Gilcimar, você leu minha exposição 113?
Além disso já expus aqui e acredito assim, que Gen. 1:27 e Gen. 2:7 são momentos e acontecimentos distintos.
Em Gen. 1:27 a Escritura usa o verbo CRIAR ("bará" no hebraico - criar do nada). Já em Gen. 2:7 o verbo usado é FORMAR ("Yatsar" no hebraico - criar a partir de algo).
Isso faz diferença no entendimento da criação e "formação" do homem como ser.
Resumindo: Em Gen. 1:27 o homem era apenas uma alma, uma teofania, um corpo teofânico como nos ensinou o apóstolo Paulo em II Cor. 5:1. Essa alma é imortal quando nascida de novo e mortal se não nascida de novo.
A alma foi criada imortal pelo Deus imortal. Porem, em razão do pecado, a alma recebeu sentença de morte e ficou sujeito à morte.
O calvário resgatou a nossa imortalidade, no entanto, o corpo físico ainda está sujeito à morte até que a ressurreição conclui o resgate total e absoluto.
"E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória." (I Cor. 15:54).
Sabemos que esse revestimento do corpo corruptível pela incorruptibilidade da imortalidade resgatada por Jesus ainda virá, porem potencialmente já o temos pela fé nas Escrituras.
Por isso o apóstolo Paulo desafiava a morte assim:
"Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo."
(I Cor. 15:55-56).
Ele "morreu". Seu corpo voltou ao pó e virou pó novamente porque sua origem é a terra - a amaldiçoada terra (Gen. 3:17). Por isso nosso corpo morre. Ele é terra. Até que a terra seja restaurada, purificada e revestida da incorruptibilidade do Eterno, ela e aquilo que é formado a partir dela, morre.
No entanto, aquela fé, aquela convicção, aquela esperança, que Paulo tinha e distribuía para a Igreja continua viva, nele, hoje vivendo naquele edifício, naquela casa, não feita por mãos, eterna, nos céus.
Isso é tão real quanto este teclado que estou vendo e tocando agora.
João viu um grupo de judeus "mortos" ali em Apoc. 6:9-10.
Eram almas conscientes, que morreram sob a lei, por isso reclamavam e exigiam vingança.
Eles não viveram a Graça trazida por Jesus "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".
Eles não receberam isso. Mesmo depois do Calvário muitos deles mantiveram seus olhos cegados pelo próprio Deus, para que nós gentios, tivéssemos acesso àquilo que era deles.
Veja a reação de Estevam que morreu sob a Graça: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (At. 7:60)
Eu sei que dizem que João teve apenas uma visão, um êxtase, ou algo assim.
Da mesma forma dizem que em Mat. 17, de igual forma, tiveram apenas uma visão, um êxtase, um sonho, ou algo assim.
Sei também que a experiência de Saul na casa da pitonisa foi apenas uma sessão espírita onde demônios se manifestaram.
abs.