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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

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    Mensagem por Fernando_Pinheiro Seg 10 Nov 2014, 19:06

    Sabe-se que as Bíblias de hoje são baseadas em duas compilações de textos: O Texto Crítico (de Westcott e Hort) e o Textus Receptus.

    Não querendo ser polêmico, (mas sendo) e sem querer atrapalhar a fé de alguns irmãos, exponho qui algumas questões pertinentes ao assunto:

    O que se sabe é que o Receptus é mais extenso (contém mais palavras) e consequentemente o Crítico (que foi compilado em 1881 e é o mais utilizado hoje) é mais curto...

    O que dizer em caráter de fé sobre a Bíblia ser a palavra de Deus? Pois, se teoricamente o Crítico está mais correto, logo o Receptus contém a Palavra, não sendo em sua totalidade… O contrário também, pois se o crítico estiver incompleto por conter menos palavras que o Receptus e o Receptus for o correto, logo o Crítico também não será em sua totalidade….. Enfim…

    (Muito pano pra manga?)



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    Mensagem por Fernando_Pinheiro Ter 11 Nov 2014, 14:23

    A Bíblia é ou não a Palavra de Deus? Ou "contém" a Palavra de Deus?

    As razões lógicas de compilação dos livros implicam na base ou a fé comum?




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    Mensagem por Jefté Qua 19 Nov 2014, 10:43

    Olá irmão Fernando Pinheiro
    Paz!
    Creio ter muito a dizer neste tópico, e, a minha resposta ao tópico com toda a convicção e respaldo é:

    O Fiel Texto Grego do Novo Testamento que sustenta a verdadeira, poderosa, imutável e eterna palavra de Deus é, sem dúvida alguma, o Textus Receptus, conhecido também como Texto Majoritário (representado por 95% dos manuscritos gregos do Novo Textamento), conhecido também como Texto Siríaco ou Bizantino !!!!!!!!!!!!!!!!

    E, a princípio, trago somente uma matéria informativa num site abordando a questão:



    As Primeiras Traduções da Bíblia Sustentam o TR (Textus Receptus).


    1 - PESHITTA (em Siríaco), cerca ano 150

    - As primeiras versões em Siríaco são muito importantes pois: (a) A maioria dos autógrafos, isto é os manuscritos originais escritos pelas próprias mãos de Mateus, Marcos, etc. até João (o Apocalipse), estava na Ásia Menor e na Síria. (b) Por isso, os mais antigos manuscritos-cópia gregos encontrados na Síria podem ter sido copiados diretamente dos originais! e/ou devem ter sido conferidos cotejando-os com eles! (c) E os mais antigos manuscritos-cópia das traduções para o Siríaco podem ter sido traduzidos diretamente dos originais em grego (os autógrafos)! e/ou devem ter sido conferidos cotejando-os com eles!
    - Peshitta significa "simples" (pois, estando na língua do povo, era mais fácil de ser entendida do que os manuscritos gregos).
    - A Peshitta data de cerca do ano 150.
    - Originalmente, continha apenas os 66 livros que comporiam a Bíblia da Reforma.
    - Corrupção do texto só começou a partir de cerca da metade do século 2**, quando Orígenes transferiu-se de Alexandria para Cesaréia.
    - A partir daí e especialmente durante o tempo de Eusébio e Panfílio (260-340), a Peshitta foi se desintegrando e decaiu para as más condições e os tipos hoje conhecidos como Filoxeniano (485 - 519), Harcleano (616) e Siríaco de Jerusalém (um lecionário dos Evangelhos, de data desconhecida).
    - A Peshitta tem cerca de 350 manuscritos sobreviventes, sendo os mais velhos de 4**.
    - A análise deles mostra que a Peshitta (na sua forma original e intocada) sustenta maravilhosamente o TR.


    2 - ANTIGA LATINA (em Latim) - cerca ano 157

    - As principais traduções antigas da Bíblia para o Latim são: (a) A Antiga Latina (que era chamada de Vulgata [significando a língua vulgar, usual, do povo], antes de Jerônimo e do Romanismo roubarem este nome); (b) a Ítala; e (c) a Vulgata de Jerônimo. Esta última é bem posterior e tem muita da má influência de Alexandria (embora ainda esteja mais perto do TR do que do TC, do Vaticanus e do Sinaiticus!).
    - Não é muito claro se a Antiga Latina e a Ítala realmente nasceram distintas ou se são variações da mesma tradução original.
    - Também não é totalmente claro se a Antiga Latina (e, também, a Ítala) é uma só versão ou se é um número de versões.
    - Nem se o texto da Antiga Latina do Norte da África foi independente daquele da Europa.

