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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?


    Clayton Lima
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Clayton Lima Dom 22 Dez 2013, 10:10

    Olá irmão Valdomiro....a paz.

    Primeiro gostaria de pedir desculpas pelo tempo decorrido; mais de um mês desde tua última postagem sequente a que fiz.

    Imagina irmão....não há do que se desculpar.

    Antes de prosseguir gostaria de frisar que quando mostrei os versos onde as pessoas falam de Cristo como o Filho de Deus ou o contrário, a ideia era mostrar que ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus (quando muito só aqueles que o queriam incriminar – em uma ocorrência).

    Veja: Jo. 11.27, 28 “Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.” Depois de reconhecer Jesus como Cristo e Filho de Deus, Marta diz para Maria “O Mestre”, ou seja, ela não entendia “Filho de Deus”, considerando a realidade da morte do irmão, como Deus ou sinônimo da participação na natureza. O anunciou a sua irmã como “o Mestre”. Isso (da associar Filho de Deus a natureza da Deidade) parece ser pensamento que ainda retemos daquilo que se aprende sobre Jesus na atualidade. O próprio centurião, ante a morte de Jesus, diz: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus” (Mt. 27.54). Ou seja, judeus e pagãos não viam a expressão “Filho de Deus” como algo que condicionasse a transmissão da natureza.

    O que você disse acima seria perfeito se os textos que referissem ao filho de Deus tivesse somente este teor...

    É importante notar Valdomiro, que nem Marta, e penso eu, nem os discípulos tinham a exata noção de quem realmente era Jesus.

    Reflitamos no seguinte: se Jesus, ao invés de dizer somente: sou o Filho de Deus. dissesse:"sou o Filho de Maria, mas não de José, pois minha concepção ocorreu, quando o Espírito Santo desceu sobre minha Mãe, e a sombra do Altíssimo, meu Pai, a cobriu, e além disso, eu já existia muito antes de vir a terra". Se ele dissesse desta forma, você acha que Marta diria referindo-se a ele somente: "O Mestre"?  Eu realmente penso que não...

    O que quero dizer com isso irmão, é que boa parte dos que andavam com Jesus, ou talvez todos, não sabiam da "missa a metade". E o irmão forma o caso usando só a parte que eles sabiam, por isso, o você dizer: ..."a ideia era mostrar que ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus (quando muito só aqueles que o queriam incriminar – em uma ocorrência)."...Ou seja, judeus e pagãos não viam a expressão “Filho de Deus” como algo que condicionasse a transmissão da natureza. Ok, você tem razão em dizer que judeus e pagãos não viam desta forma, mas não viam pois não sabiam detalhes importantes do detentor desta expressão...bem creio, se ao menos soubessem da preexistência de Cristo com clareza, digo, se de fato soubessem que aquele ser que ali estava era já um ser que antes estava no céu, possivelmente a conotação da expressão ganharia significados bem mais profundos para aqueles judeus e pagãos, pois, imagine, isto não seria um pormenor, e juntado a expressão: "filho de Deus", provavelmente geraria reações diferentes nos ouvintes se fossem tomadas da forma que de fato é... Veja este exemplo:

    Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
    João 10:33


    Jesus era homem, isto não podemos negar, mas Jesus, dava declarações não comum a um homem que nasceu de Pai e mãe como todos os outros, por isso a blasfêmia, os judeus não tinham noção de que quem dizia "ser o filho de Deus", não tinha um pai humano, e muito menos passava pela cabeça deles, ou melhor, era impossível conceber a informação de que aquele que dizia "ser filho de Deus", existia antes de todos eles, antes de Abraão, antes mesmo de Adão... Só que Jesus não parou e explicou. E é este que perfaz o todo da questão, é com este background que Jesus se manifesta com estas expressões, e é a partir do ponto de vista de quem diz, que temos que entender as expressões, não a partir do ponto de vista de quem ouve....

    Pois bem, como um exemplo, de que o todo desta questão, é que deva ser considerado para nossas interpretações, eu citarei um exemplo de um que não andou com Jesus, mas que sabia mais dele, do filho de Deus, do que Marta, ou mais do que os discípulos quando estavam com ele. Note o que você disse: "ninguém o via como Deus pelo fato de ele ser o Filho de Deus"

    Mas note agora o que disse Isaias, que não andou com Jesus, mas tinha mais informações do que Marta.

    Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
    Isaías 7:14

    E um pouco mais adiante, ele vem, e diz deste filho que a virgem concebeu:

    Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
    Isaías 9:16

    Note que Isaias tinha informações privilegiadas deste filho, e ele "o viu como Deus".

    E os discípulos que andavam com ele, que bem provavelmente, no momento em que andavam com ele, não pensavam se tratar "de fato" do filho Deus, depois que ele morreu e ressuscitou, esses discípulos se reuniram, trocaram informações, reexaminaram as escrituras, e aí sim, só aí, começaram a saber a "missa completa". E a partir dai amigo, os evangelhos, atos, as epístolas, que estes mesmos discípulos escreveram, trazem informações das do tipo que Isaias tinha, que são as que temos hoje.... E quais são essas informações:

    Como ele foi concebido:

    E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado filho de Deus.
    Lucas 1:35


    Que o filho de Deus já existia:

    "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai."
    João 1:14

    E que já tinha glória com o Pai dele.

    E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. João 17:5

    E vemos como ele subsistia.

    Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
    Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

    Filipenses 2:6-7 (sobre este, falaremos melhor mais oportunamente)


    Vemos com os textos acima que o conhecimento daqueles que andavam com ele, em relação a quem ele era, já é consideravelmente diferente...não estou tão certo, que com este conhecimento, Marta diria somente em relação ao filho de Deus: "mestre".


    Uma vez que Cristo foi semelhante a nós em todas as coisas e nenhum de nós é Deus, é certo que Ele não veio à Terra em carne retendo a sua divindade. Por isso creio que toda a questão só será bem analisada, quando a pré e a pós existência de Cristo for também contemplada.



    Por enquanto, pois já me estendi mais do que costumo, é isso.

    A graça e a paz, admirado irmão.

    Clayton Lima
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Clayton Lima Dom 22 Dez 2013, 11:42

    Gerson Witezak escreveu:
    Clayton Lima escreveu:Em harmonia com o que o irmão Norberto escreveu, e pra fazer coro com o entendimento de que o senhorio de Jesus é constituído por Deus, e não um senhorio inerente a pessoa de Jesus, aponto mais um texto neste sentido.

    Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.

    Romanos 14:9


    Como o irmão Norberto apontou, o Senhor Deus constitui a Jesus Senhor, e o texto acima mostra também que o senhorio completo de Jesus estava condicionado a missão que ele realizou....

