Márcio escreveu: A justiça da lei de Deus composta por 613 mendamentos, exigia vida por vida. Você não vai encontrar alusões à "morte espiritual" ou "morte em Cristo" para as finalidades para as quais este arcabouço jurídico foi estabelecido. Estes termos são construções que não cabem à justiça da Lei dada à Moisés.
Ainda que Noé, Daniel e Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor DEUS, que nem um filho nem uma filha eles livrariam, mas somente eles livrariam as suas próprias almas pela sua justiça. Ezequiel. 14:20 ACF
A paz a todos. Neste verso em específico, a ideia é que não é necessário morrer para se cumprir a lei, antes ao contrário, é pela justiça que eles livrariam a propria alma, mas qual justiça? No caso de Daniel, ele vivia em cativeiro e longe dos sacrificios oferecidos no Templo que estava profanado.
Márcio escreveu: Não. Em nenhum momento é dito que Abraão cumpriiu a Torah. Gênesis 26:5, a guarda de ordenanças específicas não o justifica. Sobre a torah é dito abaixo: "Não foi com nossos pais que fez o SENHOR este concerto, senão conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos - Deuteronômio 5:3" Quando a Lei foi dada a Moisés, foi dito que aquela aliança não foi feita com os antepassados destes. Abraão foi justificado porque creu em uma promessa e isto foi-lhe imputado por justiça e não pelo cumprimento de mandamentos, conforme Genesis 15.6.
Estes são termos padrões na literatura jurídica do Antigo Testamento. Israel veria imediatamente a terminologia da Torá (Lei) no registro de Abraão em Genesis 26:5 e seria inspirado a guardar a Lei. Moisés usou esta linguagem juridica posterior de obediência completa na Lei Mosaica (Deuteronômica) para dizer que Abraão foi obediente a tudo que Deus ordenou para que ele fizesse em seu tempo, incluindo: Deixar Ur dos Caldeus, ser circuncidado e oferecendo-se voluntariamente para sacrificar Isaque. Então a terminologia de Genesis 26:5 é de uso metafórico para o fato de que ele, Abraão, foi obediente a tudo que Deus ordenou que ele fizesse.
Betho escreveu:
Então temos duas narrativas no Novo Testamento, uma diretamente com Jesus (Mateus 19:17) que garante aos judeus circuncidados cumpridores da Toráh e dos profetas: 1) Vida eterna 2) Não ir para o Tormento Eterno.
Márcio escreveu: Não.
A justificação não está no cumprimento da torah.
A justificação do homem em qualquer tempo, sempre foi pela fé.
Em termos de Cristianismo, volto a repetir,nenhuma teologia está acima das palavras de Jesus.
Betho escreveu:Entendo que, como indivíduo não circuncidado, minha escolha de observar a Torá e os profetas a partir da minha perspectiva gentílica pode ser considerada ineficaz para alcançar a justiça conforme a lei para obter a vida eterna. No entanto, reconheço que a Torá e os profetas são valiosos como guias, e muitos dos princípios deles estão incorporados em nossos ordenamentos pátrios de leis
Márcio escreveu:Você tem certeza que observa a torah ? São 613 mandamentos, a quebra de qualquer um dos requisitos lhe imputa a condenação. Márcio
Na condição de gentio incircunciso vivendo fora da Judeia, não sou obrigado a cumprir a Toráh e tão pouco a observo, somente observo o Concilio de Jerusalém. Paulo explica muito bem que para os gentios incircuncisos fora da Judeia isto é desnecessário no sentido amplo da lei e esta questão também foi resolvida no Concilio de Jerusalém. Os convertidos fora da Judeia não deveriam ser "pertubados" quanto a amplitude da lei Mosaica, diferentes dos gentios convertidos que viviam na judeia e estavam sendo circuncidados e estavam integrados aos judeus tambem convertidos e zeladores da lei.
E, logo que chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam de muito boa vontade. E no dia seguinte, Paulo entrou conosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali. E, havendo-os saudado, contou-lhes por miúdo o que por seu ministério Deus fizera entre os gentios. E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor, e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei. E já acerca de ti foram informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da lei. Que faremos pois? em todo o caso é necessário que a multidão se ajunte; porque terão ouvido que já és vindo. Faze, pois, isto que te dizemos: Temos quatro homens que fizeram voto. Toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei.
(Acts 21:17-24 ACF)
Paulo era Romano, automaticamente Militar, todo romano era militar, a patente de um romano era dada conforme o recurso financeiro que ele possuia para comprar as armas, roupas, escudos e capacetes, Paulo era também judeu, então tudo o que Paulo escreveu, isto deve ser levado em consideração, esta condição peculiar. A Paulo foi confiado o evangelho da incircuncisão, para os gentios das nações, um evangelho de forma muito diferente do evangelho para judeus circuncidados das Judeia, incluindo os gentios que moravam lá. O sistema de justiça neles são diferentes.