    - Antiga Latina: alguns historiadores e outras fontes põem sua tradução em cerca do ano 157. Tertuliano testifica de muitas cópias de uma  tradução COMPLETA da Bíblia para o Latim, circulando por todo o Norte da África, no ano 190.
    - Tradutor desconhecido, empreendimento não organizado, local indeterminado (mais provavelmente o Norte da África).
    - É muito, muito literalista.
    - Resultou de um esforço ESPONTÂNEO de tradução, por crente(s) individual ou por alguma(s) assembléia local - independente - autônoma - soberana, ao invés de ser uma imposição OFICIAL de uma mega organização centralizada, como o seriam a Vulgata de Jerônimo e todas as Bíblias Alexandrinas.

    (Nenhum fruto prestou quando veio da árvore de "um grande esforço das maiores organizações religiosas, unidas com o cândido objetivo de revisar a Bíblia da Reforma", pois este "revisar" incluiu revisar o texto em que ela se baseou! Começando por Col 1:14, 1Tim 3:16 e 1Jo 5:7-8, faça as seguintes comparações:
    . Em grego, contraste os NT coligidos por Erasmus (3a edição em diante) contra os da United Bible Society;
    . Em inglês, contraste a Bíblia de Tyndale 1525 [a KJV1611 é o "polimento final" dela] contra a English Revised Version 1881, encomendada pela Southern Convocation of the Church of England (a primeira revisão das Bíblias da Reforma!);
    . Em alemão, contraste a Bíblia de Lutero 1522 contra a Hoffnung fur Alle, da International Bible Society;
    . Em espanhol, contraste a Bíblia de Cassiodoro de Reyna 1569 contra a Nueva Versión Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional;
    . Em italiano, contraste a Bíblia de Diodati 1607 contra Il NT in Lingua Moderna, da International Bible Society;
    . Em francês, contraste a Bíblia de Lefevre y Olivetan 1534 contra a Bible de Semeur, da International Bible Society;
    . Em português, contraste a Bíblia de João F. de Almeida [a ACF é ela na gramática de hoje] contra ... vocês sabem!).

    - Atenção:
      a) As primeiras cópias da Antiga Latina (e todas as cópias usadas pelos Valdenses do indomável vale de Vaudois, ao Norte da Itália, aos pés dos Alpes, desde os anos 157, passando pelo reavivamento de 1170 até a destruição pouco antes da Reforma) NÃO tinham os Apócrifa e eram 100% baseadas em manuscritos gregos dos anos 1** (que não sobreviveram mas que, inegavelmente, à luz da tradução para o Latim, têm que ter sido basicamente iguais ao texto dos manuscritos Bizantinos que nos chegaram às mãos).
      b) Mas algumas cópias posteriores da Antiga Latina tiveram acrescentados os Apócrifa e tiveram algumas adulterações, tudo introduzido por admiradores dos hereges Orígenes e Agostinho. Cuidado!
    - Apesar dos esforços Romanistas de liquidar a Antiga Latina e de impor a Vulgata de Jerônimo, a primeira estava constantemente reaparecendo e sendo trazida de volta à Europa. Além dos Valdenses, também os Albingenses recusaram totalmente a Bíblia de Jerônimo, aferraram-se à Antiga Latina, foram independentes de Roma, e, por tudo isto, foram considerados hereges, foram caluniados, perseguidos, e exterminados.
    - A Antiga Latina tem cerca de 35 manuscritos-cópia sobreviventes, sendo os mais velhos de 3** e os mais novos de 12**. - A análise deles mostra que a Antiga Latina (na forma original e intocada) sustentou maravilhosamente o TR.


    3. DIATESSERON, antes ano 160

    - É uma harmonização tentando colocar em uma ordem cronológica os versos dos 4 evangelhos. Foi escrito por Taciano da Assíria antes do ano 160. Teodoreto (390 - 458) encontrou e destruiu mais de 200 cópias do Diatesseron que estavam circulando na Ásia Menor. O trabalho não sobreviveu em sua forma original, mas sim em comentários tais como o de Efraim. A análise dos comentários, traduções, etc. sobreviventes mostra que o Diatesseron (na sua forma original e intocada) sustenta maravilhosamente o TR. Por exemplo, Luc 2:33 e Joã 9:35 exaltam a divindade e o nascimento virginal de Cristo, contra o TC.


    4. VERSÃO GÓTICA, cerca ano 250

    - Já estava em uso em 330 (20 anos antes do Vaticanus e Sinaiticus saírem da forja!). A tradução foi feita por Ulfilas, provavelmente cerca do ano 250.
    - É extremamente literalista, a ponto de usar a ordem das palavras em grego, mesmo contra o idioma Gótico.
    - A análise dos cerca de 6 manuscritos sobreviventes (copiados entre 4** e 5**) mostra que a Versão Gótica (na sua forma original e intocada) sustenta o TR.
    - Por exemplo, Mat 6:13 termina com "porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém."


