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Olá Rodrigues. Rodrigues escreveu:Procurei e não achei o meu "eu" como VC disse.
Se diz que não achou, é porque não entendeu ainda muito bem o que é ser critico textual,ou então não reparou quando o seu "EU" entra na conversa.
A verdadeira complicação sobre anular o "EU", é que primeiro você precisa de "enxergar"
onde está e quem é esse "EU", e depois de o identificar conscientemente, então começa
pouco a pouco a remover esse "EU", até ele ficar totalmente ausente em cada linha escrita.
Procure um "EU" do Tzaruch aqui no fórum, ficará surpreendido pelo resultado.
__Rodrigues__
Amado,
eu não sou obrigado a acreditar assim como VC também não é....
Não sei se VC estuda outras literaturas sobre
outros povos e escritas,
pelo que posso ver não. -------------
Negativo amado,
não sou alienado religioso, e muito menos
troquei de livro, pelo contrário
coloco os 2 em paralelo para ver
suas credibivlidades...
Eu não tenho a bíblia como PALAVRA de Deus, isso não tira dela sua historicidade antiga,
___________Será mesmo amado que a cegueira de entendimento
é minha? Não sou eu que
acredito em TUDO o que está escrito na
versão resumida em português que VC tem em mãos.
------------Negativo,
nego a bíblia como sendo palavra de "Deus",
_________Viu agora quantos "EU" aparecem quando você escreve ?Quando não escreveu um "EU" escreve um verbo na primeira pessoa, e isso só mostraque para fazer análise textual ainda tem muito que "brigar" com esse seu "EU", até oconseguir extinguir totalmente de qualquer análise ou interpretação que faça.Leia o seguinte, e comece por ser um leitor-modelo para se tornar depois em um autor-modelo,e quem sabe você assim já esteja próximo de ser um critico textual, e co-autor.
________________________________Umberto Eco
Ao entrarmos no bosque de Umberto Eco, “metáfora para o texto narrativo” (ECO, 1994: 12), criada por Jorge Luis Borges,
deparamos-nos com dois tipos de leitores estabelecidos por ele:
o leitor empírico e o leitor-modelo. Como contraponto, Eco nos apresenta também,
o autor empírico e o autor-modelo.A princípio, o que mais nos interessa é a figura do leitor-modelo de Umberto Eco, pois este leitor é aquele que produz
sentidos à medida que executa a leitura, ou seja,
torna-se um colaborador, instituindo uma relação de cooperação.
Podemos dizer, que uma de suas características principais é a de ser co-autor da obra em questão.
O leitor-modelo faz um “pacto” com o texto, interpretará o mesmo ao “gosto do autor”.
Segundo Eco, o leitor-modelo é “uma espécie de tipo ideal que o texto não só prevê como colaborador, mas ainda procura criar” (Op. cit. p. 15).
Efetuando-se um empréstimo desta categorização de Umberto Eco para a
Crítica Textual, poderíamos, então, classificar o
crítico textual como um leitor-modelo,
sabendo-se que ele é um exímio leitor,
ao passo que realiza leituras
e interpretações fundamentadas em metodologia rigorosa.
Acompanhando esta ótica, o crítico textual seria também o co-autor, alguém que produz em conjunto com o autor.
Quanto aos autores, o autor empírico não interessa a Eco,
à proporção que o mesmo não se preocupa com a interpretação realizada pelos leitores e insiste em manter a sua personalidade.
Em contrapartida, o autor-modelo é aquele que consegue sair, abster-se de sua pessoalidade, ainda que com um estilo inconfundível.
Dessa forma, ele se aproxima também, do caráter imparcial, tão inerente ao crítico textual.Sabemos que na concepção de Eco o autor-modelo se configura, muitas vezes, como estratégia textual, e que também pode
ser reconhecido como um estilo. Por sua vez, o leitor-modelo é uma figura que não preexiste fora do texto, é construído pelo
próprio autor. De qualquer forma, para o nosso olhar fundamentado na Crítica Textual, tais análises não deixam de ser, no
mínimo, interessantes, pois de acordo com esta relação o crítico textual se configuraria, ao mesmo tempo, modelo de leitor
e de autor.
http://www.filologia.org.br/xcnlf/9/05.htm
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