Maicon escreveu:Respondendo a mensagem 115 do Edison. Apelar pra parábola do rico e do Lázaro é complicado para se tentar provar uma comunicação do ""espírito"", pois literalizar essa parábola trás problemas seríssimos. Primeiro teria que admitir-se que há uma proximidade entre ambos, céu e inferno, que pelo menos visualmente não é intransponível, já que no suposto pós-morte, residentes de um lado podiam ver o sofrimeto ou a bonança do outro lado. Então contemplar-se do céu o sofrimento mesmo sem participar dele, também é um tipo de sofrimento, há sofrimento no céu ? Pois nem que seja psicológico haveria baseando-se nessa parábola. Sem contar que nem consigo descrever em suposição qual seria a questão psicológica no inferno, com seus residentes vendo a bonança do céu. Em segundo lugar como disse Alberto R. Timm: "Teríamos de acreditar também na vida após a morte, enquanto o corpo jaz na sepultura, continua existindo de forma consciente uma espécie de alma espiritual que possui “olhos”, “dedo” e “língua”, e que inclusive pode sentir sede (versos 23 e 24 da parábola)." George E. Ladd, por exemplo, "diz que essa história era provavelmente “uma parábola de uso corrente no pensamento judaico e não tenciona ensinar coisa alguma acerca do estado dos mortos”. (O Novo Dicionário da Bíblia [São Paulo: Vida Nova, 1962], vol. 1, p. 512). Sendo esse o caso, temos que procurar entender qual o verdadeiro propósito da parábola."
Em todas as parábolas de Jesus, Ele sempre usou elementos reais da nossa dimensão e da dimensão espiritual relatados ao longo da Bíblia.
Em momento algum diz que o Lázaro contemplava o tormento do rico. Quem contemplava a condição do rico no inferno era o Abraão que na parábola representava Deus.
A distância ou a separação entre inferno e céu está estabelecida na sintonização das dimensões. Concordo plenamente que quem está na sexta dimensão (lugar onde estava o Lázaro), que é um lugar de gozo, de perfeição, se tiver meio de contemplar o tormento da quinta dimensão, realmente essa sexta dimensão não é um céu de paz.
Já o pessoal da quinta dimensão contemplar o ambiente e a atmosfera da sexta dimensão, conforme diz a parábola, é um elemento a mais para a composição do tormento daquele lugar.
Então o verdadeiro propósito da parábola é o que eu vou tentar explicar. Toda a sequência de parábolas de Jesus ali foi para divergir do conceito preconceituoso dos fariseus contra os marginalizados da época. Falar de um rico condenado e de um mendigo salvo foi um tapa na cara dos fariseus, pois Jesus mostrou que status material não interfere em nada em relação a recompensa futura. Os escribas e fariseus que se julgam mais espirituais e dignos do que os outros podem ser os mais desgraçados no porvir. Outro ponto que Jesus mostrou, é que salvação e condenação se adquiri aqui, nessa terra, nessa vida e não pode essa situação ser mudada em nenhuma hipótese ainda que fosse possível Abraão interceder.
OK concordo.
Alberto R. Timm dirá novamente: "A referência à impossibilidade de Abraão salvar o homem rico do seu castigo reprova o orgulho étnico dos fariseus, que se consideravam merecedores da salvação por serem descendentes de Abraão (ver Lc 3:8; 13:28; Jo 8:39 e 40, 52-59). Mesmo não tencionando esclarecer o estado do homem na morte, esta parábola declara, em harmonia com o restante das Escrituras, que os mortos só podem voltar a se comunicar com os vivos através da ressurrreição (Lc 16:31). E, se analisarmos mais detidamente o que “Moisés e os profetas” têm a nos dizer sobre o estado na morte, perceberemos que os mortos permanecem inconscientes na sepultura até o dia da ressurreição final (ver Jó 14:10-12; Sl 6:4-5; Ec 9:5, 10; Jo 5:28 e 29; 11:1-44; I Co 15:16-18; I Ts 4:13-15)."
O próprio Moisés proibiu consultar espíritos dos mortos (Deut. 18:9-14).
Uma pergunta que apela para a lógica: Por que proibir consultar espíritos de pessoas mortas se isso não existe ou se for impossível?
E a prática é claramente considerada abominável, exatamente porque é possível.
Aí você foi para o caso de Samuel, só que pelo relato, está mais para Saul ter sido enganado pela pitonisa. "Ao que o rei lhe disse: Não temas; que é que vês? Então a mulher respondeu a Saul: Vejo deuses que vem subindo de dentro da terra."
Na linguagem antiga da Bíblia aqueles a quem vinha a Palavra do Senhor eram chamados deuses (Jo 10:34-35).
1 Samuel 28:13
Uma entidade se manifestou como se fosse Samuel para tentar enganar Saul, aliás foram mais de uma ali já que a palavra Elohim do hebraico é plural, e uma das tais tentou se fazer de Samuel para ludibriar Saul.
Essa é uma interpretação clássica dos evangélicos.
Não é o que está escrito.
A Bíblia afirma categoricamente que era Saul.
