Resposta à Mensagem Nº7 Olá Adauto. Adauto escreveu:_Adauto_
Isso.
Dependeria do resultado final, provocado por minha ação.
__Tzaruch__
Nesse caso você mesmo não sabe sequer se é o bem ou o mal a sua ação,
e não faz muito sentido alguém praticar um ação esperando o resultado
final para saber se fez o bem ou se fez o mal....
_Adauto_
Negativo.
"Negativo" só se for em relação a outro assunto por você não mencionado,porque essa resposta que citou está em total conformidade com asafirmações que antes tinha feito. Adauto escreveu:Um resultado pode ser deduzido.
Claro que pode ser deduzido, e como sabe não foi o caso daquilo que você tinha afirmado,pois disse claramente que fazer o bem ou o mal dependeria de um resultado quepelo demonstrado VOCÊ NÃO SABE, nem sequer disse conseguir deduzir.Pelo contrário, disse se sentir "meio paralisado", e ainda fez perguntas sobrequal seria o resultado da sua decisão...Ainda assim, a sua escolha ao recair sobre a opção (A), continua que peranteum crime ou os tais ERROS, você delatar uns erros e ENCOBRIR OUTROSestará automaticamente nuns casos a fazer o bem e em outros a fazer o mal....Porque a justiça não se fundamenta no bem-estar ou na felicidade,mas sim os fatos que forem apresentados.E isso tendo em conta que por exemplo um CRIME é sempre um CRIME, e se vocêdelatar uns e encobrir OUTROS estará a fazer por interesse próprio ou de outrem,o que nunca será justo para a vítima desse crime, e você ainda se torna cúmplice. Adauto escreveu: __Tzaruch_
Naturalmente o ser humano como "sempre", primeiro coloca os seus interesses
próprios na frente de tudo, e só depois e se não sair prejudicado é que opta por
uma decisão, em outros casos até opta visando os ganhos e interesses próprios.
__Adauto__
Errado.
Errado COISA NENHUMA, você mesmo confirma*** isso nesta resposta. Adauto escreveu: Uma ação utilitarista visa (quando pensada da maneira correta)
Antes de tudo lembre-se, as suas respostas à Maria com base no utilitarismo nãoresponderam à pergunta do tópico,, é que você não conseguiu fazer a tal "dedução"..A ação utilitarista, ainda que "pensada" da maneira correta (segundo os seus autores),continua a visar INTERESSES específicos e não a justiça ou sequer o bem ou o mal...E isso porque o utilitarismo se baseia na moral eudemonista com a suposição do que cadaum considerar ser o bem estar para os outros, e isso varia de pessoa para pessoa, onde cada uma poderá pensar diferente da outra...Inclusive um juízo errado leva a que os pensamentos "corretos" acabem pordar resultados extremamente negativos, que neste caso seria a ação utilitarista ser pensada corretamente, mas o juízo de valores do sujeito estar todo distorcido.Segue um exemplo simples de um erro que pode ser cometido pelo utilitarismo....Um criminoso com mulher e filhos,, durante um assalto dispara e mata um sem-abrigo.Na "óptica" pensada corretamente pelo utilitarismo, o certo seria isso ficar por ai mesmo,e o criminoso ser encoberto,, ""quem sabe para matar de novo""...E por que motivo essa decisão do criminoso sair impune ?
https://pt.wikipedia.org/wiki/Utilitarismo
O utilitarismo é uma doutrina ética defendida principalmente por Jeremy Bentham e John Stuart Mill que afirma que
as ações são boas quando tendem a promover a felicidade e más quando tendem a promover o oposto da felicidade.[1]
Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase:
Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).
Trata-se então de uma moral eudemonista, mas que, ao contrário do egoísmo, insiste no fato de que
devemos considerar o bem-estar de todos e não o de uma única pessoa.
Tendo em conta que o sem-abrigo (pobre) nem tem família, e o criminoso tem mulher e filhos,então para a máxima de promover a felicidade e o bem estar dessa família ser aplicado o tal criminoso deve ficar solto e livre do seu crime....O sem-abrigo já está morto, não tem família, e ninguém sequer o irá chorar,, portanto o "certo"segundo o utilitarismo é mesmo deixar o criminoso solto de forma a produzir a maior quantidadede bem estar e conforto a ele, à mulher e aos filhos.Portanto, sabe que nenhum tribunal faz esse uso dessas "regras" do utilitarismo, porque o tribunaltrata primeiro dos "interesses" da JUSTIÇA, e só depois dos "interesses" da felicidade e do bem estar...Se não fosse assim, no caso do exemplo acima um tribunal teria de libertar o criminoso,não só por causa do bem estar da sua família, mas também por causa do bem estar deste...Talvez o utilitarismo tenha um lado "bom", e em alguns casos concretos sendo bemaplicado e sem contrariar a justiça poderia trazer bons resultados, mas pode ter a certeza,no assunto em questão os resultados são tão escassos que nem você conseguiu se decidir.Além de que amar ao próximo como a nós mesmos já substitui TODO esse "utilitarismo".E dessa forma o utilitarismo foi INCAPAZ de dar resposta à pergunta da Maria, sendo quevocê ficou dividido e indeciso sem ter chegado a nenhuma dedução ou conclusão....__Maria__Cristão que delata está praticando o bem ou o mal ?
Sem esquecer que a pergunta visava os cristãos, e a prática do bem ou do mal,,que deveria ser uma resposta com base na Bíblia, e não de filósofos e economistas. Adauto escreveu:a ação que leva à maximização do resultado positivo, não só para quem pratica a ação.