    Extraído do site: http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/1asTraducoesSustentamTR-Helio.htm

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    Mensagem por Fernando_Pinheiro Qua 19 Nov 2014, 11:59

    Shallom Jafté!

    Nesse caso então você utiliza a versão "ACF" (Almeida Corrigida Fiel) da SBTB (Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil)?!?

    O que dizer do fato de apenas uma editora (brasileira) publicar a "Única" (em sua opinião) Palavra de Deus? Pois, pelo que postou, o "texto crítico" que possui menos palavras que o "Receptus", obviamente é incompleto e/ou adulterado (para alguns).

    Como preciso encontrar tempo para esse debate, não vou me ater a muitos detalhe por enquanto, mas vamos para algumas questões:

    O texto "majoritário" conhecido também como Siríaco ou Bizantino, que são a maioria dos manuscritos (como você mesmo disse), são bem diferentes dos os alexandrinos que são caracterizados como "mais antigos". Existem alguns critérios que devemos avaliar antes de chegarmos às supostas conclusões. E um deles é sobre a datação dos manuscritos utilizados, uma vez que não existem mais originais e sim cópias das cópias.

    Quanto a matéria informativa, pretendo ler com cuidado.

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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Jefté Qua 19 Nov 2014, 21:25

    Paz Fernado_Pinheiro

    Sim, utilizo a ACF mas também a ARC (que possui algumas diferenças).

    De fato, o TC possui várias subtrações de palavras... e até expressões... em relação ao Texto Recebido.
    Mostrando assim ser uma versão incompleta, imprecisa, desatenciosa, negligente.
    Não digo isso unicamente pelo fato de o texto Alexandrino (conforme o denominam) possuir bem menos palavras (e até expressões) do que o Textus Receptus; mas também pelo fato do próprio Texto Alexandrino sequer concordar-se entre si; ou seja, ele não concorda nem consigo mesmo; não existe dois manuscritos Alexandrinos concordes no seu teor de texto.
    Aliás, o Texto Crítico foi produzido tendo como base dois manuscritos alexandrinos apenas: o Códice Sinaitico e o Vaticanos, e ambos somente nos evangelhos se contradizem (um se opondo ao outro) 3 mil vezes, sem contar o restante do Novo Testamento; e igualmente contradizem em mesmo número ao Texto Receptos.
    Só neste ponto já se vê o quão é imperfeito: todos os seus copistas não conseguiram manter a unidade no teor do seu texto; ou é extrema desatenção no copiar; ou ainda, é porque (o Texto Alexandrino) teria várias matrizes (discordantes entre si) a ponto de gerarem manuscritos vários em mesmo grau...
    E, o que é mais engraçado; foram os críticos e estudiosos do século XIX que se puseram a corrigir a falha e desatenção/discórdia-textual (entre Vaticanus e Sinaiticus) "escolhendo" aqui e acolá qual seria "a palavra de Deus" (na Edição Neotestamentária) por eles editada a permanecer como tal...
    desde quando a Palavra de Deus "careceu" dessa "mãozinha" dos homens ???!!


    O que dizer do fato de apenas uma editora (brasileira) publicar a "Única" (em sua opinião) Palavra de Deus? Pois, pelo que postou, o "texto crítico" que possui menos palavras que o "Receptus", obviamente é incompleto e/ou adulterado (para alguns).

    Realmente é lamentável....e os crentes, os irmãos não atentam a isso.
    Embora a Bíblia alcance cada vez mais números expressivos de edições e tiragens (e isso também se deve pelo motivos de se produzirem várias "versões" e níveis de variações), creio que o mesmo não se dê pelo lado percentual de leitura e estudo (e n vezes o cristão não conhece/lê a própria Bíblia). Acredito que os cristãos leem pouquíssimo a Escritura.
    Sendo assim, fica extremamente fácil para quem quer que seja alterar/trocar/mudar a edição/versão. Isso não ocorreu na época da Reforma; quando Erasmo fez sua primeira edição sofreu várias críticas e pressões dos crentes, e até necessitou fazer alterações nas 2ª e 3ª edição devido a pressão.
    Hoje, isso parece não significar problema algum....é uma pena...


    O texto "majoritário" conhecido também como Siríaco ou Bizantino, que são a maioria dos manuscritos (como você mesmo disse), são bem diferentes dos os alexandrinos que são caracterizados como "mais antigos". Existem alguns critérios que devemos avaliar antes de chegarmos às supostas conclusões. E um deles é sobre a datação dos manuscritos utilizados, uma vez que não existem mais originais e sim cópias das cópias.

