Atendendo ao seu pedido...
“Gilcimar” escreveu:Valdomiro,
Este é o ponto comum entre os Unitaristas...
O que pergunto a você é sobre qual Ramo dentro do Unitarismo é o mais correto para que eu Adote como crença e quais pontos desastrosos os outros tem que atrapalha as vezes a aceitação do Unitarismo No Brasil como você diz na Postagem 3...?
Pois eu devo aceitar o Unitarismo que tem os pontos certos de acordo com as escrituras pois não posso aceitar um Unitarismo desastroso e dificultar a aceitação desta "verdade" aos outros....
E neste sentido que eu gostaria que você me mostrasse lá no Tópico apropriado......
Isso ajudaria aos outros Unitaristas com pontos desastrosos....
Caro Gilcimar, eu respondi, na parte que me toca, e você insistiu. Então, vai mais um esclarecimento!
Não existem ramos unitaristas, pois o unitarismo é a crença que Deus é um e este é o Pai. Todos que forem unitaristas acreditam nessa verdade simples. Não há, absolutamente, variação nisso.
Uma melhor análise, mostra que o que pode variar são crenças ASSESSÓRIAS em indivíduos ou grupos, mas isto não seria uma particularidade dos crentes unitarianos, não é verdade?
Você pergunta quais outros pontos desastrosos! Cito, por exemplo, a reencarnação pois os kardequianos são unitaristas, mas esse é um ponto desastroso para os cristãos bíblicos, mas não tem nada a ver com o unitarismo.
Assim, meu amigo, o UNITARISMO que você deve adotar é o ÚNICO possível. Aquele que diz que Deus é um e este UM é o Pai. Isso é unitarismo. O resto que vier a tua mente além disso é, por assim dizer, algo externo.
Vou dar um exemplo trinitário de uma questão assessória. Marcelo de Ancira, um bispo que participou do Concílio de Niceia. Se revelou um forte opositor do unitarismo. Ele, por exemplo, acreditava que Jesus era plenamente Deus, mas não era o mesmo que o Pai, e que o Espírito Santo era Deus também, portanto ele era trinitário no sentido comum conhecido a todos. O detalhe é que Marcelo acredita que a trindade só passou a existir quando Jesus nasceu. Quando a mônada, então, se dilatou, passou a ser uma díase e com o Consolador em triáde, mas um único Deus. Uma trindade. Para ele, depois do restabelecimento de todas as coisas a mônada reabsorveria os outros e voltaria a ser uno. Marcelo ficou, claro, do lado dos trinitários nos embates teológico contra os unitarianos, mesmo muitos trinitarianos não crendo como ele nas demais questões, mas eram igualmente trinitários. Marcelo chegou a ser acusado de sabelianismo por causa de suas colocações, mas era, apenas, uma pessoa que acreditava na existência de uma trindade temporária.
Quer outro? Você conhece Tertuliano? Acho que sim. Pois bem, ninguém pode dizer que ele não era um trinitário, mas ele próprio não cria que Jesus fosse eterno existencialmente. Nem mesmo cria que Jesus fosse Deus no mesmo grau que o Pai. Mas, cria que os três fossem o mesmo Deus e não a mesma pessoa.
Então, uma coisa é trinitarismo, outra unitarismo e os que adotaram esses conceitos podem variar nas coisas “periféricas”. Mas, já não será sobre trinitarismo e unitarismo. O que eu defendo hoje é o unitarismo (PONTO).
Paz seja contigo!
Valdomiro.