Essa é a "confirmação"...***Está a ver em como é certo que o praticante da ação começa por procurar para si mesmoum resultado positivo e só depois considera os restantes resultados ?A tal maximização do resultado positivo "felicidade e bem-estar" não funcionaria no exemploque foi apontado, e por certo sabe que na grande maioria o praticante da ação a ultima coisaque faria era sair prejudicado pela sua ação de tentar dar resultado positivo aos outros.Dai que nada estava errado, pois o praticante da ação em momento algum irá considerar um resultado negativo para si mesmo.Ainda sobre o utilitarismo, suas falhas e "falhanços"...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Utilitarismo
O utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir os seus próprios interesses,
mesmo às custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos
como certos ou errados independentemente das consequências que eles possam ter.
Princípio do bem-estar (the greatest happiness principle em inglês)
– O “bem” é definido como sendo o bem-estar.
No utilitarismo o certo ou errado é SUBSTITUÍDO pelas conveniências do próprio utilitarismo,
que nesse ponto seria não haver consequências em prol só do bem-estar e da felicidade...
Consequencialismo – As consequências de uma ação são a única base permanente para julgar a moralidade desta ação.
O utilitarismo não se interessa desta forma pelos agentes morais, mas pelas ações – as qualidades morais do agente não interferem
no “cálculo” da moralidade de uma ação, sendo então indiferente se o agente é generoso, interessado ou sádico,
pois são as consequências do ato que são morais.
Há uma dissociação entre a causa (o agente) e as consequências do ato.
Assim, para o utilitarismo, dentro de circunstâncias diferentes um mesmo ato pode ser moral ou imoral,
dependendo se suas consequências são boas ou más.
Aqui o FALHANÇO é total, é como se tudo fosse ignorado e o fim justificasse os meios...
Por certo uma sociedade sustentada nesses fundamentos ruiria em pouco tempo...
Melhor,, seria o próprio utilitarismo que ruiria pelos seus erros nos conceitos relativos
que apresenta sobre felicidade, e na sua falta de moral entregue ao que cada um
na sua opinião considerar ser "bem-estar e felicidade".
Princípio da agregação – O que é levado em conta no cálculo é o saldo líquido (de bem-estar, numa ocorrência)
de todos os indivíduos afetados pela ação, independentemente da distribuição deste saldo.
O que conta é a quantidade global de bem-estar produzida, qualquer que seja a repartição desta quantidade.
Sendo assim, é considerado válido "sacrificar uma minoria", cujo bem-estar será diminuído,
a fim de aumentar o bem-estar geral.
Esta possibilidade de sacrifício se baseia na ideia de compensação:
a desgraça de uns é compensada pelo bem-estar dos outros.
Se o saldo de compensação for positivo, a ação é julgada moralmente boa.
O aspecto dito sacrificial é um dos mais criticados pelos adversários do utilitarismo.
Sem dúvida Adauto, o "seu" utilitarismo será bom para você quando estiver na parte
dessa "maioria", a partir do momento que entrar na DESGRAÇA da minoria é certo
que irá mudar de opinião em relação a essas TEORIAS que segue e pensa serem boas.
Aquilo que foi observado acerca de você não saber nem conseguir se decidir acerca dos seus atos,
também já outros tinham identificado acerca do utilitarismo, e pode confirmar já de seguida...
Incalculabilidade das consequências
Os que se opõe ao pensamento utilitarista veem diversos problemas no cálculo utilitarista que mede a moralidade por suas consequências, a saber:
- Incerteza – Para os críticos, as consequências exatas de um ato não são determináveis até que ele aconteça de fato.
- Dentro desta visão, jamais teremos a certeza de que as supostas consequências de um ato serão suas consequências reais.
- Assim, um ato aparentemente inocente poderá então se mostrar imoral à vista de suas consequências reais,
- assim como um ato supostamente malvado poderá se revelar moral.
Eventualmente poderá fazer a tal "dedução", mas terá sempre uma percentagem de erro,
e havendo percentagem é sinal que poderá acontecer essa falha...
E é por isso mesmo que você na 1º msn disse se sentir meio paralisado, e mostrou que
tudo se lhe apresentava de forma "complicadíssima", porque não existe mais o sentido
moral nem o fazer o bem ou o mal,, para você existe um resultado futuro que DESCONHECE.
E desconhecendo o futuro não consegue tomar uma decisão sobre a ação do presente..
- Infinitude – As consequências formam uma cadeia, como num efeito dominó –
- se o ato A causa B, e se B causa C, então o ato A causa C indiretamente.
- Desta forma, avaliar as consequências de um ato gera o problema da identificação das suas consequências:
- quando podemos dizer que um ato não é mais causa?
- Onde terminará a cadeia de consequências?
Sem dúvida, um efeito dominó que deixa qualquer seguidor dessas "teorias" confuso consigo mesmo..
Ao ponto de você ser estes exemplos, não conseguindo avaliar os próprios atos porque não
consegue prever as suas consequências, e também falhando ao assumir culpabilidade
que não lhe compete por não ser a origem do problema inicial.
Segue que,, o seu utilitarismo é isso mesmo, aparenta ter uma certa utilidade,
mas depois falha fundamentalmente na impraticidade já por si aqui mostrada.
Adauto, se quiser pode continuar a tentar defender o utilitarismo, mas tenha em conta que
se ele de fato fosse bom e prático seria de uso geral, e você mesmo não teria aqui
mostrado as falhas existentes nessas teorias quando usadas na prática.
Também existe um ponto FUNDAMENTAL em que o utilitarismo nem chegou perto,
que é o AMOR, pois não fala dele, nem o conseguiria integrar nos seus conceitos.