    Jesus é o único Senhor, constituído por Deus.
    YHWH é o Senhor e Deus, do Senhor Jesus.


    Ainda assim a escritura não pode ser anulada, conforme nosso amigo Jefté destacou em sua postagem.
    E quando perguntaram para o Senhor Jesus:Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
    A resposta dele foi conforme as escrituras que não podem ser anuladas:

    E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
    Marcos 12:29




    O mesmo Paulo que disse aos Romanos: Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.
    Romanos 14:9


    Também o mesmo Paulo ensinou a Timóteo: Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo;
    A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;
    1 Timóteo 6:14-15



    Ainda que o Pai seja o único Senhor do Filho, contudo para nós, tanto o Pai como o Filho são o único Senhor, e não dois senhores!


    Olá Gerson e Jefté....

    Esta forma que estão interpretando a frase dita por Jesus: "a escritura não pode ser anulada", é equivocada. Pois o próprio contexto da frase, se for tomado pela forma que vocês estão interpretando, fariam aqueles a quem foi dirigida aquela escritura em particular, verdadeiros deuses....e creio que não seja assim que os irmãos pensem.

    Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?João 10:34

    Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada,João 10:35

    Então se em relação ao próprio contexto da frase, a frase não deve ser aplicada desta forma que o irmãos aplicam, imagine, como vocês estão fazendo, transferindo a frase para contextos diferentes e de forma aleatória.. Isto abre um precedente catastrófico, pois eu poderia pegar qualquer frase bíblica, por exemplo: "Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens." Mateus 16:23... E usando esta frase, sem considerar mais nada, dizer que Pedro é de fato satanás, a serpente que esteve no éden, quem como raio caiu do céu e etc. Afinal de contas as escritura não pode ser anulada não é mesmo, e a escritura está dizendo que Pedro é satanás, eu bem poderia formar um caso a partir daí.

    Por isso, que o senhorio de Jesus, deve ser tomado sim, no contexto do senhorio de Jesus, com tudo que envolve este senhorio, e não transferir este senhorio ao contexto de outro senhorio, para fomentar a ideia da mistura dos personagens, e afim de criar, um Deus sem rosto, ou com muitos rostos....


    A graça e a paz.
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    Mensagem por Gerson Witezak Dom 22 Dez 2013, 14:07

    Valdomiro escreveu:
    mas até Jesus disse que não pode fazer nada de si mesmo, ou seja, o que quer que ele fosse, inclusive homem, tinha limitações.

    Não se esqueça Valdomiro, que antes mesmo dEle se fazer carne, Ele (a Palavra de Deus) não podia fazer nada de sí mesmo!
    Exatamente porque Ele é a Palavra de Deus!
    Ele só veio em carne, porque assim Deus o disse!




    Valdomiro escreveu:
    Você afirma que o homem imortal morreu. Ok! Respeito.

    Op's!  Eu não afirmei que o "homem imortal" morreu.

    Oque eu afirmei foi:  Deus não "GEROU" algo mortal, mais sim eterno...
    Jesus Cristo não podia negar-se a sí mesmo; Sua natureza era divina, santa e pura!
    Morreu porque tomou os nossos pecados! (Não consegue enxergar isso?)
    Que se dependesse dEle (da sua própria natureza) para pecar e morrer, nunca teria acontecido!
    Ele só morreu, porque tomou de nós os nossos pecados sobre sí, para que então viesse morrer!

    Negar isso, é negar princípios da Fé, fundamentos da palavra de Deus!




    Valdomiro escreveu:
    De qualquer forma parece que passou desapercebido o fato de Jesus, quer queira quer não, ser um homem e você teria que lhe dá com a temporalidade, já que não se pode falar de um homem preteritamente eterno: Ele precisou nascer, passar a existir como homem; e você teria que negar que Deus que é espírito gerou carne, mas ai seria gnosticismo.

    Para não lhe dá com a temporalidade Valdomiro, só se for em Espírito, e todos sabemos disso.
    Eu não nego que Deus gerou seu filho no ventre de Maria, de forma alguma!
    Como Também não nego que seu Filho antes de ser gerado homem, foi gerado em Deus!

    Mais uma coisa é certa Valdomiro, Ele é o "verdadeiro Homem", e é o "verdadeiro Deus". Quer queira, quer não!

    Verdadeiro Homem, porque venceu.
    Verdadeiro Deus, porque nos deu a vitória.
    Sem Ele nada do que foi feito se fez!
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    Mensagem por Gerson Witezak Dom 22 Dez 2013, 15:28

    Clayton Lima escreveu:Olá Gerson e Jefté....

    Esta forma que estão interpretando a frase dita por Jesus: "a escritura não pode ser anulada", é equivocada. Pois o próprio contexto da frase, se for tomado pela forma que vocês estão interpretando, fariam aqueles a quem foi dirigida aquela escritura em particular, verdadeiros deuses....e creio que não seja assim que os irmãos pensem.

    Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses?João 10:34

    Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida, e a Escritura não pode ser anulada,João 10:35

    Então se em relação ao próprio contexto da frase, a frase não deve ser aplicada desta forma que o irmãos aplicam, imagine, como vocês estão fazendo, transferindo a frase para contextos diferentes e de forma aleatória..

    Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.
    Salmos 82:6


    Então Jesus equivocou-se usando as escrituras para defender que é filho de Deus? 
    Se o próprio Filho de Deus não anulou oque a escrituras dizem, porque eu à anularei?

    O Senhor Jesus nunca usaria de uma forma errônea de interpretação para sustentar que é Filho de Deus! Ou usaria Clayton?



    Clayton Lima escreveu:Isto abre um precedente catastrófico, pois eu poderia pegar qualquer frase bíblica, por exemplo: "Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens." Mateus 16:23... E usando esta frase, sem considerar mais nada, dizer que Pedro é de fato satanás, a serpente que esteve no éden, quem como raio caiu do céu e etc. Afinal de contas as escritura não pode ser anulada não é mesmo, e a escritura está dizendo que Pedro é satanás, eu bem poderia formar um caso a partir daí.

    Não confunda frases bíblicas com "Escritura".

    O Novo testamento só passou a existir por causa do Velho.
    Quando digo "Escritura", me refiro aos profetas e a Lei, pelos quais veio o cumprimento para um Novo testamento! Não que o Novo não seja escritura, mais que um (novo) não se pode sustentar sem o outro (velho), se existe no Novo, é porque primeiro existiu no Velho.
    O Novo foi revelado pelo Velho.
    E as escrituras (velho testamento) nos revelou que não existe dois Senhores, mais apenas um único Senhor!
    Por isso o Novo testamento não anulará oque as escrituras (velho testamento) revelou!
    E é por isso que as escrituras não podem ser anuladas!



