O sábado tem se tornado mais uma marca do que um mandamento na era cristã.
O título do tópico é bastante desafiador quando afirma que quem não guarda o sábado não conhece a Cristo, mas isso dentro de uma visão limitada e monopolizada, já que a palavra sábado na sua etimologia é desprezada em depreciação do verdadeiro significado, para sustentar uma vaga ideia de cumprimento de mandamento.
Como em outros tópicos, o sábado é abordado como sendo uma âncora que deve ser prioritária na vida do crente, mas espelhando a tradicional visão judaica retrógrada e alienada. Os judeus, que "cumpriam os mandamentos" foram rejeitados por Deus justamente por tentarem naturalizar o que é espiritual, de forma que a lei era usada sempre para os outros do que para eles mesmos. Os profetas do velho testamento protestaram continuamente sobre a quebra dos mandamentos por todos os judeus e israelitas, que viam na lei de Moisés uma forma de se beneficiarem em particular e descansarem nos seus atos, desprezando o principal da lei que é o amor.
A quebra contínua dos mandamentos, por falta de entendimento os levou ao cativeiro e a destruição de sua terra natal, onde o seguimento aparente da lei era tudo que importava e isso levou a reprovação quando Cristo veio, pois falharam em ver o Messias através dos mandamentos.
A guarda natural do dia de sábado não difere em nada do dia do domingo ou de qualquer outro dia da semana, já que o sábado bíblico é um dia de RESPOUSO ou DESCANSO. É o dia que se repousa que é o SÁBADO e não o sábado em si, como dia semanal no calendário gregoriano que determina essa data, pois antes de ser chamado sábado na língua portuguesa, era chamado de DIA DE SATURNO que ainda em nossos dias se vê em línguas latinas e anglo-saxônicas. O fato de coincidir com o sábado dos judeus atuais não dá moral ou autoridade para estabelecer esse dia como de fato, por tentar dar um significado limitado a palavra sábado.
O cristão sabe naturalmente que Cristo é o Selo da Redenção e que só em Jesus há salvação, de forma que as demais coisas acrescentadas são meros complementos que compõem essa grandiosa salvação. O cristão tem a revelação do próprio Deus em relação aos mandamentos, de forma que aquilo que aprisiona ou leva vantagem na verdade é contraditório ao real significado do AMOR ao próximo.
Para o cristão, o dia depois do sexto é completamente diferente do dia depois da sexta-feira, pois há uma diferença notória nessa comparação. O dia depois do sexto, pode ser qualquer dia da semana, que no caso os cristãos normalmente REPOUSAM no DOMINGO que no calendário gregoriano é chamado de PRIMEIRO DIA. Isso no geral é realmente como estabeleceu os católicos, cuja doutrina romana é amplamente citada nos livros bíblicos como estranha a verdadeira fé cristã. O dia depois da sexta-feira é realmente o SÁBADO que é comumente aceito e reconhecido com um dia comum no catolicismo e tido como relevante para o judaísmo pelo uso da palavra SÁBADO.
Se a besta que engana os reinos da terra tivesse colocado a palavra SATURNO ao invés da palavra SÁBADO, certamente teria uma arma a menos para usar, mas usando uma palavra comum do judaísmo no cristianismo, então consegue ampliar seu controle sobre doutrinas secundárias que dão a impressão de obediência plena, mas de forma carnal e natural, desprezando a espiritual.
O jovem rico teve uma grande decepção quando se encontrou com Jesus (que é a Palavra de Deus) e no seu desvario, apresentou sua fé conforme tinha sido instruído pelos religiosos da época, mas na verdade, foi colocado um espelho e percebeu que não seguia nenhum. O fato de ter se negado doar tudo que tem e dar aos pobres não pode sobrepor a guarda do sábado, pois o amor ao dinheiro o levava a ser avarento, que levava a quebrar o nono mandamento, que por sua vez desprezava o resumo de todos os mandamentos - que é amar o Senhor teu Deus de todo o coração e de toda a sua alma E O TEU PRÓXIMO como a ti mesmo. A sequência em cadeia que foi sendo revelada por Jesus ao jovem rico mostrou que na verdade, ele vivia de uma aparente guarda dos mandamentos, mas sem REVELAÇÃO para compreender a sua significância.
Os irmãos sabatistas que guardam o sábado de forma natural, por causa do ensino que receberam, na verdade estão cumprindo os mandamentos da forma que receberam, no mesmo contexto em que os trinitarianos são batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas isso é até que a luz venha para revelar as profundidades. Uma vez conhecida a verdade, então o conhecimento anterior já não serve mais, como no caso do sábado em nossos dias.
O Sábado em nossos dias é um dia memorial, não venerável, que representa o repouso futuro prometido e deve ser lembrado como uma aliança com nossos antepassados, mas nunca como A REFERÊNCIA de fé, pois Cristo que É TODOS OS MANDAMENTOS e não somente um ou outro.
