Olá irmão Valdomiro....a paz.
Primeiro gostaria de pedir desculpas pelo tempo decorrido; mais de um mês desde tua última postagem sequente a que fiz.
Imagina irmão....não há do que se desculpar.
Antes de prosseguir gostaria de frisar que quando mostrei os versos onde as pessoas falam de Cristo como o Filho de Deus ou o contrário, a ideia era mostrar que ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus (quando muito só aqueles que o queriam incriminar – em uma ocorrência).
Veja: Jo. 11.27, 28 “Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.” Depois de reconhecer Jesus como Cristo e Filho de Deus, Marta diz para Maria “O Mestre”, ou seja, ela não entendia “Filho de Deus”, considerando a realidade da morte do irmão, como Deus ou sinônimo da participação na natureza. O anunciou a sua irmã como “o Mestre”. Isso (da associar Filho de Deus a natureza da Deidade) parece ser pensamento que ainda retemos daquilo que se aprende sobre Jesus na atualidade. O próprio centurião, ante a morte de Jesus, diz: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus” (Mt. 27.54). Ou seja, judeus e pagãos não viam a expressão “Filho de Deus” como algo que condicionasse a transmissão da natureza.
O que você disse acima seria perfeito se os textos que referissem ao filho de Deus tivesse somente este teor...
É importante notar Valdomiro, que nem Marta, e penso eu, nem os discípulos tinham a exata noção de quem realmente era Jesus.
Reflitamos no seguinte: se Jesus, ao invés de dizer somente: sou o Filho de Deus. dissesse:"sou o Filho de Maria, mas não de José, pois minha concepção ocorreu, quando o Espírito Santo desceu sobre minha Mãe, e a sombra do Altíssimo, meu Pai, a cobriu, e além disso, eu já existia muito antes de vir a terra". Se ele dissesse desta forma, você acha que Marta diria referindo-se a ele somente: "O Mestre"? Eu realmente penso que não...
O que quero dizer com isso irmão, é que boa parte dos que andavam com Jesus, ou talvez todos, não sabiam da "missa a metade". E o irmão forma o caso usando só a parte que eles sabiam, por isso, o você dizer: ..."a ideia era mostrar que ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus (quando muito só aqueles que o queriam incriminar – em uma ocorrência)."...Ou seja, judeus e pagãos não viam a expressão “Filho de Deus” como algo que condicionasse a transmissão da natureza. Ok, você tem razão em dizer que judeus e pagãos não viam desta forma, mas não viam pois não sabiam detalhes importantes do detentor desta expressão...bem creio, se ao menos soubessem da preexistência de Cristo com clareza, digo, se de fato soubessem que aquele ser que ali estava era já um ser que antes estava no céu, possivelmente a conotação da expressão ganharia significados bem mais profundos para aqueles judeus e pagãos, pois, imagine, isto não seria um pormenor, e juntado a expressão: "filho de Deus", provavelmente geraria reações diferentes nos ouvintes se fossem tomadas da forma que de fato é... Veja este exemplo:
Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
João 10:33
Jesus era homem, isto não podemos negar, mas Jesus, dava declarações não comum a um homem que nasceu de Pai e mãe como todos os outros, por isso a blasfêmia, os judeus não tinham noção de que quem dizia "ser o filho de Deus", não tinha um pai humano, e muito menos passava pela cabeça deles, ou melhor, era impossível conceber a informação de que aquele que dizia "ser filho de Deus", existia antes de todos eles, antes de Abraão, antes mesmo de Adão... Só que Jesus não parou e explicou. E é este que perfaz o todo da questão, é com este background que Jesus se manifesta com estas expressões, e é a partir do ponto de vista de quem diz, que temos que entender as expressões, não a partir do ponto de vista de quem ouve....