    Clayton Lima escreveu:Por isso, que o senhorio de Jesus, deve ser tomado sim, no contexto do senhorio de Jesus, com tudo que envolve este senhorio, e não transferir este senhorio ao contexto de outro senhorio, para fomentar a ideia da mistura dos personagens, e afim de criar, um Deus sem rosto, ou com muitos rostos....


    Não estamos misturando personagens, nem criando Deus com muitos rostos...Quem faz isso, pode ter certeza; Não somos nós!
    As escrituras como já expliquei à cima, não apontam outro senhorio, más unicamente o Senhorio do único Deus para sempre e eternamente!




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    Mensagem por Valdomiro Dom 22 Dez 2013, 20:36

    Gerson, Paz!

    Caro amigo, a tua última postagem endereçada a mim tem a ver, mais uma vez, com teu ponto de vista, e  você tentou focar a questão do pecado preterindo o cerne da questão principal, pois um homem físíco é de natureza diferente da de Deus, doutra sorte não teria morrido. Não importa que se Jesus não tivesse imputado sobre si o pecado, ele viveria eternamente, o fato da morte indica uma natureza diferente daquele que NÃO pode morrer porque é IMORTAL.

    Não vou me alongar tentando te explicar o óbvio. Considero você inteligente o suficiente para chegar a conclusão certa sem precisar distorcer o que eu disse.

    Paz seja contigo!
    Valdomiro.



    Última edição por Valdomiro em Dom 22 Dez 2013, 20:55, editado 1 vez(es)
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Valdomiro Dom 22 Dez 2013, 20:55

    Clayton Paz!

    Quando falei que Marta reconhecia Jesus, o Filho de Deus, como Mestre e não como o próprio Deus, você disse:
    O que você disse acima seria perfeito se os textos que referissem ao filho de Deus tivesse somente este teor...
    Mas, esse é o detalhe irmão. Com os mais diversos teores que se podem achar quando alguém se refere a Jesus como Filho de Deus em nenhum dos casos, a não ser a acusação dos judeus, indicam que Jesus é Deus ou da natureza do Pai porque é Filho. Nem mesmo o verso que diz "vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai" diz que ambos tem a mesma natureza ou são o mesmo Deus. Nós é que, com base no paradigma "filho de peixe, peixinho é" alegamos isso. Mas, não está dito. A existência do filho humano de Deus desmente essa tese, pois no caso de Cristo, filho de Espírito, humano é, e continua valendo as duas realidades: gerado por Deus e humano ao mesmo tempo.

    É importante notar Valdomiro, que nem Marta, e penso eu, nem os discípulos tinham a exata noção de quem realmente era Jesus.
    Mas, se "Filho de Deus" significasse, necessariamente, ser Deus, ou da mesma natureza de Deus, então, não haveria dúvidas em nenhum deles. Isso é a prova do sentido anacrônico que damos ao termo hoje.

    Você fala que se aqueles que chamaram Jesus de Filho de Deus soubessem da preexistência dele e etc, a expressão "Filho de Deus" ganharia significados bem mais profundos. Isso corrobora  que a expressão, por si só, não condiciona e nem confirma que o que é chamado de "Filho de Deus" necessariamente deva ser entendido como Deus ou da mesma natureza. Precisará ser buscada a associação a partir de outras afirmações, carentes de imputação interpretativa, e  não da declaração "Filho de Deus" em si.

    Depois de citar Jo. 10.33 você disse:
    Jesus era homem, isto não podemos negar, mas Jesus, dava declarações não comum a um homem que nasceu de Pai e mãe como todos os outros, por isso a blasfêmia, os judeus não tinham noção de que quem dizia "ser o filho de Deus", não tinha um pai humano, e muito menos passava pela cabeça deles, ou melhor, era impossível conceber a informação de que aquele que dizia "ser filho de Deus", existia antes de todos eles, antes de Abraão, antes mesmo de Adão... Só que Jesus não parou e explicou. E é este que perfaz o todo da questão, é com este background que Jesus se manifesta com estas expressões, e é a partir do ponto de vista de quem diz, que temos que entender as expressões, não a partir do ponto de vista de quem ouve....
    (Destaquei o final). Pois muito bem!!! Duas observações se fazem necessárias: A primeira é que Jesus não confirmou a acusação dos judeus, antes, apresentou o seu background e, no máximo, ele se declara com mais dignidade do que outros ao dizer que foi "santificado" (separado) e "enviado" ao mundo, e não tão Deus quanto o Pai por causa de sua geração por Deus. É assim que termina, a partir do ponto de vista de quem disse: "Sou Filho de Deus, em quem estou e ele em mim fazendo as obras Dele", nada de confirmação de Deidade por filiação. Esse pano de fundo pode ser visto nas outras passagens que podem ser citadas, pois a segunda questão é: Se tomarmos o backgound em que Jesus se manifesta, então, apesar das declarações que dão a entender a anterioridade, a superioridade, a grandeza de Jesus com a glória que tinha antes de haver mundo e etc, ainda assim, seu background é que o Pai é o único Deus Verdadeiro. Nós é que, às vezes, preterimos esse background maior e adotamos um background intermediário, por causa de uma antiga tendência humana e por causa dessa antiga tendência humana queremos elevar Jesus a um patamar que ele mesmo nunca declarou.

    A questão a notar sobre Is. 7.14 e 9.16 é que ambos associam a questão a nomes. O detalhe que precisa ser conhecido é que os nomes hebraicos são usados de várias formas, inclusive homenagens. Podemos reconhecer que Jesus é "Deus conosco", não há problema algum nisso, pois não é o mesmo que dizer: "Deus próprio, em pessoa, conosco". O nome de Eli, por exemplo, significa "Meu Deus", mas o homem Eli não era Deus de ninguém. Em Is. 9.6 a expressão "Deus Forte" (El Gibbor) não é inédita, ela ocorre no plural (Elei Gibborim) em Ez. 32.21 quando lemos “Os poderosos entre os valentes lhe falarão desde o meio do Seol, ...". De modo que é precipitado dizer que Isaías ao chamar Jesus de El Gibbor tenha visto o Messias como Deus, ao invés de, por exemplo, "Valente Poderoso" (o que se conformaria muito mais com a morte de Jesus, já que seria estranho o nascido "Deus Forte" morrer), além disso o título pode ser um nome teofórico; uma homenagem a Deus. Note como Jerusalém é chamada em Jr. 33.16: “Yahweh é a nossa justiça” (יְהוָה צִדְקֵֽנוּ”), mas Jerusalém não é o próprio Yahweh que é justiça nossa, a mesma expressão é usada para o Renovo (Jesus) no mesmo livro, em 23.6. Esse último verso é usado por alguns para dizer que Jesus é Yahweh ou Deus. Mas, esses exemplos são apenas para mostrar que não se pode condicionar um nome a uma identidade pessoal a partir de alguém citado no nome. Se fosse assim Eli e Jerusalém seriam o próprio Deus.