    Realmente eles podem ser mais antigos, mas são poucos... e desuniformes no teor de texto.
    Será por que que os copistas dos manuscritos bizantinos mantiveram a unidade no teor do texto em mais ou menos 5000 manuscritos bizantinos por eles copiados ao londo dos séculos (V ao XV), e os copistas dos manuscritos Alexandrinos sendo tão poucos nenhum deles mantém-se sequer concorde c/ os de sua própria família textual ????
    Isso poderia significar alguma prova de se ser mais fidedigno ou o contrário ??
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    Mensagem por Fernando_Pinheiro Seg 24 Nov 2014, 11:11

    Caro Jefté, Shallom!

    Primeiramente, quero dizer que não tenho ainda uma preferência (Receptus ou Crítico), estou estudando para isso...

    Pude notar que seus argumentos nesse assunto são bem influenciados pelos fundamentalistas batistas do "solascriptura". Falo porque já li muitos artigos de lá concordando de uns discordando de outros).

    Você afirmou que os textos alexandrinos divergem entre si, mas os bizantinos também!
    Não existe nenhuma cópia idêntica de ambos os lados! (procure e verá que é verdade!)

    Mas enfim, sei que há uma regra da crítica textual (me refiro à ferramenta em si):

    Não é o texto que é mais copiado que é o mais confiável e sim o mais antigo.

    É por essa razão que se estuda muito a origem dos pergaminhos e a datação dos mesmos. Pois a partir daí e da comparação com outros textos que é possível perceber as inserções, omissões, alterações dos textos. Ou seja, no comum da crítica textual (e isso se aplica não só a textos bíblicos) a leitura mais curta, gramaticalmente mais difícil e a mais antiga é que provavelmente são mais próximos aos originais.

    O número de testemunhas, nesse caso cópias próximas subentendida no seu argumento já é um dado secundário na avaliação.

    Outro detalhe é que Wescott e Hort apenas compararam o texto Sinaítico e o texto Vaticano com o Receptus! Apenas isso! E onde os dois concordaram com a leitura "mais original" eles colocaram como texto principal e onde discordaram colocaram como nota de rodapé.

    Detalhe: Foi uma critica textual ainda inicial. Obviamente que esse texto foi totalmente substituído pelo texto de Nestle-Aland, que trouxe uma metodologia mais moderna e que não deu preferência a um texto como base, mas fez uma leitura crítica de toda as testemunhas conhecidas.

    Atualmente, Nestle-Aland está na 28a. Edição e com certeza difere muito do Textus Receptus, uma vez que ela incorpora as últimas descobertas da arqueologia bíblica, enquanto o Receptus "parou no tempo".

    Lembrando que o Receptus foi preparado por Erasmo de Roterdã, e tudo bem que seu texto no geral concordou com 90 a 95% dos 5.000 manuscritos, ele não utilizou o Códice Vaticano e usou poucos manuscritos gregos. E esse texto que foi utilizado pelos reformadores para tradução. Talvez por essa razão a dificuldade de muitos hoje em aceitarem textos gregos que diferem do texto que os reformadores tinham em mãos. O problema é que o Receptus se restringe apenas aos textos da família bizantina e não considera os textos Alexandrinos. Claro que a edição crítica "peca" ao não dar peso aos textos bizantinos, mas isso não é porque os deixa de lado, mas porque o texto bizantino, quando comparado ao Sinaítico, Vaticano, é a leitura mais fácil, maior e portanto, provavelmente menos original.

    Nota: todo conhecedor de linguagem sabe que a língua muda e sofre transformações, fazendo aquilo que foi escrito de modo simples (para o público geral) se torne algo gramaticalmente complicado de entender no decorrer dos séculos. Isso se dá mais com os textos Alexandrinos que também são de datação mais antiga.

    Logo prefiro pensar que em termos de Palavra de Deus, somente os autógrafos, que não temos mais! Agora, procuro encontrar qual dessas versões é a melhor... mais próxima... estudando... estudando... buscando...


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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Valdomiro Ter 25 Nov 2014, 14:34

    Fernando, Paz!

    Concordo contigo.

    Com relação ao Texto Receptus, ele tem flagrantes interpolações que me fazem preferir o Texto Crítico. O Texto Crítico, por sua vez, por causa de sua base científica, termina produzindo versos problemáticos, já que nem sempre a leitura mais difícil é a correta. A diferença é que com relação ao TC se reconhecem os problemas e os expõem. Em relação TR simplesmente teimam em achar que ele é a preservação da palavra de Deus quando, por exemplo, os  últimos versos de Apocalipse, Erasmo precisou verter do latim para o grego, já que o manuscrito que ele dispunha para sua obra não tinha esses versos, e essa versão produzida por ele continua sendo tratada como inspirada, por certos grupos, quando não há nenhum manuscrito grego, nem mesmo da família bizantina que contenha a redação que Erasmo produziu. Isso sem falar da interpolação de I Jo. 5.7.

