Venezuela ordena ocupação de fábrica de papel higiênico
Kimberly-Clark encerrou produção de artigos de higiene pessoal no país.
Empresa dos EUA alegou piora nas condições da economia.
O governo venezuelano ordenou nesta segunda-feira (11) a ocupação da empresa norte-americana Kimberly-Clark, que encerrou sua produção de artigos de higiene pessoal alegando uma piora das condições econômicas.
"Vamos assinar a solicitação que nos foi feita pelos trabalhadores, onde apresentaremos (...) a ocupação imediata da entidade de trabalho Kimberly-Clark da Venezuela (...) por parte dos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, no prédio da companhia na cidade de Maracay, que produz especialmente papel higiênico.
Ao assinar o documento, em meio a aplausos dos funcionários, Vera ordenou ligar as máquinas.
"A partir de hoje, a Kimberly-Clark volta a abrir suas portas, sua produção", afirmou o funcionário, que reiterou a advertência do presidente Nicolás Maduro de intervir nas companhias que paralisarem suas atividades.
"Bem-vindos ao setor empresarial que quer acompanhar o governo, mas empresa que é fechada é empresa que será ocupada e aberta pelos trabalhadores e pelo governo revolucionário", sustentou.
No último sábado, a Kimberly-Clark anunciou a paralisação das suas operações falando sobre uma "carência de divisas" para adquirir matéria-prima e "o rápido aumento da inflação".
Segundo um comunicado da multinacional, esse fatores tornam "impossível operar". A fabricante de papel higiênico e fraldas, entre outros produtos, declarou que "se as condições mudarem" avaliará no futuro "a viabilidade" de retomar as atividades.
200 demitidos
Por sua parte, o site da emissora "Unión Radio" afirmou que 200 trabalhadores diretos da empresa americana ficaram sem emprego na sexta-feira.
As empresas na Venezuela necessitam de divisas para poder adquirir a matéria-prima para produzir. Desde 2003 o país mantém um controle cambial que deixa nas mãos do Estado o monopólio da administração de divisas do país, que são vendidas através de um embaraçado sistema administrativo.
Além disso, nos últimos meses se criou um gargalo na entrega de divisas a diferentes setores econômicos que afetou todos os setores em sua oferta e produção.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/venezuela-ordena-ocupacao-de-fabrica-de-papel-higienico.html
Kimberly-Clark encerrou produção de artigos de higiene pessoal no país.
Empresa dos EUA alegou piora nas condições da economia.
O governo venezuelano ordenou nesta segunda-feira (11) a ocupação da empresa norte-americana Kimberly-Clark, que encerrou sua produção de artigos de higiene pessoal alegando uma piora das condições econômicas.
"Vamos assinar a solicitação que nos foi feita pelos trabalhadores, onde apresentaremos (...) a ocupação imediata da entidade de trabalho Kimberly-Clark da Venezuela (...) por parte dos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, no prédio da companhia na cidade de Maracay, que produz especialmente papel higiênico.
Ao assinar o documento, em meio a aplausos dos funcionários, Vera ordenou ligar as máquinas.
"A partir de hoje, a Kimberly-Clark volta a abrir suas portas, sua produção", afirmou o funcionário, que reiterou a advertência do presidente Nicolás Maduro de intervir nas companhias que paralisarem suas atividades.
"Bem-vindos ao setor empresarial que quer acompanhar o governo, mas empresa que é fechada é empresa que será ocupada e aberta pelos trabalhadores e pelo governo revolucionário", sustentou.
No último sábado, a Kimberly-Clark anunciou a paralisação das suas operações falando sobre uma "carência de divisas" para adquirir matéria-prima e "o rápido aumento da inflação".
Segundo um comunicado da multinacional, esse fatores tornam "impossível operar". A fabricante de papel higiênico e fraldas, entre outros produtos, declarou que "se as condições mudarem" avaliará no futuro "a viabilidade" de retomar as atividades.
200 demitidos
Por sua parte, o site da emissora "Unión Radio" afirmou que 200 trabalhadores diretos da empresa americana ficaram sem emprego na sexta-feira.
As empresas na Venezuela necessitam de divisas para poder adquirir a matéria-prima para produzir. Desde 2003 o país mantém um controle cambial que deixa nas mãos do Estado o monopólio da administração de divisas do país, que são vendidas através de um embaraçado sistema administrativo.
Além disso, nos últimos meses se criou um gargalo na entrega de divisas a diferentes setores econômicos que afetou todos os setores em sua oferta e produção.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/venezuela-ordena-ocupacao-de-fabrica-de-papel-higienico.html