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Bem irmão Bruno, a exegese central sobre a trombeta, nos mostra que ela tem o objetivo principal de anunciar uma mensagem ao povo.
A trombeta pode tocar para convocar a congregação, para levantar o acampamento e sair, para parar a caminhada, para oferecer sacrifício, para anunciar a libertação dos escravos (jubileu), para anunciar um editar do rei, para chamar para a batalha, enfim uma trombeta tem o principal objetivo de transmitir uma mensagem para o povo.
Agora, quando falamos da trombeta, está inserido no contexto um personagem, tão ou mais importante que a trombeta, que é o mensageiro, o "trombeteiro", o arauto, sem o qual a trombeta é apenas um objeto inanimado. Pode ser de ouro, de prata, cravejada de brilhantes, linda, mas sem o arauto seu valor está resumido ao objeto em si.
Aqui neste tópico estamos tratando de dois eventos apocalípticos que ocorrem simultaneamente ante a segunda vinda de Cristo, que são: ressurreição e arrebatamento. E, entre esses dois eventos tem um terceiro, que é a transformação dos que estiverem vivos, mistério este revelado pelo profeta e apóstolo Paulo (I Tes 4:13-18, I Cor. 15:51-57). Este era um mistério oculto por Jesus na parábola das dez virgens (Mat. 25:5)
Vemos que a primeira ressurreição e o arrebatamento encerra o tempo dos gentios. O tempo dos gentios, que se iniciou no dia de Pentecoste (Atos 2), vem se desenrolando nos últimos vinte séculos, pontuado por períodos ou eras representados nas sete cartas às sete igrejas da Ásia (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia) conforme vemos em Apoc. 2 e 3.
Em Apoc. 1 vemos que Cristo transita por entre o candelabro, ou seja, entre as sete eras da igreja gentia e que cada estrela postada na Sua destra é um anjo-mensageiro terrestre responsável por cada era. Ora, um anjo-mensageiro terrestre é um arauto, é um "trombeteiro" que traz uma mensagem para a igreja de cada era .
E se o tempo dos gentios tem sete períodos, se cada período tem um anjo-arauto, se Jesus volta no final da sétima era é lógico que a "última trombeta" é a sétima trombeta, sob cuja mensagem estamos.
Há uma estrela brilhando nesta era laodiceiana. Há uma trombeta soando e cujo sonido está convocando a Igreja para voltar à Palavra original, ao primeiro amor, ao Evangelho apostólico, à fé apostólica, ao batismo apostólico, à santa ceia apostólica, à vida vivida dentro da Palavra original.
Este é o tempo que estamos vivendo. Não reconhecer o arauto, não ouvir a trombeta, não entender e dar ouvidos ao seu sonido, nos deixa fora do arrebatamento.
Note que na parábola das dez virgens, Jesus diz que a meia-noite ouviu-se um grito, um clamor, "eis aí o Noivo, saí-LHE ao encontro". É meia-noite, é no intervalo do sétimo para o primeiro dia, está escuro, a igreja está com a lâmpada apagada. Elas tem a Lâmpada mas está apagada. O azeite se foi, se acabou e elas não perceberam. Ela está em trevas.
Ela esta ocupada e entretida com suas organizações denominacionais, com música góspel, com shows góspel, com o crescimento físico de suas denominações, com o envolvimento em partidos políticos, com bancadas evangélicas nas câmaras sujas de políticos e fazendo de seus púlpitos verdadeiros palanques políticos onde homens corruptos e ladrões fazem seus comícios eivados de ódio, mentiras e espírito faccioso.
A igreja protestante tem trilhado o mesmo caminho da sua mamãe Herodias, se insinuando e se oferecendo nas suas sinuosas e volumosas "marchas para Jesus".
Mas a última trombeta tem sonido. A sétima trombeta tem proclamado sua mensagem. Há uma santa convocação em pleno processo. Num dias destes os sepulcros serão sacudidos com a voz do Arcanjo, depois nós os que estivermos vivos e perfeitamente em ordem unida perante o sonido da sétima trombeta seremos transformados e TODOS JUNTOS, AO MESMO TEMPO (ressurretos e transformados) subiremos a encontrar o Senhor nos ares.
E assim o Isaque, o filho unigênito, (o filho oferecido por seu pai no monte calvário), depois de encontrar sua Rebeca no meio do caminho, uma noiva convocada por um mensageiro (Eliezer) com uma trombeta, um sonido, uma mensagem, que a tira de dentro da sua parentela, a leva para as bodas na casa de seu pai (Gen. 24:63-67).
O sol da Justiça raiou no oriente, caminhou durante as eras da igreja gentia, saiu do oriente, caminhou pela Europa, se caminhou para o ocidente. Teve seu ocaso no ocidente, no final da tarde, quando já não era dia e nem noite (Zac. 14:6-7) rompeu o pentecostalismo no início do século 20 e dentre o meio pentecostal uma Luz rompeu por um pouco de tempo e tem despertado as virgens prudentes.
O sol da Justiça tem se posto para os gentios e já, já romperá novamente no oriente e desta vez Israel reconhecerá Àquele a quem rejeitaram para que Ele pudesse vir brilhar sobre nos aqui no ocidente. Assim se completará o brilhar da Luz de Deus em todos os cantos da terra.