma busca na Palavra, houve reavivamento em diversos locais do mundo, os dons voltaram para ficar no meio da Igreja ! Glória a Deus por isso!
EU creio nos dons. Mas não da forma como se encontra em muita igreja, hj em dia. E é por crer que são dádivas de Deus, que creio que eles sempre foram dados a um remanescente. Não creio que o Espírito Santo parou de agir, em alguma época da história da igreja do Senhor! Possivelmente não temos o registro, mas Ele atuou não apenas convencendo o homem do pecado da justiça e do juízo, mas atuou trazendo dons!
Penso que não podemos usar essa questão, para tentar defender o dispensacionalismo que é algo completamente recente.
Eu diria até mais... a mesma época que a Igreja de Filadélfia surgiu (você conhece o estudo escatológico das 7 Cartas e sabe que justamente nessa época é que a Igreja reavivada é a que mais recebe elogios da parte do Senhor!) é a época que muitos conceitos do cristianismo mais dedicado foram redescobertos, tais como as missões transculturais, a tradução em massa e distribuição das Bíblias, o surgimento de pregadores inesquecíveis e talvez insubstituíveis, porque hoje muitas igrejas importantes no mundo só existem por conta desses homens. Por que então eu deveria desprezar o legado da Igreja de Filadélfia para nosso tempo?
Eu adoto uma linha de interpretação preterista, para o contexto das sete igrejas, irmão. Ou seja, creio que existiram de fato essas sete igrejas, e que o Senhor enviou a elas, mensagens específicas! Entendo que “espiritualizar” e entender o contexto como histórico, em que cada igreja representaria uma época, na história da igreja do Senhor Jesus, é fugir do verdadeiro entendimento. Se o irmão quiser podemos trocar idéias sobre a historicidade de cada uma dessas igrejas! Até mesmo nos escritos dos chamados “pais da igreja”, existe registro de cada uma delas, mostrando-nos se tratar de igrejas reais, da época do apóstolos.
Diria mais ainda: será que os cristãos que leram Apocalipse 2:10 sabiam que a tribulação de DEZ DIAS corresponderia aos DEZ CESARES que perseguiriam implacavelmente os cristãos dali em diante, até chegar Constantino? Saberiam interpretar dessa forma, mesmo não estando claro ali?
Há quem diga que os crentes da época de João não entenderam nada, da mensagem que o Senhor, através de João enviava-lhes. Eu penso que se adotamos essa linha de entendimento, devemos crer que o Senhor falhou em trazer uma mensagem de animo aos seus discípulos da época. É por isso que prefiro acreditar que os destinatários compreenderam a mensagem que a eles, foi dada. O que acontece, irmão, é que nós hoje, quase 2 mil anos depois, queremos, muitas vezes, impor significados e valores, que o texto não se propõe a fazer.
O passar do tempo esclarece muitas coisas que foram escritas e não foram totalmente compreendidas ao tempo de sua redação.
Gosto da expressão humilde de Daniel em Dn 9:1,2 – No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus, no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
Reparou nisso? Daniel já era um octagenário, e nunca tinha visto antes nas Escrituras esse fato que, depois de revelado, ficou tão claro a ponto de levá-lo a rogar pelo perdão de Deus perto do final do cativeiro! Se ele entendeu somente depois dos oitenta anos a mensagem de Jeremias, isso quer dizer que ele não havia entendido antes a mensagem, mesmo estando registrada ali há mais de setenta anos !
Portanto, não me assusto se um assunto foi levantado no tempo da Igreja de Filadélfia sendo que podia ter sido entendido e divulgado há mais tempo.
Eu penso que é perigoso fazermos regras, em circunstancias que nos mostram, na verdade, exceções. É utilizando de metodologia semelhante a essa, irmão, que a doutrina da prosperidade é defendida com unhas e dentes: Ora Deus fez Salomão materialmente rico, então Ele fará rico todos aquele que se achegar a Jesus. Deus salvou os 3 na fornalha de fogo, então todo aquele que se arrepender dos seus pecados, e estiver condenado a pena de morte, será resgatado por Deus, e por aí vai...
Entretanto, confesso que não é certo também que devemos julgar o dispensacionalismo errado, apenas porque é recente. É verdade que a questão deve ser puramente bíblica. O ensinamento deve ser julgado pelas Escrituras!
