Olá, Marcelo Almoedo,
Acho que já dei o tempo suficiente para vc pensar, repensar e definir qual o dia da semana, que, segundo sua matemática humana e conhecimentos naturais (leia-se: "não espirituais") da Bíblia, seria o ideal para o cumprimento de Mateus.
A profeciaPois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. Mateus 12:40Primeiramente, vamos analisar
o que esta passagem quer dizer e também o que ela
não quer dizer:
- Jesus diz que estará no "seio da terra" - isto é,
sepultado - por 3 dias e 3 noites;
- Jesus diz que esse sinal, similar ao do profeta Jonas, é o seu grande sinal para os fariseus e seus perseguidores, indicando que isso seria o
único sinal a ser dado a eles - Ele não concederia outros, o que equivale a dizer que
o Senhor não apareceria mais do que uma vez após sua ressurreição aos seus perseguidores e esse evento seria o último sinal dado à geração maligna que O crucificou.
O que essa passagem
não quer dizer:
- Jesus não quis dizer que ele passaria três dias e três noites MORTO, mas sim que estaria NO SEIO DA TERRA (sepultado) nesse período de tempo. Portanto, o tempo que antecedeu seu sepultamento não faz parte da profecia.
O intervalo de tempo entre a morte da cruz e o lacre da rocha do sepulcro não deve ser contado.
- Jesus não quis dizer que uma parte do dia poderia ser contada como sendo um dia inteiro.
Isso seria forçar a barra para encaixar o tempo. Um dia é UM DIA de fato (tempo da iluminação solar) e uma noite é
UMA NOITE mesmo (tempo de trevas, sem o sol).
- Jesus não disse em momento algum que iria ressuscitar imediatamente ao findar dos três dias, mas sim que passaria 3 dias e 3 noites sepultado. A palavra de Deus determina que Ele ressuscitou no
PRIMEIRO DIA DA SEMANA, e isso é
inegável. Qualquer definição diferente disso é transgredir a Palavra de Deus.
Isso posto, vamos à Poderosa Palavra de Deus,
imutável, inerrante, inequívoca, perfeita, completa, auto-explicativa:
Quando um dia começa a ser contado, segundo a Bíblia? Isso é vital para a compreensão da profecia de Jesus ser cumprida.
“Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde à outra tarde, celebrareis o vosso sábado.” Levítico 23:32O dia definido na Lei de Moisés e considerado pelos judeus ao tempo de Jesus,
não começava à meia-noite, como foi padronizado séculos depois.
O dia começa com a parte "escura" ou seja, quando o sol se põe, finda-se o dia chamado HOJE e já começa UM NOVO DIA.Para nossa mente ocidental, acostumada a ver relógios ou acostumada a ir ao trabalho quando o sol começa, é um pouco difícil retirar as "vendas dos olhos" para poder entender melhor a Palavra de Deus, mas é um exercício obrigatório. Isso é vital para entendermos a cronologia tanto do sepultamento, como da ressurreição, como irei tratar agora.
A cena da ressurreição no primeiro dia da SemanaJesus ressuscitou no primeiro dia da semana, como diz a Palavra:
E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. João 20:1
E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol. Marcos 16:2
E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. Marcos 16:9
E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. Lucas 24:1
No fim do sábado, quando já amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. Mateus 28:1Nota-se aqui que, logo cedo, mal amanhecera o dia, o cenário do sepulcro já havia sido totalmente modificado:
1) A pedra que lacrava o túmulo
já havia sido removida -
Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida. Marcos 16:42) Havia acontecido inclusive
um tremor de terra em torno do sepulcro, e as mulheres
não o notaram, porque havia acontecido
ANTES delas chegarem.
E eis que houvera um grande terremoto; pois um anjo do Senhor descera do céu e, chegando-se, removera a pedra e estava sentado sobre ela. Mateus 28:23)
Os guardas já estavam todos aterrorizados com alguma coisa que havia acontecido.
E de medo dele (do anjo) tremeram os guardas, e ficaram como mortos. Mateus 28:4 Pelo fato de não ser mencionado em três dos Evangelhos sinóticos, já deviam ter se retirado da cena.
3)
Jesus não estava mais no sepulcro, e acharam os panos dobrados organizadamente no local onde jazia.
