por Márcio Qui 30 Abr 2015, 11:29
Marcelo,
Este é um paradoxo interessante, pois remete a necessidade da divindade salvar a humanidade dos perigos oferecidos por ela mesma. Este assunto dá pano para manga.... (O Marcelo sabe colocar lenha na fogueira)
Mas no texto em questão existe um outro lado mais oculto. Está claro a intenção da divindade de esconder a verdade do homem, os versos seguintes remetem a coisas do tipo: Putz, o cara descobriu agora ele é como qualquer um de nós.
O que está dito sobre o fruto que abriu o entendimento, a visão do homem pode também significar outras coisas, ao conhecer o bem e o mal, o homem perde a inocência, então podemos perguntar o que significa "perder a inocência" em qualquer cultura do mundo? Em qualquer tribo ou comunidade humana, como o indivíduo deixa de ser inocente?
Conjeturando, pode-se investigar que o que o homem descobriu e que não deveria ter descoberto, está relacionado a sua reprodução, a sua origem, a sua genética, a sua linhagem.
Nas histórias dos clãs, tribos e formação das comunidades humanas das grandes civilizações, sempre existiu a alegação de descendência do divino, de domínio sobre o homem alegando-se ser uma representação da divindade, ou ter vínculo de descendência com a divindade, isto sempre foi usado como instrumento de submissão.
Mas adiante no texto hebraico, vemos que o personagem serpente, passou a ter uma linhagem. Algo deu errado. Existe outro DNA envolvido, outro código genético foi inserido na raça recém criada. Não é de se admirar que na escritura hebraica existam tantos capítulos registrando genealogias. Isto tem um propósito, pois algo precisa ser monitorado, a torah nada mais é que um manual de como se preservar uma espécime, pela linhagem, pelo sangue, pelo cruzamento de indivíduos.
Talvez o objeto da salvação, ou a única ovelha perdida das 99, seja somente uma raça/linhagem específica.
Enfim, conjeturas.
Márcio