por Prof. Azenilto G. Brito Sex 21 Mar 2014, 19:30
Pois o contexto todo seria necessário, já que o Manual da Igreja de 1963 já trazia a Trindade, como o meu amigo dos EUA confirma.
Aliás, eu fui batizado na Igreja Adventista em 20 de março de 1966. E de modo algum havia dúvida sobre essa doutrina. Aliás, tenho comigo o meu cartão de batismo, e nele leio, no verso, o “Voto Batismal”, sendo o artigo 1o. o seguinte:
“1. Crê em Deus Pai, em Seu Filho Jesus Cristo e no Espírito Santo?”
Essa pergunta só faz sentido num contexto de crença na Trindade. Tanto que o livro do pastor adventista Arnaldo Christianini, Radiografia do Jeovismo, foi publicado pela mesma época de meu batismo e trazia tranquilamente todo o entendimento das Igrejas históricas sobre o tema.
Então, não sei o contexto do que se deu em 1980, e o ideal seria mostrarem uma declaração de fé anterior onde ensinasse algo diferente, e cadê que nunca a apresentam?
Mas vejam este trecho do artigo “O Debate Sobre a Trindade no Adventismo-I”, de Jerry Moon, Ph. D., Chefe do Depto. de História Eclesiástica do Seminário Teológico da Universidade Andrews (da IASD):
Em 1930, a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia recebeu um pedido de sua Divisão Sul-Africana de que “uma declaração do que os adventistas crêem seja impresso no Year Book [Anuário]” para “ajudar oficiais governamentais e outros a terem um melhor entendimento de nosso trabalho”. Em resposta, a Comissão da Associação Geral designou uma subcomissão (composta por M. E. Kern, secretário-associado da Associação Geral; F. M. Wilcox, editor da Review and Herald; E. R. Palmer, gerente da Review and Herald Publishing Association; e C. H. Watson, presidente da Associação Geral) para preparar uma declaração das crenças adventistas.
Wilcox, como o principal escritor entre eles, esboçou uma declaração de 22 pontos que foi subseqüentemente publicada no SDA Year Book de 1931. O segundo tópico falava da “Divindade, ou Trindade”, e o terceiro afirmava que “Jesus Cristo é verdadeiro Deus”, um eco do Credo Niceno. Para que ninguém pensasse que os adventistas tencionavam estabelecer um credo, “nenhuma aprovação formal ou oficial” foi buscada para a declaração. Quinze anos mais tarde, quando a declaração havia obtido aceitação geral, a assembléia da Associação Geral de 1946 tornou-a oficial, votando que “nenhuma revisão dessa Declaração de Crenças Fundamentais, como agora aparece no Manual [da Igreja], será feita em tempo algum exceto numa assembléia da Associação Geral.” Isto assinalou o primeiro endosso oficial de um ponto de vista trinitariano pela Igreja. . .