O cristão que conhece a Cristo, tem nele o Espírito de Jesus - que é o Espírito Santo - e que os guia a toda a verdade, que nesse caso, é revelado que há uma diferença abismal entre o dia depois do sexto e o dia depois da sexta-feira, que é um sinal retrógrado, como já no princípio da Era Cristã alertou PAULO em Romanos e Gálatas, entre outras citações no próprio Velho Testamento.
Os judeus que agora estão na Palestina, que já são aos milhões e estão misturados com todas as gentes da terra, guardam o SÁBADO como os cristianizados guardam o DOMINGO, mas com as devidas exceções, que começa desde a guarda da segurança do país quanto aos demais serviços essenciais. Os soldados continuam na guarda no sábado, atentos a qualquer ataque dos terroristas e acabam por REPOUSAR ou DESCANSAR em outro dia da semana. Essa prática habitual é amplamente conhecida também no OCIDENTE onde os cristianizados se revezam em folgas nos dias da semana, para suprir as necessidades essenciais nos fins de semana.
Se a lei que é para todos permite que alguns trabalhem, então a LÓGICA deveria ser que esses alguns estão sendo excluídos, ou então que por REVELAÇÃO podem entender claramente que se trata de um dia que pode ser substituído por outro, mas cumprindo sua finalidade, que é o dia depois do sexto, que no caso pode ser tanto no sábado, como no domingo, segunda.. etc. Se a pessoa trabalha seis dias e folga no sétimo, certamente estará folgando no SABADO, pois o sábado é o sétimo dia.
A contagem dos dias da semana parte sempre da visão católica do DOMINGO ser o primeiro dia, assim como deveria ser também a contagem do sétimo ano - que também é um sábado - mas que não é observado. Pela lógica, o sétimo mil ano - que será no milênio - viria exatamente ao término do sexto mil ano. Sendo assim, a vinda de Cristo só poderia ser no final do sexto milênio, coisa que não é comprovado e nem tem respaldo bíblico. O sétimo ano é o REPOUSO DA TERRA, que representa claramente o repouso do homem criado do barro e a quebra dessa prática leva a consequências, como infertilidade do solo e perda de capacidade de plantação, além de tornar o solo pouco produtivo, como acontece com a pessoa que trabalha em demasia continuamente sem desfrutar da folga semanal. Com o passar do tempo, as doenças e enfermidades vão se manifestando e tem que ficar tomando remédio para consertar o que destruiu.
Como a lógica sabatista gira em torno do sábado, então o sétimo ano deveria seguir a mesma proporção, onde a pessoa deveria passar um ano inteiro sem trabalhar. Por ser tempo demais, essa doutrina seria loucura mesmo para os mais radicais, que certamente buscariam de todas as formas se opor a essa imposição. De qualquer forma, a pessoa trabalha um ano e folga um MÊS que é chamado de férias. Em seis anos, teve seis meses de férias parceladas e não completa o ano inteiro, somente em DEZ ANOS. Pela lógica, deveriam trabalhar seis anos consecutivos sem tirar nenhuma férias e folgar o ano inteiro, mas como afirmado, não tem lei para isso e seria um absurdo na logica natural. Para completar o sétimo ano de férias ainda que parcelado, então o sabatista teria que trabalhar seis meses e folgar um mês, que no período de seis anos completaria ONZE FÉRIAS e no sétimo ano concluiria com DOZE FÉRIAS que daria um ano PARCELADO.
Como esse tipo de comportamento não é ensinado pela Bíblia como regra de fé e prática, então tanto o SÉTIMO ANO no cristianismo como os meses parcelados não são aplicados, a guarda literal de um dia chamado SÁBADO também não é relevante. O certo é o cristão observar TODOS os mandamentos e compreendê-los a luz do seu dia, por REVELAÇÃO, onde o importante é a obediência aos mandamentos sem acrescentá-los ou diminuí-los, pois assim como a Palavra de Deus não pode ser acrescentada ou diminuída, o ser humano que é composto pelo código genético representado por letras, não pode ser acrescentado ou diminuído nada, sob pena de anomalias e enfermidades, além de maldições amplamente conhecidas.
No dia de folga, ou repouso, ou de descanso, o cristão ADORA A DEUS com sua família, na igreja e trabalhando na obra. Esse dia, que não necessariamente é o sábado católico em apologia ao judaísmo, normalmente é feito no DOMINGO (que é o dia do Sol) mas também nos demais dias da semana. Isso vai da forma que Deus colocou cada um. O que o cristão não pode fazer é trabalhar seis dias no máximo e quando chegar na folga, continuar trabalhando continuamente na mesma atividade, desprezando o dia do Senhor para cultuar ou mesmo para repouso do corpo. Tem pessoas que trabalham oito, dez ou mais dias continuamente, no desejo insano de alcançar riquezas ou coisas parecidas e acabam por comprometer o próprio corpo e ainda ficam sem adorar a Deus, ficando a mercê dos espíritos malignos enviados para punição dos desobedientes.