por Gleison Elias Qua 05 Dez 2012, 01:00
Algo que poucos consideram é que Jesus falava muito em parábola. Daí muitos tropeçam nesse ponto, não analisando contexto de cada passagem do evangelho.
O tema tratado em João 14 é sobre o consolador, o espírito da verdade. Se analisarmos bem o texto, é deixado com bastante clareza que o consolador é o espírito de Cristo.
"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós."
João 14:16-18
Acho que não há ao menos necessidade de discutir isso, o contexto é muito claro, não entende quem realmente não quem entender.
O consolador não é uma terceira pessoa da trindade ou algo assim, pois a bíblia é clara em afirmar várias vezes de variadas formas que o consolador só estaria depois da ressurreição de Jesus, ele não o era antes disso.
E, meus pais são 1 só carne segundo a bíblia. Nem por isso são uma única pessoa e nem por isso têm o mesmo espírito.
Jesus pediu ao Pai para que seus discípulos se tornassem um só assim como ele com o Pai é um só e nem por isso somos uma única divindade.
Quando se diz que Jesus e o Pai são um só, esse "um" não expressa nenhum número, mas simplesmente que eles se concordam. Nisso observamos a intimidade, a comunhão e união entre Jesus e deus. Nada demais.
"Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada."
João 14:23
Se levarmos esse verso ao literal, fica algo irracional (e deus não é irracional): Como uma pessoa, Jesus no caso, pode morar em outra?
Então só podemos interpretar da seguinte forma: O texto não é literal; Jesus habita em nós por meio da ação de seu espírito, o espírito da verdade (pois Jesus é a verdade).