    Outro detalhe é o "problema" das diferenças. Ora, entre o TR e o Texto Majoritário há quase 2.000 diferenças. Se as 5.000 do TC X TR for problema, não se pode dizer que 2.000 TR X TMaj não é um "problema".

    No geral os defensores do TR não citam esse "problema" com o TMaj.


    Paz!
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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Fernando_Pinheiro Ter 25 Nov 2014, 15:13

    Valdomiro, Shallom!

    Peço, por gentileza, o esclarecimento de TC e TR, pois creio que algumas vezes você inverteu as siglas (ehehe)

    Pois o TR (Texto Receptus) tem por apelido Texto Majoritário e não o contrário.


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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Valdomiro Ter 25 Nov 2014, 16:49

    Fernando, Paz!

    Obrigado, bom irmão, pela sugestão. Mas, tomei esse cuidado na última postagem e não misturei não! rs

    Entendi porque você achou que eu misturei quando você disse que o TMaj era um apelido do TR.

    Um detalhe que passa desapercebido de muita gente é que o TMaj não é outro nome ou apelido do TR. Alguns podem até usar dessa forma, mas não são o mesmo texto.

    Por exemplo o TR tem a Comma Joanina em I Jo. 5.7, já o TMaj não e entre eles há quase 2.000 diferenças.

    Para uma lista dessas diferenças veja: http://www.bible-researcher.com/hodges-farstad.html

    Paz!
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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Jefté Ter 25 Nov 2014, 18:08

    Valdomiro

    Paz!
    Dei uma olhada por alto às "2000" diferenças listadas entre Texto Majoritário/Texto Receptus e o que constato é: Praticamente não passa de maneiras diferentes de se dizer a mesma coisa (talvez c/ mínimo complemento)!

    Mas agora, o Texto Crítico em relação ao Texto Receptus verdadeiramente contém milhares de subtrações ao Texto; cito uma delas, grandiosa falta, por exemplo:
    Romanos 8:1 -

    Texto Receptus:
    Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.

    Texto Crítico:
    Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus,
    (afirmação incompleta, incorreta e não verdadeira)

    A parte sublinhada em Romanos 8:1 (no Texto Receptus) não consta no Texto Crítico.
    Ou seja, o dizer é incompleto, faltoso; não fornece uma informação segura e fiel; aliás está dizendo meia-verdade.
    Paulo várias vezes exorta nas epístolas que o viver/andar segundo a carne pelo cristão não agradará a Deus tampouco o fará herdar o Seu reino. Isso mostra deveras que o Texto Receptus fornece sempre as informações completas e fiéis, ao ensinamento e é fidedigno; enquanto o Texto Crítico em várias passagens passa apenas certas ideias; isso é comum nele.

    Em Gálatas 5:15-18 diz:
    "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
    Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei."
    (Gal. )

    Gálatas 5:19-23
    "Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
    Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei."


    "Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." (Gal. 5:25)

    II Coríntios 6:9-10
    "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus."

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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Valdomiro Ter 25 Nov 2014, 18:32

    Jefté, Paz!

    Jefté escreveu:Paz!
    Dei uma olhada por alto às "2000" diferenças listadas entre Texto Majoritário/Texto Receptus e o que constato é: Praticamente não passa de maneiras diferentes de se dizer a mesma coisa (talvez c/ mínimo complemento)!
    E assim é também no comparativo TR X TC. Se em um estiver escrito "Jesus Cristo" e no outro "Cristo Jesus" conta como diferença que no somatório dá aquele numero alto que os pró TR apontam e fazem alarde. Ou seja, as diferenças em muitos casos tem o mesmo peso que ocorre com o TMaj X TR.

    Esse texto de Rm. 8.1 na versão do TR pode simplesmente ter sido a opinião do copista que vendo o estilo paulino de escrever resolveu acrescentar, já falta em manuscritos anteriores ao TR. Não há nenhuma boa razão para se afirmar que alguém retirou esse trecho do verso. Nem mesmo é um verso de disputa teológica. Não precisa citar outros, eu sei que existe outros.

    De qualquer forma você citar textos que considera relevantes das diferenças TR X TC não torna a questão menos complicada no comparativo TMaj X TR.

    I Jo. 5.7 (TMaj): Três são os que testificam
    I Jo. 5.7 (TR): Três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra e o Espírito Santo e este três são um.

    Se fosse possível consider um deles como a preservação da Palavra de Deus, apesar de bizantinos; apenas um, evidentemente, seria a forma correta. E sobre I Jo. 5.7 na redação do TR sobram evidências de que o TR tem uma interpolação.

    Paz!
    Valdomiro.
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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Fernando_Pinheiro Qua 26 Nov 2014, 09:23

    Valdomiro escreveu:Fernando, Paz!

