Por que Enfatizar a Observância da Torah?
Por Dennis E. Green
Traduzido e adaptado por Sha’ul Bentsion
Introdução
“Vocês estão pregando escravidão a regras e ordenanças.” “O Messias veio nos libertar do jugo da escravidão.”
“Tudo o que precisamos é amar ao Eterno e obedecer aos ensinamentos do Novo Testamento.”
Muitas pessoas freqüentemente fazem comentários semelhantes aos acima quando entramos no tópico deobservância da Torah. Com um entendimento menor do que o adequado da natureza e propósito da Torah, é fácil chegar a conclusões semelhantes. Dependendo do contexto em que as afirmações acima são feitas, elas podem estar bem corretas ou totalmente distantes da verdade.
Os messiânicos devem ter um entendimento correto do papel da Torah de HaShem (O Eterno) em suas vidas. Com o entendimento correto das instruções de nossos Pais, encontraremos paz e segurança num estilo devida que em que nos rendemos à obediência. Da mesma forma, se um crente em Yeshua não possui o equilíbrio necessário em sua doutrina, com entendimento bem claro do que é a graça, a observância da Torah pode sim levar a uma vida de dificuldade, quando a pessoa percebe a dificuldade em cumprir uma grande lista de mitzvot (mandamentos).
A lei que foi dada no “Velho Testamento” não foi abolida no Novo?
“Não penseis que vim destruir a Torah ou os profetas; não vim destruir, mas para tornálos plenos. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da Torah um só Yud ou um só traço, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar uma destas mitzvot, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que as cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.” (Matitiyahu / Mateus 5:1719). Veja também: Lucas 16:17; Romanos 2; 6; 7; I Timóteo 1:8; 1 Yochanan / João 1:8; 2 Timóteo 3:16.
A Torah foi dada à humanidade por diversas razões. Algumas são muito bem esmiuçadas e explicadas, enquanto outras são menos óbvias, mas não menos importantes.
A Necessidade do Ser Humano
Desde Adam, toda a humanidade tem tido que andar dentro de diretrizes específicas que foram dadas por um Pai amoroso. Sem estas “regras” e “ordenanças” o homem seria livre para ir atrás de qualquer perversão infernal que entrasse em sua mente. Sem “a Lei”, Elohim não poderia julgar e condenar o pecado, pois o pecado não existe fora da Lei. Sendo puro, nosso Elohim por Sua própria natureza requer e demanda pureza nas vidas daqueles que foram criados à Sua própria imagem. As diretrizes, ou a “Lei”, que foram dadas não só trouxeram luz à escuridão do homem caído, mas também trouxeram morte, no sentido de que este homem que agora havia despertado era responsável por seus atos (Romanos 7:12,13). Ele agora tinha uma linha que não deveria cruzar. Esta Lei que agora mostrava a forma de viver em retidão também se tornou um peso sob o qual o homem deveria lutar e se esforçar no intuito de satisfazer o seu criador. Sem o poder do Espírito de YHWH dandonos o desejo interno e capacitandonos a obedecer os Seus mandamentos, a Torah pode ser rapidamente vista como “uma montanha a ser escalada enquanto sofremos com pernas quebradas”. Ou seja, a Lei de YHWH é boa, pura e santa, mas só pode ser seguida se temos a Ruach HaKodesh (Espírito Santo).
A Torah é um fardo?
Isto não é dizer que a Torah ou as instruções amorosas que nosso Pai nos deu são difíceis demais ou que elas tenham que ser dolorosas. Freqüentemente, o que faz de uma mitzvot (mandamento) uma bênção ou um fardo é a nossa percepção da mesma. Se encaramos como algo feito por amor a Elohim e que vai nos trazer qualidade de vida, a Torah tornase uma bênção para nós. O rei David eloqüentemente transformou seu amor à Lei de YHWH em música (Tehilim / Salmos 119). Mesmo dando apenas uma passada de olhos nos Tehilim (Salmos), perceberemos que a Lei de YHWH era um prazer para aquele que desejasse ter uma comunhão de intimidade com o Pai. (veja também Romanos 7:12,22)
A Torah não foi dada para o justo, mas para o profano (1 Tim. 1:9). A Torah não foi revelada a Adam com a mesma profundidade que foi posteriormente revelada a Moshe (Moisés). A razão é simples, o homem não precisa de uma mitzvah (mandamento) para não fazer algo que não consegue fazer. Quando Adam e Havah (Eva) viviam em um estado de pureza, livres da inclinação a roubar, mentir, matar, etc., a eles não era necessário dizer “Não roubarás, não mentirás, não matarás, etc.” A única proibição dada, “Não comer da árvore...” não deveria ter sido um fardo para carregar, mas através daquela única mitzvah (mandamento), a fraqueza deles foi revelada. Através da desobediência àquela única mitzvah (mandamento), eles foram condenados como pecadores. É notório que apesar de a Adam não terem sido dadas muitas das proibições posteriores reveladas a seus descendentes, a moral sobre a qual as mitzvot (mandamentos) posteriores foram baseadas era simplesmente a essência da natureza e do caráter do Pai Celestial. A Torah de YHWH, expressada na Torah (Pentateuco), é acima de tudo um “manual do usuário” escrito por nosso criador através do qual encontramos a forma na qual Elohim espera que nós vivamos nossas vidas, para honra do nosso Pai.
