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    Entendendo a Figura do "Servo Fiel e Prudente" de Mateus 24:45-51

    Prof. Azenilto G. Brito
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    Mensagem por Prof. Azenilto G. Brito Sex 18 Abr 2014, 06:04


    Gostaríamos de considerar atentamente a importante passagem bíblica de Mat. 24:45-57 que trata do “servo fiel e discreto”, ou, segundo a Tradução do Novo Mundo, “escravo fiel e discreto”. Este estudo visa a raciocinar à base das Escrituras sobre essa passagem bíblica, particularmente importante para os que se identificam como testemunhas de Jeová e/ou os que lidam com pessoas ligadas a tal grupo religioso. Vejamos inicialmente a parte crucial do texto, segundo as interpretações constante na literatura da Sociedade Torre de Vigia:

    “‘Quem é realmente o escravo fiel e discreto a quem o seu amo designou sobre os seus domésticos, para dar-lhes o seu alimento no tempo apropriado? Feliz aquele escravo se o seu amo, ao chegar, o achar fazendo assim! Deveras eu vos digo: Ele o designará sobre todos os seus bens”.

    As testemunhas de Jeová aprendem que esta passagem trata da liderança espiritual de sua organização religiosa, atualmente constituída de um Corpo Governante, que comanda as ações e ensinos de todas as TJ’s pelo mundo, tendo assim sido designado por Deus. É como diz, entre outros, o livro da Sociedade Torre de Vigia, Poderá Viver Para Sempre no Paraíso da Terra, pág. 195:

    “A organização visível de Deus hoje também recebe orientação e direção teocráticas. Na sede das Testemunhas de Jeová em Brooklyn, Nova Iorque, existe um corpo governante de anciãos cristãos de várias partes da Terra que dão a necessária supervisão às atividades mundiais do povo de Deus. Este corpo governante é composto de membros do ‘escravo fiel e discreto’ [Mateus 24 subentendido]. Os homens desse corpo governante. . . sendo governados teocraticamente, seguem o exemplo do primitivo corpo governante de Jerusalém, cujas decisões baseavam-se na Palavra de Deus e eram feitas sob a direção do espírito santo”.

    Contudo, temos que analisar devidamente tais palavras, e à luz de seu contexto chegamos a algumas importantes conclusões sobre a mesma, como mostramos nos parágrafos abaixo.

    Quando se leva em conta alguns fatos históricos relativos às próprias TJ’s—como o fato de ensinar que a volta de Cristo biblicamente prometida ocorreu em 1914 (de forma invisível aos olhos humanos)—vemos que essa interpretação torna-se problemática para tal reivindicação.  

    Recordemos alguns dos ensinos (ou “alimento espiritual”) dos dirigentes da Soc. Torre de Vigia por ocasião do início da “presença” de Cristo (tida como ocorrendo desde 1914) à luz de seus ensinos posteriores:

    A) Em 1914 ensinava-se que a própria “presença” de Cristo, de modo invisível à humanidade, se teria iniciado em 1874 (data depois alterada—em 1943—para 1914).

    B) Em 1914 entendia-se a data do início da ressurreição dos salvos como 1878 (alterada em 1927 para 1918).

    C) Em 1914 ensinava-se que o Reino seria estabelecido plenamente nos céus naquele próprio ano de 1914 e a história humana chegaria ao seu fim com a ascensão da Igreja para o Céu no mesmo ano (ver Proclamadores do Reino, pág. 61 e Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial, págs. 130 e 131).

    D) Em 1914 ensinava-se que medidas da pirâmide de Gizé no Egito continham profecias sobre o tempo do fim, com detalhadas explicações aparecendo em gráficos do livro O Mistério Consumado.

    E) Em 1914 ensinava-se a escatologia israelocêntrica dos dispensacionalistas (ideias proclamadas por Carlos Russell, fundador da Soc. Torre de Vigia, sobre o papel de Israel no futuro segundo profecias, noções que J. F. Rutherford descartou somente em 1932).

    F) Em 1914 a cronologia adotada tinha também datas agora rejeitadas para a criação do homem, início do 7º milênio, etc.

