Gilcimar, Paz!
Fui extramente sincero ao citar um fato que lembrei sobre nossas discussões sobre você ter falado de Jesus se declara como Mestre
Então, meu amigo você vive, sinceramente, errando. O lado bom é que você não se sento culpado e o lado ruim é que não deixa de ser um erro por isso.
Minha citação de Jesus como mestre não se encaixa na tua pretensão aqui. Se você lembra, lá eu disse que se Jesus foi capaz de se declarar “Mestre” e “Senhor” porque não poderia se declarar Deus e dizer que estava na forma de servo. Nada há que dê base para tua proposta, sem que você desvirtue o contexto em que eu disse isso. Aliás se você já ouviu falar do argumento do “No sentido que Deus é só ele é” e seus análogos, por que tenta usar a questão fora do contexto? Já sei “foi em sinceridade”, não é? Ok!
Se o que eu falei nada tem a ver com o que você postou. Desculpe-me não há outra conclusão possível em cima do que você postou. Talvez você tenha que postar novamente, mas da forma correta. Não faça “laboratório” fazendo alegações como se fosse tua posição. Se você sabe que isso está confundindo várias pessoas porque insiste nessa falta de didática?
As duas situações que você listou são equivocadas. É bom que você fique porque as pessoas vão te conhecendo melhor a medida em que o tempo passa. E basta ler o que eu disse acima para perceber que eu não busco determinar nada. Se eu falo uma coisa e você tenta encaixar o que eu disse em outro contexto, mesmo que você faça com “sinceridade”, eu não preciso determinar nada é você quem está determinando.
Você não pode falar algo que me diz respeito e esperar que eu te evite. Isso só vai acontecer se eu não ler, e se você estiver falando uma coisa tão fora da realidade que não mereça menção.
O que temos dito por você é o seguinte:
Gilcimar escreveu: Pois ele recusou ser chamado de Bom no nível em que foi chamado pelo Jovem Rico e explicou esta recusa de que Bom da forma que foi chamado só seria um pois do contrário não teria sentido de ter recusado ser chamado de Bom..(extraído da mensagem de 23 Jul 2014 – 21:42).
Gilcimar escreveu:O Jovem Rico não estava chamando Jesus de Bom na condição Divina, pois quando chamou e bom o chamou de Mestre também. (extraído da mensagem de 25/07 às 07:38)
Gilcimar escreveu:Eu não afirmei nada sobre o sentido em que o jovem Rico chamou Jesus de Bom apenas fiz questionamentos... (extraído da mensagem de 27/07/14 às 23:20)
Tudo aqui parece ser afirmação tuas. O que é e o que não é para ser admitido como teu nessas afirmações?
Você disse:
Se tentarmos criar graus de Bondade para tentar explicar o texto vamos ter problemas...
Mas, o único que não teremos é a busca de negar o que está dito para tentar fazer de Jesus um igual a Deus no âmbito que o próprio Jesus disse não ser. Esse só você vai ter. Como, por exemplo, negar o que está dito para não excluir Jesus da deidade. Esse é sempre teu alvo. Se eu estiver errado me corrija.
Não podemos dizer que Jesus Apresentou o Pai como Único Bom num sentido diferente do que o Jovem Rico lhe chamou....
Como não, se o próprio Jesus vai além e disse que há apenas um bom e que não é ele mesmo? Só porque você quer, não podemos?
Assim o Único bom aqui não poderia ser explicado com um argumento parecido que os Unitaristas usam para explicar que Jesus é Único Senhor num sentido diferente ou particular..
Talvez na tua cabeça, pois se Jesus disse que o único bom é Deus, não sei porque você quer que Jesus seja exatamente o mesmo bom, quando é o próprio JESUS que indica outro. Até hoje meu amigo não vi você levantar uma palha para confirmar esse tipo de afirmação que aponta o Pai com exclusivo na deidade. É sempre trabalhando para tentar incluir mais alguém em coisas que está dito apenas um ser. Nós já mostramos um caminho, mas você não quer abrir mão de uma segunda pessoa em Deus, mesmo a Bíblia dizendo o contrário. (respeito, mas não há porque nós aceitarmos isso)
Dois problemas que você precisará perceber nessa questão.
1) Se o Jovem houvesse chamado Jesus de “bom” em um sentido especial (em um sentido trinitário, por exemplo – nem existia mas vamos fazer de conta que sim) Jesus o desfaz, na hora, dizendo que, ele não, mas só Deus é. Ou seja, estaria ensinado para o Jovem Rico que a trindade não existe.
2) Se o Jovem houvesse chamado Jesus de “bom” em um sentido elogioso ou comum como, por exemplo, Mt 12:35 “O homem bom...”, Jesus vai além e mostra o exemplo real do que é ser bom e indica: só Deus é.
Em ambos os casos tua pretensão final se frustra, pois seja qual for o viés Jesus corrige o Jovem Rico, se excluindo do “bom”, seja qual for o “nível”, e indica um só, Deus seu Pai.É evidente, no entanto, que o Jovem ao adjetivar Jesus de “mestre” faz alusão a um adjetivo comum “professor”. Palavra comumente usada tanto para Jesus como para outros em Israel naquela mesma época. Os
discípulos o chamavam de mestre. Mc. 4.38. Os
escribas chamavam Jesus de “mestre” em Mt. 8.19, os
fariseus também Mt. 12.38, os
herodianos em Mt. 22.16, os
saduceus em Mt. 22.24, os
publicanos Lc. 3.12, e etc.
Nenhum dos que o chamou de “mestre” fizeram qualquer relação de identidade com Deus por causa disso, pelo contrário, em Mc 12:14 “E, chegando eles, disseram-lhe:
Mestre, sabemos que
és homem de verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens, antes com verdade
ensinas o caminho de Deus; é lícito dar o tributo a César, ou não? Daremos, ou não daremos?” O uso da palavra “mestre” (professor) ou “Rabi”, conforme Jo. 1.38, usado para Jesus por quem o queria achar em falta prova que o uso era comum e usado por todos. Não era um título que aplicavam a Deus. Deus não era chamado de rabino na comunidade de Israel. Ao chamar Jesus de bom mestre, não teria sentido o Jovem usar o termo “bom” e adicionar uma palavra tão comum aos homens encarregados de ensinar ao povo, se ele tinha a intenção de ao usar o termo “bom” quisesse ira além do uso corriqueiro da época.
Com base nisso é difícil, mas muito difícil mesmo que o Jovem ao chamar Jesus de bom mestre, estivesse em mente que esse “bom” que ele usou fosse de alguma forma um comparativo com o “bom” no sentido em que Deus pode ser chamado. Isso é ir muitíssimo além do que uma leitura holística permite. O mais contextual, biblicamente falando, e lógico é que Jesus usou a fala do Jovem para lhe mostrar algo mais excelente.
Minha sugestão, é que você pare de fazer questionamentos e diga em que acredita. Será que você consegue não fazer perguntas e simplesmente expor o que acha da passagem. Vai evitar um universos de equívocos. Se é que eles realmente existem!
Paz seja contigo.
Valdomiro.