Saíram então Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais ligeiro do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro; e, abaixando-se viu os panos de linho ali deixados, todavia não entrou. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro e viu os panos de linho ali deixados, e que o lenço, que estivera sobre a cabeça de Jesus, não estava com os panos, mas enrolado num lugar à parte. João 20:3-7Essa descrição dos fatos demonstra que
ao nascer do sol, muita coisa já tinha acontecido. E não eram fatos que demorariam poucos minutos, demandou tempo para que a cena já estivesse devidamente calma, pois as mulheres não sentiram o terremoto, foram surpreendidas apenas com a pedra já removida. Somente Mateus faz menção de guardas no local, mas já sem nenhum tipo de reação de pânico, pois todos os fatos já haviam se sucedido. Nenhum dos outros Evangelhos cita a presença de guardas, somente de anjos, e não seria de estranhar que os guardas já estivessem em fuga da cena do sepulcro.
Jesus não havia ressuscitado com os primeiros raios de sol, como é alegado por muitos, tentando justificar que o primeiro dia da semana iniciasse com o brilho do sol.
O primeiro dia da semana (ciclo) iniciava, pela Lei de Moisés, desde o por do sol do dia anterior (18:00 hs do que
hoje chamamos de Sábado até o por do sol daquele dia (18:00 hs do que hoje chamamos de "Domingo").
Mesmo ainda escuro, já era O PRIMEIRO DIA DA SEMANA desde o pôr do sol do dia anterior .Está excluída a necessidade que Jesus ressuscitasse após o raiar do sol.
E está também automaticamente excluída a possibilidade de atribuirmos uma noite a mais na contagem do tempo "no seio da terra", pois antes mesmo do dia nascer, Jesus já estava ressuscitado e fora da cena do sepulcro. Não se completara aquela escuridão (noite) sobre o corpo de Jesus sem vida.
Definindo a data da morte para 3 dias e 3 noites de sepultamentoCom os esclarecimentos anteriores, temos que
REGREDIR os períodos de 3 dias e 3 noites completos (compostos de luz do dia e período de noite completos).
01 dia - do por do sol do sábado até o por do sol de sexta-feira
02 dias - do por do sol de sexta feira até o por do sol de quinta-feira
03 dias - do por do sol de quinta-feira até o por do sol de quarta-feira.Isso equivale dizer que uma conta bem feita nos faz afirmar que o Senhor Jesus foi crucificado ao meio-dia de uma quarta feira e que morreu às 15:00 hs do mesmo dia. Nas 03 horas que se seguiram, antes do final daquele dia (segundo o critério BÍBLICO do que seja um dia, ou seja, até o por do sol), aconteceram os seguintes eventos:
1)
Os judeus foram até Herodes pedir que retirassem os corpos antes do anoitecer, pois já seria o próximo dia de descanso:
Ora, os judeus, como era a preparação, e para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, pois era grande aquele dia de sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali. João 19:312) Depois que os soldados quebraram as pernas dos dois condenados junto a Jesus,
perfuraram o Senhor .
Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado; mas vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. João 19:32-343)
José de Arimatéa, depois do choque de ver que o Senhor já estava morto,
vai até Pilatos, busca uma audiência direta e lhe pede o corpo de Jesus para sepultarpois vai providenciar tudo, junto com Nicodemos:
Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. João 19:384)
Pilatos admira-se, e não acreditando, chama o Centurião que estava no Gólgota e que havia sido testemunha da morte de Jesus, para só depois autorizar a retirada do corpo:
Admirou-se Pilatos de que já tivesse morrido; e chamando o centurião, perguntou-lhe se, de fato, havia morrido. Marcos 15:445)
José de Arimatéia tem que retornar apressadamente ao Gólgota, que ficava fora dos muros da cidade de Jerusalém, para conduzir o sepultamento pessoalmente. Essa caminhada também não deve ter sido tão rápida, posto que na cena do açoite de Jesus até sua crucificação, houve quase 3 horas de duração. Estima-se que em linha reta, o Gólgota ficasse a 1 quilômetro do Pretório de Pilatos, distância para ser percorrida a pé, dentro da cidade.
6) Foi escolhido um
sepulcro próximo ao monte Gólgota, justamente porque o tempo estava se escoando e não haveria muito mais tempo para sepultar em outro lugar:
No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto. Ali, pois, por ser a véspera do sábado dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro, puseram a Jesus. João 19:41-427)
O corpo de Jesus não foi sumariamente atirado no sepulcro, às pressas. José de Arimatéa, com ajuda de mais pessoas, preparou o corpo envolvendo-o em linho fino e limpo.