O Principal Objetivo da Torah
A Torah traz luz à nossa inabilidade de viver de acordo com os padrões de justiça de YHWH. A Lei nos faz ter a certeza eterna de que precisamos de algo mais do que nossos próprios esforços e nossa própria sabedoria para sermos aceitos como justos perante um Elohim Santo. Na carta aos Gálatas, vemos que a Torah é um tutor, que deve conduzir o homem ao Messias (Gal. 3:24). Ao tentarmos viver em perfeita obediência à Torah, vemos que falhamos com freqüência. E a punição para tal falha é a morte. Ai de mim se eu falhar e não recorrer ao Messias para redenção e pela Sua justiça imputada. Pois sem o seu sacrifício expiatório, eu nunca ficaria livre do ciclo da tentação, luta, falha, pecado e morte. É somente através da fé no sacrifício expiatório do Messias Yeshua que eu vivo em liberdade para obedecer às Suas mitzvot (mandamentos) com uma gratidão profunda. A Sua Torah é para o nosso bem, e eu agora a sigo com grande desejo de obedecer suas instruções porque elas me mostram como andar uma caminhada perfeita em meio a uma geração perversa, sem ofender ao Meu Elohim e ao meu próximo. Nós fomos libertos da morte, da condenação, mas não da obrigação de obedecer a Elohim nosso Pai. O Seu Espírito dentro de nós agora nos dá a força, felicidade e paz que precisamos – a medida em que nos faz caminhar. E se falharmos, temos a certeza da Sua misericórdia e graça para nos trazer de volta ao caminho certo, e nos guiar sem condenação.
Os Argumentos de Quem é contra a Torah
Os argumentos das Escrituras que normalmente são usados para negar a autoridade das instruções amorosas de YHWH sobre nossas vidas normalmente são tirados do contexto, quebrando a seqüência de idéias do pensamento bíblico. Sha’ul (Paulo) lutou constantemente contra aqueles que minimizavam o fato de que só somos justificados pela fé. Ele também constantemente reafirmou o fato de que ninguém será justificado pelas obras da Torah (Romanos 3:20; Atos 13:39). Este fato precisava ser enfatizado porque o povo achava que era a sua própria justiça, ou seja, através das suas obras de observância da Torah, que eles seriam salvos. Avram (Abrão) foi justificado antes da Torah ser plenamente revelada. Foi pela sua fé, e seu amoroso respeito por YHWH que ele foi considerado justo. Agora, ser justo através da fé em Elohim de forma alguma o isentou de qualquer dos requerimentos da obediência às leis de YHWH. A graça não anula a obediência, pois Elohim não nos perdoou para que continuássemos a viver em pecado. E viver em desobediência à Lei de Elohim é viver em pecado.
É tudo uma questão de amor, certo?
O objetivo central das instruções de YHWH podem ser resumidas no seguinte:
● “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei vós também a eles; porque esta é a Torah e os profetas.” (Matitiyahu / Mateus 7:12).
● “Rabi, qual é a grande mitzvah na Torah? Respondeulhe Yeshua: Amarás a YHWH teu Elohim de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda tua força. Esta é a grande e primeira mitzvah. E asegunda, semelhante a esta, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destas duas mitzvot dependem toda a Torah e os profetas.” (Matitiyahu / Mateus 22:3640).
