Norberto escreveu:.
Dannilo Stelio,
Quanto a esta minha observação:
Tertuliano, Clemente de Alexandria e Basílio, nos idos de 156, 160 e 326, respectivamente, disseram: "Ninguém seja enganado nem se suponha que, pelo fato de os apóstolos freqüentemente omitirem o nome do Pai e do Espírito Santo, ao fazerem menção do batismo [não na fórmula quando estão batizando], não seja importante invocar estes nomes".
Aqui se cita três homens e uma declaração. Onde estão as outras duas declarações? Esta única declaração é de quem? Tertuliano, Clemente de Alexandria ou de Basílio?
E de igual forma, qual é a fonte? A CPAD informou fonte acessível?
Você veio informar: "O "respectivamente" na referência a Tertuliano, Clemente de Alexandria e Basílio, refere-se à época (nos idos de 156, 160 e 326; o teor da declaração deles é o mesmo."
E você acredita nisso? Que a seguinte declaração em escrito particular, de 3 pessoas, sendo 2 do II século e 1 do IV século escreveu de forma idêntica? Até que ponto não é declaração atual, atribuídas a 3 pessoas distintas apenas para ganhar peso? Me desculpe, é muita coincidência para se acreditar. Não há fonte acessível desses escritos originais?
Ou seja, que podemos ler "Ninguém seja enganado nem se suponha que, pelo fato de os apóstolos freqüentemente omitirem o nome do Pai e do Espírito Santo, ao fazerem menção do batismo [não na fórmula quando estão batizando], não seja importante invocar estes nomes." como uma declaração/pensamento idêntico de 3 pessoas distintas?
Preciso de muita fé, se não tiver acesso aos escritos.
Sobre o seguinte:
Cipriano, no ano 200, falando de Atos 2.38, disse: "Pedro menciona aqui o nome de Jesus Cristo, não para omitir o do Pai, mas para que o Filho não deixe de ser unido com o Pai. Finalmente, depois de ressurreto, os apóstolos são enviados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo".
Contradição. A declaração acima diz que depois da ressurreição de Jesus (é de Jesus?) foi que os apóstolos foram enviados. Quer dizer que os batismos registrados em Atos é anterior a ressurreição de Jesus? Sem coerência para não falar contraditório.
Você escreveu: "O envio dos apóstolos ocorreu APÓS a ressurreição de Jesus, conforme lemos em Atos 1.8 Marcos 16.15 e Mateus 28.19-20."
Correto! Porém, o livro publicado da CPAD, quer induzir que o aposto Pedro orientou o batismo em nome do Senhor Jesus por um motivo não válido e contraditório, qual seja, que "Pedro menciona aqui o nome de Jesus Cristo, não para omitir o do Pai, mas para que o Filho não deixe de ser unido com o Pai. Finalmente, depois de ressurreto, os apóstolos são enviados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo".
Essa declaração vem destacar que Pedro menciona o nome de Jesus. Correto. Mas erra em querer relacionar que depois da ressurreição os apóstolo são enviados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, o que não vem justificar nada, pois a declaração do apóstolo Pedro registrada em Atos 2.28 não é antes da ressureição do Senhor. Por isso sem cabimento e contraditória essa justificativa!
Cito Atos 2.38 RA: "Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo."
Sobre isto:
Um livro muito antigo, chamado Os Ensinos dos Doze Apóstolos, diz: "Agora, concernente ao batismo, batizai desta maneira: depois de ensinar todas estas coisas, batizai em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo...
Seria interessante saber de que século é esse livro pois os termos "um livro muito antigo" é muito relativo.
Você respondeu: "Quanto ao livro ENSINO DOS DOZE APÓSTOLOS, é o Didaché, como o GLEISON mencionou (obrigado, Gleison)."
Pois é, uma fonte não confiável, como diz a fonte que o Gleison Elias trouxe "É considerado apócrifo por Eusébio, Atanásio (c. 367) e Rufino (c. 380)."
Quanto ao seguinte, não havendo fácil acesso à fonte para conferir. Ficamos na dúvida:
Justino Mártir, no ano 165 da nossa Era, escreveu: "São levados [os novos convertidos] a um lugar onde haja água, e recebem de nós o batismo em água, em nome do Pai, Senhor de todo o Universo, e do nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo".
Não duvidando da informação que você trouxe, mas deixa eu lhe comunicar uma decepção que tive.
Muitas escritos que católicos utilizam quando comparado com os originais há flagrante adulteração dos termos em favor da crença da Trindade e outros temas.
Em alguns casos, quando não se tratava de adulteração dos escritos, os trechos citados estavam totalmente fora do contexto, oferecendo oportunidade de defender o que o escrito não defende.
O que eu estou querendo dizer. Seria interessante sabermos se temos acesso a essa informação. Temos? Qual é a fonte? A CPAD informou fonte acessível?
Por fim, sobre isto abaixo, você não observou nada:
A história da Igreja nos primeiros séculos confirmam que o batismo era ministrado no nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Interessante que Atos dos Apóstolos, o mais importante livro histórico na minha opinião, contraria essa história da igreja citada.
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Essas citações fazem um claro apelo a teologia universal, onde predomina o que "fulano" falou e não o que está realmente escrito na Bíblia. Apesar de citar escrituras, a teologia sempre dá ênfase a teólogos que sequer tiveram uma visão atualizada do nosso século presente. Muitos no passado tinham apenas uma versículo da Bíblia e mesmo assim tentavam interpretar enquanto outros tendo um acervo, se vangloriava no que outros considerado superior falavam. Mas não importa o que fulano ou beltrano falou, mas sim, o que está escrito e que hoje compõe os 66 livros da Bíblia. Não é a MENSAGEM de ontem que deve ser considerada, mas a Bíblia que temos hoje, pois essa é a revelação de Deus para os nossos dias. Como teólogo, tive que fazer pesquisas em livros e citações de outros "doutores" que por sua vez aprenderam de outros mestres do passado, que estes por sua vez aprenderam de padres que aprenderam de pagão, até chegar na árvore da ciência do bem e do mal. Sendo assim, o que vale é o dia de hoje e o que foi entregue por Deus hoje. Fulano falou, mas o que ele disse é inescriturístico, então deve ser abolido, pois só empobrece o conhecimento. A fartura de ciência que temos em nossos dias, multiplicada por Deus e acessível a todos é diferente da visão retrógrada de pensadores formados em laboratórios católicos medievais, onde até o pensamento tinha que ter inclinação romana, sob pena de fogueira ou alienação. O que conclui o entendimento bíblico é o foi escrito, ou o que chegou a nós nesse tempo presente, o que passar disso é heresia e fábulas profanas produzidas por homens apostatados da fé.