    Um detalhe que passa desapercebido de muita gente é que o TMaj não é outro nome ou apelido do TR. Alguns podem até usar dessa forma, mas não são o mesmo texto.


    Prezado irmão Valdomiro, Shallom!

    Dessa eu não sabia eheheh, mais uma para agregar meu conhecimento!

    Sabe me dizer, quando foi que se usou essa nomenclatura?


    Lehitraót!
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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Fernando_Pinheiro Qua 26 Nov 2014, 09:45

    Jefté escreveu:

    Mas agora, o Texto Crítico em relação ao Texto Receptus verdadeiramente contém milhares de subtrações...
    Essa afirmação está correta para o tema proposto, pois já sabemos que o Receptus tem MUITO MAIS palavras e o Crítico MENOS.

    Jefté escreveu:
    ...(afirmação incompleta, incorreta e não verdadeira)...

    A parte sublinhada em Romanos 8:1 (no Texto Receptus) não consta no Texto Crítico.
    Ou seja, o dizer é incompleto, faltoso; não fornece uma informação segura e fiel; aliás está dizendo meia-verdade.

    Agora afirmar assim, já é uma questão de opinião particular (ou fé?), pois para alegar de tal modo é preciso acreditar que o Receptus é o verdadeiro em detrimento do Crítico.

    Jefté escreveu:
    Paulo várias vezes exorta nas epístolas que o viver/andar segundo a carne pelo cristão não agradará a Deus tampouco o fará herdar o Seu reino. Isso mostra deveras que o Texto Receptus fornece sempre as informações completas e fiéis, ao ensinamento e é fidedigno; enquanto o Texto Crítico em várias passagens passa apenas certas ideias; isso é comum nele.
    Nesse quesito, concordo com o Ir. Valdomiro, pois há possibilidades do cipista ter acrescentado, não só nessa passagem, mas em diversas outras.
    São hipóteses que não podem ser descartadas, sejamos honestos, do mesmo modo de textos terem sido subtraídos por acidente, nesse caso não penso em versos inteiros, mas talvez linhas e palavras, o que é comum no exaustivo trabalho de copista.

    Estive por um tempo envolvido com grupos de tradução (das Escrituras) para línguas indígenas, (meu ex professor de linguística, por sinal, trabalha com isso até hoje), e o que me foi passado é que é muito comum haver interpolações ou explicações acrescentadas para o entendimento, por se tratar de outra cultura, porém é feito notas de rodapé ou sinalizações de que tal acréscimo não consta nos textos. Esse é o entendimento é atual, sobre diferenciar o acréscimo do texto original, naquele tempo os copistas não tinham tal costume ou normas padronizadas.

    Enfim,

    Lehitraót!
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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Jefté Qua 26 Nov 2014, 10:25

    Olá Fernando Pinheiro
    Paz!


    Pude notar que seus argumentos nesse assunto são bem influenciados pelos fundamentalistas batistas do "solascriptura". Falo porque já li muitos artigos de lá concordando de uns discordando de outros).
    Irmão
    Na verdade não é que eu seja influenciado p/ fundamentalismo de batistas da Solascriptura!
    Eu também sou um fundamentalista cristão! Sou tradicionalista, creio piamente na Palavra de Deus; não acredito jamais no desamparo do Senhor p/ com a sua palavra e conheço-a, amo, leio, estudo, tenho afinidade c/ o texto bíblico e não comungo nem acredito nas teses criadas pelos críticos: algumas delas: 

    "o texto mais antigo é o mais próximo ao original"
    ou 
    "a leitura mais curta e difícil é a verdadeira"
    ou ainda:
    "é mais fácil o copista acrescentar palavras ao texto do que omiti-las".

    Essa última tese deveras 
    é enganosa ao extremo; parece-me que a pessoa que a formulou, jamais tenha feito alguma copia dum ditado na escola; ou talvez nunca tenha copiado uma página sequer de algum livro, para se notar que omitir palavras ao copiar um texto (tanto a mão quanto datilografando) é infinitamente mais provável e comum ocorrer n omissões de palavras do texto, do que acrescentá-las ao fazer-se a cópia - imagina só, o Texto Crítico possui (só nos 4 evangelhos) ± 3 mil omissões em comparação ao Texto Recebido ) - em outras palavras, o Texto Receptus (Texto Majoritário) contém ± 3 mil palavras a mais, que se supõe-se foram acrescentadas (somente nos 4 evangelhos, em todo o Novo Testamento seriam ±5 mil entre acréscimos e divergências).


