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    Tudo que você precisa saber sobre o Dízimo

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    Tudo que você precisa saber sobre o Dízimo Empty Tudo que você precisa saber sobre o Dízimo

    Mensagem por Hernandobh Qua 08 Jul 2009, 19:32

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    TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O DÍZIMO


    O Dízimo é a décima parte de alguma coisa.

    Dados Bíblicos

    Dizimar as posses é um costume muito antigo, existindo desde os dias dos Grandes Patriarcas. Abraão deu a Melquisedeque o “dízimo de tudo” (Gen 14:20), e Jacó fez um voto que se ele retornasse em segurança para a casa do seu pai, ele reconheceria o Eterno como seu D-us e lhe daria um décimo de tudo o que ele viesse a possuir (Gen 28:20-22). Mais tarde, a Lei de Moisés tornou o dízimo um mandamento entre os israelitas¹. O dízimo, seja do fruto da terra ou do fruto da árvore pertencia ao S-nhor e portanto era considerado sagrado, podendo ainda assim ser redimido, acrescentando-se um quinto. O dízimo do gado contudo, não podia ser redimido, e se um animal fosse trocado por outro, ambos eram considerados santos ao S-nhor. O método de dizimar o gado é determinado pela Torá: os animais eram contados um a um e cada décimo animal que passasse debaixo da vara era separado como o dízimo (Lev. 27:30-33).

    No livro de Números 28:21-26, encontramos um mandamento dizendo que “todos os dízimos de Israel” devem ser dados aos levitas, “como herança”, visto não terem eles parte na distribuição das terras; assim sendo, os dízimos eram a principal fonte de seu sustento. Por outro lado, até mesmo os levitas eram obrigados a dar o dízimo do que recebiam dos filhos de Israel aos sacerdotes. Deut 14:22-29 nos apresenta o mandamento acerca do dízimo anual5 do aumento da colheita do campo. Diferente do dízimo convencional, este tipo de “dízimo” deveria ser comido³ “diante do S-nhor” (v. 23), na cidade em que Ele elegeu para estabelecer o Seu templo. Mas, se o dizimista morasse numa cidade muito distante, o que impossibilitasse o transporte de todos os seus dízimos, ele podia convertê-los em dinheiro4 e gastá-lo na cidade com comidas e bebidas (“o que quer que tua alma deseje”, cf. v. 26). A cada três anos, esses dízimos não deveriam ser levados a Jerusalém, mas sim, estocados em casa (“dentro de teus portões”), e dele, “o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva” do local deveriam comer e se fartar (v. 29). Conclui-se então que sendo o sétimo ano o chamado “ano sabático” (quando dizimar era proibido6, cf. Exo 23:10-11), os dízimos do primeiro, do segundo, do quarto e do quinto ano de um ciclo de sete anos, deveriam ser levados ao Templo e ali consumidos pelo proprietário da terra e sua família, enquanto que os dízimos do terceiro e do sexto ano deveriam ser estocados em casa sendo doados para os pobres, estrangeiros, órfãos e viúvas7.

    O terceiro ano era chamado o ano dos dízimos e após a distribuição dos dízimos entre os levitas e os outros, os proprietários de terras deveriam anunciar solenemente perante o S-nhor que ele tinha observado todas as leis concernentes aos dízimos concluindo tal declaração com uma oração pedindo a bênção de D-us (Deut 26:12-15). O enlutado não podia comer dos dízimos, nem manuseá-los estando em impureza; os dízimos não podiam ser dados ou consagrados aos mortos.

    Uma outra forma de “dízimo” foi imposta aos israelitas quando pediram por um rei (I Sam 8:15-17). Quando os israelitas posteriormente caíram em idolatria, eles continuaram a trazer seus dízimos ao templo dos seus ídolos; mas eles parecem ter adotado outro sistema de devolução (Amós 4:4). O rei Ezequias impôs novamente o dízimo sobre os seus súditos e o povo de Judá trouxe-o em grande quantidade, aparentemente para o uso dos levitas. A quantidade trazida foi tamanha que o rei ordenou a construção de grandes câmaras no Templo para o armazenamento dos dízimos (II Cro 31:6-12). O mesmo foi feito mais tarde por Neemias (Nee 10:39, 13:12).

