por Clébio Sab 15 Out 2016, 06:59
Os cristãos que estão “debaixo da Graça” não podem estar “fora da lei”. A Graça se torna uma dádiva para os que obedecem. Mas Deus também tem uma lei para identificar os obedientes. Por isso dizemos: só se pode estar “debaixo da Graça” estando “dentro da lei”!
Paulo nunca excluiu a lei da vida do cristão (Romanos 3:31; I Coríntios 7:18-19); nunca estabeleceu conflito algum entre lei e graça; nunca ensinou duas maneiras de alcançar a salvação. A sua afirmativa: "não estais debaixo da lei, e sim da graça" (Romanos 6:14 RA), declara que o pecador arrependido, ao abandonar a sua conduta pecaminosa, não está sujeito a condenação por ter transgredido a lei de Deus (cf. Romanos 7:5-12), pois a graça concedeu-lhe o perdão (cf. Ezequiel 33:12-16; Miquéias 7:18-20; Hebreus 8:10-12).
Paulo exortou os cristãos romanos a não retornarem às suas antigas atitudes de pecado, pois, agindo desta maneira, preservariam o respeito pela lei de Deus e evitariam que o mal dominasse novamente suas vidas; eles não seriam como antes, escravos do pecado (Romanos 6:11-23; Romanos 7:14-25). O verso de Romanos 6:14 apresenta o seguinte ensino: "Tendo abandonado os vossos pecados, tendo cessado de quebrar a lei, tendo crido em Cristo e sendo batizados, vós agora não sois mais governados pelo mal ou pelas paixões carnais; não sois condenados pela lei, porque achastes graça à vista de Deus, que vos concedeu este favor imerecido, e os vossos pecados foram perdoados." - E somente uma vida guiada pelo Espírito Santo é capaz de obedecer a lei de Deus.
Quando o pecador aceita a salvação concedida pela graça, ele passa por uma conversão; há uma mudança do "velho" para o "novo" homem, do pecado para a santidade, da condenação para absolvição (Romanos 6:1-7). Todavia, se ele anular o perdão que lhe foi concedido, praticando novamente as más obras, a lei com toda a sua autoridade (firme e implacável), se fará atuante e apontará o seu respectivo pecado; ele estará mais uma vez "debaixo da lei". Ela exercerá novamente o seu direito de cobrar justiça e a devida punição: a morte eterna. E caso o pecador escolha sair desta condição, ele terá que recorrer novamente a graça para obter mais uma vez o perdão.