Pois bem, como um exemplo, de que o todo desta questão, é que deva ser considerado para nossas interpretações, eu citarei um exemplo de um que não andou com Jesus, mas que sabia mais dele, do filho de Deus, do que Marta, ou mais do que os discípulos quando estavam com ele. Note o que você disse: "ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus"
Mas note agora o que disse Isaias, que não andou com Jesus, mas tinha mais informações do que Marta.
Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
Isaías 7:14
E um pouco mais adiante, ele vem, e diz deste filho que a virgem concebeu:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 9:16
Note que Isaias tinha informações privilegiadas deste filho, e ele "o viu como Deus".
E os discípulos que andavam com ele, que bem provavelmente, no momento em que andavam com ele, não pensavam se tratar "de fato" do filho Deus, depois que ele morreu e ressuscitou, esses discípulos se reuniram, trocaram informações, reexaminaram as escrituras, e aí sim, só aí, começaram a saber a "missa completa". E a partir dai amigo, os evangelhos, atos, as epístolas, que estes mesmos discípulos escreveram, trazem informações das do tipo que Isaias tinha, que são as que temos hoje.... E quais são essas informações:
Como ele foi concebido:
E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado filho de Deus.
Lucas 1:35
Que o filho de Deus já existia:
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai."
João 1:14
E que já tinha glória com o Pai dele.
E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. João 17:5
E vemos como ele subsistia.
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
Filipenses 2:6-7 (sobre este, falaremos melhor mais oportunamente)
Vemos com os textos acima que o conhecimento daqueles que andavam com ele, em relação a quem ele era, já é consideravelmente diferente...não estou tão certo, que com este conhecimento, Marta diria somente em relação ao filho de Deus: "mestre".
Uma vez que Cristo foi semelhante a nós em todas as coisas e nenhum de nós é Deus, é certo que Ele não veio à Terra em carne retendo a sua divindade. Por isso creio que toda a questão só será bem analisada, quando a pré e a pós existência de Cristo for também contemplada.
Por enquanto, pois já me estendi mais do que costumo, é isso.
A graça e a paz, admirado irmão.
Primeiro gostaria de pedir desculpas pelo tempo decorrido; mais de um mês desde tua última postagem sequente a que fiz.
Imagina irmão....não há do que se desculpar.
Antes de prosseguir gostaria de frisar que quando mostrei os versos onde as pessoas falam de Cristo como o Filho de Deus ou o contrário, a ideia era mostrar que ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus (quando muito só aqueles que o queriam incriminar – em uma ocorrência).
Veja: Jo. 11.27, 28 “Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.” Depois de reconhecer Jesus como Cristo e Filho de Deus, Marta diz para Maria “O Mestre”, ou seja, ela não entendia “Filho de Deus”, considerando a realidade da morte do irmão, como Deus ou sinônimo da participação na natureza. O anunciou a sua irmã como “o Mestre”. Isso (da associar Filho de Deus a natureza da Deidade) parece ser pensamento que ainda retemos daquilo que se aprende sobre Jesus na atualidade. O próprio centurião, ante a morte de Jesus, diz: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus” (Mt. 27.54). Ou seja, judeus e pagãos não viam a expressão “Filho de Deus” como algo que condicionasse a transmissão da natureza.
O que você disse acima seria perfeito se os textos que referissem ao filho de Deus tivesse somente este teor...
É importante notar Valdomiro, que nem Marta, e penso eu, nem os discípulos tinham a exata noção de quem realmente era Jesus.
Reflitamos no seguinte: se Jesus, ao invés de dizer somente: sou o Filho de Deus. dissesse:"sou o Filho de Maria, mas não de José, pois minha concepção ocorreu, quando o Espírito Santo desceu sobre minha Mãe, e a sombra do Altíssimo, meu Pai, a cobriu, e além disso, eu já existia muito antes de vir a terra". Se ele dissesse desta forma, você acha que Marta diria referindo-se a ele somente: "O Mestre"? Eu realmente penso que não...
