Valdomiro diz
Eu por meu turno vejo diferença, porque ali, em Atos, se fala a pessoas das nações, mas aqui se fala a Deus. Ao passo que ali as pessoas entenderam, aqui ninguém o entende, exceto Deus! Lá tinha uma "plateia", aqui fala-se daquele que se dirige a Deus. Se a referência em I Co. 14 fosse o falar a Deus em qualquer língua conhecida, então, alguém o entenderia, mas nessa passagem em especifico Paulo diz: "Ninguém entende".
Ernesto responde:
Eu concordo contigo Valdomiro, Porém eu vejo duas manifestações diferentes.no livro de I Cor.14,
No livro de I. Cor 12. Paulo primeiro apresenta a finalidade dos dons. No cap.14, 1-4, ele apresenta o efeito na pratica do dom de linguas do cristão para com Deus. Na preleção ele abordou primeiramente o nosso relacionamento com Deus, a partir do quinto verso ele entra firme contra a prática confusa e pervertida desse dom na igreja.
Se aplicarmos a mensagem do cap. 14 todo, como exclusiva para a igreja e seu publico, então veremos uma enorne contradição na mensagem de Paulo; O verso 14;2, ele diz Porque o que fala linguas não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguem o entende, e em espirito fala de mistérios.
No verso 18-19 ele diz: Dou graças ao meu Deus, porque falo mais linguas do que vós todos. 19, Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligencia, para que possa também instruir a outros, do que dez mil palavras em lingua desconhecida.
Se tomassemos esta exortação ao pé da letra então podemos entender que Paulo não quis ter contato com Deus.
Sabemos que não é assim. Certamente no 14:2, Paulo se lembrou do encontro saudoso que ele teve com Deus.
IICor 12;1-4, ele diz: Conheço um homem em Cristo que, há catorse anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras infaveis, (DE QUE AO HOMEM NÃO É LICITO FALAR).
Eu vejo que os versos 14:1ª4, se refere a um desses encontros de irmãos para com Deus.
Eu li na mensagem 1013 uma maravilhosa experiencia do irmão Edison na qual ele dizia;
E como já disse em outras vezes, posso garantir que a minha experiência, num domingo a tarde, na casa da minha avó quando eu e ela orávamos ajoelhados na sua cozinha, foi muito prazerosa. Uma felicidade incomum, uma sensação de gozo e prazer dentro d'alma que a gente deseja não se acabar. Mas a eu em plena consciência e controle do dom (apesar da completa inexperiência minha e da minha avó) fiz cessar as línguas e seguiu aquela sensação de alegria, gozo e prazer dentro da gente.
Eu creio neste tipo de contato com Deus, e creio que ele foi agraciado com esta visita divina, porque eu também já passei por essa experiencia,
Transcrevo aqui uma parte do meu testemunho pessoal da mensagem 4,
Quando vejo o batismo do Espirito Santo com aquela alegria no coração do suplicante, os meus pensamentos se voltam para o tempo da minha juventude, foi quando busquei a Deus com rogos e lágrimas, e senti o mesmo que o irmão sentiu, não foram com gritos nem línguas estranhas, foi um poder que me elevou para fora do espaço que eu vivia, e fiquei triste quando voltei novamente ao meu estado natural, eu me senti ao lado de Jesus, e gostaria que este momento permanecesse para sempre.
Ja se passaram mais de setetenta anos
Eu agora acrescento mais; O estase me levou não a um lugar específico, eu me sentia meio atordoado, vi a própria atmosfera de cores indescritíveis, com um verde tão lindo que nunca havia visto, Eu sei que, quando voltei ao normal o meu rosto estava molhado de lágrimas, mas, de alegria, e não de tristeza, a minha pele estava toda eriçada, nos primeiros momentos eu não sabia onde estava.
Mas, eu não lembro, que eu tenho pronunciado alguma língua estranha,
Eu entendo que Paulo sabia que nos cultos e cánticos aconteceria também a verdadeira manifestação do Espirito Santo. E, elas poderiam acontecer com algum balbuciar de língua que outros não entendiam, por isso ele não condenou.
Assim como o irmão Edison disse: ele fez cessar as línguas, e ele está certo porque Paulo também disse que os espíritos estão sujeitos ao cristão v.32,
Conclusão:
As línguas estranhas que os corintos praticavam na igreja era realmente uma confusão, assim como nos dias de hoje. Nós não podemos jogar gasolina em todos, e botar fogo, porque hoje também há os sinceros entre o blá blá blá, que podem ser até influenciados pela algazarra, mas, Deus conhece os que são dele, e no meio do cascalho sempre há o diamante.
Eu deixo bem claro que esta mega experiencia só me aconteceu uma vez, Nem sempre as nossas orações partem de dentro do coração, as vezes estamos preocupados com as lides da vida, e nossas palavras saem como uma rotina,mas, quando elevo os meus agradecimentos e petições com um coração preparado, eu sempre sinto a presença do Espirito Santo, mas, nunca com aquela intensidade. E, penso que assim acontecia com os corintos, e acontece hoje com todo cristão que verdadeiramente cre e busca a Deus.
Um lembrete:
Paulo disse de que ao homem não é lícito falar; Certamente Paulo conhecia e igreja e sabia que muitos iriam se escandalizar com seu testemunho, por isso ele diz que não convêm falar com os outros sobre esta experiencia.
Abraços Ernesto