1.1 – Caso exista essa regra, qual seria a definição de “outras poucas” ? Duas ? Três ? Dez ?
2 – Hb 9.27 fala que depois da morte, segue-se o juízo. Se não fala que é “imediatamente depois”, TAMBÉM não fala que é “somente no Juízo Final”. Então, o que temos de sua parte TAMBÉM é pura especulação.
3 – Em momento algum eu disse “a linguagem em Isaías 14 não se aplica a TODOS OS TEMPOS”, e sim que “o entendimento e cultura daquela época não podem ser utilizados como semelhantes aos da época em que foi relatada a história do Rico e Lázaro”. Releia a postagem que entenderá melhor o significado.
3.1 - Além disso, a questão da natureza da Divindade NÃO É tão diferente da questão da natureza do homem, já que ambas são imutáveis. O que muda, com o passar dos tempos, é a REVELAÇÃO BÍBLICA acerca dessa natureza. No NT, temos um descortinar maior sobre os atributos divinos e sobre a natureza humana, MAS em toda a Bíblia temos a mesma base sobre essas naturezas: assim, Deus nunca é mostrado como semi-potente, ou injusto, e o Homem nunca é mostrado como sendo apenas matéria, sem componente espiritual.
4 – O texto de Gn 2.7 fala de TRÊS elementos na criação do Homem: pó da terra, fôlego de vida, e alma. ALMA VIVENTE é o RESULTADO dessa junção.
5 – Sobre a “desmontagem” do homem, é certo que Sal. 104:25-29 e Ecl. 12:7 fala de corpo e espírito, Sal. 104:25-29 . Tampouco falam da saída da alma. PORÉM, outras passagens bíblicas falam da alma entrando e saindo do corpo, como as seguintes:
Gn 35:18-19 : “Então Raquel, ao sair lhe a alma (porque morreu)… Assim morreu Raquel, e foi sepultada…”;
1º Rs 17:17-23 (O filho da viúva de Sarepta) : “Depois destas coisas aconteceu que adoeceu o filho desta mulher, dona da casa; e a sua doença se agravou tanto, que nele não ficou mais fôlego. Então disse ela a Elias: Que tenho eu contigo, ó homem de Deus?… Respondeu-lhe ele: Dá-me o teu filho. E ele o tomou do seu braço,… E, clamando ao Senhor, disse: Senhor meu Deus, até sobre esta viúva, que me hospeda, trouxeste o mal, matando-lhe o filho? Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, dizendo: Senhor meu Deus, faze que a alma deste menino torne a entrar nele. O Senhor ouviu a voz de Elias, e a alma do menino tornou a entrar nele, e ele reviveu. E Elias tomou o menino, trouxe-o do quarto à casa, e o entregou a sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive”.
Desta forma, usando a LEI DO TEXTO PARALELO (HERMENÊUTICA), um texto deve ser auxiliado na sua interpretação utilizando o mesmo assunto que ocorre em outras partes das Escrituras Sagradas. As únicas maneiras de conciliar esses textos são: 1) espírito e alma são a mesma coisa; 2) espírito e alma são distintos, e ambos entram e saem do corpo quando do nascimento/morte/ressurreição. A primeira interpretação não encontra respaldo bíblico. Logicamente...
6 - O fato de não louvar a Deus não implica ausência de consciência. Ímpios e demônios são um bom exemplo disso.
7 – A não existência referida por Davi no Salmo 39.13 pode ser muito bem entendida como existência como pessoa que interage no mundo físico. Se a morte implicasse a não-existência, por que razão Jesus contaria a história (ou parábola, no seu entender) do rico e do Lázaro usando ações que na realidade não ocorriam ? Veja bem que em TODAS as parábolas Jesus narra os personagens realizando ações verídicas e possíveis de acontecer !
8 – Quanto a Jó 7.21:
Usaremos a Lei do contexto (HERMENÊUTICA) não se deve interpretar um texto sem o auxílio do contexto, para não se fazer um pretexto.
O capítulo 7 de Jó é uma fala do patriarca dirigida a Deus, questionando a razão dos seus sofrimentos e pedindo a morte como ato de misericórdia para colocar fim às suas dores. Estabelecido o contexto, vejamos que no referido versículo 21 Jó diz que “tu me buscarás, porém eu não serei mais”. Ora, como podemos entender que Deus buscaria uma pessoa e ela não seria encontrada ? Isso contraria a onipotência e a onisciência, bem como, a fala de Jesus em Lucas 20:38 - “Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos."
No capítulo 14:7-14, o patriarca Jó não fala de estado pós-morte, e sim da esperança da ressurreição.