Se não o foi, então satanás enganou a Deus o inspirador da Bíblia, enganou a Natã e Gade autores do Livro de Samuel e por último enganou a Saul.
Se Deus tinha cortado comunicação com Saul, inclusive por profetas, como ele iria permitir que Samuel retornasse ( se caso fosse possível ) para falar com o rei Saul ? “E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas” (cf. 1 Samuel 28:6). Nem imortalistas sérios se apegam nessa passagem "espírita". Então Deus permitiria que supostamente Samuel, um profeta seu fosse invocado por uma prática que ele sempre condenou em todo o Tanakh ? Isso é lógicamente contraditório. E Samuel se caso fosse possível a comunicação atenderia ao chamado da feiticeira ? Samuel compactuaria com uma prática condenável ? Tem tantas contrariedades nessa passagem que até evito continuar, pois além do que eu já disse, a profecia do pseudo Samuel tem várias mentiras que não vou detalhar aqui no momento.
Então deixa eu te contar algo que você talvez não saiba.
Depois da queda no Edem, satanás passou a ter domínio sobre as almas dos santos que os mantinha em cativeiro. O dito Paraíso passou a estar sob a jurisdição de satanás.
A palavra cativeiro dentre os variados significados, quer dizer também: " Privação da liberdade
sem obrigação de servidão". [www.priberam.pt].
Ali eles estavam retidos na dependência de um libertador, de um Redentor, de um Remidor, de Um que pagasse o preço do seu resgate.
Então um dia veio esse grande Libertador veio. Jesus, durante a sexta-feira e o domingo de manhã, enquanto seu corpo estava inerte no sepulcro, desceu em espírito ao inferno, às partes baixas da terra e reconquistou as chaves da morte e do inferno que, desde o Edem, estava em poder de satanás.
"Por isso diz:Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro,e deu dons aos homens.
Ora, istoele subiuque é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?
Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas" (Efésios 4:8-10).
"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;
No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;
Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;" (1 Pedro 3:18-20).
"E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;
E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
E, saindo dos sepulcros,
depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos" (Mateus 27:50-53).
Essa façanha da pitonisa somente foi possível até ao Calvário. Depois do Calvário esses santos, patriarcas e profetas foram resgatados e o Paraíso foi levado para onde deveria estar desde antes da fundação do mundo.
Depois do Calvário as pitonisas não encontram mais no inferno esses salvos sob a jurisdição de satanás, que é o grande líder de quem pratica essas consultas mediúnicas.
Então não há nada de errado na afirmação bíblica em dizer que era Samuel.
Sobre a passagem de Apocalipse que você colocou 4:2, isso é uma maneira de expressão para visões e estado de êxtase. O relato quis dizer que o personagem estava sob controle do sobrenatural. "Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém." (Ap 4:2 ). E mais: "Num domingo, fui arrebatado em ÊXTASE, e ouvi, por trás de mim, voz forte como de trombeta,
que dizia: O que VÊS, escreve-o num livro e manda-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.
Voltei-me para saber que voz falava comigo. Tendo-me voltado, VI sete candelabros de ouro
Apocalipse 1:10-12
O que João teve foram grandes revelações de experiências visionárias, não que um suposto espírito imaterial saiu do corpo para se comunicar, isso é absurdo.
Até o capítulo 1, 2 e 3 fica claro que ele estava ali na ilha quando lhe sobreveio as visões e foi escrevendo o que via e ouvia. Porem num determinado momento que pode ser dias, meses ou anos depois das primeiras visões, lhe sobreveio uma outra visão.......Ele ficou ali preso durante vários anos.
"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.
E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono" (Apocalipse 4:1,2).
A partir de então ele passa a relatar o que via e ouvia lá "no céu". Ele diz que foi arrebatado em espírito. Ele tinha esses arrebatamentos, voltava à consciência natural e escrevia.
O apóstolo Paulo considerava a possibilidade de ter ido ao "terceiro céu" fora do corpo (II Cor. 12:1-5). Se fosse algo impossível, como é que esse grande apóstolo a quem Jesus reservou para revelar o Seu Evangelho, iria escrever que possivelmente teria ido ao céu fora do corpo?
William Branham conta em vários de seus sermões a experiência de ter ido fora do corpo na região dos salvos (6a dimensão). No seu caso porem ele tinha certeza que tinha ido fora do corpo porque de onde ele estava, também via seu corpo deitado em sua cama ao lado da sua esposa. E entre ir e voltar é como trocar o canal da televisão.
Ele também conta a experiência de ter estado no inferno quando aos 14 anos esteve em coma num hospital e ali naquele lugar de tormento viu pessoas. Uns quarenta anos depois, enquanto aguardava sua esposa que foi comprar roupinhas para bebes num shopping, num determinado momento ouviu duas mulheres conversando descendo as escadas rolantes. Voltou-se para ver quem eram e se lembrou na hora; Eram as mesmas pessoas que a quarenta anos atrás tinha visto lá no inferno. Estavam com as mesmas roupas e inclusive tinham os olhos pintados exatamente como na visão.
Então............