    Segundo esta tese, o copista então ao compor o Texto Majoritário (que é o resultado do Texto Receptus, partindo de uma base do Texto Crítico - que é o mais verdadeiro e fiel p/ os críticos) necessitou o copista, portanto realizar durante a sua cópia manuscrita "apenas" ± 5 mil pausas durante a cópia (dos 27 livros neotestamentários), refletindo (em cada uma delas) p/ poder adequar os 5 mil acréscimos/divergências ao texto que ele compunha (porque no Novo Testamento há ± 5 mil omissões/alterações).
    Ou seja, uma enfadonha e fabulosa empreitada, meu Deus! (fabulosa de fábula).
    Agora, pensemos: Além de ser extremamente dificultoso copiar um livro a mão (o NT tem 27 livros), o copista que teceu o Texto Majoritários além de copiar a mão os 27 livros lendo em outras cópias a mão; ainda ele necessitou realizar 5 mil PAUSAS durante a leitura e cópia dos 27 livros neotestamentários para inserir os ± 5 mil acréscimos (segundo a "brilhante" teoria da crítica), e isso em couro ou papiro, pois, na verdade somente o primeiro copista bizantinho é que teria que arcar c/ essa fabulosa empreitada.

    Mas, digo, os parâmetros e fundamentos desta tal crítica textual estão totalmente errados!
    É bem ao contrário: É MUITO MAIS FÁCIL O COPISTA COMETER OMISSÕES NO TEXTO, do que inserir acréscimos.
    Eu já copiei n versículos e até capítulos bíblicos p/ memorização, e realizei diversos saltos em palavras e expressões nas minhas cópias manuscritas (pensando estarem muito bem copiadas, quando na verdade, ela estava c/ falhas; e só me dava conta que havia omissão de palavras depois de memorizado o versículo ou capítulo, quando confrontava os verso perante os irmãos
    Então os críticos afirmam: é muito mais fácil fazer acréscimos ao texto copiado, do que omitir palavras ao copiá-lo.

    Em suma:
    Então, o copista que tecera o texto bizantino do Novo Testamento (copiando-o do Texto Crítico, fez aproximadamente 5000 pausas p/ acrescentar esse mesmo número de palavras no teor do texto neotestamentário. 
    Que loucura!!!

     
    O argumento da crítica da CONFLAÇÃO:

    Essa teoria da CONFLAÇÃO, segundo a qual, dizem: o Texto Bizantino seria formado pela soma de duas ou mais variantes dos textos Alexandrino e/ou Ocidental.
    Essa tese chega a ser ainda mais absurda; conforme os críticos textuais, o Texto Bizantinho (só lembrar que no passado não existiu qualquer menção, designação e separação dos textos neotestamentário em famílias) isso só veio a ocorrer no século XIX.
    Mas, segundo os críticos, que localizaram algumas amostras da tal conflação, acho que umas 10; nessa tese, os copistas bizantinos (que precisariam conhecer o Texto Neotestamentário como a palma da mão) ao copiarem o Texto Bizantino extraindo-o de duas ou mais matrizes (alexandrinhas e/ou ocidentais), entre as quais se teriam de encontrar estas variantes (que proporcionaram a conflação) em poucas passagens do todo o Novo Testamento; mas olha o que seria necessário nesta fabulosa empreitada: Para se fazerem esta conflação, se necessitariam pelo menos 3 matrizes diferentes (2 alexandrinas discordantes e 1 ocidental) e 2 ou 3 pessoas lendo cada versículo do Novo Testamento, para confrontar versículo c/ versículo (nas 3 versões) para conseguir fazer a tal CONFLAÇÃO; então, era um copista a copiar, e mas 3 pessoas c/ cada respectiva cópia lendo-a para realizar esta façanha; meu Deus, quanta fantasia; quanto delírio. 
    Na verdade, na verdade, como é tão comum omitir palavras nalgum ditado, e nalguma cópia manuscrita por exemplo do livro inteiro de Mateus; um só copista ao copiar um texto cometeria tantas quantas omissões ao texto por ele copiado, dependendo apenas da sua condição e atenção e habilidade e concentração na escrita de sua cópia; e ele, por si só poderia omitir várias palavras no texto gerando os textos omissos, tanto do lado alexandrino quanto do lado ocidental dos textos neotestamentários.
    Já, para o lado contrário, ou seja, os textos fidedignos serem os alexandrinos ou os ocidentais: pergunto: Se as palavras nos textos Alexandrinos eram as fidedignas, por que existem na própria familia de textos alexandrinos várias variáveis entre um só versículo ???
    Acaso o copista as criou do nada ???
    E as variáveis dos textos Ocidentais (lembrando que tanto um quanto o outro) existem poucas cópias representantes dos mesmos.
    Ora, dum só texto, a saber, do Texto Majoritário, se pode um só copista pela desatenção "criar" sem mesmo saber ou dar-se contas; todos os outros derivados de textos neotestamentários, a saber: os Alexandrinos, os Ocidentais e os Cesarenses - e isso somente devido a desatenção, falta de habilidade e de concentração ao copiar o texto.
    Em contrapartida: para se criarem os Textos Alexandrinos, e Ocidentais, e Cesarenses e também os Bizantinhos c/ suas alterações propositais e acréscimos ou divergências próprias; se necessitaria vários fatores p/ que os mesmos viessem a ocorrer.
    Para se conceberem os textos bizantinos a partir da somatória dos outros textos se necessitariam de várias pessoas c/ suas cópias comparando-as, lendo-as ou um supercomputador p/ se constatarem os mínimos detalhes e divergências em seus milhares de versículos.
    Pra se conceber os outros textos (Alexandrino, Ocidental e Cesarense) a partir do Texto Bizantino (que seria o completo) precisa-se somente ter o copista a copiar; e pelo nível de desatenção e habilidade e concentração do copista facilmente se geraria (sem se dar contas) os outros textos que se omitem várias e várias palavras do Texto Bizantino.
    Essa sim, é provavelmente e mais do que certa, a verdadeira versão da história manuscrita do Novo Testamento.
    Ou seja, a falha ao se copiar, a desatenção, a não compreensão daquilo que se está a copiar, e a fadiga na realização do trabalho.