E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo, de linho, e depositou-o no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha; e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se. Mateus 27:59-60 Todas essas ações
– confirmação da morte, ida de José de Arimatéa a Pilatos, a audiência, a dúvida inicial de Pilatos, a convocação do Centurião, a decisão pela concessão do governador, o retorno de José, a retirada do corpo, a condução até o local do sepulcro, a preparação do corpo e o sepultamento respeitoso, e por fim o lacre do local com a pedra grande – não aconteceram em pouco tempo. A impressão que fica, devido à distância dos deslocamentos e os fatos que não podem acontecer individualmente em poucos minutos, é que o dia praticamente terminaram
EM CIMA DA HORA do final daquele dia.
Isso não é um fato relevante para o cumprimento da profecia, mas muito relevante
para impedir que algumas pessoas tentem enquadrar o dia do sepultamento como um dia a mais, pois se tratou de muito pouco tempo antes de começar um novo dia.
Após uma análise dos eventos
IMEDIATAMENTE ANTERIORES ao sepultamento e também dos eventos
SIMULTÂNEOS ou
IMEDIATAMENTE POSTERIORES à ressurreição,
verificamos que não podemos considerar nem o final do dia do sepultamento como sendo “um dia” e nem o raiar do sol do domngo como sendo ”um dia”. Não seria honesto de nossa parte, com a Bíblia, forçar tais interpretações.Mesmo porque, não precisamos fazer isso. A própria Bíblia dá as explicações devidas e não precisa de “auxílios” extras que surgem muitas vezes porque não nos debruçamos como devíamos sobre o aprendizado.
O testemunho dos Bereanos é tudo o que precisamos:
Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. Atos 17:11Mas, "véspera do Sábado" não quer dizer obrigatoriamente uma Sexta-Feira?Após essa análise, resta apenas um desafio: provar, pela Bíblia, que esses 3 dias e 3 noites realmente existiram, uma vez que a interpretação rápida do versículo abaixo indica que Jesus foi crucificado numa sexta-feira e não numa quarta-feira:
Os judeus, pois, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era o grande dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. João 19:31Para entendermos corretamente essa passagem, temos que nos fixar na tradução da expressão “o grande dia de sábado”. Recorramos aos originais em grego e ao estudo de
Chuck Smith, pastor da Capela do Calvário de Costa Mesa desde 1965:
I. "OS JUDEUS E O DIA DA PREPARAÇÃO."
A. Isso significava a preparação para um dia de descanso (Shabbat)
1. É bem semelhante à preparação para um dia de Sábado normal. Da mesma forma, eles não podem acender fogo ou cozinhar no sábado, trabalhar e tudo tem que ser preparado no dia anterior, chamado pois “Dia da preparação”.
(...) João pois nos informa que esse era a preparação do “grande dia de Sábado”, ou seja, o grande dia da festa estabelecida em Números 28:16, onde lemos: "Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do SENHOR.E aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães ázimos.No primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; Números 28:16-18.
b. O dia 15, pois, era o dia da grande festa, dia de DESCANSO também, que inicia a festa de 7 dias até o dia 21 do mesmo mês. Tanto o primeiro dia como o dia sétimo eram Santas Convocações, onde nenhuma trabalho servil poderia ser feito, e eram também chamados de SÁBADOS por isso.
c. A Ceia Pascal era servida no dia 14 do mês.
d. O dia 15 do mês começava ao por do sol, desta forma, seria o dia logo depois da crucificação de Jesus.(…)
Esse foi o motivo pelo qual pediram para apressar a morte dos prisioneiros de maneira que eles não precisassem ser retirados das cruzes durante o dia da festa, o grande dia de sábado. Não se tratava pois do dia sétimo da semana, mas sim o grande dia de sábado que devia ser seguido todo dia 15 e 21 do mês de Nisan.(fonte: Smith, Chuck. "John 19:31." The Word for Today. Blue Letter Bible. 1 May 2005.2013)Isso está suportado na seguinte passagem também da Palavra:
Estava, pois, perto a festa dos ázimos, chamada a páscoa.Lucas 22:1
E, no primeiro dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a páscoa? Marcos 14:12Essa frase foi dita
no dia que a Páscoa seria a ceia da noite, quando
já havia começado o dia 14 de Nisã. Nessa mesma noite,
já fazendo parte do Dia da Preparação, que se estenderia até o por do sol logo depois da morte de Jesus na Cruz, foi que Jesus ceou com seus discípulos, foi ao Getsêmani orar em agonia, ali mesmo foi preso de madrugada e durante a manhã passou pelo Sinédrio e logo em seguida pelo julgamento de Pôncio Pilatos, indo para a cruz ao meio-dia e morrendo às 3 da tarde, hora do sacrifício da tarde.
