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A expressão “para sempre” (olam, no hebraico) pode significar apenas um longo período, um período indefinido, mas findável
A terra permanecerá para sempre ou será destruída?
Esta indagação é suscitada por alguns versículos aparentemente contraditórios. Alguns trechos bíblicos afirmam que a terra foi estabelecida por Deus para sempre:
“Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum” (Sl 104.5; grifo do autor. V. tb. 78.69) e “Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece” (Ec 1.4; grifo do autor). Enquanto outros versículos parecem negar estas declarações: “Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17; grifo do autor) e “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (2Pe 3.10; grifo do autor). Vejamos:
O contexto da passagem de Eclesiastes é revelado no versículo anterior, que diz: “Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?”. Em outras palavras, a perspectiva de Eclesiastes é de um ponto de vista completamente humano. O mesmo acontece na passagem de Salmos: a descrição sob uma perspectiva meramente humana. Assim, tais escritores descreveram a terra que permanece. É significante que a expressão “para sempre” (olam, no hebraico), nestes textos, pode significar apenas um longo período, um período indefinido, mas findável.
Já em Isaías 65.17 e 2Pedro 3.10, os contextos são completamente diferentes. Ambos estão falando do tempo no futuro, quando serão feitos “novos céus e nova terra”. Vejamos o que Pedro continua dizendo: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2Pe 3.11-13).
Pedro chama-nos a atenção para a nossa conduta como seguidores de Cristo e para o fato de que pela existência do pecado no mundo a terra deverá ser destruída, sendo substituída por novos céus e nova terra (cf. Ap 21.1), sem que isso implique necessariamente numa descaracterização de seus elementos constitutivos.
Fonte: Seção ICP Responde da Revista Defesa da Fé - agosto/2003
.A terra permanecerá para sempre ou será destruída?
Esta indagação é suscitada por alguns versículos aparentemente contraditórios. Alguns trechos bíblicos afirmam que a terra foi estabelecida por Deus para sempre:
“Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum” (Sl 104.5; grifo do autor. V. tb. 78.69) e “Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece” (Ec 1.4; grifo do autor). Enquanto outros versículos parecem negar estas declarações: “Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17; grifo do autor) e “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (2Pe 3.10; grifo do autor). Vejamos:
O contexto da passagem de Eclesiastes é revelado no versículo anterior, que diz: “Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?”. Em outras palavras, a perspectiva de Eclesiastes é de um ponto de vista completamente humano. O mesmo acontece na passagem de Salmos: a descrição sob uma perspectiva meramente humana. Assim, tais escritores descreveram a terra que permanece. É significante que a expressão “para sempre” (olam, no hebraico), nestes textos, pode significar apenas um longo período, um período indefinido, mas findável.
Já em Isaías 65.17 e 2Pedro 3.10, os contextos são completamente diferentes. Ambos estão falando do tempo no futuro, quando serão feitos “novos céus e nova terra”. Vejamos o que Pedro continua dizendo: “Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2Pe 3.11-13).
Pedro chama-nos a atenção para a nossa conduta como seguidores de Cristo e para o fato de que pela existência do pecado no mundo a terra deverá ser destruída, sendo substituída por novos céus e nova terra (cf. Ap 21.1), sem que isso implique necessariamente numa descaracterização de seus elementos constitutivos.
Fonte: Seção ICP Responde da Revista Defesa da Fé - agosto/2003