por Clayton Lima Qua 23 Jul 2014, 09:39
Dannilo....
Se a intenção foi questionar a insegurança a respeito da especulação sobre a Trindade, o texto de João 17.3 não parece ser o mais recomendado.
O texto de João 17:3 é cristalino em sua mensagem, ele mostra uma pessoa, com seu distinto "centro de consciência", orando para que conheçamos a pessoa de Deus (possuidora de um outro centro de consciência) como o único Deus verdadeiro.
Perceba a insegurança que sentimos em aceitar a trindade mediante a oração de Jesus, pois uma vez que a doutrina da trindade ensina que três são as pessoas de Deus, ela contraria Jesus que quer que conheçamos somente uma como a pessoa de Deus.
Aí eu tenho que escolher entre as duas, não é verdade? Ou a tardia doutrina da trindade, formulada por homens tempos depois que o ultimo apóstolo morreu, ou a oração de Jesus que vem em conformidade com a doutrina que ele mesmo aprendeu, de que Deus é um, Javé. E diante destas fontes, Jesus tem mais autoridade, por isso penso ser mais seguro crer da forma que ele quer que eu creia.
Diferentes emoções e vontades no mesmo ser... É isso que acontece quando especulamos sobre a Trindade...Principalmente quando não analisamos o que a Bíblia diz.
Sim, é isto que acontece quando especulamos sobre a trindade, e principalmente quando analisamos com um pouco mais de insistência a bíblia, a fim de por a prova doutrinas estranhas a ela.
Veja bem: a situação que você teorizou implica em DESARMONIA, algo inviável de se aplicar à Divindade, que é, por definição, PERFEITO. Ou seja, as Pessoas da Trindade convivem em harmonia de desígnios e sentimentos.
Eu diria que Deus é perfeito, Ele está em harmonia com Ele mesmo, e não que três centros de consciência distintos que formam o "País Deus" trabalham em harmonia entre eles.
Podemos comparar essa situação com o Governo brasileiro, que é único, mas exercido por 3 Poderes, que são (ou deveriam ser...) INDEPENDENTES E HARMÔNICOS entre si (art. 2º da Constituição Federal).
Isto é o que acontece por "graças a Deus" termos o discernimento de especular a trindade, são estas as comparações que seus defensores terão que fazer, transformar o Deus pessoal, em uma "coisa". E dai podemos procurar nas escrituras se em algum momento Deus fala algo parecido com isto sobre Ele mesmo, ou se algum homem de Deus nas escrituras sequer introduz algo do tipo, e assim, comparando bíblia com doutrina da trindade, avaliar se este "papo" de "um ser com distintos centros de consciência", tem alguma coisa a ver, com Javé.
Quanto à consciência divina de Jesus: A Bíblia não esclarece em que momento ocorreu isso, portanto não devemos ir além do que está escrito. Até porque isso não faz diferença alguma.
Opa, faz muita diferença amigo, se Jesus era sabedor de que era o próprio Deus, a fala dele terá de ser analisada como a de "o próprio Deus falando", se Jesus não era sabedor de que era o próprio Deus, a fala dele terá de ser analisada de forma diferente. Portanto, ou era Deus com consciência de que era Deus falando, ou era Deus inconsciente de que era Deus falando. Fará toda a diferença se estivermos analisando as palavras de Deus, em relação a um que nem sabe que é Deus.
O desconhecimento momentâneo de Jesus sobre o momento de sua vinda é plenamente explicado pelo fato dEle ter se ESVAZIADO de parte de seus atributos divinos quando da Encarnação, como aliás eu já havia dito na postagem nº 271. Mas, a partir do momento em que
Está vendo como a especulação é válida? Donde você tirou que Jesus se esvaziou de "parte" dos atributos dele? Filipenses? É isto que é dito lá, ou sua doutrina dará novos significados ao texto?
Ele ressuscita e se apresenta ao Pai, reassume esses atributos (Mateus 28.18) inclusive a Onisciência.
Tá vendo como é válida? "Reassume", ou recebe? Lhe é dado de volta, ou simplesmente lhe é dado?
Lhe sugiro mais atenção ao que os textos dizem, menos apego ao que a doutrina diz.
Graça e paz.