Daniel, abençoado irmão!
Em Mt. 23.23 lemos “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei, a justiça a misericórdia e a fé; devíeis, porém fazer estas cousas sem omitir aquelas”. E, de fato, esse seria um excelente versículo para defesa da obrigação neotestamentária do dízimo, mas, há a necessidade de contextualizarmos o texto e ao fazermos isso perceberemos que Jesus não ordena nada à igreja nessa passagem. Observe que o diálogo dele é com os fariseus, e Jesus como judeu que era não poderia dar recomendação diferente senão a observância correta da Lei e é isso que o Senhor determinou àqueles homens.
O fato de uma passagem como essa estar no Novo Testamento não é suficiente para se dizer que o crente deve dar o dízimo como uma obrigação, pois em inúmeras outras passagens se vê o Senhor Jesus obedecendo ou recomendando a obediência aos vários preceitos da Antiga Aliança.
Ora, no princípio do capítulo 23, de Mateus podemos ver Jesus falando à multidão e aos discípulos com respeito aos escribas e fariseus “fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem”. É plausível dizer que os fariseus com excesso ou não, com hipocrisia ou sem ela, guardavam toda Lei e assim ensinavam ao povo, logo se Mt. 23.23 fosse ordenança à igreja pelo fato de Jesus ter mandado os fariseus “darem” o dízimo, então, teríamos hoje um misto de cristianismo e o antigo judaísmo por força do que está determinado no v.3, pois ele mandou obedecer os escribas e fariseus. Não há dúvidas que eles ensinavam tudo da Lei de Moisés ao povo.
Não obstante Mt. 23.23 ser uma ordem de Jesus, tal ordem não pode ser aplicada hoje, pois essa ordem específica exige um contexto específico que foi dissolvido após a crucificação que é o sacerdócio levítico, hoje não mais existente.
Jesus sempre ensinou o zelo da Lei e zelar por ela era uma das missões de Cristo, tanto que ao curar o leproso o Senhor disse em Mt. 8.4 “... vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou; para servir de testemunha.” Deveríamos presumir que qualquer leproso, ou enfermo, ao ser curado hoje devesse procurar um sacerdote israelita, caso ainda existisse, para apresentar a oferta ordenada por Moisés? Veja que essa também é uma determinação do Senhor Jesus e também está no Novo Testamento. A resposta certamente será negativa, pois é ponto pacífico a qualquer cristão que a Lei Pentatêutica conforme observada àquela época encerrou-se na cruz, Ef. 2.15. Por que, então, os pregadores só querem por em validade as palavras de Mt. 23.23? E ainda assim com uma adaptação que desfigura completamente a antiga ordenança do dízimo. Na verdade a semelhança do dízimo bíblico com o que se ensina hoje resume-se a palavra "dízimo".
Na Paz!
Valdomiro.
Em Mt. 23.23 lemos “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei, a justiça a misericórdia e a fé; devíeis, porém fazer estas cousas sem omitir aquelas”. E, de fato, esse seria um excelente versículo para defesa da obrigação neotestamentária do dízimo, mas, há a necessidade de contextualizarmos o texto e ao fazermos isso perceberemos que Jesus não ordena nada à igreja nessa passagem. Observe que o diálogo dele é com os fariseus, e Jesus como judeu que era não poderia dar recomendação diferente senão a observância correta da Lei e é isso que o Senhor determinou àqueles homens.
O fato de uma passagem como essa estar no Novo Testamento não é suficiente para se dizer que o crente deve dar o dízimo como uma obrigação, pois em inúmeras outras passagens se vê o Senhor Jesus obedecendo ou recomendando a obediência aos vários preceitos da Antiga Aliança.
Ora, no princípio do capítulo 23, de Mateus podemos ver Jesus falando à multidão e aos discípulos com respeito aos escribas e fariseus “fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem”. É plausível dizer que os fariseus com excesso ou não, com hipocrisia ou sem ela, guardavam toda Lei e assim ensinavam ao povo, logo se Mt. 23.23 fosse ordenança à igreja pelo fato de Jesus ter mandado os fariseus “darem” o dízimo, então, teríamos hoje um misto de cristianismo e o antigo judaísmo por força do que está determinado no v.3, pois ele mandou obedecer os escribas e fariseus. Não há dúvidas que eles ensinavam tudo da Lei de Moisés ao povo.
Não obstante Mt. 23.23 ser uma ordem de Jesus, tal ordem não pode ser aplicada hoje, pois essa ordem específica exige um contexto específico que foi dissolvido após a crucificação que é o sacerdócio levítico, hoje não mais existente.
Jesus sempre ensinou o zelo da Lei e zelar por ela era uma das missões de Cristo, tanto que ao curar o leproso o Senhor disse em Mt. 8.4 “... vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou; para servir de testemunha.” Deveríamos presumir que qualquer leproso, ou enfermo, ao ser curado hoje devesse procurar um sacerdote israelita, caso ainda existisse, para apresentar a oferta ordenada por Moisés? Veja que essa também é uma determinação do Senhor Jesus e também está no Novo Testamento. A resposta certamente será negativa, pois é ponto pacífico a qualquer cristão que a Lei Pentatêutica conforme observada àquela época encerrou-se na cruz, Ef. 2.15. Por que, então, os pregadores só querem por em validade as palavras de Mt. 23.23? E ainda assim com uma adaptação que desfigura completamente a antiga ordenança do dízimo. Na verdade a semelhança do dízimo bíblico com o que se ensina hoje resume-se a palavra "dízimo".
Na Paz!
Valdomiro.
Última edição por Valdomiro em Qui 19 Fev 2009, 21:22, editado 1 vez(es)