    Vejo que o irmão citou novamente Lc. 1.35, desta feita para nos informar que somente depois é que os discípulos tiveram uma compreensão melhor de quem Jesus era, mas irmão, pense, se Lc. 1.35 foi escrito já no começo do evangelho, então, quem deu o nome de "Filho de Deus" a Jesus no decorrer dos evangelhos? Quem popularizou o termo? Os livros do NT não foram escritos todos depois da ascensão de Jesus?

    Lembremos que a nossa questão envolve "geração" e sua aplicação dentro das Escrituras. Acredito que entender esse termo aplicado ao Jesus homem representa o caminho para o entendimento do Jesus preexistente (considerando a escassez de informações sobre isso no AT), antes de haver mundo, dentro do contexto maior em que ele reconhece o próprio Pai como único Deus e onde, ele mesmo recita o Shemá. Se não percebermos o que Deus gerou em Maria, nos amararemos ao "filho de peixe, peixinho é" e esqueceremos do Filho legítimo, mas humano, de Deus.

    No mais aguardarei o comentário que o irmão disse que faria para prosseguirmos.

    Grande abraço.
    Paz!
    Valdomiro.
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Clayton Lima Qua 25 Dez 2013, 14:02

    Olá irmão Valdomiro... a graça e a paz.

    Uma vez que já expus, a forma que entendo a questão, de que a expressão "filho de Deus", quando referida a Jesus, deva ser tomada pelo seu contexto mais amplo, ou seja, o contexto de quem fala, o ponto de vista de quem fala, o que o falante (Jesus) tem em mente quando fala, e que no meu entender remete não só a sua filiação por parte de Pai na terra, e esta parte cumprida pelo próprio Deus, mas e principalmente, a uma estória vivida antes de sua vinda, ou seja, Jesus diz: "sou filho de Deus" de uma perspectiva diferente da dos ouvintes, tendo em mente não só sua vida de experiencia terrena, mas principalmente uma celestial, o que no meu entender, é determinante para melhor concebermos a expressão.... E que depois o irmão bem pos suas considerações, cabe-nos agora determo-nos mais retidamente, no que vem ser Jesus, nesta sua anterior estória. E creio, o ponto de partida deva ser o texto de filipenses, que já iniciamos.

    Para isso eu trouxe parte de sua penultima postagem direcionada a mim, copiada exatamente na sequencia que se apresenta:


    Sobre Jo. 5.17,18 O Lúcio já bem comentou. Jesus no verso 19 é como se nos dissesse: Olha, sinceramente (na verdade, na verdade) se eu não vir o Pai fazer, eu de mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Ou seja, o que os fariseus fizeram foi uma acusação da qual Jesus se defende, praticamente dizendo: "Eu não sou igual não. Eu não posso de mim mesmo fazer nada. Ele precisa fazer primeiro." E essa expressão “mim mesmo”, sabemos, é o único ser de Cristo falando. Não um ser momentâneo, mas um ser real que independe de estar em carne ou não.

    Sobre Fp. 2.6, Lúcio também já deu uma boa explicação. Um detalhe que precisa ser dito sobre esse verso é a grande dificuldade gramatical que, inclusive, especialistas trinitários reconhecem. Questões que envolvem duplo acusativo ou acusativo simples e etc. Veja que interessante envolvendo a Bíblia de Jerusalém:

    Fp. 2.6 na edição de 1991: "Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente."
    Fp. 2.6 na edição de 2012: "Ele, estando na forma de Deus não usou de seu direito de ser tratado como um deus"

    Sem querer entrar no mérito de qual das duas é a melhor, até porque foram feitas por trinitarianos, vale a pena notar como os termos podem ser entendidos e traduzidos.

    Mas o viés deístico para Jesus ali se dará pela tendência do tradutor e/ou uma leitura descuidada. Ainda que não haja razão para isso. Note que “forma de Deus” está em contraposição a “forma de servo”; por isso não tem a ver com natureza, mas um estado ou condição, pois “servo” não é natureza de nada. Assim, “forma de Deus” não se refere a natureza de Jesus ou mesmo a natureza de Deus que supostamente Jesus possuiria, mas uma condição. É de tal modo que se ele se esvaziou de uma para assumir a outra, ele não pode estar com as duas enquanto esvaziado, pois doutra sorte não estaria realmente esvaziado. Isso por si só anula aquelas alegações de que Jesus estava se fazendo ou se revelando Deus aqui na terra. Além de revelar a contradição dessa ideia, pois mesmo que ele fosse Deus, como, então, se esvaziaria tomando a forma de servo para depois, como servo, querer se apresentar como Deus? O que nos faz voltar para mais um detalhe de observação sobre Jo. 5.17,18: Como um servo iria querer ser reconhecido como, ou alegando ser, Deus justamente para/pelos fariseus? Certamente tal ideia não pode decorrer de nenhuma alegação desse servo.


    Ele, estando em forma de Deus, não quis se exaltar ou ser igual a Deus (roubar a condição de igualdade); antes, se esvaziou assumindo a forma de servo e adotou o esquema humano, e nesse esquema humilhou-se até a morte.


    (espero novamente que minhas palavras não soem como as de um trinitariano que diz: "Jesus é Deus, tal qual o Pai é)


    Pois bem...

    Não sei se acidentalmente ou se de forma proposital, mas o textos que você usou na sequencia que usou, não são justamente os que elucidam a questão?

    Veja:

    Quando Jesus diz: "eu por mim mesmo não posso fazer coisa alguma". Se fizessemos uma pergunta do tipo, por que? a resposta não seria exatamente: ...porque "esvaziou-se a si mesmo".

    e quando você diz, interpretando as palavras de Jesus:  "praticamente dizendo:"Eu não sou igual não". Não seria as palavras de Paulo, um pouco mais fiéis, ao todo da questão: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus". Perceba que há uma grande diferença na intenção das palavras de Paulo, em relação as suas palavras... Paulo denota uma possibilidade que Jesus teria, do tipo, "embora ele pudesse, não o fez".... as suas palavras denotam: "ele não poderia de maneira alguma". Por isto que este texto é fundamental pra harmonizar melhor a questão, pois se olharmos só para o texto de João, só veremos o Jesus "esvaziado", mas filipenses traz o amplo do que vem a ser Jesus, e neste amplo, existe sugestão de divindade.