6)Quanto ao uso da expressão “ressurreição do último dia”, vale perguntar: ÚLTIMO DIA DO QUE?
Último dia da humanidade? Não, pois a humanidade continua depois da ressurreição.
Último dia da existência do mundo tal como o conhecemos? Não pode ser, pois o último dia do mundo coincide com a segunda ressurreição, que é somente dos perdidos.
Último dia da grande tribulação? Não temos elementos para defender essa tese.
Último dia da permanência na morte? Talvez esse seja o termo mais apropriado, pois não pode ser último dia da Terra, nem último dia da semana de anos, nem último dia antes do Julgamento Final.
Mas, em sendo ÚLTIMO DIA ANTES DA RESSURREIÇÃO DOS SALVOS, nada impede que este último dia seja no Arrebatamento da Igreja, uma vez que a “primeira ressurreição” é somente das almas vistas em Apocalipse 6:9-11.
Diga-me como você interpreta esse último dia, como sendo último do que, e então poderemos conversar melhor.
O “último dia” referindo ao dia da ressurreição, parece claro se tratar da “primeira ressurreição”. Paulo frisou que os “últimos dias” seriam bastante difíceis.
2Ti 3:1 -
SABE, porém, isto : que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Penso que é muito mais prudente e confiável ligar a “ressurreição do último dia” aquela que João, revelado pelo Senhor Jesus, chama de “primeira ressureição”, do que criar-se um outro evento, distinto deste, e que não é claro as Escrituras, para relacionar um, ao outro!
Concordo TOTALMENTE com você que apenas em Apocalipse encontramos base para dizer que haverá duas ressurreições gerais. Por isso mesmo tenho que verificar que ressurreição é essa que Paulo cita em I Ts 4.
Logicamente que ele se refere a ressurreição registrada por João, em APocalipse 20. Paulo não criou nada da cabeça dele mesmo, mas recebeu a revelação da mesma pessoa que revelou Apocalipse a João: O autor da revelação é um só, Jesus Cristo. Além dessa "feliz coincidência" podemos ainda dizer que os “elementos” presentes nos dois registros são idênticos: a "última trombeta" é só um exemplo. Tudo isso nos permitem dizer, inequivocadamente, que se trata do mesmo evento. Irmão,
só percebe diferente quem tem um pressuposto teológico em mente. As passagens são muito claras: Falam de uma mesma ressurreição!
Se eu olhar apenas Dn 12:2, eu entendo que existe uma única ressurreição geral para salvos e perdidos, simultaneamente.
Se eu olhar apenas I Ts 4:16, 17, eu entendo que somente os salvos são ressuscitados e encontrarão com Jesus nos ares e ficarão para sempre com o Senhor. Os demais mortos nem sequer serão ressuscitados.
Irmão,
você não pode interpretar isoladamente! “
Os demais mortos nem sequer serão ressuscitados” porque só serão ressuscitados mil anos depois. O irmão precisa do registro de Apoicalipse para interpretar, ou então, descarte ele de vez, e interprete como os amilenistas. O que não pode, é descarta-lo apenas para defender seu pressuposto teológico.
É no Apocalipse de João que encontramos mais explicação para a questão de Daniel 12:2, e também o porque somente os salvos ressuscitam em 1 Tes 4:16-17. Tudo isso, sem nem mencionar os textos que o Próprio Messias falou, ensinando sobre a "ressurreição da vida"!
Não se esqueça que a Igreja não é composta somente de Gentios. Não se esqueça que Jesus veio primeiro para o povo Judeu, descendência de Abraão, e que nós, gentios, é que fomos ENXERTADOS no tronco original.
Eu penso que sou eu,
quem está defendendo que a igreja é composta de gentios e judeus, e por isso, a ressurreição de ambos se dará no mesmo momento! Imagino que é o irmão quem precisa defender que são diferentes, razão pelo qual, participarão de ressurreições diferentes!
Se o irmão reparar bem, a Palavra IGREJA aparece em 19 versículos em Apocalipse. Destes, 18 versos estão entre 1:1 e 3:22. Exatamente onde os pré-tribulacionistas dizem que termina a dispensação da Igreja e reinicia a última semana de anos de Daniel. Sabe onde está o último versículo onde aparece a palavra IGREJA ? Não aparece em local algum até o verso 22:16, depois que tudo já terminou e já está na conclusão do Livro.