    G) Muitos ensinos atuais sobre os 144 mil, a “estaca de tortura” em vez da cruz, a proibição de celebração de aniversário e Natal, a proibição de transfusão de sangue, etc. não haviam sido desenvolvidos.

    Com isso, temos estes pontos a considerar:

    a) O “alimento” que estaria sendo distribuído pelo “servo fiel e prudente” (ou “escravo fiel e discreto”, T.N.M.) quando supostamente “Jesus foi empossado como Rei celestial em 1914” achava-se estragado, com tantas discrepâncias com o que se passou a ensinar nos anos futuros!

    b) E tal “alimento” não podia estar sendo concedido “no tempo certo”, quando “o seu Senhor vier”, pois a própria data dessa “vinda” de Cristo então ensinada era equivocada, na interpretação atual da própria Torre de Vigia (em 1874, e não 1914!).

    Mas, qual é o real sentido de tal passagem à luz de seu contexto? Consideremos o seguinte raciocínio bíblico, levando-se em conta a devida contextualização:

    A leitura atenta de Mat. 24:45 a 51, e o texto paralelo de Luc. 12:42-48 torna claro que tal passagem não trata de nenhuma profecia específica sobre algum grupo de líderes religiosos. Em Lucas 12:37 o termo básico está no plural (“felizes aqueles escravos cujo amo, ao chegar, os achar vigiando. . .”).

    Então, reiteremos o real sentido desses importantes textos:

    a) Todo o contexto mostra que Jesus está falando da necessidade de preparo para o Seu advento. O contraste entre os bons e maus servos em Mateus 24 e Lucas 12 é o mesmo que muitas vezes consta da Bíblia entre os preparados e os despreparados quando de Sua vinda (as virgens prudentes e as néscias em Mateus 25 ou os bodes e cabritos dos vs. 31-26, por exemplo).  

    b) O paralelo entre “virgens prudentes” e “servo prudente” ou “servos vigilantes”, bem como a figura do “pai de família” em Luc. 12:39 reforçam essa realidade: “. . . se o dono da casa tivesse sabido em que hora viria o ladrão, teria ficado vigiando, e não teria deixado que se arrombasse a sua casa”.

    c) O vs. 40 liquida a questão de modo claro: “Vós também, mantende-vos prontos, porque o Filho do homem vem numa hora que não achais provável”.

    CONCLUSÃO: O fato é que a liderança das TJ’s em 1914 estava “cuidando” que a vinda de Cristo se dera em 1874, não no ano de 1914! Logo, tais dirigentes, longe de poderem ser caracterizados como “escravos fiéis e discretos” (ou “servos fiéis e prudentes”), revelaram-se imprudentes e bem desapercebidos! Aliás, as palavras de Jesus prosseguem nos vs. 48 em diante:

    “‘Mas, se é que aquele escravo mau disser no seu coração: “Meu amo demora”, e principiar a espancar os seus conservos  . . . o amo daquele virá num dia em que não espera . . . e o punirá com a maior severidade’”.

    Distribuir alimento estragado a conservos seria atitude de um escravo mau, não muito diferente de espancá-los, já que isso pode provocar sérias consequências para a saúde deles! Pois alimento estragado foi o que a liderança das testemunhas de Jeová esteve distribuindo em 1914 e ainda em 1919 (pois os ensinos eram basicamente os mesmos), quando também fazem alegações sobre um reavivamento que teria ocorrido entre tais religiosos a partir dessa última data.

    Adicionalmente, cremos que o artigo a seguir serve magnificamente para abrir os olhos (e a mente) dos que se têm envolvido com esses ensinos antibíblicos e escravizantes:


    REFLEXÕES SOBRE MEIAS-VERDADES E COMPLETAS MENTIRAS
    A revista de circulação mundial A Sentinela, de 15/12/92, editada pela organização religiosa Sociedade Torre de Vigia, das ‘testemunhas de Jeová’, trouxe um artigo em destaque com o título “Por Que é Tão Fácil Mentir?” que apresenta alguns pontos muito bons e desperta séria reflexão. Na página 22, dito artigo assim define a mentira:

    “1. uma falsa declaração ou ação, especialmente que seja feita com intenção de enganar. . . 2. Qualquer coisa que dê ou tenha a intenção de causar uma falsa impressão“. A intenção é levar outros a crerem em algo que o mentiroso sabe não ser verdade. Por mentiras ou meias-verdades, ele se empenha em enganar aqueles que têm o direito de saber a verdade”.