    Na Literatura Rabínica


    De acordo com os rabinos e mestres, os dados dos livros de Números e Deuteronômio sobre os dízimos se completam; Há de acordo com a interpretação judaica três tipos de dízimos:

    (1) Aquele dado aos levitas como enunciado em Num 18:21, recebendo o nome de ma’aser rishon, o primeiro dízimo.

    (2) O dízimo que deveria ser levado a Jerusalém e ali consumido pelo dizimista e sua família, o qual recebe o nome de ma’aser sheni, ou o segundo dizimo – sendo esse retirado à partir do que sobrou do primeiro dízimo, e

    (3) O dízimo dado ao pobre (ma’aser ‘ani).

    Portanto, dois dízimos deveriam ser retirados a cada ano: Os números 1 e 2, no primeiro, segundo, quarto e quinto ano. Os números 1 e 3, no terceiro e no sexto ano.

    O Ano do Dízimo

    A Lei judaica infere de Deut 14:22 que cada dízimo deveria ser retirado separadamente da produção total de cada ano, fosse de cereais, de gado ou de qualquer outro item sujeito à lei do dízimo (Sifre Devarim 105; Terumá 1:5). A Lei judaica também fixou um dia particular para o início da contagem do ano do dízimo. O primeiro dia de Elul de acordo com Rabi Meir, ou o primeiro de Tishri de acordo com o Rabi Eleazar e Rabi Shimon, é o “ano novo” para o dízimo do gado.

    O primeiro de Tishri, para o produto da terra; o primeiro de Shevat de acordo com a escola de Shammai, ou o décimo quinto de Shevat de acordo com a escola de Hillel, para o fruto das árvores.

    A retirada dos dízimos para o consumo dos pobres e a recitação da confissão (cf. Deut 26:12) deve ocorrer na véspera da Pessach do quarto e do sétimo ano de cada siclo de sete anos. Embora somente a retirada dos dízimos do pobre seja mencionada, a Lei judaica infere que os outros dois dízimos devem ser retirados ao mesmo tempo (Sifre Devarim 109). Baseados no que diz a Torá sobre o tema, os rabinos fixaram as seguintes regras pelas quais pode-se distinguir produtos que devem ser dizimados: (1) o item deve ser comestível ² ; (2) deve ser propriedade de um indivíduo; (3) ou produto do solo. Os frutos da terra ou da árvore devem estar maduros o suficiente para que sejam comidos. Quando alguém come fruto verde não dizimado, não se torna transgressor da Lei (Ma’aserot 1:1). Como percebemos pelas Escrituras, a prática do dízimo deve ser aplicada apenas à Terra de Israel9.

    A Dignidade do Dízimo

    Os rabinos enfatizam várias vezes a importância dos dízimos. Dizimar é uma das três coisas por cujos méritos o mundo foi criado (Bereshit Rabbá 1,6), e por cujas virtudes, os israelitas obtém de D-us aquilo que desejam (Pesikta 11.96b; Tanhumá Reeh). É também por meio dos dízimos que os israelitas escapam das punições que os ímpios sofrem da parte de D-us (Pesikta 11.97b-98ª; Midrash Mishle 31). Os patriarcas observavam a lei do dízimo, pelo que notamos à partir do relato da Pesikta Rabbá 25, e Pesikta 11.98ª/Bereshit Rabbá 44:6/Bemidbar Rabbá 12:13 e Pirke DeRabi Eliezer 27 e 28. Aquele que come do fruto maduro da árvore sem que tenha sido retirado dela o dízimo correspondente, incorre em transgressão, é como se estivesse comendo algo impuro, e Rabi Yehuda HaNassi é da opinião que aquele que come do fruto da terra sem que tenha-lhe sido retirado o dízimo é chayav mitá (i.e., digno de morte), cf. Pesikta 11:99a/b. Sabemos que D-us é quem “encerra o vento em seus punhos e que retém as águas em seu manto” (cf. Prov 30:4) – e numa das alusões rabínicas quanto aos dízimos, esse verso é citado como evidência de que quando a vontade divina não é feita (em especial quanto aos dízimos), Ele encerra os ventos e retém a chuva; em suma, a terra sofre as conseqüências da desobediência do povo, resultando em seca e escassez de alimentos (Yalkut Mishle 962); Outra passagem do Midrash afirma que o não cumprimento da lei dos dízimos pode trazer todo tipo de calamidades naturais (Midrash Tehilim, sobre Salmo 18).