● “Pois toda a Torah se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Gálatas 5:14)
Uma pessoa pode alegar o seguinte: “Eu amo a Elohim e ao meu próximo: então por que deveria seguir toda a Torah?” Dependendo da cultura, criação, e visão de mundo, o conceito de uma pessoa sobre o que vem a ser “amar a Elohim e ao próximo” pode variar enormemente. Se nosso Pai tivesse nos dado uma mitzvah (mandamento) de “amar” e não tivesse nos instruído sobre o que é o puro amor, então até poderia ser que fôssemos livres para decidir por nós mesmos como entender o “amor”. E certamente o resultado desta experiência seria absolutamente desastroso. É na Torah que aprendemos sobre como viver em amor ao nosso próximo, nela e nos escritos dos apóstolos que esclarecem e reforçam estas mitzvot (mandamentos) – vide 2 Tim 3:16.
Quem define o que é amor: Você ou Elohim?
Se alguém ler as “leis” do Tanach (Primeiro Testamento), terá a grande surpresa de perceber que estas instruções o fariam viver uma vida saudável, frutífera, amorosa, próspera, reverente, generosa e feliz. A “maldição da lei” não é a Lei em si, mas o nosso coração que deseja sempre pecar, e nos impede de caminharmos com fidelidade perfeita nesta estrada maravilhosa. Nossas falhas nos mostram que não conseguimos ser homens perfeitos como deveríamos. Graças a Elohim, a história não acaba por aí. Com o Messias somos livres do cativeiro do pecado, do cativeiro dos caminhos da transgressão. Infelizmente, tem gente que é liberto no Messias é quer continuar na transgressão, achando que percorrer o caminho que Elohim trilhou (a Torah) não é importante. Isso sim é prisão: a Torah, praticada em Yeshua, é liberdade. E agora, com esta liberdade perfeita, procuramos obedecer às instruções do Pai de coração. Um coração no qual a Torah será um dia escrita (Yermiyahu / Jeremias 31:33, Yehudim / Hebreus 8:19,
10:16). Elohim fará um homem perfeito a partir de algo imperfeito. E agora, como o salmista, eu posso me alegrar: “Oh, como eu amo a Tua Torah! É a minha meditação o dia todo” (Tehilim / Salmos
119:97). E “grande paz tem os que amam a Tua Torah, e neles não há tropeço.” (Tehilim / Salmos
119:165).
Tem gente que já foi liberta, e continua a viver cativo dos caminhos de transgressão a Torah. Tem gente que precisa despertar, cumprindo a profecia:
“Abra os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da Tua Torah” (Tehilim / Salmos 119:18)
Por Dennis E. Green
Traduzido e adaptado por Sha’ul Bentsion
Introdução
“Vocês estão pregando escravidão a regras e ordenanças.” “O Messias veio nos libertar do jugo da escravidão.”
“Tudo o que precisamos é amar ao Eterno e obedecer aos ensinamentos do Novo Testamento.”
Muitas pessoas freqüentemente fazem comentários semelhantes aos acima quando entramos no tópico deobservância da Torah. Com um entendimento menor do que o adequado da natureza e propósito da Torah, é fácil chegar a conclusões semelhantes. Dependendo do contexto em que as afirmações acima são feitas, elas podem estar bem corretas ou totalmente distantes da verdade.
Os messiânicos devem ter um entendimento correto do papel da Torah de HaShem (O Eterno) em suas vidas. Com o entendimento correto das instruções de nossos Pais, encontraremos paz e segurança num estilo devida que em que nos rendemos à obediência. Da mesma forma, se um crente em Yeshua não possui o equilíbrio necessário em sua doutrina, com entendimento bem claro do que é a graça, a observância da Torah pode sim levar a uma vida de dificuldade, quando a pessoa percebe a dificuldade em cumprir uma grande lista de mitzvot (mandamentos).
A lei que foi dada no “Velho Testamento” não foi abolida no Novo?
“Não penseis que vim destruir a Torah ou os profetas; não vim destruir, mas para tornálos plenos. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da Torah um só Yud ou um só traço, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar uma destas mitzvot, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que as cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.” (Matitiyahu / Mateus 5:1719). Veja também: Lucas 16:17; Romanos 2; 6; 7; I Timóteo 1:8; 1 Yochanan / João 1:8; 2 Timóteo 3:16.
A Torah foi dada à humanidade por diversas razões. Algumas são muito bem esmiuçadas e explicadas, enquanto outras são menos óbvias, mas não menos importantes.