O pré-tribulacionismo defende isso mesmo a que você se refere. O termo “igreja” aparece somente até o capítulo 3, mas depois não aparece mais. Então, de acordo com a linha dispensacionalista, se deve entender que ela foi arrebatada. Mas isso só pode ser adotado quando se considera que o contexto das sete igrejas não foram literais, mas simbólicos ou espirituais, e representam épocas distintas da igreja. Assim estaríamos vivendo, supostamente, a época da igreja de Laodiceia.
Irmão, as sete igrejas são históricas. Elas existiram de fato. Até o verso 3, foram dada a elas, mensagens específicas! No próprio texto não há nenhuma alusão a igreja sendo “secretamente arrebatada”.
Sabe quem que figura entre o capítulo 4 e Apocalipse 21? ISRAEL.
Mas não foi você mesmo quem disse que a igreja é formada de gentios e judeus? O irmão parece confuso. Irmão Devaney, eu creio que durante a grande tribulação haverá um agir de Deus, para a conversão de Israel como nação. Mas penso que não há qualquer menção de que eles serão salvos de uma “forma diferente”, como que por um “Plano B” para a salvação. Penso que as Escrituras são claras, de que nós estaremos aqui, durante todo o período de tribulação e presenciaremos esse agir do Senhor no meio judeu.
Para deixarmos mais claro, seria bom refletirmos um pouco sobre as setenta semanas de Daniel. OS dispensacionalistas gostam muito dessa passagem, e sugerem que ela se refere somente a Israel!
Nem mesmo as almas dos degolados são chamado ali como IGREJA.
Irmão, em palavras mais claras, é bom que tenhamos em mente que “igreja” são pessoas que verdadeiramente aceitaram o Messias Jesus Cristo, como único e suficiente Salvador. Nisso não tem judeu nem gentio! Nessa comunidade estão inseridos Elias, Moisés, David, assim como Abel, ou o Apóstolo Paulo! Não houve, nem nunca houve outros “Planos” para salvação do homem que não seja JESUS CRISTO, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! O único Plano “idealizado” foi o Cordeiro imolado da cruz do Calvário, para pagar pelos pecados de todo aquele que crer!
Irmão, como se deu a salvação antes de Cristo? Existe alguém salvo, que não seja através da morte do Senhor na cruz do Calvário?
Significa que eles não estavam no Corpo quando o Corpo estava na Terra, chamado de Igreja, e tiveram que pagar com a vida pelo testemunho de Jesus... e são chamados de “almas dos degolados” e não são denominados como Igreja, que perdura exatamente durante a Época dos Gentios e que se encerra no Arrebatamento.
O irmão já tem um pressuposto teologico em mente ee por isso precisa declarar que eles “não estavam no corpo
quando o corpo estava na terra”.
Essa divisão dentro da igreja, entre judeus e gentios não é percebida, ao menos nos escritos neo testamentário:
Gálatas 3:28
Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
Cl 3:11
Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos. Mas é justamente isso que quero ouvir de você. Qual é a base bíblica EM APOCALIPSE, que a Igreja está presente na primeira ressurreição? A Bíblia não menciona ninguém além dos degolados. Por que queremos inserir mais coisas além do que está relatado nesse momento?
Mas não sou eu quem quero inserir algo. Eu quero, como diz o apóstolo Paulo, mostrar-lhes que:
Cl 3:11
Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todosQuero mostra-lhes a a “igreja” do Senhor é formada de gentios e judeus, motivo pelo qual estão submetidos ao mesmo evento, a “primeira ressurreição”, mas o colega é quem diz que a “coisa não é bem assim”.
A base bíblica já foi mostrada. O apostolo Paulo fala claramente da ultima trombeta, assim como João. Mas a linha teológica que o irmão acredita precisa criar outra trombeta, mesmo Paulo tendo sido informado por revelação pela mesma pessoa que revelou o apocalipse a João. Penso que é o pré-tribulacionismo que o irmão acredita, quem precisa, não apenas inserir, mas também fazer divisão na igreja do Senhor, entre gentios e judeus, defendendo, inclusive, ressurreições diferentes. Isso parece está claramente contra tudo o que o apóstolo Paulo registrou, sobre a ressurreição dos mortos.