Cuidado ao analisar somente uma Tradução da Bíblia!Uma dúvida que pode surgir nos leitores da Bíblia ao ler a passagem abaixo na versão Almeida Corrigida:
E, havendo-o tirado, envolveu-o num lençol, e pô-lo num sepulcro escavado numa penha, onde ninguém ainda havia sido posto. E era o dia da preparação, e amanhecia o sábado. Lucas 23:53-54 Do jeito que foi feita a tradução, dá a entender que José de Arimatéia teria
durado a noite toda de quarta para quinta feira fazendo o sepultamento de Jesus, o que não é verdade. Seguidores da Lei, tanto ele como Nicodemos sabiam que tinham que terminar o trabalho
ANTES do por do sol. Provavelmente, o irmão João Ferreira de Almeida nesse momento da tradução caiu no mesmo erro que muitos de nós cometemos ao ler a Bíblia, que é
atribuir uma palavra que corresponda ao nosso entendimento para facilitar a leitura de outras pessoas, mas acabou fazendo uma tradução errada ao usar o verbo AMANHECER. O erro fica claro quando comparamos com outras traduções:
Era o Dia da Preparação, e estava para começar o sábado. Lucas 23:54 – Nova Versão Internacional.
Era o dia da Parasceve, e ia começar o sábado. Lucas 23:54 – Sociedade Bíblia Britânica & João Ferreira de Almeida REVISADA.
Era o dia da Preparação e já ia principiar o sábado. Lucas 23:54 – Versão Católica
Não há pois, luz solar envolvida ou amanhecer. Há o
início do grande dia dos pães ázimos, também chamado de
Sábado pelo fato de envolver o descanso judeu, e iniciava com a escuridão de um novo dia.
Enumerando os três dias e três noites.Fica bem claro que houve
dois dias de descanso obrigatório (SHABAT) após a morte de Jesus pela descrição simples de Lucas 23:53-56:
E, tirando-o da cruz, envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro escavado em rocha, onde ninguém ainda havia sido posto. Era o dia da preparação, e já começava o sábado. E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguindo a José, viram o sepulcro, e como o corpo foi ali depositado. Então voltaram e prepararam especiarias e ungüentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento. Lucas 23:53-56Aqui há a presença inequívoca dos
dois sábados: aquele que sucedeu ao sepultamento do Senhor, onde ninguém poderia trabalhar e portanto as mulheres não poderiam comprar ou preparar as especiarias e ungüentos, e o outro sábado, “conforme o mandamento”, ou seja, o sétimo dia da semana, onde novamente repousaram.
Marcos é ainda mais esclarecedor:
E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. Marcos 16:1Não poderia ser o sábado do dia sétimo, pois depois desse dia elas foram ao Sepulcro ainda de madrugada:
No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. João 20:1Então, fica claro que
entre o Sábado da festa dos pães ázimos e o
Sábado do Sétimo Dia, ainda houve um
dia intermediário,no qual foi possível que as mulheres
COMPRASSEM e
TRABALHASSEM com os ungüentos e especiarias.