A Necessidade do Ser Humano
Desde Adam, toda a humanidade tem tido que andar dentro de diretrizes específicas que foram dadas por um Pai amoroso. Sem estas “regras” e “ordenanças” o homem seria livre para ir atrás de qualquer perversão infernal que entrasse em sua mente. Sem “a Lei”, Elohim não poderia julgar e condenar o pecado, pois o pecado não existe fora da Lei. Sendo puro, nosso Elohim por Sua própria natureza requer e demanda pureza nas vidas daqueles que foram criados à Sua própria imagem. As diretrizes, ou a “Lei”, que foram dadas não só trouxeram luz à escuridão do homem caído, mas também trouxeram morte, no sentido de que este homem que agora havia despertado era responsável por seus atos (Romanos 7:12,13). Ele agora tinha uma linha que não deveria cruzar. Esta Lei que agora mostrava a forma de viver em retidão também se tornou um peso sob o qual o homem deveria lutar e se esforçar no intuito de satisfazer o seu criador. Sem o poder do Espírito de YHWH dandonos o desejo interno e capacitandonos a obedecer os Seus mandamentos, a Torah pode ser rapidamente vista como “uma montanha a ser escalada enquanto sofremos com pernas quebradas”. Ou seja, a Lei de YHWH é boa, pura e santa, mas só pode ser seguida se temos a Ruach HaKodesh (Espírito Santo).
A Torah é um fardo?
Isto não é dizer que a Torah ou as instruções amorosas que nosso Pai nos deu são difíceis demais ou que elas tenham que ser dolorosas. Freqüentemente, o que faz de uma mitzvot (mandamento) uma bênção ou um fardo é a nossa percepção da mesma. Se encaramos como algo feito por amor a Elohim e que vai nos trazer qualidade de vida, a Torah tornase uma bênção para nós. O rei David eloqüentemente transformou seu amor à Lei de YHWH em música (Tehilim / Salmos 119). Mesmo dando apenas uma passada de olhos nos Tehilim (Salmos), perceberemos que a Lei de YHWH era um prazer para aquele que desejasse ter uma comunhão de intimidade com o Pai. (veja também Romanos 7:12,22)
A Torah não foi dada para o justo, mas para o profano (1 Tim. 1:9). A Torah não foi revelada a Adam com a mesma profundidade que foi posteriormente revelada a Moshe (Moisés). A razão é simples, o homem não precisa de uma mitzvah (mandamento) para não fazer algo que não consegue fazer. Quando Adam e Havah (Eva) viviam em um estado de pureza, livres da inclinação a roubar, mentir, matar, etc., a eles não era necessário dizer “Não roubarás, não mentirás, não matarás, etc.” A única proibição dada, “Não comer da árvore...” não deveria ter sido um fardo para carregar, mas através daquela única mitzvah (mandamento), a fraqueza deles foi revelada. Através da desobediência àquela única mitzvah (mandamento), eles foram condenados como pecadores. É notório que apesar de a Adam não terem sido dadas muitas das proibições posteriores reveladas a seus descendentes, a moral sobre a qual as mitzvot (mandamentos) posteriores foram baseadas era simplesmente a essência da natureza e do caráter do Pai Celestial. A Torah de YHWH, expressada na Torah (Pentateuco), é acima de tudo um “manual do usuário” escrito por nosso criador através do qual encontramos a forma na qual Elohim espera que nós vivamos nossas vidas, para honra do nosso Pai.
O Principal Objetivo da Torah
A Torah traz luz à nossa inabilidade de viver de acordo com os padrões de justiça de YHWH. A Lei nos faz ter a certeza eterna de que precisamos de algo mais do que nossos próprios esforços e nossa própria sabedoria para sermos aceitos como justos perante um Elohim Santo. Na carta aos Gálatas, vemos que a Torah é um tutor, que deve conduzir o homem ao Messias (Gal. 3:24). Ao tentarmos viver em perfeita obediência à Torah, vemos que falhamos com freqüência. E a punição para tal falha é a morte. Ai de mim se eu falhar e não recorrer ao Messias para redenção e pela Sua justiça imputada. Pois sem o seu sacrifício expiatório, eu nunca ficaria livre do ciclo da tentação, luta, falha, pecado e morte. É somente através da fé no sacrifício expiatório do Messias Yeshua que eu vivo em liberdade para obedecer às Suas mitzvot (mandamentos) com uma gratidão profunda. A Sua Torah é para o nosso bem, e eu agora a sigo com grande desejo de obedecer suas instruções porque elas me mostram como andar uma caminhada perfeita em meio a uma geração perversa, sem ofender ao Meu Elohim e ao meu próximo. Nós fomos libertos da morte, da condenação, mas não da obrigação de obedecer a Elohim nosso Pai. O Seu Espírito dentro de nós agora nos dá a força, felicidade e paz que precisamos – a medida em que nos faz caminhar. E se falharmos, temos a certeza da Sua misericórdia e graça para nos trazer de volta ao caminho certo, e nos guiar sem condenação.