Eu vou usar do mesmo argumento que você usa acima e dizer que se não está escrito, não podemos afirmar que eles ali estejam. E você está certo, eu ficaria CALADINHO se ali mencionasse Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Arão ou pelo menos que citasse “Igreja”. Mas nada disso está ali. Ali aparece somente uma categoria: MÁRTIRES.
Irmão devaney, não podemos interpretar as passagens bíblicas isoladamente. Percebe que quer interpretar a passagem de Daniel, acerca da ressurreição isoladamente, a de Ts também, e agora também a de Apocalipse?
O que dá autoridade para afirmar que todos os salvos estarão ali, em Apocalipse 20, durante a “primeira ressurreição” é a afirmação não apenas de Paulo, de Daniel, mas também do Senhor Jesus Cristo, quando disse que uns “ressuscitarão para a vida eterna” e outros “para a vergonha eterna”. Penso que este é o método mais seguro, e mais prudente para interpretar as Escrituras, usando a própria Escritura. Não podemos interpretar as passagens isoladamente!
O texto cita somente estes. Eu é eu não posso dizer que existe mais gente ali porque senão João teria relatado. João relatou os que viu, e os que viu foram SOMENTE os mártires... e detalhe... reviveram DEPOIS que relatou a descida de Jesus, e o estabelecimento dos tronos na terra. Onde foi o “encontro nos ares” ? Por que nenhuma palavra a respeito da ressurreição ANTES da volta de Jesus, antes do Senhor tocar a Terra e gerar a mortandade do Armagedom?
Mais uma vez: Não podemos interpretar os versículos isoladamente! Mesmo no Apocalipse, onde a João foi revelado mais do que a qualquer outro, precisamos de outros textos, para termos uma noção mais geral dos acontecimentos! O que me deixa perplexo irmão, é a insistência pela literalidade em algumas questões, quando em outras, o irmão quer tanto se ver livre dela, como no caso da “primeira ressurreição”. A mim parece soar como uma interpretação incoerente pois parece ser tendenciosa. Parece aceitar a literalidade somente quando convem ao pressuposto teológico, mas rejeitar se for contrário.
Errado. Os do verso 4 estão bem definidos: os DEGOLADOS. E se Apocalipse 19 cita uma festa com uma esposa JÁ PRONTA no céu, antes da Vinda de Jesus, era porque estava pronta mesmo. E já ressuscitada. Nada mais faltava à esposa.
Se o irmão utiliza as passaagens isoladamente para tirar a mensagem bíblica, deve pensar assim mesmo. Mas se concorda comigo que a mensagem bíblica precisa estar em conformidade com os vários escritos, compreenderá que, nessa nossa questão, estarão presentes ali todos os salvos.
Pessoalmente não entendo como o colega defende a trindade, pois penso que essa não é visível em apenas uma única passagem isolada!
A revelação dada a Paulo, foi dada pela mesma pessoa que deu a revelação a João, o SENHOR JESUS CRISTO!
Suposição, mas sem condições de afirmar. A revelação nunca foi dada 100 % a somente uma pessoa na Bíblia !
Será que o irmão não percebe a superficialidade dos argumetnos que usa? Ora, não há dúvida:
Foi o Senhor Jesus quem revelou a Paulo sobre o que escreveu.
Foi o Senhor Jesus quem revelou a João sobre o que escreveu. Não me parece prudente acreditar que o Senhor esteve com “duas conversas”, uma com Paulo, e outra com João.
Paulo pode ter citado “última trombeta” por uma série de fatores, MENOS porque sabia de 7 trombetas. O texto de Apocalipse 1:1 é a prova final: a revelação foi notificada A JOÃO SEU SERVO. Era a primeira vez que alguém veria o final das coisas, daquela forma.
Os argumentos do irmão, ao menos a mim, são muito superficiais, e pode ser considerado apenas como uma opinião pessoal.
A questão que não se pode negar é: foi o Senhor quem revelou o que Paulo escreveu, e foi o mesmo Senhor que revelou a João. Paulo registrou que o Senhor voltaria após a "última trombeta", e João resumiu que o Senhor voltaria após a sétima trombeta. Creio que é só uma questão de interpretar as Escrituras com a própria Escrituras. Há não ser que se tenha um pressuposto teológico, que precise de uma orquestra sinfônica, é que irá alguem criar trombetas e cornetas de acordo com seu próprio interesse.
Depois continuo com algumas outras reflexões sobre o seu texto.
EM Cristo
David