O que quero dizer com isso irmão, é que boa parte dos que andavam com Jesus, ou talvez todos, não sabiam da "missa a metade". E o irmão forma o caso usando só a parte que eles sabiam, por isso, o você dizer: ..."a ideia era mostrar que ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus (quando muito só aqueles que o queriam incriminar – em uma ocorrência)."...Ou seja, judeus e pagãos não viam a expressão “Filho de Deus” como algo que condicionasse a transmissão da natureza. Ok, você tem razão em dizer que judeus e pagãos não viam desta forma, mas não viam pois não sabiam detalhes importantes do detentor desta expressão...bem creio, se ao menos soubessem da preexistência de Cristo com clareza, digo, se de fato soubessem que aquele ser que ali estava era já um ser que antes estava no céu, possivelmente a conotação da expressão ganharia significados bem mais profundos para aqueles judeus e pagãos, pois, imagine, isto não seria um pormenor, e juntado a expressão: "filho de Deus", provavelmente geraria reações diferentes nos ouvintes se fossem tomadas da forma que de fato é... Veja este exemplo:
Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
João 10:33
Jesus era homem, isto não podemos negar, mas Jesus, dava declarações não comum a um homem que nasceu de Pai e mãe como todos os outros, por isso a blasfêmia, os judeus não tinham noção de que quem dizia "ser o filho de Deus", não tinha um pai humano, e muito menos passava pela cabeça deles, ou melhor, era impossível conceber a informação de que aquele que dizia "ser filho de Deus", existia antes de todos eles, antes de Abraão, antes mesmo de Adão... Só que Jesus não parou e explicou. E é este que perfaz o todo da questão, é com este background que Jesus se manifesta com estas expressões, e é a partir do ponto de vista de quem diz, que temos que entender as expressões, não a partir do ponto de vista de quem ouve....
Pois bem, como um exemplo, de que o todo desta questão, é que deva ser considerado para nossas interpretações, eu citarei um exemplo de um que não andou com Jesus, mas que sabia mais dele, do filho de Deus, do que Marta, ou mais do que os discípulos quando estavam com ele. Note o que você disse: "ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus"
Mas note agora o que disse Isaias, que não andou com Jesus, mas tinha mais informações do que Marta.
Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
Isaías 7:14
E um pouco mais adiante, ele vem, e diz deste filho que a virgem concebeu:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 9:16
Note que Isaias tinha informações privilegiadas deste filho, e ele "o viu como Deus".
E os discípulos que andavam com ele, que bem provavelmente, no momento em que andavam com ele, não pensavam se tratar "de fato" do filho Deus, depois que ele morreu e ressuscitou, esses discípulos se reuniram, trocaram informações, reexaminaram as escrituras, e aí sim, só aí, começaram a saber a "missa completa". E a partir dai amigo, os evangelhos, atos, as epístolas, que estes mesmos discípulos escreveram, trazem informações das do tipo que Isaias tinha, que são as que temos hoje.... E quais são essas informações:
Como ele foi concebido:
E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado filho de Deus.
Lucas 1:35
Que o filho de Deus já existia:
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai."
João 1:14
E que já tinha glória com o Pai dele.
E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. João 17:5
E vemos como ele subsistia.
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
Filipenses 2:6-7 (sobre este, falaremos melhor mais oportunamente)
Vemos com os textos acima que o conhecimento daqueles que andavam com ele, em relação a quem ele era, já é consideravelmente diferente...não estou tão certo, que com este conhecimento, Marta diria somente em relação ao filho de Deus: "mestre".
Uma vez que Cristo foi semelhante a nós em todas as coisas e nenhum de nós é Deus, é certo que Ele não veio à Terra em carne retendo a sua divindade. Por isso creio que toda a questão só será bem analisada, quando a pré e a pós existência de Cristo for também contemplada.
Por enquanto, pois já me estendi mais do que costumo, é isso.
A graça e a paz, admirado irmão.