    Os críticos simplesmente ignoram que, para se omitir palavras basta-se apenas se por a copiá-las num texto longo... e mais: sequer se dará contas (aquele que copia longo texto) quando ele omitiu alguma palavra.
    E mais, quando copiamos um texto a mão, várias vezes ao ler a frase para copiá-la; muitas vezes as soletramos e tivemos a impressão de as tê-las copiado devido a estar na nossa memória; mas nem sempre as copiamos; simplesmente eles fazem parte na nossa memória, mas falhamos em tê-las escrito; ou seja, na nossa mente nós a gravamos e as escrevemos, mas na verdade, somente as gravamos p/ escrevê-las, mas isso não ocorreu; só houve a memória do que se deveria escrever; mas não escrevemos tudo que o se estava na memória. 
    Isso são coisas facilmente ocorridas num processo de copiar tanto a mão quanto datilografando algum texto ainda mais se for longo. 

    Mas, como disse Jesus: Deixai-os...
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    "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?) Empty Re: "Texto Crítico" ou "Receptus"? (Onde está a Palavra de Deus?)

    Mensagem por Jefté Qua 26 Nov 2014, 11:18

    Olá Fernando Pinheiro
    Paz, irmão! 
    Estive por um tempo envolvido com grupos de tradução (das Escrituras) para línguas indígenas, (meu ex professor de linguística, por sinal, trabalha com isso até hoje), e o que me foi passado é que é muito comum haver interpolações ou explicações acrescentadas para o entendimento, por se tratar de outra cultura, porém é feito notas de rodapé ou sinalizações de que tal acréscimo não consta nos textos. Esse é o entendimento é atual, sobre diferenciar o acréscimo do texto original, naquele tempo os copistas não tinham tal costume ou normas padronizadas.
    Isso também é apenas uma opinião de homens, e não uma regra infalível em se cumprir.
    Também deve se levar em conta que quem copiava o texto grego p/ a mesma língua grega (como é o caso dos textos bizantinhos, alexandrinos em questão) não tinham tal preocupação de se adequar a escrita a outra cultura qualquer.
    Por que será que os judeus sempre copiaram as Escrituras e não a obedeceram???
    Será que é por que eles criam se tratar da palavra de Deus ???
    E o que dizer dos cristãos. Acaso eles não criam ser a mesma palavra de Deus a copiar?
    Ora, eu não sei mais os que observar quanto a opinião e fundamentação dos críticos; porque parece que os copistas hora eram apenas copistas, hora eram "ensinadores" que se dispunham na alteração dos textos bíblicos como melhor lhes convinha.
    Mas... se esta regra é verdadeira p/ os do passado, deveria também ser verdadeira p/ os de hoje; por que será que os críticos de hoje pensam ser bem melhores a ponto de não cumprirem a mesma regra por eles bolada e criada e crida (mas não seguida ?).
    Ou seja, eles hoje são extremamente confiáveis, fieis, não só na sua cópia manuscrita mas também em estabelecer regras e julgamentos p/ os outros; enquanto julgam os outros cristãos do passado como extremamente tendenciosos e desrespeitosos, quebrantando o próprio ofício de se copiar a Palavra de Deus!!!! 
    Se julgam (os de hoje) e se prometem como o máximo em confiáveis e fieis!!!!! ?????
    Ou seja, a regra só é válida aplicando-se a outros, neles nem se comenta! é o ser humano sempre a se promover....

    Eu não creio nesta argumentação e regra; não creio nestes conceitos humanos !!!!!!!!!

    Aliás, diz assim um texto bíblico: 
    Bendito o homem que confia no Senhor. E diz também: Maldito o homem que confia no homem.

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