    E quando você diz:

    Mas o viés deístico para Jesus ali se dará pela tendência do tradutor e/ou uma leitura descuidada. Ainda que não haja razão para isso. Note que “forma de Deus” está em contraposição a “forma de servo”; por isso não tem a ver com natureza, mas um estado ou condição, pois “servo” não é natureza de nada.

    Tenho que discordar amigo, pois vejo viés deístico em todas as traduções, claro que existe a tendenciosidade, mas os termos usados neste texto denotam que a preexistencia de Jesus estava envolvida de alguma forma pela divindade/deidade, talvez não possivel precisar o grau deste envolvimento, mas possivel identificar o envolvimento. E ainda vejo que esta sua colocação: "Note que “forma de Deus” está em contraposição a “forma de servo”; não ajuda muito o ponto de vista unitarista, pois o que seria este que quando se esvazia se torna servo? resposta obvia: um não servo. E que criatura no céu não seria servo? existe um intermediário entre servo e Senhor? se sim, aponte... se não, quem se tornou servo era antes Senhor?



    A graça e a paz irmão.
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Valdomiro Qua 25 Dez 2013, 20:49

    Clayton, Paz!

    Prezado irmão, entendo quando você diz que a expressão “filho de Deus” ao ser falada por Jesus se revista de uma profundidade além daquela que qualquer outra pessoa tenha falado. O que não significa ou condiciona uma identidade na deidade.

    Claro, concordo que há uma história vivida antes de sua vinda, mas isso também não condiciona, por si só, uma identidade na Deidade, não é verdade?

    Entendo, também, quando você fala que a história pretérita de Jesus é determinante para melhor compreender a expressão “Filho de Deus”. Mas, eu tenho uma opinião complementar a essa tese. Acredito que o Jesus terreno, abrangendo todos seus aspectos, inclusive o físico, nos dá pistas de quem era o Jesus preexistente, passando, inclusive, pela profundidade que você se referiu.

    Mas, até onde pude entender, o que está, ou menos estava, em debate era a questão de Jesus, a partir da palavra “gerado”, ser tão Deus (da natureza de Deus) quanto com princípio (com começo), não é isso?

    Antes de voltarmos a Filipenses 2, eu gostaria de enfatizar a questão da humanidade, pois se compreendermos o processo, acredito que entenderemos todo o resto. A não ser que você tenha informações objetivas e detalhadas sobre o nascimento de Jesus antes de haver mundo! Mas, isso, humilde e sinceramente, acredito que não dispomos.

    Eu apenas gostaria de saber se já foi possível perceber, através do Jesus homem, do Jesus matéria, do Jesus físico, do Jesus composto por carne e ossos, o Jesus ser humano, de quem Deus foi Pai, que Deus “pode” gerar algo diferente de sua própria natureza e ainda assim ser filho LEGÍTIMO dEle? Para mim isso é chave, pois se Deus pode gerar carne, então, como eu disse antes, filho de Espírito, humano é. Sem dificuldade alguma. E cai aquela impostação que busca a deificação de Jesus por causa da geração dele por parte de Deus. Uma vez que Espírito (Deus) gera carne, então, pode gerar um “não Deus” ou “diverso de sua natureza” e ainda assim ter sido gerado. E isso pode muito bem ser aplicado ao Jesus preexistente, uma vez que aceitamos o termo Pai aplicável a Cristo mesmo antes de haver mundo. Esse é o ponto. Seguir além daqui será uma discussão tipicamente unitarismo x trinitarismo. Mas, nada mais que envolva a palavra “geração” como condicionante para uma suposta deidade do Filho.

    Voltando a Fp. 2. Você disse:
    Quando Jesus diz: "eu por mim mesmo não posso fazer coisa alguma". Se fizessemos uma pergunta do tipo, por que? a resposta não seria exatamente: ...porque "esvaziou-se a si mesmo".

    Não se atentarmos a dois detalhes importantes: 1) Ele NÃO diz: “no momento”. 2) Ele diz: “O FILHO”. Lembra que eu falei que costumamos pegar um “background” parcial. Está justamente ai um exemplo. Quando ele disse: “O FILHO de si mesmo nada pode fazer” (Jo. 5.19). A quem ele se referia? A um estado momentâneo ou ao FILHO? Lembra que você nos disse que Jesus quando a si mesmo chama de Filho é em um sentido mais profundo, além e anterior da carne?

    Você disse:
    "Note que “forma de Deus” está em contraposição a “forma de servo”; não ajuda muito o ponto de vista unitarista, pois o que seria este que quando se esvazia se torna servo? resposta obvia: um não servo.
    Não ajudaria se eu houvesse posto em questão a grandiosidade pretérita de Jesus. Mas, isso não está em causa! O que fiz foi exatamente o contrário ao reconhecer a expressão “forma de Deus” com a que contrasta com “forma de escravo”, mas se “forma de Deus” representasse a própria natureza de Deus, então teríamos que admitir que existe a “natureza de servo”, mas, penso que não exista. E Jesus se esvaziou de uma forma para assumir a outra forma.

    Mas, parece-me, prezado irmão, que o cerne do que expus foi desviado. A ideia foi mostrar que ao se falar de “formas” não está se falando de naturezas (ponto). Você, no entanto, perguntou: “o que seria este que quando se esvazia se torna servo? (escravo) E que criatura no céu não seria servo?(escravo)” Um Filho? Um Filho seria uma boa resposta? Eu acho que um filho seria uma boa resposta! Mas, será que Filho significa necessariamente ser ou poder tanto quanto? Um igual? O “ser” nós já vimos que não, pelo exemplo do Jesus homem! Mas, e poder? Acho que I Co. 15.27 nos dá uma ideia: “Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.” Será que aquele que tudo sujeita a Jesus e não lhe é sujeito é igual a Jesus? Não foi Jesus quem disse que “O Pai é maior do que eu”?

    Vamos considerar melhor o que está dito em Fp. 2.6. Você disse que Paulo denota uma possibilidade que Jesus teria. Sim, talvez uma possibilidade de ação, mas não de êxito, mas, ainda assim, precisamos descobrir o que há por traz da tradução e o que, de fato, Paulo, denota. Lembremos Jesus também tinha a possibilidade de querer que o cálice fosse passado de si, mas ele iria de encontro ao Pai se mantivesse tal propósito. De qualquer forma reconhecer que havia a possibilidade de ele usurpar o ser igual a Deus; só a mera ideia já mostra que ele não era igual.

