Um dilema dos contradizentes da questão de os 10 Mandamentos prosseguirem como Lei de Deus para a Igreja é que se negam isso, não estão só contrariando o pensamento adventista, mas dos luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos, HÁ SÉCULOS (dizem exatamente o que os adventistas dizem, sem tirar nem pôr).
Vejamos um documento antigo, dos batistas e presbiterianos, e o que MODERNAMENTE os assembleianos apresentam em confirmação:
* Documento confessional de presbiterianos e batistas:
CAPÍTULO 19: A LEI DE DEUS
1. Deus outorgou a Adão uma lei de obediência, que lhe inscreveu no coração; e também um preceito particular, o de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Dessa maneira, Adão e toda sua posteridade ficaram compelidos a uma obediência pessoal, total, exata e perpétua, à lei. Deus prometeu vida como recompensa do cumprimento, e morte como castigo da quebra da lei, tendo dado ao homem o poder e a habilidade para guardá-la.
2. A mesma lei que uma vez foi inscrita no coração humano continuou a ser uma regra perfeita de justiça após a queda. E essa lei foi dada por Deus sobre o monte Sinai e inscrita em duas tábuas de pedra, na forma de dez mandamentos. Os quatro primeiros mandamentos contêm nossos deveres para com Deus, e, os outros seis mandamentos, nossos deveres para com os homens.
3. Além desta lei, comumente chamada de lei moral, Deus houve por bem dar leis cerimoniais ao povo de Israel, contendo diversas ordenanças simbólicas: em parte, de adoração, prefigurando Cristo, as suas graças, suas ações, seus sofrimentos, e os benefícios que conferiu; e, em parte, estabelecendo várias instruções de deveres morais.
As leis cerimoniais foram instituídas com vigência temporária, pois mais tarde seriam ab-rogadas por Jesus, o Messias e único Legislador, que, vindo no poder do Pai, cumpriu e revogou essas leis. -- [Confissão de Fé Batista de 1689--referências bíblicas não adicionadas para poupar espaço]
* Livro de instrução para a Igreja, dos assembleianos:
”Será que as leis de Deus observadas pelos israelitas servem para os cristãos? As leis foram designadas para guiar todas as pessoas a um estilo de vida saudável, justo e voltado para Deus. Seu propósito é apontar o pecado e mostrar a maneira correta de lidar com ele. Os dez mandamentos se aplicam hoje assim como se aplicavam há três mil anos, pois proclamam um estilo de vida estabelecido por Deus. São a perfeita expressão da pessoa de Deus e como ele deseja como o povo viva.
“Mas Deus deu outras leis além dos Dez Mandamentos. Elas também são de igual importância para o cristão? Deus nunca estabeleceu sem um propósito. Entretanto, muitas leis que lemos no Pentateuco foram dirigidas especificamente ao povo daquele tempo e cultura. Embora uma lei cerimonial não se aplique diretamente a nós, a verdade, o principio nela contido sim. Por exemplo, os cristãos não utilizam o sacrifício animal como parte da adoração. No entanto, o principio por trás deste ritual, o perdão dos pecados e a gratidão a Deus, ainda é buscado, mas pelos méritos de Cristo, o sacrifício definitivo e perfeito. Os sacrifícios apontavam para a morte expiatória do Messias em prol do perdão da humanidade.
“No NT, é mostrado como a morte e a ressurreição de Jesus Cristo se deram em cumprimento das leis e das profecias do AT. Isto significa que enquanto as leis nos ajudam a reconhecer e a corrigir nossos erros, Jesus nos garante o perdão e a purificação dos nossos pecados. Cristo é o modelo a ser seguido, pois somente ele obedeceu à lei de forma perfeita e revelou os verdadeiros princípios nela contido”. – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Almeida. (CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus), pág. 237 (sublinhado meu).
Agora, vejam o dilema:
Se esses amigos da “escola interpretativa” dispensacionalista dianenhumista alegarem que não se impressionam com o que dizem esses documentos (confirmado depois por inúmeras grandes autoridades em Teologia, como, partir dos Reformadores, Lutero, Calvino, Wesley, Albert Barnes (presbiteriano), Adam Clarke (metodista), Jamieson, Fausset e Brown (batistas), Charles Spurgeon (batista), Billy Graham (batista) e muitos, muitos outros, estão dizendo que entendem MAIS e MELHOR do que eles todos. Será que sabem mesmo? São melhores e mais confiáveis intérpretes das Escrituras?
Se disserem que a Igreja evoluiu, e esses ensinos são superados, obsoletos, etc., criam novo dilema: por que, então, nenhum desses documentos foi desautorizado, desqualificado, descartado pelos luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais, anglicanos, assembleianos?
E outro dilema mais: o que ensinam, quanto a não serem os 10 Mandamentos mais normativos à Igreja, qualificandos como “lei de Moisés”, o que resulta na atitude de ensinarem essas teorias de “lei abolida” e “dianenhumismo” (nenhum dia obrigtório mais a dedicar ao Senhor, quando muito adotando-se um dia meio do Senhor/meio meu mesmo [acho que está mais para 30%/70%]) terá que provado quanto a ONDE, QUANDO e POR QUE esse ensino foi OFICIALIZADO pelos luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregacionais. . .
Nunca ouvi falar de um concílio mundial de qualquer dessas denominações para desfazerem o que HÁ SÉCULOS acataram como expressão OFICIAL de suas crenças.
E, o pior de tudo, é que NÃO SABEM que as verdadeiras origens desses conceitos dianenhumistas procedem em ultima instância da visão de uma tal Margaret MacDonald em 1830, na Inglaterra, com noções erradas sobre a volta de Cristo (parecido com o ensino das “testemunhas de Jeová” a respeito), o que empolgou homens tais como Edward Irving, Nelson Darby, Cyrus Scofield a especularem na Bíblia daqui e dali para, finalmente, estabelecerem a teoria do dispensacionalismo, que tem dois vieses mais destacados--o da mirabolante escatologia israelocêntrica, e o viés de Lei X Graça, de modo que a suposta “dispensação da graça” (atual) teria suplantado a “dispensação da lei”. Daí e que chegam à conclusão de que não há mais 10 Mandamentos a serem seguidos, com o que o conceito de sábado (ou domingo) deixa de ser mandamento para passar a ser SUGESTÃO (se quiser respeitar um desses como dia do Senhor, tudo bem, nada contra. . . Se não quiser também, está bem. . .).
Então, são muitos os dilemas dos que se afastam da verdade bíblica, ¿verdad?
Vejam estes vídeos onde essas negras origens do dispensacionalismo (no que toca a escatogia) são debatidos por autoridades do maior respeito nos meios evangélicos:
* Vídeo do Dr. Russell Shedd (destacado teólogo batista)—ver a partir do tempo de 15’ e 42”:
https://www.youtube.com/watch?v=K6lbFprtYdk
* Bispo metodista Ildo de Mello:
https://www.youtube.com/watch?v=psMJAP1dxQU
https://youtube.googleapis.com/v/VW5-BDdNDqE
Última edição por Prof. Azenilto G. Brito em Sex 24 Abr 2015, 22:06, editado 1 vez(es)