Valdomiro disse:
Sobre Jo. 14.1 você informou que o verso mostra a grandeza de Deus em Cristo. Mas, o próprio verso diz “Credes em Deus, crede também em mim”. Então se é alguma grandeza de Deus em Cristo, isso deve ser entendido que é a grandeza de Deus que ele concedeu a Cristo ter, pois At. 2.36 “Deus o fez Senhor e Cristo” e não que Cristo fosse Deus
É aqui que tem de entrar a revelação de Jesus e Cristo ou de Cristo e Jesus.
Quem foi feito Senhor e Cristo foi Jesus.
Quando diz que Ele é o Pai da Eternidade está se referindo a Cristo.
"
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (João 1:3).
"O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Porque
NELE foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades.
Tudo foi criado por ele e para ele.
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Colossenses 1:1517).
Cristo é simplesmente Deus se revelando. Não é uma outra pessoa através da qual Deus se revelou. Cristo é a revelação de Deus. Cristo foi a primeira aparição de Deus. Cristo foi a primeira imagem de Deus, do Deus invisível desde antes da eternidade(?), que concluiu sua revelação, sua visibilidade em Jesus, um homem.
A dificuldade é querer separar ou identificar através do intelecto, da razão, da lógica, a divisão entre Cristo e Jesus.
Isso deve ser concebido na alma e por revelação. O intelecto, o homem do meio, sempre terá dificuldades para ver isso e muitas coisas ele nem mesmo verá. Mas o primeiro homem, a alma, continua crendo.
Coisas espirituais nós simplesmente cremos, não explicamos e nem mesmo sabemos explicar. No entanto a alma crê e aquilo nos dá segurança, uma segurança inexplicável.
Certo dia Noé teve uma revelação. A revelação dizia; Vai chover, a terra inteira será inundada por água, vai morrer tudo e você faz uma grande embarcação, com madeira de Gofer, betume por dentro e por fora, faz três andares, com as dimensões tais, tais e tais, põe uma janela só no teto, coloca um casa de cada espécie de animais lá dentro, entra você e sua família também e assim que você entrar, esperarei mais sete dias e então vou mandar água do céu.
E 120 anos depois dessa revelação, lá está Noé, sua família, centenas de animais e aves trancados dentro da arca, com uma única janela no teto que pudesse ventilar, um sol escaldante lá fora, um calor indescritível lá dentro, animais rugindo, grunhindo, reclamando, assustados, comendo, gerando dejetos e Noé aguardando o cumprimento de uma revelação de 120 anos atrás.
Imagine você hoje em 2016 numa situação semelhante esperando o cumprimento de uma promessa exclusiva que lhe fora feita em 1896.
O que mantinha Noé ali dentro?
Não tinha lógica nenhuma. Era irracional.
Por certo um de seus filhos, lá pelo quarto dia, com muita reverência e respeito lhe dissesse: "Papai, sabemos que o senhor é um grande patriarca, um homem justo, temente a Deus, mas será que.........CHOVERÁ FILHO.......CHOVERÁ, interrompeu-o Noé.
São estas coisas inexplicáveis para o homem de fora, como a divisão entre Cristo e Jesus, que somente a revelação genuína, pode nos manter dentro dessa arca de contradições, de situações ilógicas, irracionais, absurdas à vista do homem de fora.
E aí se cumpre a Escritura que diz que o homem natural não entende o homem espiritual.
"Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido" (1 Coríntios 2:14,15).
O homem natural e o homem espiritual está dentro de nós mesmo.