Caro Marcelo Almoedo
Bom dia
Escolhi entre todos os seus textos esse e descartei o demais julgado que toda a analogia está concentrada/ enfatizada justamente nessa sua declaração, portanto irei focar os meus comentários nesse Fatos ou Não nessas supostas cirurgias e curas milagrosas.
Gostaria de saber se você aceitou (como os médicos) o fato (é fato e não suposição) de existir o fenômeno de cirurgias realizadas pelos médiuns, dentro das condições citadas e acrescento mais ainda àquelas condições, que dentre os médiuns existem os que não têm conhecimentos médicos.
Eu pediria que você não mencionasse palavras que não são citadas por mim nos meus post. Eu não falei em milagre porque eu e os espíritas não acreditamos em milagres. Se você acredita em curas milagrosas, gostaria que me explicasse como se realiza o milagre.
Antes de tudo, preciso saber através de você "Quem" e "Como" essas cirurgias eram processadas, sei perfeitamente que são espíritos incorporados, portando todos deveriam ser quando em vida um médico? um cirurgião?
Você está sendo contraditório nas suas colocações, porque você diz "para acreditar em espírito/alma/fantasma/ você tem que ter uma, e eu não tenho porque não acredito que exista", como agora dizer que sabe perfeitamente que as cirurgias são feitas por espíritos incorporados? Espero apenas que você esteja sendo sincero no que diz.
Prezado amigo, sinto-me na obrigação de esclarecer que os fenômenos realizados através da mediunidade, são fenômenos pertencentes à natureza, não pertencem ao Espiritismo, bem como a mediunidade não é invenção da Doutrina Espírita, a criatura já nasce com ela ou com pré-disposição para o aparecimento em determinada época de sua vida, a doutrina estudou e explicou os fenômenos e por eles terem sido estudados e explicados pelo espiritismo, receberam o nome de fenômenos espíritas. O caso de Arigó, por exemplo, ele seguia o Catolicismo, no entanto tinha mediunidade e efetuava essas cirurgias sem nenhum conhecimento espírita.
A explicação do fenômeno espírita não é tão simples assim, pois não devemos esquecer que se trata de uma Ciência, - e se assim eu posso me expressar -, a Ciência da alma, e fica difícil explicar o mecanismo dos fenômenos para quem não conhece pelo menos os princípios básicos dessa ciência.
Primeiramente, existem dois tipos de tratamentos espirituais, e em qualquer um deles pode se realizar a cura ou não. O tratamento através dos fluidos, e o tratamento através de cirurgias espirituais.
O tratamento através de fluidos, que podem ser aplicados diretamente pelos espíritos sem o auxílio do médium, ou através do que nós espíritas chamamos "passe", (através dos encarnados) que nada mais é do que uma prática ensinada por Jesus; a imposição de mãos. Na imposição de mãos há uma "mistura" - se assim posso dizer -, dos fluidos espirituais com o fluido humano (magnetismo animal), o qual é aumentado e qualificado pelos espíritos.
No tratamento através de cirurgia, neste ainda temos as cirurgias com corte, e as cirurgias sem corte, ou seja, sem o uso de instrumentos cortantes.
As feitas com cortes são realizadas por estes espíritos, com o intuíto de chamar a atenção da Ciência acadêmica para a realidade do espírito, e para despertar a fé naqueles que não a tem. Nos grupos espíritas que segue a Codificação kardequiana, não se faz uso da cirurgia com corte, elas são feitas sem cortes com os espíritos atuando diretamente no corpo espiritual ou perispírito, como nós chamamos, e realizam a cura. As cirurgias sem cortes já foram comprovadas através de chapas de raios X onde nas mesmas são mostradas as cicatrizes internas.
Nas curas fluídicas ou utilizando fluídos, só os bons espíritos ou os espíritos elevados moralmente conseguem realizar pelo fato dos fluídos emitidos por eles serem fluídos bons, puros, já os espíritos ditos inferiores ou espíritos maus, não conseguem realizar as curas fluídicas pelo fato dos fluídos emitidos por eles serem fluídos ruins, viciados, fazem é piorar o estado dos doentes.
Em relação às cirurgias, qualquer espírito pode fazer desde que tenha conhecimento das técnicas cirúrgicas, portanto, tanto pode ser feita por espíritos bons, como por espíritos não moralizados e neste caso, com um grande risco de trazer problemas para o paciente. Basta sabermos que muitos cirurgiões encarnados são homens viciosos, de moral suspeita, portanto quando desencarnam são os mesmos, não mudam simplesmente porque desencarnou, e se acharem campo fazem cirurgias espirituais.
