Boa noite
Cirurgia psíquica, se podemos chamar de Cirurgia, é uma forma de fraude médica , a pseudocientífica procedimento geralmente envolvendo a pretensão de criar uma incisão usando apenas as mãos, a remoção de patológico e, finalmente, a cura espontânea da incisão. Os profissionais médicos classificam como prestidigitação, ilusionismo, e os resultados positivos como um efeito placebo.
Caso tenho algo que seja diferente e comprovado cientificamente por qualquer junta medica, é só postar ou indicar fontes confiáveis e independentes.
Antes de imputar a uma Ciência ou a uma doutrina a prática de atos condenáveis como os apontados acima por Marcelo Almoedo, a razão e a equidade exigem que se examine se o caráter e a hombridade das pessoas envolvidas nos levam a justificar semelhante acusação, ou se essas acusações são feitas por pessoas movidas apenas pela leviandade de manter uma linha sistemática de pensamento ateísta ou materialista.
Nenhuma novidade nos seus apontamentos, porque é notoriamente sabido que tanto pode haver fraude no Espiritismo como em qualquer outro campo de investigação, desde que haja desonestidade ou falta de critério rigoroso. Portanto, os espíritas, realmente, não negam a possibilidade e até a ocorrência de fraudes em determinados casos, ainda mais que os próprios espíritas deve ser os maiores interessados em separar o joio do trigo.
O Espiritismo repele incondicionalmente qualquer forma de impostura. Sensatamente, porém, não se pode confundir a fraude ou a impostura com um fato real, com um fenômeno provado. A fraude representa o lado negativo da investigação, porque é um dos diversos escolhos que se antepõem ao caminho de todo o esforço humano para descobrir a verdade no terreno experimental, ao passo que os fenômenos rigorosamente provados representam o lado positivo, o aspecto invulnerável do Espiritismo. Assim como a mentira nunca destrói a verdade, a fraude nunca obscurece a evidência dos fatos. A fraude, cedo ou tarde, desmascara-se, mas os fatos permanecem.
Os fatos espíritas passaram por todas as experiências e críticas, enquanto as fraudes se desacreditaram por si mesmos.
Vejamos o caso Arigó mencionado por Marcelo Almoedo.
Na época, Arigó com suas cirurgias, lançou naturalmente, - não intencionalmente -, um desafio aos meios científicos para explicar os fenômenos de curas através de cirurgias paranormais. Teve que enfrentar os preconceitos culturais; os preconceitos religiosos; a mentalidade estreita - da época, já melhorou um pouco - de nossas incipientes organizações científicas, a pobreza, a falta de recursos financeiros e técnicos para um empreendimento de vulto, como seria o exame aprofundado do caso Arigó.
Mesmo assim, empunhou a faca, o canivete, a tesoura e se pôs a realizar intervenções cirúrgicas arrepiantes, sem anestesia nem assepsia e sem causar dores nem infecções. Apesar dessa agressividade, dessa forma insólita de provocação, só teve uma resposta dos nossos meios culturais: uma querela jurídica nos tribunais e a condenação à cadieia, por uma sentença tão iníqua que o Próprio Supremo Tribunal Federal teve de anulá-la, fazendo-o por unanimidade.
Cientistas norte-americanos consultaram o Itamarati sobre a possibilidade de virem examinar Arigó ou de o médium viajar para os Estados Unidos, mas Arigó estava entre as grades. Parapsicólogos argentinos vieram a Congonhas, enviaram protesto ao nosso Governo pela forma de tratamento dispensado ao sensitivo, mas tudo ficou na mesma.
Um renomado cientista norte-americano da NASA Dr. Andrija Puhariche veio até Congonhas, foi operado por Arigó, a operação foi filmada, exibida em meios científicos, e só provocou entre nós sorrisos de suspeição e alegações idiotas, como esta feita numa Faculdade de Medicina: "Trata-se de uma operação banal". "uma operação banal"! Arigó tomou o canivete de um caipira, sujo de fumo e outras misérias, e sem anestesia, nem assepsia, cortou o braço do cientista e apertou o lipoma, fazendo-o saltar como caroço de ameixa. Não houve dor, nem infecção posterior. O cientista fez declarações a respeito, que foram gravadas, e posteriormente, em reunião científica nos Estados Unidos, relatou o fato em minúcias, encarecendo a necessidade de investigação séria do caso Arigó.
Um psiquiatra famoso, diretor do Hospital Roosevelt, de New York, tomando conhecimento desse e de outros fatos, emitiu grave parecer a respeito e reafirmou o desejo dos médicos americanos de estudarem o caso. Ninguém se importou com isso. A ciência brasileira, as academias de Medicina, as Universidades, as associações médicas, o caso Arigó estava resolvido, não passava de um curandeiro e foi parar na Justiça.
Os cientistas norte-americanos da equipe do Dr. Andrija Puhariche continuaram a visitar Congonhas - vindo um ou dois de cada vez e ali permanecendo uma semana ou mais para continuarem suas pesquisas. Uma equipe de quinze elementos da televisão de Tóquio (Nipon Television Network Corporation) acompanhando o professor e escritor Toshyia Nakaoka, de Chiba - duas vezes operado pelo médium - fez ampla reportagem sobre as atividades de Arigó e combinou a vinda a Congonhas de uma equipe de cientistas japoneses para investigar o caso.
Outro fato notável: o dr. M. G. Kappemberger, de Lugano-Masagno, Suíça, diretor de um laboratório internacional - operado pelo médium - solicitou licença para voltar com uma equipe de pesquisadores. Arigó, como sempre, concordou e facilitou a hospedagem da equipe, que retornou ao Brasil.
Ante isso, vem os ateus, os materialistas, os médicos, e cientistas brasileiros num arrogo de irresponsabilidade, dizer que todos estes homens que estiveram in loco, se deixaram operar, investigaram, tiraram fotos, filmaram, fizeram reportagens, nada mais fizeram do que serem enganados, e até participaram das prestidigitações, das fraudes, das ilusões e até das pseudosincisões de Arigó, deram cobertura a enganação de Arigó, se deslocaram dos Estados Unidos, da Suécia e do Japão, equipes de homens de Ciência, para serem enganados por um ilusionista chamado Arigó.
Aonde já se viu um fraudador, um ilusionista, um alucinado, um charlatão que não recua diante dos maiores especialistas no campo de suas próprias especialidades?
Tratar-se-ia, pelo menos, de um charlatão genial. Tanto mais que um charlatão sem aparatos, sem ajudantes ou comparsas, de mangas curtas, camisa aberta ao peito, manipulando suas charlatanices em plena luz e bem perto do nariz de todos os investigadores.
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Arnaldo Paiva
Última edição por Arnaldo Ferreira de Paiva em Qui 23 maio 2013, 19:14, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Acrescentar dados)