    Já descobrimos que “forma” não pode significar “natureza” a partir do próprio contexto de Fp. 2. E já sabemos que Filho não implica em mesma natureza. O foco será a questão “usurpar a igualdade”. Aquilo que nossas traduções (todas as que dão viés deísticos, por sinal feitas por trinitários para trinitários) traduzem por “apegar ciosamente”, “agarrar”, “reter” e etc, vertem uma palavra grega que é usada no Novo Testamento para ROUBAR. Ora, por que a palavra “roubar” estaria em um contexto que, supostamente, estaria falando de iguais? Jesus não quis roubar a igualdade? Como? Se ele fosse igual para que precisaria pensar nisso, ou mesmo não pensar nisso? Lembre-se que a palavra “forma” já não está em causa. A propósito você já leu alguma tradução feita por não trinitários desse verso?

    Na sequência você disse:
    e quando você diz, interpretando as palavras de Jesus:  "praticamente dizendo:"Eu não sou igual não". Não seria as palavras de Paulo, um pouco mais fiéis, ao todo da questão: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus". Perceba que há uma grande diferença na intenção das palavras de Paulo, em relação as suas palavras... Paulo denota uma possibilidade que Jesus teria, do tipo, "embora ele pudesse, não o fez".... as suas palavras denotam: "ele não poderia de maneira alguma". Por isto que este texto é fundamental pra harmonizar melhor a questão, pois se olharmos só para o texto de João, só veremos o Jesus "esvaziado", mas filipenses traz o amplo do que vem a ser Jesus, e neste amplo, existe sugestão de divindade.

    Eu não tenho dúvidas da fidelidade das palavras de Paulo, mas, também, não tenho dúvidas da fidelidade das palavras de Jesus, que indicam estarem além do tempo em que foram ditas: “O Pai é maior do que eu” (em que momento o Pai não era Pai de Jesus?), tão além do tempo quanto as palavras também ditas por Jesus “Meu Pai que más deu é maior do que todos” (quando o Pai não é maior todos?) e “Ao que vencer eu o farei coluna no tempo de meu Deus” (quando Deus não é Deus de Jesus?). De modo que as palavras de Paulo não desfazem o “Eu não sou igual não” porque Jesus sempre se apresenta como alguém inferior a Deus. E Paulo quando fala de “forma” e não “roubar (usurpar)” certamente não quis dizer algo diferente do que Jesus sempre diz de si mesmo. Além de também não perdermos de vista o contexto amplo (o background maior) das referências que Paulo faz de Deus e Jesus.

    Paz!
    Valdomiro.
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    Mensagem por Gleison Elias Qua 25 Dez 2013, 23:35

    Alguém me fale da presença de Jesus no AT, supondo sua preexistência....
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Norberto Qua 01 Jan 2014, 02:42

    .
    Aos participantes e leitores:

    Esta é a primeira mensagem do ano de 2014 aqui no Fórum Evangelho.

    Trata-se de uma Mensagem Privada - MP do Clayton Lima que achamos por bem publicarmos neste tópico, pois se trata de posição de credo em relação ao tema.

    Administrador




    Olá Norberto, Valdomiro e Lúcio. A graça e a paz.

    Venho por meio desta mensagem, em nome do que acho justo e honesto, primeiro agradecer pelo carinho e consideração que me tratam, e a forma respeitosa que se dirigem a mim...segundo, venho dizer que depois de ter "debatido", com os irmãos, principalmente com o Lúcio e agora por ultimo com o Valdomiro, e juntamente com estudo e pesquisa que a tempo já tinha iniciado e paralelamente conciliei com os debates, entendo estar num processo de posicionamento em relação a questão de quem vem ser Deus, segundo as escrituras. Creio não precisarmos debater mais, pois depois da exposição dos irmãos, junto com o que no forum li sobre o assunto e fora dele também, vejo o unitarismo como a visão mais biblicamente coerente...talvez pensem "mas tão rápido assim", garanto que não foi rápido, e muito menos fácil, a base de muita oração e leitura das escrituras, e nesta fase final passando por debates, onde acho fundamental para propriamente ter uma decisão mais equilibrada tomando em consideração todos os argumentos e perspectivas...

    Não tenho meios de sustentar o que defendo/defendia: dois seres com a natureza de Deus.

    Meu entendimento partia do princípio da filiação junto com o termo gerado atribuído a Jesus, dai eu entender que Jesus é da mesma natureza de Deus. Eu entendia também que esta visão entrava em conflito com as escrituras que tão massiva e obrigatoriamente passa-nos a informação de que Deus é somente um dos personagens. Eu aceitava o conflito, pois entendia que se tratava de duas verdades bíblicas, mesmo que conflitantes. Uma que só existia um Deus, outra, que ele tinha um filho. Até aí nenhum conflito, o conflito começa quando eu uso do meu entendimento natural para relacionar esta filiação, assim eu trago harmonia para o meu entendimento, mas eu trago conflito entre as duas informações....

    O que o irmão Lúcio e o irmão Valdomiro tão sabiamente argumentam, e isto é biblicamente harmônico, é que "Deus que é espírito, gerou um ser humano". E este argumento, embora não humanamente comparável, é biblicamente descrito, e não há conflitos. E a partir dai, abre-se o precedente necessário para o caso, e pode-se muito bem ser aplicado ao todo do que é Jesus, sem danos para o monoteísmo.

    A ultima postagem do Valdomiro foi fundamental para o que agora declaro, principalmente usando meu próprio argumento de que Jesus fala de si mesmo remetendo a sua origem mais antiga, e este Jesus, que fala sempre em nome do único Jesus, aponta para o Pai como o único Deus. Muito mais poderia falar daquilo que aprendi com vocês irmãos, ou daquilo que passei a enxergar melhor...muito eu tinha a argumentar, mas o pouco que vocês já expuseram, além de quebrar diretamente os argumentos que expus, quebrou indiretamente os que eu ainda faria.

    Mas vou finalizar esta mensagem, dizendo que estarei ausente do forum, ou melhor, não postarei por enquanto, pois tirarei um tempo para revisão e muita oração, a fim de que Deus confirme aquilo que meu entendimento humilde e honestamente concebeu, e peço, que divulgue esta mensagem para o bem que achar necessário, se achar por bem que eu mesmo faça, me deixe saber.

    Se eu puder manter contato por MP, para alguma eventual pergunta, desde já agradeço....

    Obrigado irmãos, pelo belo trabalho que diligentemente vocês fazem.

    Espero não ter trazido nenhum descontentamento, e espero em breve ser capaz de expressar essas verdades tão bem como vocês fazem.