    Bem explanado, realmente. Mas, se uma meia-verdade equivale a uma mentira completa isso, sem dúvida, se aplica a uma asserção com omissões, que poderia ser identificada por quem conhece todos os fatos como tendo “intenção de enganar . . . ou . . . causar uma falsa impressão”. Sendo assim, como fica a bem conhecida declaração em diferentes obras da literatura da Sociedade Torre de Vigia (como em A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, págs. 90, 91), que com pequenas variações assim reza: “Mais de 30 anos antes de 1914, as testemunhas de Jeová já diziam que esse seria um ano muito significativo, com grandes mudanças vindo a ocorrer, e os fatos confirmam que 1914 foi realmente um ano marcado” (confirmado mais recentemente no livro O Que a Bíblia ‘Realmente’ Ensina, pág. 215)?

    Sim, disseram isso, realmente. Todavia, que tipo de “ano marcado” era aquele? Para quê aquele ano foi “marcado”, ou antecipado, por esse grupo religioso? Agora, essa é a parte que a organização das TJ's não definirá facilmente por tratar-se de algo bastante embaraçoso: As testemunhas de Jeová realmente anteciparam 1914 por mais de 30 anos, mas como O ANO EM QUE A HISTÓRIA HUMANA CHEGARIA LITERALMENTE AO FIM, quando C. T. Russell (fundador dessa organização) e seus seguidores esperavam e anunciavam que seriam levados para o céu, enquanto o resto da humanidade iria sofrer a destruição total na batalha do Armagedom! Isso pode ser confirmado no livro publicado por essa mesma sociedade, Está Próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial!, págs. 130 e 131 (ver também Testemunhas de Jeová, Proclamadores do Reino, págs. 61, 62, 135, 136).

    Não revelando a história completa junto com a reivindicação levantada, torna-se evidente àqueles que conhecem bem os fatos que a intenção por detrás de tal declaração parcial é induzir o leitor a ter o mais elevado conceito dessas pessoas, supostamente tão sábias e bem versadas nas profecias bíblicas ao ponto de saberem, por seu estudo das Escrituras, que 1914 representaria um importante marco na história da humanidade, com todas as impressionantes mudanças no campo político, econômico e social desde então. E grandes mudanças de fato se deram, mas devido à eclosão da I Guerra Mundial naquele ano (predita equivocadamente também como o início do Armagedom -- ver Cumprir-se-á, Então, o Mistério de Deus, págs. 267, 276), não por causa do esperado fim da história humana para então.

    O tal “ano marcado” pelas TJ’s na verdade significou uma PREDIÇÃO FRACASSADA dos líderes de sua organização Torre de Vigia--uma mais entre muitas outras, como apresentamos documentadamente no nosso livro O Desafio da Torre de Vigia, de análise da história e ensinos dessa organização religiosa sectária. (Para maiores detalhes sobre este ponto, solicite-nos o artigo “Certificai-vos de Todas as Coisas”, que alista 50 falsas profecias e falsos esquemas proféticos da Soc. Torre de Vigia, desde seu fundador, C.T. Russell, até tempos recentes, documentados com obras produzidas por ele ou outros autores dessa organização religiosa).

    Assim, se uma meia-verdade equivale a uma completa mentira, como assinala o artigo de A Sentinela, não estariam os “historiadores” da STV se empenhando numa grande farsa e agindo como completos mentirosos ao omitirem esse importante detalhe do que foi realmente antecipado com respeito a 1914 por seus pioneiros? A forma em que reconstroem sua história não constitui inegavelmente uma distorção dos fatos, tal como apontam nas palavras de sua própria publicação (ver Mateus 12:37)?

    A Bíblia oferece um exemplo de como uma meia-verdade acarretou sérios problemas: Abraão não contou a história toda de seu relacionamento com Sara, e isso causou sérios problemas para ele e Abimeleque--Ver Gênesis, capítulo 20.


      Data/hora atual: Qui 02 maio 2024, 10:42