A assistência espiritual boa ou ruim depende do comportamento e das qualidades morais do médium, porque aí funciona a lei de afinidade moral. Se o médium for um médium evangelizado, ou seja, que se preocupa pautar o seu modo de ser e seus pensamentos de acordo com os ensinos de Jesus, na prática da resignação, tolerância, paciência, principalmente do perdão das ofensas, enfim, praticando a caridade material e moral, com certeza ele terá uma assistência de espíritos preocupados com o bem dele e dos semelhantes, caso contrário, se ele deixa de se preocupar com estas questões, se se deixar levar pela vaidade, pelo orgulho, pelo interesse material e moral, faltando com a caridade material e moral, aí as coisas começam a mudar porque pela própria lei de afinidade moral, ele afasta os bons espíritos e atrai os maus que vão naturalmente pô-lo em situações difíceis e em muitos casos tirar-lhe até a própria vida, com o intuíto de escandalizar ou desacreditar o fenômeno e principalmente a Doutrina Espírita, porque infelizmente padres católicos e pastores protestantes, passaram a fazer com que as pessoas ignorantes, desinformadas, acreditem que qualquer fenômeno mediúnico é espiritismo o que não é verdade, e os seus fieis composto na grande maioria de pessoas crédulas, acreditam piamente no que eles dizem.
Todos se diz que são médiuns e também de cura e cirurgias milagrosas, o que preciso saber, se o espirito que o incorpora para viabilizar essas cirurgias são incapaz de erro, como nós humanos ou seja, onde seu mentor por as mãos essas pessoas estão curadas dos seus males definitivamente não importando a sua enfermidade ou o seu diagnósticos obtido pela medicina convencional.
Os médiuns que mais se prestam para estes casos são médiuns classificados como sonâmbulos. Vou tentar descrever muito precariamente como se dar o fenômeno, para que se possa também precariamente entender. O espírito encarnado (do médium) entra em sono profundo provocado ou não, sai do corpo ficando ligado ao mesmo por um “cordão fluídico” (o rompimento seria a morte) que o mantém preso ao corpo dando-lhe vida, mantendo a sua temperatura, e o espírito cirurgião atua no sistema nervoso central do médium, e assim passa a manobrá-lo na realização da cirurgia.
O trabalho do plano espiritual é todo planejado e estão sujeitos a erros não por vontade própria ou mau planejamento, mas por falha dos encarnados, por invigilância dos encarnados, que em algum momento favoreceram ao desequilíbrio vibratório do ambiente em que está se realizando a cirurgia. Estes desequilíbrios vibratórios acontecem mais nos casos em que estas cirurgias são feitas em meio às multidões, onde existe todo tipo de pensamentos que de uma forma ou de outra influenciam no fenômeno. Nestes ambientes, exige uma vigilância muito maior, principalmente do médium que está servindo de instrumento para a manifestação do espírito comunicante
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Nem todas as pessoas são curadas, porque por mais queiramos, nada acontece sem a permissão divina, os espíritos superiores não violam as leis divinas. Só serão curadas as pessoas que através das suas lutas, já tenham voltado ao equilíbrio perante as leis eternas, as que ainda se encontram procurando o equilíbrio através da dor, por não saber procurar pelo amor, só serão aliviadas e não curadas. Aí como em tudo, funcionam as leis de Deus. Não existem privilégios perante Deus, cada um recebe segundo as suas obras já nos disse Jesus, nos revelando assim a lei de causa e efeito a que todos nós estamos submetidos, quer acreditemos ou não.
Não existe nenhuma cura definitiva, pois as nossas doenças são resultados do nosso proceder perante a vida, por isso que o Cristo dizia aos que Ele curava: “Vai e não peques mais”, a outros até acrescentava: “Vai e não peques mais para que não te aconteça coisa pior”
Nós que seguimos a Codificação Espírita, não nos preocupamos com nomes, nós seguimos a orientação de João na sua Epístola 1ª, 4:1 - Meus bem-amados, não creais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus.
Foi o mais resumido que pude fazer.
Abraço fraterno a todos
Arnaldo Paiva
Última edição por Arnaldo Ferreira de Paiva em Ter 21 maio 2013, 10:21, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : correção de texto)