    A graça e a paz.

    [Clayton Lima]
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Jefté Qua 01 Jan 2014, 11:54

    Gleison Elias escreveu::
    Alguém me fale da presença de Jesus no AT, supondo sua preexistência....


    Colossenses 1.16a:
    "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades."

    Colossenses 1.16b:
    "E Tudo foi criado por ele e para ele."

    João 17.5
    "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse."

    Reflexões:::::::
    Se nele foram criadas todas as coisas... significa ser todas a coisas (criadas, sejam tronos, sejam dominações... sema principados, sejam potestades, quer visíveis quer invisíveis bem menores do que
    Ele...
    vejamos só a Quem o Diabo (um espírito rebelde) ousou querer desafiar ????

    Por isso mesmo jamais conseguiu vencê-lo em qualquer esfera da luta, ainda nas ínfimas questões... capaz de ser por qualquer um de nós sequer percebida ou notificada... mas perdeu-as...
    Porque deveras é Perfeito! e o Maior Total Vencedor!
    Amém!
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Valdomiro Qui 02 Jan 2014, 10:35

    Paz a todos!

    Fico agradecido a Deus, nosso Pai, a quem seja toda glória, pelo amor com que nos ama e que pelas suas infinitas misericórdias nos permite perceber a verdade das Escrituras.

    Parabéns ao irmão Clayton pela humildade no reconhecimento da verdade bíblica e abandono dos antigos paradigmas que nos faziam distanciar da simplicidade do ensino das Escrituras.

    Paz seja contigo!
    Grande abraço!
    Valdomiro.

    Norberto escreveu:.
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    Não tenho meios de sustentar o que defendo/defendia: dois seres com a natureza de Deus.

    Meu entendimento partia do princípio da filiação junto com o termo gerado atribuído a Jesus, dai eu entender que Jesus é da mesma natureza de Deus. Eu entendia também que esta visão entrava em conflito com as escrituras que tão massiva e obrigatoriamente passa-nos a informação de que Deus é somente um dos personagens. Eu aceitava o conflito, pois entendia que se tratava de duas verdades bíblicas, mesmo que conflitantes. Uma que só existia um Deus, outra, que ele tinha um filho. Até aí nenhum conflito, o conflito começa quando eu uso do meu entendimento natural para relacionar esta filiação, assim eu trago harmonia para o meu entendimento, mas eu trago conflito entre as duas informações....

    O que o irmão Lúcio e o irmão Valdomiro tão sabiamente argumentam, e isto é biblicamente harmônico, é que "Deus que é espírito, gerou um ser humano". E este argumento, embora não humanamente comparável, é biblicamente descrito, e não há conflitos. E a partir dai, abre-se o precedente necessário para o caso, e pode-se muito bem ser aplicado ao todo do que é Jesus, sem danos para o monoteísmo.

    A ultima postagem do Valdomiro foi fundamental para o que agora declaro, principalmente usando meu próprio argumento de que Jesus fala de si mesmo remetendo a sua origem mais antiga, e este Jesus, que fala sempre em nome do único Jesus, aponta para o Pai como o único Deus. Muito mais poderia falar daquilo que aprendi com vocês irmãos, ou daquilo que passei a enxergar melhor...muito eu tinha a argumentar, mas o pouco que vocês já expuseram, além de quebrar diretamente os argumentos que expus, quebrou indiretamente os que eu ainda faria.

    Mas vou finalizar esta mensagem, dizendo que estarei ausente do forum, ou melhor, não postarei por enquanto, pois tirarei um tempo para revisão e muita oração, a fim de que Deus confirme aquilo que meu entendimento humilde e honestamente concebeu, e peço, que divulgue esta mensagem para o bem que achar necessário, se achar por bem que eu mesmo faça, me deixe saber.

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    Obrigado irmãos, pelo belo trabalho que diligentemente vocês fazem.

    Espero não ter trazido nenhum descontentamento, e espero em breve ser capaz de expressar essas verdades tão bem como vocês fazem.

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    Mensagem por Norberto Qui 02 Jan 2014, 17:06

    .
    Participação do Diego Rios, sobre o tema, publicada em:
    http://br.groups.yahoo.com/neo/groups/Irmaos_do_FE/conversations/messages/23698



    Linda mensagem, Clayton!

    Eu passei pelo mesmo processo. Não foi fácil, mas não existe conflitos na perspectiva unitária. Muito mais reconfortante ver o Cristo, Senhor nosso, na maneira singela como ele foi apresentado (por si mesmo, inclusive), sem os floreios e malabarismos trinitaristas.

    Espero que um dia os irmãos trinitários vejam que não saímos de um lugar e entramos em outro. Estamos no mesmo aprisco que sempre estivemos, qual seja, o do cordeiro imaculado, nosso bom pastor.

    Deus te abençoe!

    Diego Rios.

    .
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    Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação? - Página 11 Empty Re: Trindade, Unicismo ou Unitarismo - se eu erradamente crer em um, afeta minha salvação?

    Mensagem por Rasabino Sex 03 Jan 2014, 11:30

    Graça e Paz a todos!

    Resolvi acompanhar o debate e prestar algumas colocações:

    Antes de existir qualquer coisa o Espirito (vontade) de Deus é! Ele não "existe"... ele é! Então...


    Para que Deus venha a "existir", ou seja, passar da qualidade de "ser" para "existir" deve gerar a Palavra, pois pela Palavra tudo veio a existir! Sem a Palavra, Deus não existe... Ele apenas é uma vontade, uma volição de querer realizar, efetuar algo, ou seja, trazer a existência o que não existe ainda!

    Um "espirito" é uma vontade. Um Espirito é uma "perfeita vontade":

    Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; Hebreus 12:22-23


    Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 1 Coríntios 2:10-12


    Assim, antes que tudo viesse a "existir" o Espirito Eterno gerou (sair das entranhas) a Palavra (Verbo):



    Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele (Jesus) é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. Colossenses 1:16-17


    Assim, nada existia antes de Jesus! A qualidade de "existir" só foi possível depois que a Palavra (Verbo) foi gerada!


    O que chamamos de "Deus" só é possível sabermos, vir a ter conhecimento, por meio de Jesus. Sem Jesus, Deus não existe, porém Ele é!


    Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Mateus 11:27

    Então, antes da gênesis, nós temos o Espirito (Deus) gerando a Palavra para trazer a existência tudo que há. Só podemos saber da existência de Deus por meio das coisas criadas:


    Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas. Apocalipse 4:11


    Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis. Romanos 1:19-20



    Sem as "coisas criadas" Deus apenas É... Ele não "existe"! Fazemos a distinção entre SER e EXISTIR. Assim a filosofia admite que para "existir" primeiro deve haver a "vontade de pensamentos": Penso, logo existo!