    O dízimo dado ao pobre deu origem ao costume de dizimar os ganhos e a renda particular, com o objetivo de distribuir entre os necessitados a soma apropriada. Infere-se isso de Sifre (Deut 14:22) citado na Tosefta Taanit 9a sendo considerado como obrigação imposta pela Lei mosaica (Turei Zahav para Shulchan Aruch Yoreh Deá 249,1). Joel Sirkes em sua obra Bait Hadash sobre Shuchan Aruch, afirma que dizimar as posses e ganhos é simplesmente um costume e não uma obrigação quer pela Lei mosaica ou pela lei rabínica. Esses “dízimos” dos ganhos como um todo devem ser dados ao pobre e nenhuma parte do mesmo deve ser destinado a nenhum outro fim religioso (conforme estipula o Código da Lei Judaica, o Shulchan Aruch)8.

    Conclusões:

    (os números correspondem às passagens em destaque amarelo no texto)

    1) O dízimo é da Lei judaica e não diz respeito a outras religiões.

    2) O dízimo deve ser retirado apenas de itens comestíveis, e não de dinheiro. Em lugar algum das Escrituras encontramos alguém dizimando dinheiro.

    3) O dizimo deveria ser “comido” (Deut 14:23). Alguém come dinheiro?

    4) O dízimo do campo só poderia ser convertido em dinheiro quando a distância impedisse o transporte dos grãos, dos frutos da terra e dos animais dizimados.

    5) O dízimo era anual e não mensal. Os pastores recebem salários (cuja fonte é o dízimo) mensal ou anualmente?

    6) Era proibido semear e colher no ano sabático – e por extensão, era proibido ou impossível dizimar nesse ano. Por acaso os pastores não recebem dízimos no sétimo ano?

    7) Biblicamente, os pobres, órfãos e viúvas comiam dos dízimos. É isso o que se faz nas igrejas ou apenas os líderes servem-se dos recursos?

    8 ) A Lei judaica tradicionalmente admite a possibilidade de se dizimar o dinheiro ou o salário de alguém; entretanto, esse “dízimo” era dado aos pobres e não aos sacerdotes ou levitas. É isso que ocorre nas igrejas quando dizima-se o salário dos fiéis?

    9) A Lei do dízimo, assim como outras leis acessórias relativas à terra e ao seu cultivo, foi dada para ser cumprida apenas na Terra Prometida, em Israel (Deut 11:31-32)– pois ainda de que o mandamento tenha sido prescrito no Sinai durante a peregrinação de quarenta anos, sabemos que ninguém plantou no deserto durante a jornada para que pudessem dizimar (comia-se o maná). Dizimar fora de Israel é uma prática contrária à Torá, a não ser que o “dízimo” em questão seja dado aos pobres apenas, sendo retirado não do fruto da terra e do gado, mas sim, dos ganhos pessoais. Por que os pastores ordenam que seus seguidores paguem o dizimo estando eles fora da terra de Israel, não sendo eles judeus, não estando “debaixo da Lei” e ainda insistem para que o pagamento seja feito em dinheiro? São tais práticas conforme as Escrituras ou totalmente contrárias a elas?


    Este trabalho foi traduzido parcialmente da Enciclopédia Judaica, versão online do site: www.jewishencyclopedia.com . Além dessa obra, foram usados pelo autor argumentos elaborados pelo Prof. Uri Yosef, Doutor em Religião e Mestre em línguas semitas pela Universidade Hebraica de Jerusalém. O Prof. Yosef é autor de diversos estudos que podem ser encontrados no site: www.messiahtruth.com

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