Os Argumentos de Quem é contra a Torah
Os argumentos das Escrituras que normalmente são usados para negar a autoridade das instruções amorosas de YHWH sobre nossas vidas normalmente são tirados do contexto, quebrando a seqüência de idéias do pensamento bíblico. Sha’ul (Paulo) lutou constantemente contra aqueles que minimizavam o fato de que só somos justificados pela fé. Ele também constantemente reafirmou o fato de que ninguém será justificado pelas obras da Torah (Romanos 3:20; Atos 13:39). Este fato precisava ser enfatizado porque o povo achava que era a sua própria justiça, ou seja, através das suas obras de observância da Torah, que eles seriam salvos. Avram (Abrão) foi justificado antes da Torah ser plenamente revelada. Foi pela sua fé, e seu amoroso respeito por YHWH que ele foi considerado justo. Agora, ser justo através da fé em Elohim de forma alguma o isentou de qualquer dos requerimentos da obediência às leis de YHWH. A graça não anula a obediência, pois Elohim não nos perdoou para que continuássemos a viver em pecado. E viver em desobediência à Lei de Elohim é viver em pecado.
É tudo uma questão de amor, certo?
O objetivo central das instruções de YHWH podem ser resumidas no seguinte:
● “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei vós também a eles; porque esta é a Torah e os profetas.” (Matitiyahu / Mateus 7:12).
● “Rabi, qual é a grande mitzvah na Torah? Respondeulhe Yeshua: Amarás a YHWH teu Elohim de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda tua força. Esta é a grande e primeira mitzvah. E asegunda, semelhante a esta, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destas duas mitzvot dependem toda a Torah e os profetas.” (Matitiyahu / Mateus 22:3640).
● “Pois toda a Torah se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Gálatas 5:14)
Uma pessoa pode alegar o seguinte: “Eu amo a Elohim e ao meu próximo: então por que deveria seguir toda a Torah?” Dependendo da cultura, criação, e visão de mundo, o conceito de uma pessoa sobre o que vem a ser “amar a Elohim e ao próximo” pode variar enormemente. Se nosso Pai tivesse nos dado uma mitzvah (mandamento) de “amar” e não tivesse nos instruído sobre o que é o puro amor, então até poderia ser que fôssemos livres para decidir por nós mesmos como entender o “amor”. E certamente o resultado desta experiência seria absolutamente desastroso. É na Torah que aprendemos sobre como viver em amor ao nosso próximo, nela e nos escritos dos apóstolos que esclarecem e reforçam estas mitzvot (mandamentos) – vide 2 Tim 3:16.
Quem define o que é amor: Você ou Elohim?
Se alguém ler as “leis” do Tanach (Primeiro Testamento), terá a grande surpresa de perceber que estas instruções o fariam viver uma vida saudável, frutífera, amorosa, próspera, reverente, generosa e feliz. A “maldição da lei” não é a Lei em si, mas o nosso coração que deseja sempre pecar, e nos impede de caminharmos com fidelidade perfeita nesta estrada maravilhosa. Nossas falhas nos mostram que não conseguimos ser homens perfeitos como deveríamos. Graças a Elohim, a história não acaba por aí. Com o Messias somos livres do cativeiro do pecado, do cativeiro dos caminhos da transgressão. Infelizmente, tem gente que é liberto no Messias é quer continuar na transgressão, achando que percorrer o caminho que Elohim trilhou (a Torah) não é importante. Isso sim é prisão: a Torah, praticada em Yeshua, é liberdade. E agora, com esta liberdade perfeita, procuramos obedecer às instruções do Pai de coração. Um coração no qual a Torah será um dia escrita (Yermiyahu / Jeremias 31:33, Yehudim / Hebreus 8:19,
10:16). Elohim fará um homem perfeito a partir de algo imperfeito. E agora, como o salmista, eu posso me alegrar: “Oh, como eu amo a Tua Torah! É a minha meditação o dia todo” (Tehilim / Salmos
119:97). E “grande paz tem os que amam a Tua Torah, e neles não há tropeço.” (Tehilim / Salmos
119:165).
Tem gente que já foi liberta, e continua a viver cativo dos caminhos de transgressão a Torah. Tem gente que precisa despertar, cumprindo a profecia:
“Abra os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da Tua Torah” (Tehilim / Salmos 119:18)