    Para "existir" o Espirito Eterno gera a PALAVRA (Verbo), esta vem e realiza tudo que é/está na vontade do Espirito, ou seja, o Espirito Eterno "É" e o Verbo faz a vontade do Espirito, criando e executando tudo que provém do SER ETERNO (Pai).


    Relacionalmente, na eternidade, o Espirito Eterno e Jesus é a de Pai e Filho (respectivamente), mas as funções se distinguem por que um (Pai) gera toda a perfeita vontade, e o Filho é quem a executa, assim, o Pai sem o Filho não tem o poder de realização, ou seja, não vem a existir! O Espirito Eterno sem a Palavra não executa, não realiza nada, e o VERBO (Palavra) por sua vez se realiza em fazer toda vontade do Espirito Eterno, assim, demonstramos a co-dependência entre estes dois SERES distintos, mas que na forma de existência são UM:


    O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, desde então, e antes de suas obras. Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da terra. Quando ainda não havia abismos, fui gerada (A PALAVRA), quando ainda não havia fontes carregadas de águas. Antes que os montes se houvessem assentado, antes dos outeiros, eu fui gerada (A PALAVRA). Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu, quando traçava o horizonte sobre a face do abismo; Quando firmava as nuvens acima, quando fortificava as fontes do abismo, Quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando compunha os fundamentos da terra. Então eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele em todo o tempo;Regozijando-me no seu mundo habitável e enchendo-me de prazer com os filhos dos homens. Provérbios 8:22-31


    De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo (SER) em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Filipenses 2:5-6


    Ou seja, Paulo afirma que Jesus é igual a Deus porém não por usurpação, mas por conseguir realizar toda boa, perfeita e agradável vontade do Pai!


    Agora, Jesus só pode ser "Deus" se em tudo for igual, em todo tempo, na vontade do Pai, porém tem uma coisa que Jesus não poder realizar: uma "vontade" distinta da do vontade do Pai, pois isto não o colocaria em UNIDADE com o Pai. Todo SER que realiza uma vontade é um deus, mas somente o SER que realiza toda a vontade de Seu Pai é o único DEUS!

    Esta perfeita comunhão entre o Pai e o Filho foi manifestada aos homens:

    Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. Lucas 22:42

    Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. João 6:38

    Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;Mateus 6:10

    Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe. Marcos 3:35

    Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. João 4:34

    Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo. João 7:17

    Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve. João 9:31

    Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou. João 5:30

    Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. João 6:40

    Para refletir:



    Abraços fraternos a todos!
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    Mensagem por Diephe Sex 03 Jan 2014, 22:25

    Rasabino:

    Quem não tem palavra (voz) pode existir, só não pode ser Deus da palavra... poderia ser se o poder estivesse na mentalização... mas segundo Isaías 55:11 Deus é Deus pela Palavra.

    Só gastaria de te fazer uma pergunta:
    Jesus foi gerado por quem? Pelo Pai ou por si mesmo?
    Se foi pelo Pai, então haveria Deus mesmo sem Filho...
    Se foi gerado por si mesmo: praticou incesto, pois, foi filho e marido de Maria.
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    Mensagem por Rasabino Sex 03 Jan 2014, 23:25

    Diephe escreveu:Rasabino:

    Quem não tem palavra (voz) pode existir, só não pode ser Deus da palavra... poderia ser se o poder estivesse na mentalização... mas segundo Isaías 55:11 Deus é Deus pela Palavra.

    Só gastaria de te fazer uma pergunta:
    Jesus foi gerado por quem? Pelo Pai ou por si mesmo?
    Se foi pelo Pai, então haveria Deus mesmo sem Filho...
    Se foi gerado por si mesmo: praticou incesto, pois, foi filho e marido de Maria.

    Creio que as nossas maiores dificuldades de entendimento está em conceituar o que seja um "espírito". Para mim, espirito é uma vontade (volição). Nossas vontades (espirito) estão sendo aperfeiçoados afim de se alinharem com a vontade perfeita (Espirito) que é eterna. Quando penso em Deus, não o conheço, mas quando sou intuído (guiado) por Ele, então eu O discirno e O compreendo. Não podemos pensar em Deus, pois Deus é Espirito. Ele só se manifesta através da vontade e pela vontade. Quem discerne a Sua vontade O compreende e o conhece.

    E foi justamente esta vontade (Espírito) que gerou a Palavra (Jesus). Antes de gerá-la, ela estava escondida em Sua vontade.

    Nossos filhos estão escondidos em nossas entranhas ainda antes de nós os gerarmos:

    Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia. Salmos 139:15-16

    Se Jesus é o Verbo de Deus, se Jesus é a Palavra de Deus, Jesus estava no Pai desde a eternidade, mas foi manifestado somente na gênesis. Por isso o escritor de hebreus usa o verbo "gerar" que traz o sentido de "sair ou formar das entranhas"!

    Jesus sempre esteve no Pai e o Pai sempre esteve no Filho desde a eternidade, mas foi manifestado (gerado) somente na gênises, porque teve um dia em que isto de fato ocorreu: Tu és meu filho, hoje eu te gerei (manifestei)
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    Mensagem por Rasabino Sex 03 Jan 2014, 23:42

    Diephe escreveu:

    "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel." Isaías 7:14

    Acho que nem tem como ser cristão se não acreditar que Maria é mãe de Jesus. Mas, não havia Jesus no céu antes disso; qualquer ensino além disso fere I João 4:1-3. Neste ponto, unitaristas e trinitaristas viram "amigos" porque todos concordam que o Cristo estava no céu antes de nascer. O que muda é que para uns era o Pai e para os outros era Filho.

    Enfim o diabo está satisfeito é com a contagem, é com o censo (I Cr 21:1).
    (Me lembro que você não acredita em diabo e por consequência no pecado).[/font]

    Diephe, em que sentido Maria é a mãe de Jesus? NO sentido de ter usado seu DNA para formá-lo? Jesus não é uma obra simples e pura do Espirito Santo? Então Jesus carrega a morte desde o seu nascimento, visto que todos os descendentes (DNA) de Adão morrem conforme o texto de Paulo?

    Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. 1 Coríntios 15:22

    Como se entende o texto de Isaías que diz>

    Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9:6

    um menino nos nasceu, um filho se nos deu Ouça> nasceu um menino, mas um filho foi dado... não nasceu!

    abs fraternos!

    So uma perguntinha: Vc é o mesmo Diephe do webservos?

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