A cronologia, pois, da Crucificação, adaptada ao nosso entendimento ocidental, fica desta forma:
Terça Feira: Dia da Páscoa: início da noite do dia 14 de Nisã, já coincidindo com o dia da Preparação da Grande Festa:
Estava, pois, perto a festa dos ázimos, chamada a páscoa. Lucas 22:1
Chegou, porém, o dia dos ázimos, em que importava sacrificar a páscoa. Lucas 22:7
E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça ;Lucas 22:15Quarta Feira: Dia da Preparação, continuação do dia 14 de Nisã durante a parte solar (luz do dia), primeiro dia dos Pães Ázimos. Foi o dia da Crucificação do Senhor Jesus. Ao anoitecer, começava o dia 15 de Nisã, o Grande Dia do Sábado, no qual nenhuma obra servil podia ser feita:
No mês primeiro, aos catorze do mês, à tardinha, é a páscoa do Senhor. E aos quinze dias desse mês é a festa dos pães ázimos do Senhor; sete dias comereis pães ázimos.No primeiro dia tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis. Levítico 23:5-7Quinta Feira: durante toda a parte solar, ninguém poderia comprar ou vender, nem trabalhar ou acender fogo. É o Sábado que se iniciou logo depois do sepultamento de Jesus:
Era o dia da Parasceve, e ia começar o sábado. Lucas 23:54Sexta Feira: é o dia que as mulheres conseguiram sair, comprar os produtos, e preparar para a homenagem a Jesus:
E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. Marcos 16:1 Foi também o dia que os judeus foram pedir a guarda do sepulcro a Pilatos, pois lhes era permitido tal ação:
E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, Mateus 27:62Sábado: o dia de descanso, em que elas repousaram:
E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguindo a José, viram o sepulcro, e como o corpo foi ali depositado. Então voltaram e prepararam especiarias e ungüentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento. Lucas 23:53-56Domingo, o primeiro dia da semana:
começou ao por do sol de Sábado, mas por ser perigoso andar durante a noite alta fora da cidade onde grassavam os malfeitores e ladrões e os portões eram fechados por segurança, as mulheres preferiram sair quando ia amanhecer o dia, e ao chegar, viram que tudo já havia acontecido.
No primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra fora removida do sepulcro. João 20:1O Sinal do profeta Jonas aos que não criam em Jesus!O Senhor Jesus ressurgiu
no primeiro dia da semana, após o por do sol do Sábado judaico, e mesmo tendo ressuscitado tendo apenas os guardas romanos como testemunhas (
esse foi o único sinal dado à geração maligna e adúltera, havia dito o Senhor!). Todas as demais testemunhas, em torno de quinhentas pessoas, eram todos SERVOS DE DEUS (
Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. 1 Coríntios 15:6)... e a mais nenhum incrédulo Jesus se manifestou. Aos discípulos no caminho de Emaús, foi confirmado que a crucificação tinha acontecido há 3 dias completos:
Nesse mesmo dia, iam dois deles para uma aldeia chamada Emaús, que distava de Jerusalém sessenta estádios; e iam comentando entre si tudo aquilo que havia sucedido. Enquanto assim comentavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e ia com eles; mas os olhos deles estavam como que fechados, de sorte que não o reconheceram. Então ele lhes perguntou: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós? Eles então pararam tristes. E um deles, chamado Cleopas, respondeu-lhe: És tu o único peregrino em Jerusalém que não soube das coisas que nela têm sucedido nestes dias? Ao que ele lhes perguntou: Quais? Disseram-lhe: As que dizem respeito a Jesus, o nazareno, que foi profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo. e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades e entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel; e, além de tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. Lucas 24:13-21 Sei que pode parecer, numa primeira instância, que a revelação desse problema exige conhecimentos muito profundos do Antigo Testamento e práticas judaicas,
mas reparem que não precisamos de mais nada, além da própria Bíblia, para resolver essa questão.
Eu sei também da questão do
Software do calendário do ano 30 d.C., onde diz que o dia 14 de Nisã caiu numa quarta-feira, mas confesso que não sou adepto de soluções “humanas” para comprovar a Bíblia. Mesmo porque existem divergências, há quem prefira colocar o ano da crucificação como sendo 32 d.C. e novamente estamos com um
conflito HUMANO para resolver – afinal este software foi criação do homem, e eu cairia no erro de querer provar por outros meios a veracidade bíblica, inutilmente, pois a explicação acima é suficiente.
Também sei que a
Profecia das Setenta Semanas, quanto às 69ª. Semana, termina quando Jesus entra em Jerusalém, mas isso também cairia numa série de discussões sobre a emissão do decreto de saída do povo do cativeiro e o retorno para Jerusalém, e não há necessidade neste momento de falarmos disso.
Quero dizer aos irmãos do Forum que permito que este estudo, que tem obviamente considerações bem particulares do irmãozinho Devaney, seja reproduzido em outros lugares, mas sempre mencionando a fonte, que é o nosso amado FORUM EVANGELHO.