Ao me inscrever neste Forum, ocupei-me em conhecer o possível de temas e mensagens existentes. Esta, em particular despertou minha atenção.
Surpreendeu-me o fato de Tzaruch não aceitar a diferenciação entre os termos “entender” e “compreender”, devo assinalar que essa diferenciação, como apresentada por Aldo, é amplamente conhecida, aceita e propalada nos ambientes por mim frequentados.
Observei a fraca argumentação apresentada por Tzaruch, totalmente apoiada em dicionários; sem que apresentasse um só argumento que fosse originado em seu arrazoado próprio, que pudesse justificar sua objeção pessoal à apontada diferenciação.
Como sinônimos, tanto o “entender” como o “compreender” definem a assimilação de alguma informação. Mas, além e adiante do significado básico e das sinonímias oferecidas pelos dicionários, situações há que necessitam de um sentido semântico diferenciado, mais específico.
Exemplificando, consideremos uma pessoa que estivesse a estudar um tema exclusivamente racional, como a matemática. A assimilação será efetuada pela sua mente racional. Precisamos dar um nome que caracterize esse tipo de assimilação.
Consideremos agora uma pessoa que estivesse a ler Dostoyewsky. A força impactante dessa leitura será assimilada pela sensibilidade, não pela razão. Precisamos dar um nome que caracterize esse tipo de assimilação.
A proposta é chamar de entendimento à primeira e de compreensão à segunda.
Não haveria exemplo mais eloquente que aquele já citado por Aldo alhures
Entendo a Bíblia em português porque está escrita em uma língua que conheço, não entendo uma Bíblia em Russo. Compreendo a mensagem Bíblica porque me sensibiliza e me inspira a Fé.
Finalizando, imagine-se uma pessoa que necessite que outra pessoa considere sua situação aflitiva. O que pedirá?
Pedirá: - por favor, seja compreensivo, entenda a minha situação.
Percebe?
- seja compreensivo = apelo para o seu sentimento.
- entenda minha situação = veja a razão de meu pedido.
Tzaruch, fico no aguardo de teus argumentos contrários.