Marcelo,
Primeiro, podemos dizer que houveram bolsões de água doce que não se misturaram com água salgada; (quando a água doce entra em contato com as águas salgadas dos mares ou oceanos e elas não se misturam, dizemos que se formaram “bolsões” de água doce em meio à água salgada). Este, porém, é um fenômeno raro. Por exemplo, o Rio Amazonas, - o maior do mundo em volume de água, no norte do Brasil, permanece 70 km adentro do oceano, sem que as suas águas se misturem. É possível encontrar peixes de água doce nadando nesta extensão de 70 km, dentro do próprio oceano Pacífico.
Podemos provar que estes bolsões se formaram durante o dilúvio? Sim, e a prova existe até hoje: o MAR NEGRO, onde encontra-se água salgada por cima da água doce, no fundo deste. Explorando o fundo do Mar Negro, encontrou-se a margem do lago a 80-110 metros abaixo do atual litoral, com areia e dunas. Estas teriam se preservado por terem sido recobertas por uma gigantesca massa de água em pouco tempo. Há milênios, desde a época do dilúvio que elas não se misturam. Por coincidência, cientistas (até mesmo evolucionistas) dizem que o Mar Negro deve ter se originado no dilúvio, e que antes, este mar teria sido “um lago de água doce”.
Mas isto significa que toda a água doce não tenha se misturado com a salgada no dilúvio? Claro que não! Isto mostra apenas que em DETERMINADOS LOCAIS e REGIÕES, tais águas não se misturaram. Houve lugares em que elas não se misturaram, mas também houve lugares em que elas se misturaram.
Alguns críticos citam a experiência feita com um copo d’água, onde se enche um copo de água doce, depois se acrescenta a água salgada do mar, e então toda a água do copo fica salgada – para dizerem que seria impossível que no dilúvio a água salgada não tenha se misturado com a água doce. Mas os próprios cientistas (evolucionistas ou não) pensavam o mesmo, até que descobriram este fenômeno raro e impressionante no Mar Negro. Nem eles sabem explicar exatamente a causa deste fenômeno. A explicação científica, é que isto aconteceu porque a água salgada deve ter sido lançada com muita "velocidade e violência" por cima da água doce, e devido a isto, ambas não se misturaram.
Podemos então, dizer que o fundo Mar Negro é um verdadeiro “aquário gigante de água doce” em nossos dias – com uma enorme quantidade de água salgada em cima, fazendo pressão, mas elas não se misturam.
Como poderiam estes “bolsões de água doce” não se misturarem durante todo o ano em que durou o dilúvio? - Basta ver o Mar Negro, onde há mais de 4.500 anos, água doce e salgada não se misturam...
Isto talvez explique, porque APENAS cerca de 3% de toda a água do planeta não ser salgada: o fato de grande parte delas terem se misturado no dilúvio, e de após este, os oceanos se tornarem “mais salgados”.
Durante o processo de “enxugamento”, após o dilúvio, o processo de evaporação deve ter colaborado muito para recuperar boa parte da água doce que se misturou com as salgadas, e depois, devolvê-las aos rios e lagos em forma de chuva.
Embora nem toda a água doce tenha ficado em bolsões, também é preciso dizer que antes do dilúvio não havia tanto sal nos oceanos. Para entender isso, é preciso saber como se forma o sal.
Um dos segredos que os oceanos guardam escondido consigo, até de cientistas, é quanto à origem de sua salinidade. O cloreto de sódio (NaCl) sozinho, representa 30% do total de sais dissolvidos na água do mar (segundo alguns, pode representar uma proporção maior). No entanto, ninguém sabe ao certo de onde ele veio. Há duas teorias. A mais antiga surgiu com Edmond Halley, em 1715.
Halley notou que os lagos que não têm saídas para o oceano (como o Mar Morto e o Mar Cáspio) possuem alto teor de sais. A teoria mais antiga supõe que os sais e outros minerais foram transportados para o mar pelos rios, e que ele provenha da dissolução de rochas terrestres pela água das chuvas e dos rios que desembocam nos mares. Então, os rios levariam os compostos do sal aos mares, oceanos e lagos salgados.
Mas essa teoria não explica a origem de todos os compostos do sal, pois ao se comparar a composição das substâncias presentes na água do mar, verifica-se ser impossível que todo o sal presente nos oceanos tenha sido originado de rochas da superfície terrestre. Os oceanógrafos formularam a hipótese de alguns compostos terem surgido também por meio de processos vulcânicos no assoalho submarino.
Lavas originárias da camada chamada de manto, teriam levado diretamente ao oceano um tipo de água pura, quimicamente derivada do magma; essa água nunca circulara na superfície e é constituída por vários elementos químicos, como cloretos, sulfatos, brometos, iodetos, carbono, cloro, boro, nitrogênio, entre outras
substâncias. O sódio e o cloreto então se combinaram e formaram o cloreto de sódio (NaCl).
Mas ainda ficam perguntas como: Não seriam estes, minerais de rochas derretidos pelo magma, e levados por esta “água pura” aos oceanos, tal como as águas dos rios?
Independente de qual a teoria correta sobre a origem do sal, após o dilúvio, a maior catástrofe sísmica do planeta, a taxa de salinidade dos oceanos deve ter aumentado muito. O dilúvio “lavou” todo o planeta, as rochas foram gastas pela queda contínua de chuva e pelas bruscas mudanças geológicas que a superfície passava; e acredita-se que centenas de vulcões submarinos entraram em erupção durante o ano em que durou o dilúvio, a partir de quando as fontes subterrâneas se romperam, e as placas continentais começaram a se partir, formando o que chamamos hoje de “anel de fogo dos oceanos”. Isto teria liberado muita lava nos oceanos, e colaborado para um grande aumento do sal.
Não se pode afirmar que no período Antediluviano os peixes seriam adaptados apenas à água doce. Acreditamos que os peixes tiveram que se adaptarem a apenas um tipo de água (doce ou salgada, ou a ambas) só após o dilúvio, já que antes do dilúvio os oceanos não continham a mesma densidade de sal. Devido a isolamentos de habitat as novas espécies de peixes e seres aquáticos foram se tornando menos adaptadas à água salgada ou à doce.
Peixes como o salmão podem viver tanto em água doce como em água salgada; esta capacidade de viver tanto em águas salgadas como em águas doces deve ter existido antes da inundação global. Com o aumento da salinidade após o dilúvio, os peixes que não encontraram água doce, tiveram que lutar para se adaptar; os que não conseguiram se adaptar ao novo ambiente, foram extintos.
Isto talvez explique o alto número de espécies marinhas extintas: os seres aquáticos são os mais numerosos e os mais extintos do reino animal. Porém, a capacidade de se adaptar à mudança de ambiente é uma característica natural de todos os seres vivos. Acredita-se que todos os peixes possam se adaptarem a uma certa variação de salinidade, assim alguns indivíduos seriam capazes de sobreviver à mescla gradual das águas, e a troca gradual de salinidade durante e após o Dilúvio.
Peixes como o bagre, se adaptaram à água doce, e outros, como a anchova, à água salgada. Já peixes como o salmão, conseguiram se adaptar aos dois tipos de água. O fato de os salmões poderem viver tanto em água doce como em água salgada, pode ser sinal de que, na luta para se adaptar, eles conseguiram se adaptarem a ambos os tipos de água.
O site inglês "creationscience" trás uma excelente explicação sobre esta questão.
Fonte: http://apologiacrista.com/respostas-sobre-o-diluvio